Friday, April 24, 2020

História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal (1924) por Osvaldo Macedo de Sousa


1924

A memória de Raphael Bordallo Pinheiro mantinha-se viva, fundamentalmente pela mão de dois homens, que contra ventos e marés, procuraram criar um Museu consagrado à obra do Mestre. Esses Quixotes da Museulogia caricatural são o Dr. Cruz Magalhães, e Luís Calado Nunes.
Ao longo dos anos dez o projecto foi-se desenhando, com muita desconfiança por parte da Câmara Municipal de Lisboa, e com o total alheamento dos outros caricaturistas. Em 1916 a Casa de Cruz Magalhães (no Campo Grande) onde as obras, e cópias das obras foram sendo depositadas, abriu temporariamente as portas. A 21 de Março de 1921, o Museu inaugurou uma estátua de Raphael frente ao edifício. Esteve encerrado a casa de Agosto de 22, a Julho de 24. A 2 de Julho de 1924 Cruz Magalhães doou o edifício e as obras à Cidade de Lisboa, como forma de obrigar a Câmara a tomar definitivamente uma posição perante tão importante núcleo Museológico. A partir desta data, a caricatura teve oficialmente o seu primeiro Museu, homenageando um dos seus mais altos valores.
Os Salões dos Humoristas, foi algo que ficou atravessado na garganta dos artistas gráficos, já que serviu para relançamento desta arte no início do novo regime, serviu, como força motriz de profundas alterações estéticas e programáticas, mas das muitas intenções e sonhos, nada se concretizou. Por isso é natural que alguns artistas continuassem a sonhar com uma recriação da Sociedade, de uma Instituição Profissional que os defendesse nesta actividade tão mal protegida no âmbito profissional e social. Assim neste ano de 1924 vimos surgir de novo o nome de Salão dos Humoristas, por duas vezes.
No Porto (Páscoa 1924), surge uma exposição colectiva sob a designação de “Salon dos Humoristas”, que se dizia “a favor do Recolhimento das Meninas Desamparadas”. Parece um trocadilho irónico, mas era na realidade uma acção benemérita. Tinha como Presidente da Comissão Organizado Licínio Pinheiro Perdigão, sendo participantes Laura Alves Costa, Adolfo Faria de Castro, Licínio Pinheiro Perdigão, Manoel de Freitas e Ricardo Spratley, todos amadores, em que a dita Laura não tinha mais de 13 chilreantes primaveras. Não tinha nada a ver com as exposições anteriores, ou com a classe profissional de Humoristas, antes uma usurpação.
Em Lisboa também haverá um Salão. Uma carta de 21 de Junho de 1924 dirigida a Leal da Câmara, em nome de uma Comissão Organizadora, e assinada por Emmerico Nunes, Menezes Ferreira, Jorge Barradas, Francisco Valença, Alonso e Alfredo Cândido diz o seguinte: “Exº. Sr. Para tratar dum assunto de urgência e de grande interesse e utilidade, a Comissão Promotora da 4ª Exposição do Grupo dos Humoristas Portugueses, pede a comparência não só dos concorrentes à actual exposição como dos antigos expositores a uma reunião que deve realizar-se na próxima Segunda-feira, 23 do corrente, pelas 17 horas exactas, no Salão Nobre do Teatro de S.Carlos. Serão credores de muita gratidão dos signatários quantos de dignarem honrar com a sua presença aquela reunião. Sem o formalismo de 1911/13 da Sociedade, havia um grupo de humoristas em Lisboa que procurava manter o espírito de realização de tempos a tempos de uma exposição dos Humoristas.
Na realidade durante esse mês de Junho decorreu em Lisboa (Foyer Teatro de S.Carlos) o IV Salão dos Humoristas Portugueses, com a participação dos sempre presentes Jorge Barradas, Sanches de Castro, Emmérico Nunes, Menezes Ferreira, Leal da Câmara, assim como Mouton Osório, Eduardo Faria, Martins Barata, Roberto Nobre, Roberto dos Santos, Rocha Vieira, Francisco de Castro, Viriato Silva, Armando Boaventura, Jorge Segurado, Mamia Gameiro, Maria Adelaide Lima Cruz, Laura Rodrigues, Amélia de Cruce Formigal, Clementina Carmen de Moura. O mais curioso é o aumento significativo de participações femininas, numa género dominado totalmente na imprensa por homens.
