Saturday, July 25, 2015
consignalr - Humor de Pedro Molina
Friday, July 24, 2015
Comunidade Europeia no humor de Malagon
ALVARO CUNHAL E SUA OBRA HUMORÍSTICA
Por:
Osvaldo Macedo de Sousa
Na
arte, ou na vida, para mim, não há assunto mais sério que o humor, essa veia
criativa de abordagem do mundo que desmistifica as hipocrisias, que desembacia
a visão politica pela inteligência desconstrutiva da filosofia humorística. Não
aceito abordagens dogmáticas na criação humana, porque o direito à contestação,
à dúvida metódica é fundamental numa sociedade inteligente. É pela lágrima do
despertar, pelo sorriso da revelação ou pela gargalhada da compreensão que a
sociedade progride, avança na conquista da sua liberdade de expressão e
pensamento. O humorismo é uma fórmula de pensamento, uma estrutura de visionar
o mundo que tanto pode confrontar o homem com o choro da raiva ou ternura,
assim como com o riso da vitória.
O
humor é uma arma perigosa, e como todas as armas, pode-se voltar contra o
utilizador, usada a favor ou contra os nossos ideais, porque é algo intrínseco
à alma, à ideologia de cada criador. É uma arma perigosa porque como é fruto da
inteligência humana, como tal maquiavélica, molda-se nos interstícios do
cérebro subjectivo, apesar de, em princípio, dever ser inteligente e
libertário. Mas, como grito de sobrevivência, é fundamental para o homem, no
seu inconsciente psicológico, contra as opressões do quotidiano. É verdade que
até hoje, nenhum humorista derrubou um ditador, um regime, um governo mas, é
através da arma da sátira, da ironia, do humor que o povo apreende melhor a
realidade e denuncia quando o “rei vai nu”.
É uma
responsabilidade gigantesca vir falar de um lado humano que muitos consideram
do supérfluo, na criação estética e vivencial de um Homem, como Álvaro Cunhal,
que é mais conhecido como o grande estadista que foi, o político que marcou
todo o séc. XX mas, na realidade ele é muito mais que isso, é um dos maiores
“Humanistas” da nossa história, dominando e marcando as várias vertentes do
pensamento e das artes.
Não
há um Álvaro Cunhal político, outro Manuel Tiago escritor, outro Álvaro artista
plástico ou outro Cunhal esteta, mas apenas um único Álvaro Cunhal. Na mesma
medida não há um artista “sério” com forte carga de intervenção estético-social
e outro artista “humorístico”.
“Constitui /…/
um direito à liberdade que um artista parta à descoberta
de novos
valores formais (da cor, do volume, da musicalidade, da linguagem)
com o propósito de os tornar adequados e
capazes de levar à sociedade, ao
ser humano em
geral, uma mensagem de alegria ou tristeza, de solidariedade
ou de
protesto, de sofrimento ou de revolta, em qualquer caso,
como é de
desejar de optimismo e de confiança no ser humano e no seu futuro.”
(Álvaro Cunhal - “A Arte, o Artista e a Sociedade”
pág. 20/1)
A
criação artística, como intervenção sócio-política, com “mensagem de alegria ou
tristeza, de solidariedade ou protesto”, existe em todas as formas de
intervenção humana ao longo dos séculos mas, a expressão máxima destes
elementos concentra-se essencialmente na criação humorística, no desenho de
humor de imprensa.
“Faz falta permanente à sociedade como elemento de
descontracção de tensões
e silenciamentos, como elemento promotor da reflexão,
como incisiva
chamada crítica rompendo constrangimentos, hesitações
e temores”
(Álvaro Cunhal - “A Arte, o Artista e a Sociedade” p. 64)
Denegrida
pelos cultores e estetas das ditas “Artes Maiores” (quando não há artes amores
nem menores, antes obras mais ou menos conseguidas, artistas maiores ou menores
dependendo do seu domínio técnico, estético ou filosófico), o desenho de imprensa
é filho do espírito revolucionário que desencadearia o fim do Antigo Regime e
acompanhará todas as revoluções sequentes como porta-voz da contestação, ou
como arma revolucionária. Esse espírito irreverente que incita à evolução e
libertação, tem um cunho mais revolucionário ou mais diluído na condescendência
do regime de cada época, consoante os ventos do tempo, do grau de luta
ideológica da sociedade em cada momento e, inclusive da insatisfação estética
reinante. Por essa razão, neste início do séc. XXI o espirito satírico, é muito
mais forte nos países árabes e sul-americanos que na Europa e América do Norte,
continentes resignados e esvaziados ideologicamente.