Como nos casos anteriores haverá participações de trabalhos que dificilmente podiam ser considerados humorísticos, como os de  Leitão de Barros, Martins Barata…
Segundo a crítica, foi um Salão “decadente e apático”. O "Diário de Lisboa" de 19/6 vai ao ponto de afirmar em cabeçalho: Já não há humoristas na nossa Terra. Assim se conclue da exposição de São Carlos.
E prossegue: Dizem que é uma exposição de humoristas. Mas não é. É uma exposição de trouxe-mouxe, sem unidade nem intuito, e onde há apenas os altos e baixos das coisas feitas sem norte.
O que se vê é que acabaram os humoristas portugueses, ou pelo menos andam zangados com a arte e com o público artista.
Lembra-nos muito bem a exposição dos humoristas portugueses de alguns anos atráz. Tinha qualquer coisa de forte: tinha espírito mesmo. Podia não ser completa mas via-se.
A exposição agora patente no salão de S. Carlos não honra pela qualidade, e, sobretudo, é uma demonstração da apatia dos nossos primeiros artistas pintores e desenhadores do humorismo, dos nossos artistas cuja arte, mesmo fora dos limites do bom humor, pela sua liberdade e pela sua intenção está bem ao lado do chamado «humorismo» do lápis e do pincel.
/…/ Leal da Câmara tem um quadro vago do seu processo largo. Não vale. D. Adelaide Lima Cruz, no humorismo, apresenta-se com bizarrias. /…/ Jorge Barradas apresenta três quadros do Brasil, já conhecidos, mas nada de humorismo. /…/ Valença, uns trabalhos sem classe. Mouton Osório, caricaturas vulgares. Emmérico Nunes, dois ou três trabalhinhos de pouco estofo. Sanches de Castro não faz humorismo; creio que se está a divertir com o público. Enfim: é um processo de viver alegremente a vida. Menezes Ferreira tem uns bonecos engraçados; Eduardo Faria, idem; Santos Silva, idem, idem …  e por aí além numa critica acérrima aos trabalhos. Pede desculpa por estar a penalizar os artistas, mas é em defesa desta arte, porque o nome do "Humorismo", apesar de envolver uma ideia de alegria espiritual, não se deve prestar a traço, a ridículos. É amesquinhar a arte ligeira portuguesa.
O nosso maior desejo é que este «fandango» não tenha repetição, e que os artistas portugueses, senhores de graça e do espírito moderno, de todas as classes, tendências, processos e actividades promovam rapidamente uma exposição digna dos seus títulos.
Em relação à imprensa humorística, esta ia existindo, pelo menos tentava existir, e este ano sai mais um denominado "Risota", que apresenta o seu projecto com as seguintes palavras: Rir, caríssimos leitores, é ainda dos prazeres mais baratos neste tempo de vida cara. Mas, apesar dessa baratesa toda, quantas vezes o riso tem um valor tão grande que todo o ouro do mundo, junto, jamais pode igualar !… Sim, quantas vezes sucede um riso evitar uma lágrima, uma alegria esconder uma tristeza !
E' isto bem frequente na nossa vida íntima.
*****
Mas não será com esse riso que A Risota quer rir. A Risota quer rir muito, mas de mofa, de toda esta paródia republicana !
Dentro desta pagodeira há muito que levar para a chacota, há muito de que troçar ! Bastaria a Feira de S. Bento para nos dar assunto !
Porém, como todos nos merecem o mesmo, a todos prometemos o nosso humor, não esquecendo sequer esse ventríloquo, que lá de longe move os cordelinhos de todos estes bonecos de barro que brincam comnosco !
Contamos já com a violência para nos fazer calar !
Porém. à cobardia de uma extorsão (porque eles são capazes de tudo) saberemos responder com todo o nosso aprumo, servido pela nossa voz, que não haverá mordaça que a faça enrouquecer sequer, porque ela há-de ouvir-se sempre clara e altiva por qualquer forma.
Daqui o prometemos a todos os Antoninhos Marias, a todos os estadistas de via-reduzida, a rodos os batoteiros políticos que pretendem levar o país à glória!
Vai, pois caríssimos leitores, levantar o pano, para… os primeiros risos…
De boas intenções está o humor cheio, e os últimos a rir, que são os políticos, e homens cinzentos das administrações, riem sempre melhor sobre as falências, sobre os destroços dos ingénuos. Naturalmente "A Risota" não sobreviveu muito tempo, o mesmo acontecendo à nova versão de "A Corja", ao "Cócorócó", ao "Porto Por um Canudo", ao "Ki-Ki-Ri-Ki" um jornal que nasce em Angola, e depois surge como publicado em Lisboa, para logo desaparecer.
A imprensa nas colónias é muito difícil de se consultar, e também não está estudada. Do pouco que sei, acho que jornais humorísticos foram raridades naquelas paragens, e os outros utilizaram por vezes reproduções de desenhos da Metrópole, ou trabalhos de artistas locais de fraca qualidade.
Artistas que despontam nesta época são Eduardo Faria e Roberto Nobre. O caso mais interessante deles é que serão dos raros humoristas "engagé". Não quer dizer que os outros não tivessem consciência política e social, só que estes, por vezes com vida dupla, vão trabalhar não só na imprensa geral, como nos jornais partidários do anarco-sindicalismo, e comunismo, por vezes na clandestinidade. O primeiro, inclusive criando uma imagem de boémio, e bêbado conseguirá ludibriar a policia política e manter uma actividade clandestina. Dos dois, Roberto Nobre é o que tem melhor qualidade estética.
Natural de S. Bráz de Alportel (27/3/1903), José Roberto Dias Nobre foi jornalista, crítico de Cinema, humorista e ilustrador, com obra publicada em "A Época", Alma Nova", "A Batalha", "Civilização, "Sempre Fixe" "O Diabo"…
O "ABC" de "11/9/1925 fala-nos do "Triunfo de Roberto Nobre" - Roberto Nobre, ganhando o primeiro premio no concurso de desenhos aberto pelo Bristol, teve um dos mais belos triunfos que os meios artísticos nos últimos anos teem registado.
Novo, talvez mesmo o mais novo da nova geração, Roberto Nobre venceu rapidamente - e o seu triunfo de agora pelas circunstancias em que se deu, é um triunfo de novela, um triunfo para biografia.
Há três anos Roberto Nobre apareceu pela primeira vez em Lisboa, trazendo alguns desenhos bizarros, estranhos, modernistas.
Realizou então uma exposição com D. Isaura Cavalheiro e foi aplaudido. Mas no ano seguinte, Roberto voltava e desta  vez alguns críticos, numa incompreensível mudança de opinião, negavam-lhe o valor que no ano anterior lhe haviam concedido. Com ele ficaram apenas os que tinham uma fé absoluta no seu talento e na arte moderna de que ele era um soberbo interprete.
Magoado com a injustiça de que tinha sido vitima, Roberto Nobre exilou-se na província e seu nome foi olvidado.
Alguns amigos, porem, insistiram  pelo seu regresso a Lisboa, insistiram tanto, que há dois meses Roberto resolveu atende-los. Algumas portas se lhe abriram e entre elas a do A B C, a quem todos os que principiam e teem talento, merecem a maior estima. Outras, porem, se lhe fecharam, inexoravelmente. E, é neste momento de indecisão que o jovem artista concorre ao concurso do Bristol. Não havia que hesitar: entre os desenhos apresentados, o de Nobre destacava-se duma maneira tal, que não permitia duvidas sobre o artista a quem devia ser concedido o premio
E Nobre foi premiado.
E o seu nome é hoje o nome de um triunfador - um triunfador que chegou e venceu.