Em
Portugal o desenho de humor, pelo menos até à década de trinta do séc. XX,
acabou por ser um catalisador e porta-voz de todas as evoluções
filosófico-estetas das artes plásticas como realismo (exemplo Nogueira da
Silva), o realismo (Raphael Bordallo Pinheiro), pré-expressionismo (Leal da
Câmara), o modernismo da primeira geração (Christiano Cruz), da segunda geração
(Carlos Botelho), o pré-abstracionismo (Teixeira Cabral), o surrealismo
(Cândido Costa Pinto)…
Até
a essência do neo-realismo como arma pedagógica, se poderá encontrar no ideário
dos utópicos criadores da Sociedade dos Humoristas de 1911, em que o seu
teórico e porta voz Christiano Cruz
declara em entrevista: “Eu sei bem que o
público não sente a necessidade de arte, da mesma maneira que não sente a
necessidade de lavar os pés. Mas as necessidades criam-se e essa tarefa só nos
pode caber a nós, dada a impossibilidade de mandar o meio, a Paris, educar a
vista. /… / Depois de Bordallo ninguém fez nada na caricatura politica que
mereça menção e /…/ ao examinar uma página dos jornais humorísticos actuais eu
vejo sempre uma página do “António Maria” apenas virada do avesso./…/ O
irritante e perspicaz quem é, acompanhando sempre a vista de um desenho
impessoal, na esperança de ver surgir as convencionais figuras dos nossos
estadistas, é um sintoma da mania política do nosso público. É preciso
fazer-lhe desviar a atenção para a caricatura social, para a caricatura de
costumes, enfim, para a verdadeira caricatura: a impessoal.”
“Tudo o que contribua para que se atinja um
estado de maior justiça social,
tudo o que traga um contributo positivo para que a
opressão acabe,
tudo isso é progresso social, e uma arte ligada a esta
Ideia estrutural
é certamente uma arte socialmente progressiva.
Progressiva no sentido
de se considerar como superior a posição em que se
coloque o artista
no centro dos acontecimentos do mundo, e não acima ou
ao lado deles.”
(George
Plekhanov “A Arte e a Vida Social”)
O conflito entre
forma e conteúdo foi um tema grato a Álvaro Cunhal, desenvolvido
fundamentalmente na querela com os Presencistas, muito mais literária que
plástica e muito menos abordando a questão humorística e caricatural, tema
sobre o qual muito pouco deixou escrito. Neste campo artístico do desenho de
intervenção na imprensa, o conteúdo deve ter muito mais peso que a forma,
optando alguns cartunistas por um cunho mais literário (a narrativa gráfica
sintética) e outros por uma via mais plástica, abdicando mesmo da legenda. A
maioria acaba por seguir num compromisso entre ambos os elementos.
Num traço
naturalista, modernista, abstracionista, caligráfico… o importante é a
intervenção, a mensagem que incorpora. Se o ideal é que esta ideia gráfica seja
essencialmente filosófica e com espírito imediatista, obrigando o receptor a
reflectir (com lágrima na alma, com sorriso no coração ou com gargalhada
pulmonar), também se pode cair no extremo oposto de uma obra de simples
divertimento anódino, brejeiro ou grotesco em que abandona o humor para ser
apenas cómico. Como em tudo, a paleta é muito ampla para servir todos os gostos
em obras bem ou mal conseguidas, tendenciosas num reacionarismo estupidificante
ou filosoficamente pertinente…
A obra de cunho
humorístico é menor em relação ao resto da Arte (plástico ou jornalística)?
É uma expressão
supérflua dentro da sua actividade lúdica de compromisso social e político?
Essa avaliação
depende mais do leitor, como indivíduo, como fruto de uma cultura, de uma
sociedade, do que do artista.
“Aquilo de que me acusam não está no desenho,
mas na sua consciência.”
Philipon
A pergunta recorrente
de quem não conheceu pessoalmente Álvaro Cunhal, perante a máscara distante que
o seu rosto transmitia, é que se ele tinha sentido de humor. Manuel Alegre diz,
num seu testemunho, que “tinha um inesperado sentido de humor”. Pois, é esse
“inesperado”, para quem o não conheceu, que ressalta de imediato.
Sendo, como era, um
Homem de uma inteligência extraordinária, tinha que ter, obrigatoriamente um
alto sentido de humor (que nem sempre é nítido ou compreendido pelos outros), o
que não obriga a ser um cultor da comicidade anedótica e grosseira.