he 2nd International Cairocature Cartoon Contest-Egypt/ 2020 (The Scientists)



المسابقة الدولية الثانية – كايروكاتير 2020
العلماء
Theme cartoon
The Scientists (The importance – their life – their effective in our world …etc.)
Rules:
Each Participant Can Send Up To 3 Cartoons only not more
Must Send His (Full Name, Post Address, and Email Address & Phone Number) Via Word File.
Send Cartoons Must Be 300 Dpi Resolutions, A4 & Jpg Format.
NOTE:
Send Cartoons must not Won Prizes Before.
Prizes:
• Prizes: Golden, Silver, Bronze
There will be Special Prizes.
Cartoons can be used for any promotion purposes
(Printing, websites, Newspapers, posters, invitation cards....etc.)
without the permission of the artist and without any payment.
PDF catalog for final selected cartoons
Deadline:
1/6 / 2020
Cartoon Must Be Sending To:
cairocature@gmail.com
The results and accepted works will publish in our Facebook page
https://www.facebook.com/cartoonandcaricature/


Thursday, April 23, 2020

INTERNATIONAL CARTOON COMPETITION & EXHIBITION MALAYSIA 2020 Deadline: May 23, 2020


Theme:Save Our Heritage
The organizer of the competition is the Rossem Cartoon House (BKR), Malaysia Cartoon & Comic House (RKKM), Perbadanan Muzium Negeri Kelantan.
Eligible Participants:
• Opened to all artists from all over the world above 18 years of age.
Theme: Save Our Heritage Technical Criteria: ·
All artworks to be prepared at 300 dpi.
· Size A3 (297mmx420mm) in JPEG format.
· Entries: Max. 3 cartoons.
· Submitted works can be in color or black and white, in any style or technique.
· Submitted works must not violate copyright laws.
· By virtue of submitting an entry, the entrant certifies the work as his own and permit the organizers to have full right to reproduce all or a part of the entered material free of charge for publication and/or display in media related to the exhibition.
Submission:
• Send your cartoons and your CV (Name - Address - Phone number - Email address) via the following e-mail address: rossemkartun@gmail.com
• Deadline: May 23, 2020
Exhibition: June 1, 2020
• All participants whose works will be exhibited will receive a digital catalogue and a digital certificate of participation.
Prizes and awards
First prize : RM2,000.00
Second prize : RM1,500.00
Thirt prize: RM1,000.00
Five special mentions
The Coordinator of the Gathering: Rossem Facebook : Balai Kartun Rossem



Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez


Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez


La vida itinerante de Rodrigo de Matos por varios países le ha permitido, como persona sensible, tener un espíritu inquieto, construir miradas sobre la condición humana y las contradicciones del mundo en que vivimos. Transformar la realidad de manera artística es su objetivo.
Rodrigo nació en Silva Porto (Angola) en 1975, vivió hasta la edad de 15 años en Brasil, luego, en Portugal, se graduó de periodismo en la Universidad de Coímbra, trabajó como periodista en Lisboa durante seis años, antes de convertirse en dibujante e ilustrador profesional, tras tomar el curso de Ilustración de Editorial y Prensa, en la Escuela Superior de Dibujo Profesional (Esdip), de Madrid.
Rodrigo de Matos vive desde el 2009 en Macao, (antigua colonia portuguesa, que en 1999 fue transferida a China), donde en junio de este año cumplirá diez años de ser colaborador del diario “Ponto Final”, además de publicar sus ilustraciones en el semanario “Expreso”, de Portugal.
En Macao ya ha realizado dos exposiciones personales: “Humoralia”, en el 2012, una recopilación de sus caricaturas publicadas en “Ponto Final”, y “Punacotheca”, en el 2018, en la que mostró obras en las que experimentó con varias técnicas pictóricas, sin abandonar el humor.
Con una carrera de 12 años en caricaturas editoriales, y galardonado en el 2014 con el Gran Prix del Concurso Press Cartoon Europe, de Bélgica y el tercer premio del 14th International Editorial Cartoon Competition, de Canadá, Rodrigo es un pescador de ideas en la actualidad noticiosa de la política internacional.
“El humor gráfico, -dice Rodrigo- por su carácter multidisciplinario -porque es periodismo, arte y humor, simultáneamente- es donde puedo explotar mejor toda mi creatividad e intereses. He trabajado durante varios años como periodista de la prensa escrita, un oficio bastante exigente, y después de haber pasado por algunos periódicos en Portugal y Macao, y a pesar de que se trata de una magnífica profesión en la que aprendes muchas cosas sobre el mundo, me sentí bastante castrado en mi vena creativa cuando me dediqué únicamente al periodismo escrito. En la caricatura editorial, por el contrario, el grado de libertad es (al menos debe tender a ello) mucho mayor. Y poder, al mismo tiempo, desarrollar mi capacidad humorística es, para mí, fascinante, porque siempre me interesa por hacer reír y reflexionar a la gente”.
“Para percibir una broma, -expresa- hay que razonar. Si queremos luchar contra una peligrosa tendencia -observable en nuestros días- de alienación de las masas en relación a lo que pasa en el mundo que las rodea, el humor y la sátira pueden ser dos herramientas preciosas. La risa nos ayuda a mantener el «músculo» cerebral tonificado. Y eso es esencial para cumplir nuestro papel en la defensa de nuestros derechos y libertades y no dejarnos engañar por las fuerzas menos bien intencionadas que habitan la sociedad».
“El humor gráfico no cambiará el mundo. Pero, ciertamente, una buena caricatura puede servir para que una persona sienta reforzadas sus convicciones, sentir que no es el único en pensar de determinada forma, o, por otro lado, si está en desacuerdo con la idea que interpretó de la viñeta en cuestión, razonar de forma dialéctica para encontrar los argumentos que expliquen por qué su opinión es mejor. En cualquier caso, si consideramos, como principio, que es preferible una sociedad formada por individuos esclarecidos, con capacidad intelectual para analizar el mundo a su alrededor, que por una masa amorfa y manipulable, entonces la importancia del humor gráfico es innegable. No es la única arma a utilizar en esta lucha, pero es capaz de hacer algún aporte”-finaliza.


Tuesday, April 21, 2020

Theme for Caneva Ride 2020, Italy : You learn by making mistakes



RULES "CANEVA RIDE" 2020
1 – THEME - Pro Castello di Caneva promotes the international award Caneva Ride! (Caneva Laughs!) for humoristic sketches and satirical costume about the theme “Sbagliando si impara” You Learn by Making Mistakes
2 – PARTICIPATION - The award is open to all cartoonists of the world from 16 years old. Participants can apply individually or in groups (in case of several authors, the referent for all communications with the award’s promoters shall be indicated).
3 – TECHNIQUES - Up to three unpublished works, realized by any technique, color or black and white, which haven’t been awarded in other prizes. The maximum format shall be A4 (21 X 29.7 cm).
4 - TERMS AND DEADLINES - The works must be received no later than midnight on 24 May 2020 at canevaridecontest@gmail.com in .jpg, .tiff or .pdf format at a resolution of 300 dpi, together with a registration form with personal data (name, surname, full address, telephone number, in the case of minors the name of one parent authorizing the participation). The individual files must not exceed the weight of 5 MB. For more works, proceed with individual submissions.
5 – JURY
Luca Salvagno Cartoonist, President of the Jury
Pietro Francesco Manfè Pro Castello Caneva
Mario Zorzetto Heirs Toni Zampol
Vicenzo Bottecchia Cultural comics operator
Giancarlo Rupolo Photographer
6 – AWARDS
FIRST PRIZE euro 600,00
SECOND PRIZE euro 250,00
THIRD PRIZE euro 150,00.
The premium is gross of witholding tax, according to the tax legislation in force in the relevant countries.
The Jury reserves the right to report further works, which will not receive cash prizes.
During the exhibitions of the works there will be the possibility for visitors to indicate their favorite work.
The authors, participating in the competition, give the non-exclusive right to publish the works on any support for promotional purposes of the Pro Loco Castle without having anything to claim as copyright.
7 – EXHIBITION - Opening of the exhibition and prize giving will be held Saturday, 14 June 2020 at Villa Frova, Caneva.