Na realidade conheço
muito pouco da sua obra, só a mais pública e raras foram as suas intervenções
sobre o humor ou o desenho humorístico. Mas, no livro “Cinco Conversas…” de
Catarina Pires, a certa altura Cunhal refere: “Não somos um país de grandes
humoristas. /…/ Onde é que estão os escritores humoristas? E caricaturistas? No
tempo da monarquia e da República de 1910 tivemos dois notáveis caricaturistas:
Rafael Bordalo Pinheiro e Leal da Câmara. No tempo da ditadura destacou-se como
caricaturista e ficou na história Stuart Carvalhais /…/ Nos últimos anos da
ditadura e no 25 de Abril houve alguns caricaturistas de grande valor como Abel
Manta. /…/ Não somos um país de humor. /…/ o melhor humorismo, o grande humorismo
é aquele espontâneo, que não exige meditação nem explicação, que fulmina com a
graça. /…/ Sendo eu comunista, ás vezes ouço uma piada anticomunista, muito
injustas, mesmo caluniosas, mas digo para mim: têm piada, os malandros! Assim o
tivéssemos nós falando deles. Fazem-nos falta bons humoristas!”
A apreciação sobre os
nossos caricaturistas é muito arrasadora, já que houve muitos mais artistas de
grande relevo plástico e interventivo e sem querer ser também injusto ao não
referir mais nomes, não posso deixar de referir o Baltazar Ortega, o grande
Martins - João Martins uma excepcional voz de humor social no Partido Comunista
Português. Curiosamente Cunhal faz menção aos artistas mais formalistas na
estrutura estética. De todas as formas, ele documenta aqui o seu lado
democrático, perante anedotas tendenciosas ele apreciava o lado
“técnico-filosófico” da construção humorística.
Regressando à obra
concreta, aos desenhos humorístico de Cunhal, temos de os contextualizar no
tempo histórico, no momento pessoal, onde e como foram germinados estes
pequenos fragmentos da sua alma. Estes apontamentos dividem-se em dois grupos.
a) Os desenhos feitos
como descompressão no meio de tertúlias, reuniões em que a mente trabalha
profundamente em “questões” de fundo, em resolução de problemas e a mão,
rabiscando, afrouxa o “stress”, liberta a mente pelo humor, abrindo novos
espaços no pensamento paralelo. É um rosto, uma caricatura do momento, um
apontamento adulterado da ideia, do espaço… Devem Existir dezenas desses
pequenos traços, croquis anteriores e posteriores aos anos de prisão,
espalhados por casas de camaradas, de amigos. Mesmo neste grupo deveria contextualizar-se os
realizados durante o período de clandestinidade e os realizados no exilio e em
liberdade
Os desenhos mais antigos que eu conheço são um croqui de
1927 e dois desenhos de 1928 num cunho de ilustração típica dos anos vinte que
poderia ser assinado por Almada ou por António Soares. Em 1935 colaborou com o
jornal infanto-juvenil “Gaiato” com ilustrações para artigos doutros escritores
e para um conto seu. Conheço aquela pequena ironia de uma reunião de passagem
de ano de 1938 em que o sonho ideológico acaba por se transformar num sono de
cansaço… De 1940 temos aquele sátira aos cuidados dentários em que o próprio
foi a vitima, enquanto preso no Aljube, seguindo-se de belas auto-retratos numa
introspecção do seu olhar, ou aquele pequeno grupo de gatos e o cão, datados de
1945/7 numa ternura que desconcertará todo aquele que engoliu a imagem
iconográfica do comunista frio, desumano, comedor de criancinhas ao pequeno almoço
(não se riam porque ainda hoje existem esse espírito primário anti-comunista).
No meio da solidão, da vida instável na clandestinidade, um pequeno esgar de
ternura a uma gatinha desconfiada. Toda essa luta de marxistas incondicionais,
insensíveis á dor da tortura, mas totalmente abertos á dor dos outros está bem
retratada nesse monumento literário “Até amanha Camaradas”, no humor optimista
de Eulália…
Após estes “animais de ternura”, aliados a
zoomorfismos satíricos, nesse período de constante transumância política,
encontraremos os trabalhos de resistência psíquica, no período de prisão na
solitária, de isolamento e torturas constantes.
b) Os “desenhos da prisão” – Preso no Aljube –
Penitenciária de Lisboa de 1948 a 56, só foi autorizado a ter acesso a qualquer
material de escrita e desenho a partir de 1951. Após este estabelecimento
prisional, passara em 56 para o Forte de Peniche (com um interregno de10 meses
em 58 de novo na Penitenciária de Lisboa por questões de uma intervenção
cirúrgica). Esta prisão, que os carrascos queriam manter perpetuamente só
terminaria com a sua fuga em Janeiro de 1960. Foram oito anos em total
isolamento, torturado fisicamente e psicologicamente. Todas as folhas de papel
que entravam, eram numeradas e assinadas pelo carcereiro Lino, Director da
Penitenciária. Tudo era meticulosamente controlado, espiolhado para que a sua
alma revolucionária, o seu espirito inquebrantável não transbordasse para o
exterior.
Não é minha função aqui, divagar pela obra genial de
desenho que Álvaro Cunhal nos legou, devendo apenas reservar-me ao meu âmbito
de desenhos humorísticos. Contudo, observando os pormenores desse grandes
desenhos (e dos quadros), encontramos apontamentos satíricos (de inspiração Bruegeliana
ou Goyesca..), grotescos do carnaval popular, essa Festa que é a expressão
irreverente do subconsciente do povo, a subversão do mundo em que o poder é
contestado pela sátira e alegria revolucionária. Viajar por cada desenho é
percorrer todo um universo de pensamentos, de expressões onde convivem o
sofrimento e a alegria, a opressão e o espírito libertário, uma denuncia e um
divertimento.
“Um apelo à arte que intervém na vida social
é intrinsecamente
um apelo à liberdade, à imaginação, à fantasia, à
descoberta e ao sonho.”
Álvaro Cunhal
Esses trabalhos, criados nessa
opressão solitária, em isolamento da sociedade são um grito de sobrevivência da
mente, um escape psicológico onde se vê retratado o sorriso, o riso libertário
do criador perante a sua obra, no esmagamento psicológico do carcereiro perante
a magnitude da obra. Nada como uma boa gargalhada para que a mente liberte as
endorfinas necessárias para não se afundar no desespero. Vejo muito humor
nesses desenhos, nessa grande festa, mesmo quando há momentos trágico
retratados, parodiando (sem ofender) a paixão, a religião… Se o campo domina os
trabalhos de maior empenho técnico e de “conteúdo” interventivo, encontramos
nalguns croquis preparatórios o “burguês” citadino, numa visão naturalmente
caricatural.
Cingindo-me aos pequenos
desenhos, croquis, anedotas, caricaturas… Desconcerta-me a variedade de traços.
Apear de se encontrar uma grande evolução técnica e estilística, de um momento
para o outro, devido à espontaneidade do desenho, encontramos um trabalho que
nada tem a ver com o traço característico de Cunhal, como por exemplo a pequena
história do pescador, de comicidade pura. Em sentido oposto encontramos aquele
grupo de desenhos, de puro cartunismo político, satirizando o imperialismo
americano, a imagem do Hitler-Carcereiro barrigudo… que utilizando aquela
riqueza de matizes de claro escuro tão típico da sua obra gráfica, reflete
alguma influencia do desenho de imprensa francês da época.
Conheço poucas, mas há também a
caricatura de amigos, alguns num cunho mais de retrato, outro com mais traços
sintéticos da caricatura, mas todos eles de grande interesse técnico e
artístico.
Temos assim desenhos
de descontração, relaxe mental contra a opressão da tortura, mental dos
carrascos, do quotidiano. Um exercício, uma profunda força de vontade de se
manter à tona com todas as capacidades normais da vida, como a capacidade de se
rir de si próprio, da sua posição, da vida mesmo quando a tragédia deseja
submergi-lo. Essa página em branco é uma janela que se abre para a liberdade de
expressão, como um espelho da sua alma em riso, em ternura, em medição sobre o
que se passa na sociedade, independentemente de estar a fazer uma obra maior ou
menor, porque o importante é a sua extravasão do pensamento. Pelo traço assume
a consciencialização da realidade, inspirando-se na força popular (com as suas
festas ou tragédias9 para se manter na luta, para manter a “boa saúde do
espírito” e assim, na sombra do sofrimento nasceu a maior parte da sua obra
gráfica e literária.