Monday, April 20, 2020

PALOMO UM CHILENO COM ALMA CARIOCA por EDIEL RIBEIRO


"A marcha militar está para a música assim como Pinochet está para a Democracia."  (Palomo)

Rio de Janeiro - Em 1994, fui convidado - eu e um monte de cartunistas - para desfilar na Ala dos Cartunistas da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha.
A Escola, com o enredo “Humor Pra Dar e Vender”, fazia uma homenagem ao humor e aos humoristas. 
O samba, ainda lembro, tinha um refrão forte que dizia: “sou carioca/sou sacana como o quê/ tá sobrando no barraco/ humor pra dar e vender.”
Por problemas etílicos, acabei não desfilando, mas, em um dos ensaios, conheci, através do Ziraldo, o cartunista Palomo, um dos meus ídolos.
José Palomo Fuentes é um dos mais consagrados cartunistas latino-americano, chileno, adorava o carnaval carioca. Volta e meia visitava o Brasil, para participar da folia. 
Colaborou com “O Pasquim” no auge do semanário. Boêmio e bem humorado, era amigo do Henfil, Ziraldo e Jaguar com quem frequentava o Bar do Marcô, em Santa Tereza. 
“Henfil, um dos mais impressionantes cartunistas brasileiros, costumava dizer que o humor é como o vinho. E assim como as videiras e galhos, combinados com o clima, a luz solar e a água, dão de um clarete a um vinho tinto espesso e denso, da mesma maneira que cada sociedade elabora o humor com o qual processa sua experiência de vida social”, disse. 
Divulgação
Morando no México onde se exilou desde que Augusto Pinochet chegou ao poder e instaurou a Ditadura Militar Chilena (1973-1990), a agonia de Palomo começou no início de setembro de 1973, quando voltava para casa, depois de um dia de trabalho. Palomo foi avisado por um de seus vizinhos, um exilado brasileiro, que a polícia estava em sua casa esperando para prendê-lo. 
O cartunista se refugiou na embaixada mexicana onde pretendia  ficar até a tempestade diminuir. Tinha um encontro marcado com o poeta, cantor e compositor Victor Jara, com quem celebraria o lançamento de seu álbum “Canto por Travessura”, ilustrado por ele.
Mas, foi avisado pelo embaixador  que o amigo tinha sido detido e levado para o Estádio Nacional, de Santiago, onde fora torturado e assassinado, como aconteceu com muitas pessoas que nunca mais foram vistas.
A carreira de Palomo como cartunista começou no Chile, em 1963, aos 20 anos. Trabalhou nos jornais “Clarín”, “El Mercurio”, “El Siglo”, “La Quinta Rueda”, “El Peneca”, “El Pingüino” e “La Chiva”, entre outros.
No México, onde chegou como exilado político, em 73, foi co-fundador dos jornais “Unomásuno”, “La Jornada” e “Reforma”. Além disso, colaborou em “El Dia”, “El Economista” e “El Universal”.
Os trabalhos mais conhecidos de Palomo é a tira “O Quarto Reich”, publicada no jornal “Unomásuno”, onde retratou, ao longo da década de 1970, as ditaduras que assolaram a América Latina e a história infantil “Matías e o Bolo de Morango”, consideradas duas jóias de humor universal. 
A obra de Palomo é reconhecida por sua universalidade, por sua capacidade crítica e por seu humor implacável e terrivelmente politizado.
“Quando vejo fotos de soldados chilenos queimando livros, acho que esses pobres desgraçados nunca imaginaram o que teria acontecido se, em vez de queimá-los, eles os tivessem lido. De vez em quando eu desenho meu terrorista favorito, uma sombra que, furtivamente, joga uma cópia de Don Quixote ou Treasure Island em um quartel”, disse.
"Para mim, desenhar nunca foi um trabalho, sempre fiz o que gosto: desenhar. Então, eu nunca trabalhei na minha vida", contou.