Depois, no exílio e
na dita democracia portuguesa, a mão irreverente nunca parou, porque
continuamos aprisionados num quotidiano em que os carcereiros são mais
invisíveis e a luta continua pela liberdade, igualdade e fraternidade. Se para
o político a mente nunca para, para o artista a mão dificilmente está quieta
durante as longas reuniões, as longas discussões, ou nas presenteiras tertúlias
de amigos, fazendo um pequeno retrato, um pequeno gag sob a questão em
discussão, um desenho ternurenta numa carta para a família… trabalhos esses
surripiados como recordação, como respeito e admiração de um amigo, de um
camarada… Quantas dezenas desses trabalhos ainda ai escondidos, esquecidos em
gavetas?
Como já referi, cada
croqui, cada desabafo humorístico é um suspiro de um lutador, um farrapo de uma
alma. São traços supérfluos? São obras menores? Ou o que é menor é a
consciência dos que não conseguem ver, viajar mais além da folha de papel?
“A arte, como qualquer outra ideologia,
assenta na vida e lutas da sociedade.
Só pode ser explicada, interpretada, avaliada, tendo
em conta essa vida e essas lutas.”
Álvaro Cunhal
International Cartoon Contest Ciudad de las Ideas, México.
Dear colleagues, the cartoon
as a tool for transformation and consciousness. Tool that breaks paradigms must
be where ideas meet and confront.
They must be where change happens we dream that we draw a line each.
In this seventh edition of the International Cartoon Contest in the festival of brilliant minds, the Festival de la Ciudad de las Ideas seek the cartoon continue to have that encounter with minds that are changing the world.
We want to be like allies who are inspired, that ideas move.
They must be where change happens we dream that we draw a line each.
In this seventh edition of the International Cartoon Contest in the festival of brilliant minds, the Festival de la Ciudad de las Ideas seek the cartoon continue to have that encounter with minds that are changing the world.
We want to be like allies who are inspired, that ideas move.
There are two ways of being in
the world, as a follower or transcend.
We want you to be part of the
change, change agent, we want your mark.
I HOPE YOUR DRAWINGS!!! ...
Theme: What is the point?,
Deadline: 15 August 2015
Concurso Internacional de Caricatura Ciudad de las Ideas,
México.
Queridos colegas, la caricatura como herramienta de
transformación, de conciencia, que rompe paradigmas debe estar en donde las
ideas se encuentran, en donde se confrontan.
Deben estar donde emergen los cambios que soñamos cada que hacemos un trazo.
En esta séptima edición del Concurso Internacional de Caricaturas en el marco del máximo festival de mentes brillantes, el Festival de la Ciudad de las Ideas buscamos que la caricatura continúe teniendo ese encuentro con las mentes que están cambiando al mundo, que se encuentren como aliados, que se inspiren, que se muevan las ideas.
Deben estar donde emergen los cambios que soñamos cada que hacemos un trazo.
En esta séptima edición del Concurso Internacional de Caricaturas en el marco del máximo festival de mentes brillantes, el Festival de la Ciudad de las Ideas buscamos que la caricatura continúe teniendo ese encuentro con las mentes que están cambiando al mundo, que se encuentren como aliados, que se inspiren, que se muevan las ideas.
Hay dos formas de estar en el mundo, como seguidores o
TRASCENDER.
Queremos que seas parte del cambio, agente de cambio, queremos
tu marca.
ESPERAMOS TUS TRABAJOS!!!
Tema: ¿Cuál es el punto?, Fecha límite 15 de agosto 2015
CONVOCATORIA 7º CONCURSO INTERNACIONAL DE CARICATURA FESTIVAL INTERNACIONAL
DE MENTES BRILLANTES “LA CIUDAD DE LAS IDEAS”
B A S E S
1. Podrán participar artistas de cualquier
región del mundo, profesionales o aficionados, mayores de 18 años.
2. Las obras presentadas deberán ser
totalmente originales e inéditas. No deberán estar participando de manera
simultánea en otro concurso o evento.
3. La idea a desarrollar y el tema
del Festival de La Ciudad de las Ideas es el siguiente:
¿Cuál es el punto? (What’s the Point?)
Contexto: Vivimos en un mundo
lleno de tecnología y de información que corre a velocidades inimaginables, de
conexión entre países, y de seres humanos como nunca en la historia, de avances
médicos impresionantes, de un importante conocimiento del cuerpo del ser
humano, de su mente, incluso de la psique. Tenemos complejas máquinas que han
automatizado sistemas de trabajo como películas de ciencia ficción, se han
desarrollado nuevas tecnologías para obtener energía y proveer agua y
electricidad a comunidades lejanas. El acceso a universidades de cualquier
parte del mundo es cada día más tangible, a diversos programas de estudio, a
diplomados, cursos, maestrías y hasta doctorados en línea. Cada vez las
políticas públicas, por la igualdad de género, avanzan, aunque lentas sin pausa
por el mundo, y en contra de toda clase de discriminación.