XXVII MUESTRA INTERNACIONAL DE LAS ARTES DEL HUMOR de Alcalá de Henares



El Instituto Quevedo de las Artes del Humor de la Fundación General de la Universidad de Alcalá convoca la XXVII Muestra Internacional de las Artes del Humor, en torno al tema “NUESTRO PLANETA (Amenazas, desastres y soluciones)”. Para aquellos autores que lo deseen, la organización pondrá a su disposición distinta información sobre el tema a través de la página web.
1.- La participación está abierta a todas las personas mayores de 18 años que deseen participar en el certamen.
2.- Para participar en la Muestra se deberá enviar una obra sobre el tema “NUESTRO PLANETA (Amenazas, desastres y soluciones).” Podrá ser una viñeta, una tira o una caricatura. Junto con la obra se remitirá, debidamente cumplimentada, la ficha que acompaña a estas bases. La organización se reserva el derecho de invitar a aquellos/as autores/as que estime conveniente.
3.- Las obras deben ir firmadas. Podrán estar realizadas en cualquier técnica y soporte, con unas dimensiones máximas de A3 (297×420 mm.). En las efectuadas en técnica digital, se deberá remitir en formato JPG o TIFF con una resolución mínima de 300 ppp. a miah@iqh.es, y se recomienda enviar una copia impresa y firmada, con el número de copia (Ej: Copia 1 de X).
4.- Las obras deberán enviarse convenientemente embaladas. Se recomienda protegerlas con dos cartones planos, no haciéndose responsable la organización de los posibles desperfectos ocasionados en el transporte. Los gastos de envío correrán a cargo de las personas que participen en esta convocatoria.
5.- Las obras deberán enviarse antes del 7 de junio del 2019 a través de correo electrónico miah@iqh.es o a la siguiente dirección:
Fundación General de la Universidad de Alcalá
Muestra Internacional de las Artes del Humor, C/ Nueva, 4. 28801 Alcalá de Henares, Madrid (España)
Es indispensable atenerse a las fechas indicadas para la adecuada planificación del catálogo y del diseño de la exposición.
6.- Una comisión realizará una selección entre las obras recibidas que será exhibida en la XXVII Muestra Internacional de las Artes del Humor de la Universidad de Alcalá que se celebrará en septiembre-noviembre en Alcalá de Henares.
7.- Las obras presentadas pasarán a formar parte de los fondos del Instituto Quevedo de las Artes del Humor de la Fundación General de la Universidad de Alcalá, salvo indicación expresa en sentido contrario, para lo que habrá que escribir en el reverso de la obra la palabra «Devolución». 
8.- El envío de la obra implica que la autora o el autor autoriza a la Fundación General de la Universidad de Alcalá su reproducción y difusión, siempre que figure su nombre y el objetivo sea la difusión de la Muestra y demás actividades de la FGUA en el campo del humor, sin que se genere por ello obligación de ningún tipo ante la autora o el autor.
9.- La organización comunicará, electrónicamente la recepción de los trabajos y la selección de los mismos, publicando este último listado en su web.
10.- Los autores cuya obra se haya seleccionado recibirán un ejemplar de la publicación que se editará con motivo de la celebración de la Muestra.    
11.- La organización se reserva el derecho de no exhibir aquellas obras que considere que atentan contra derechos individuales o colectivos.
12.- Los participantes responderán de la originalidad de los trabajos ante cualquier reclamación, manteniendo indemne a la organización ante cualquier infracción de derechos o propiedad intelectual de las mismas.
13.- La participación en la Muestra supone la aceptación de estas bases y la renuncia a cualquier reclamación legal, recayendo así mismo la responsabilidad de las obras sobre sus autores.



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