Hoy como nunca se entiende al ser
humano como un ente sistémico, cuerpo, mente y espíritu, y así se llevan a cabo
toda clase de programas de actualización para su desarrollo. Los avances son
innumerables, pues no sólo han sucedido, sino que en este instante siguen
avanzando en alguna parte del mundo.
Si todo esto es así, ¿por qué
siguen habiendo guerras? ¿Por qué hay hambre en diversos lugares del mundo?
¿Por qué hay tantas personas en pobreza extrema? ¿Por qué existe todavía la
explotación laboral? ¿y la explotación sexual? ¿Para qué tantas drogas? ¿Por
qué hay niños sin acceso a la educación básica? ¿Por qué encontramos en las
calles tanta violencia? ¿Por qué vemos poblaciones enteras arrasadas por
enfermedades controlables? ¿Por qué? ¿Por qué? ¿Por qué?
¿Cuál es el punto? (What’s the Point?)*
Plasmen en una caricatura su
impresión sobre esta pregunta, su respuesta o quizá otra pregunta. Se tomará en
cuenta para la calificación de los trabajos los siguientes puntos: capacidad de
acercarse al tema central del concurso, creatividad y maestría en las técnicas
seleccionadas para su ejecución, entre otros.
*La organización se reserva el
derecho de retirar del concurso los trabajos que resulten ofensivos o atenten
contra los derechos humanos.
4. Cada concursante podrá participar
únicamente con 3 obras (se descalificarán aquellos autores que manden más de 3
obras). Se recibirán en la página oficial del festival de La Ciudad de las
Ideas o por correo postal a la dirección física del festival.
5. Cualquier técnica será aceptada
(digital o manual, a color o en b/n).
6. La obra no podrá ser mayor a: 21cm
x 29cm o en tamaño proporcional, y en caso de ser digital con resolución no
menor de 300dpi y no mayor a 10Mb.
7. En caso de que el concursante
envíe su obra en original, adjuntará la siguiente información en un sobre
cerrado:
• Nombre completo del autor y
pseudónimo:
• Foto o autocaricatura del autor:
• Dirección:
• Teléfono:
• Correo electrónico:
• Nacionalidad:
• Título de cada obra:
• ¿Es la primera vez que
participas?
• Breve resumen biográfico
(currículo en 15 líneas máximo).
8. El concursante firmará una
certificación. Si la obra es enviada por medio del formulario electrónico sólo
deberá dar clic en el cuadro de aceptación y en caso de que sea enviada
físicamente junto con su obra, deberá incluir y firmar, por ejemplo, la
siguiente leyenda:
“Yo, (nombre del autor), certifico
ser el autor de la obra y la cedo al 7o Concurso Internacional de Caricatura de
La Ciudad de las Ideas 2015, ‘What’s the Point’. Yo, (nombre del autor), acepto
someter esta obra a las bases del concurso, la utilización de la misma para los
fines que se consideren pertinentes por Poder Cívico A.C.”
FIRMA: _______________________
9. Las obras podrán enviarse de dos
formas: original o electrónica.
Original: Enviar en un sobre con
los datos del autor a la siguiente dirección:
7o. Concurso Internacional de Caricatura
¿Cuál es el punto? (What’s the Point?)
Reforma 222, Piso 12, Colonia Juárez, Delegación Cuauhtémoc, C.P. 06600,
México D.F.
Electrónica: Deberá llenarse el
formulario y cargar la(s) obra(s) en la siguiente web:www.ciudaddelasideas.com/caricaturas
*Llenar la forma por cada obra con
resolución no menor de 300 dpi y no mayor a 10Mb.
10. Las obras seleccionadas serán
expuestas en Puebla, México, durante los días 5, 6 y 7 de noviembre de 2015 y
aparecerán en los diversos medios de difusión de Poder Cívico A. C. como las
redes sociales de La Ciudad de las Ideas.
Las caricaturas únicamente serán
utilizadas para difusión del festival en diversos medios, lo que incluye la
reproducción en catálogos, postales, libros, internet o televisión según los
acuerdos con los patrocinadores.
11. La presente convocatoria estará
vigente a partir del 17 de junio hasta el 18 de agosto de 2015. Los trabajos
enviados por correo electrónico o mensajería deberán tener esta fecha
registrada como límite en el matasellos o en el correo.
12. Los resultados del concurso se
darán a conocer en la página oficial de La Ciudad de las Ideaswww.ciudaddelasideas.com, en Twitter @cddelasideas y en Facebook www.facebook.com/Cddelasideas
A las personas que resulten
ganadoras se les notificará por correo electrónico señalado en sus datos de
envío. Pedimos que hagan caso omiso de cualquier correo de confirmación si no
cuenta con el dominio ciudaddelasideas.com o podercivico.org.mx
13. El jurado será nombrado por Poder
Cívico A. C. y estará facultado para resolver cualquier situación relacionada
con el concurso que no cumpla con lo establecido en estas bases. El premio
podrá ser declarado desierto si el jurado estima que ninguna de las obras
presentadas tiene suficiente calidad, cuyo fallo será inapelable. La
composición del jurado se dará a conocer una vez que esté en curso la
convocatoria.
14. Las obras originales no ganadoras
podrán ser retiradas por los autores en las oficinas de Poder Cívico A. C. tres
meses después de ser publicado el fallo. Las obras originales que no sean
recogidas estarán en depósito con Martha Barragán Méndez, para cualquier
devolución que sea requerida posterior a la fecha establecida por Poder Cívico
A. C.
15. PREMIOS
• Primer Lugar:
- Un viaje con todos los gastos
pagados a la ciudad de Puebla, Puebla, México que incluye: transportación,
hospedaje y alimentos.
- Un boleto para asistir al
Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”, que
cuenta con más de 30 conferencias de personalidades que están cambiando el
mundo.
- Acceso a las actividades alternas
del festival, fiestas tema, intervenciones artísticas, exposiciones y más.
- La presentación de su obra en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
- Diploma que será entregado en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
• Segundo Lugar:
- Un viaje con todos los gastos
pagados a la ciudad de Puebla, Puebla, México que incluye: transportación,
hospedaje y alimentos.
- Un boleto para asistir al
Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”, que
cuenta con más de 30 conferencias de personalidades que están cambiando el
mundo.
- Acceso a las actividades
alternas del festival, fiestas tema, intervenciones artísticas, exposiciones y
más.
- La presentación de su obra en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
- Diploma que será entregado en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
• Tercer Lugar:
- Un viaje con todos los gastos
pagados a la ciudad de Puebla, Puebla, México que incluye: transportación,
hospedaje y alimentos.
- Un boleto para asistir al
Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”, que
cuenta con más de 30 conferencias de personalidades que están cambiando el
mundo.
- Acceso a las actividades
alternas del festival, fiestas tema, intervenciones artísticas, exposiciones y
más.
- La presentación de su obra en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
- Diploma que será entregado en el
marco del Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”.
Se otorgarán tres menciones
honoríficas: Cada una será acreedora a un diploma que le será enviado en los días
posteriores al festival.
Nota: Los premios no podrán ser
abonados en efectivo, ni serán transferibles a otra persona.
Si son extranjeros se les pedirá
contar con pasaporte y visa vigente para poder asistir al Festival en Puebla,
México a recoger su premio.
Atentamente:
Martha Barragán Méndez “Mar”
Coordinadora del Concurso Internacional de Caricatura del
Festival Internacional de Mentes Brillantes “La Ciudad de las Ideas”
Redes Sociales:
Twitter:
@cddelasideas
@RoemerAndres
Para cualquier duda o comentario:
Tel: +52 (55) 5140-3660 / +52 (55)
8582-5340
Correos electrónicos:
Wednesday, July 22, 2015
4. INTERNATIONAL OLIVE CARTOON CONTEST – 2015 (KYRENIA – CYPRUS) FINAL RESULTS
GİRNE BELEDİYESİ
MUNICIPALITY OF
KYRENIA
KIBRIS TÜRK
KARİKATÜRCÜLER DERNEĞİ CYPRIOT – TURKISH CARTOONISTS ASSOCIATION
FINAL RESULTS
4. INTERNATIONAL OLIVE CARTOON CONTEST – 2015
(KYRENIA – CYPRUS)
KESİN SONUÇLAR
4. ULUSLARARASI ZEYTİN KARİKATÜRLERİ YARIŞMASI – 2015
(GİRNE – KIBRIS)
INTERNATIONAL
JURY MEMBERS:
ULUSLARARASI
SEÇİCİ KURUL ÜYELERİ:
John A. Lent – Jury President (USA), Musa Kayra (Cyprus), M.
Serhan Gazioğlu (Cyprus), Grigoris
Georgiou (Greece), Muhittin Köroğlu (Turkey), Derman Atik (Cyprus), Hayati Boyacıoğlu (Almanya), Mustafa
Azizoğlu (Cyprus), Yordanka Lyubenova Shiyakova (Bulgaria), Hüseyin Çakmak
(Cyprus).
Country – Ülke: 56
Participant – Katılımcı:
226
Work – Eser: 457
ÖDÜLLER – PRIZE LIST
Birincilik Ödülü:
1.000 Euro + Altın Zeytin
Frist Prize: 1.000
Euro + Gold Olive - Vladimir Stankovski
(Sırbistan)
İkincilik Ödülü: 800
Euro + Gümüş Zeytin
Second
Prize: 800 Euro + Silver Olive - Raul Alfonso Grisales (Kolombiya)
Üçüncülük
Ödülü 600 Euro + Bronz Zeytin
Third
Prize: 600 Euro + Bronz Olive - Muammer Kotbaş (Türkiye)
ÖZEL ÖDÜLLER –
SPECIAL PRIZES
Farzane Vaziritabar
(İran),
Kürşat Zaman (Türkiye),
Valeri Alexandrov (Bulgaristan),
Makhmud
Eshonkulov (Özbekistan),
Ali Miraee (İran),
Cengiz Beysoydan (Kuzey Kıbrıs),
Tsocho Peev (Bulgaristan),
Aurel Ştefan Alexandrescu (Romanya),
Kemal Özyurt
(Türkiye),
Luc Vernimmen (Belçika),
Halit Kurtulmuş Aytoslu (Türkiye),
Menekşe
Çam (Türkiye),
Bossens Philippe (Belçika - Belgium).
KURUMLARIN ÖZEL ÖDÜLLERİ –
SPECIAL PRIZE OF THE ORGANIZATION
Mehmet Kahraman
(Türkiye – Turkey)
Uluslararası Komik
Sanatları Dergisi Özel Ödülü
International
Journal of Comic Art Special Prize
Leyla Çınar Algül
(Kıbrıs – Cyprus)
Karikatürcü Örgütleri Federasyonu (FECO - CYPRUS) Özel Ödülü
Karikatürcü Örgütleri Federasyonu (FECO - CYPRUS) Özel Ödülü
Federation
Cartoonists Organizations (FECO - CYPRUS) Special Prize
Andrea Pecchia
(İtalya – Italia)
Karikatürcü Örgütleri Federasyonu (FECO - YUNANİSTAN) Özel Ödülü
Federation Cartoonists Organizations (FECO - GREECE) Special Prize
Karikatürcü Örgütleri Federasyonu (FECO - YUNANİSTAN) Özel Ödülü
Federation Cartoonists Organizations (FECO - GREECE) Special Prize
Sanaz Yahyavi
(İran – Iran)
Cartoon Yayıncılık
Özel Ödülü
Cartoon Publishing Special Prize
Cartoon Publishing Special Prize
Serpil Kar
(Türkiye – Turkey)
Zeytin Festivali Özel Ödülü
Zeytin Festivali Özel Ödülü
Olive Festival
Special Prize
Hakan Boral (Kıbrıs – Cyprus)
Kıbrıs Türk Karikatürcüler Derneği Özel Ödülü
Cyprus - Turkish
Cartoonists Special Prize
Andrei Popov
(Rusya – Russia)
Fire Mizah Dergisi Özel Ödülü
Fire Mizah Dergisi Özel Ödülü
Fire Humour
Magazine Special Prize
Shahram Rezai
(İran – Iran)
Yeni Akrep Karikatür
ve Mizah Dergisi Özel Ödülü
New Scorpion
Cartoon and Humour Magazine Special Prize
(*) Yarışmada ilk altı özel ödülü
kazanan çizerlerinin ödül törenine katılmaları için gerekli ulaşım ve konaklama
giderleri Girne Belediyesi’nce karşılanacaktır...
Diğer “Özel Ödül” kazanan çizerlerinin
ödül törenine katılmaları kendi imkanlarınca sağlanacak; konaklama ve diğer
giderler Girne Belediyesi’nce temin edilecektir...
(*) The
transfer and accomodation expenses of the cartoonists who will win the first six
awards will be paid by the Municipality of Kyrenia…
Only
the accomodation expenses of the cartoonists who will win
particular/distinctive awards will be paid by the Municipality of Kyrenia…
DÜZENLEME KOMİTESİ
ORGANIZING
COMMITTEE