Saturday, December 01, 2012
New Blog of Humorgrafe
Peço a palavra - Rosário Breve – Crónica de Daniel Abrunheiro
Duche
tomado, queixo rasurado com pancadinhas finais de loção pós-barba, roupa
decente e sapatos não enlameados: eis como todas as manhãs, muito cedo, me
apresento ao público regional do café do bairro.
Às
seis e ¾ somos pouca gente – e sempre a mesma, para nosso burguesinho alívio.
Tenho logo direito, como os demais íncolas, ao nome próprio e a nem ter de
dizer ao que venho – que por igual me não variam o baptismo e o consumo.
Sento-me à mesma mesa da galeria e cafeíno-me devagar enquanto faço de conta
que as não espero. Mas espero-as. E elas nunca me falham, nunca tardam, não
deixam de vir jamais: as palavras de cada dia.
São
os brinquedos que levo mais a sério. É porque elas trazem pessoas dentro. As
palavras trazem pessoas dentro – o contrário é que nem sempre. Sem palavras que
as contivessem, as pessoas valeriam menos do que sinais de trânsito numa rua só
pedonal. A palavra “Rita”, por exemplo, contém duas dedadas castanhas chamadas “olhos”e
um travessão de discurso directo chamado “boca” que emanam “Senhor Daniel,
então o cafèzinho a dobrar mesmo como mand’-a-lei, pois atão não é verdade?”.
É, Rita.
A
palavra “Choupal” voa-me em falso e em vão para uma casa que já não tenho numa
cidade que não existe já (os Pais eram a casa, eram eles a cidade).
A
palavra “paz” faz-me sorrir por causa do Nobel dado este ano à União Europeia,
quando até a Rita sabe (e di-lo sem papas de gaguejo) que “ó senhor Daniel,
deviam mas era tê-lo dado aos nossos tribunais, a esses é que sim, ora veja-me
o senhor Daniel, o Isaltino em paz, o Valentim em paz, os coisos do BPN em paz,
os dos submarinos em paz, os casapiadófilos em paz, é mesmo como mand’-a-lei
pois atão não é verdade?”. É, Rita.
A
palavra “pedra” não me faz sorrir – por não ser palavra que se ponha nas mãos
de meia-dúzia de fedelhos, ainda por cima covardes, que, à frente de
manifestantes justamente indignados mas dignamente cívicos, rastilham na
polícia uma reacção só cirúrgica no banco das urgências hospitalares.
A
palavra “mulher”, tirando a que da particular minha é particularmente
continente, é-me já, por má-sina, mais volátil do que a branca cegonha cujo voo
caia de alvinitente neve alada os virentes arrozais e os púrpur’anilados céus
de Portugal: pois que, à beira não tarda do meu primeiro meio século de idade,
já a próstata me as faz ver tão mais formosa’petecíveis quão mais altamente
longínquas e mais longemente fora de unhas.
À
palavra “esperança” não dou, até por aziaga rima, confiança. O
ovo-no-cu-da-galinha não me é filosofia benigna. Será luzinha periclitante ao
cabo do túnel do doente terminal. Ou do honesto sportinguista. Ou do crédulo
penitente de impenitente e peregrina mania do vai-lá-com-deus. Sou mais do
correr do que do fiar-me-na-virgem.
É
bem verdade porém que, qual canavial inclinado pela tormenta eólica, tremo o
meu bocado à plural palavra que tão singular é: “filhas”. Rosas ambas de alvura
a mais nívea, vivo lírio cada uma cujo caule declina a etérea desinência que me
levou a ajudar a fazê-las de olhos fechados e braços abertos, fazem-me, agora
que deram já as sete e meia, merecer da manhã nova a sagração boa e o bom
verniz de estar vivo.
Assim
é, pois, que dou por mim cuidando de não atirar, afinal, pedras à esperança,
indo em lugar disso com elas, filhas e palavras, um destes dias de melhor sol,
a Coimbra rever a casa que era dos meus Pais e que eles eram, sítio onde
deveras se aprende o que, em letra e espírito, mand’-a-lei.
Não
é, Rita?
Concurso integrado no 50° aniversário da União Africana/ Organização de Unidade Africana "Change the Perspective" - Unidade africana- miragem e equívoco ou necessidade e oportunidade
Prazo de entrega: 31 de Dezembro de 2012 às 24 horas.
O concurso está integrado no 50° aniversário da União Africana/ Organização de
Unidade Africana (UA/OUA)
Os melhores trabalhos serão premiados, com 5.000 € para o 1° lugar, 2.000 € para o 2° lugar e 1.000 € para o 3° lugar.
Por favor, informem-se sobre as condições de participação (em inglês, francês, português e alemão) através da página: www.cartoon-competition.org
Enviem as vossas caricaturas a cada um dos seguintes emails:
Os melhores trabalhos serão premiados, com 5.000 € para o 1° lugar, 2.000 € para o 2° lugar e 1.000 € para o 3° lugar.
Por favor, informem-se sobre as condições de participação (em inglês, francês, português e alemão) através da página: www.cartoon-competition.org
Enviem as vossas caricaturas a cada um dos seguintes emails:
O antigo presidente sul-africano Thabao Mbeki, um dos fundadores da União Africana e da NEPAD, publicou uma critica à UA na edição de Setembro do jornal sul-africano "The Thinker". Thabao Mbeki explicou, porque não participou na 19° Assembleia da UA a 15 de Julho deste ano: "deveriamos ter aproveitado o 10° aniversário da União para discutir de uma forma séria, sistemática e estratégica o caminho percorrido por África na última década, assim como defenir onde estamos hoje e que rumo devemos tomar na 2° década da União."
O 50° aniversário da UA/OUA no próximo ano, pode ser uma excelente ocasião para se efectuar essa avaliação à Unidade africana e em geral ao Pan-africanismo. Por este motivo convidamo-los a participar nesta oportunidade única para abrir o debate em torno desta questão. Os caricaturistas poderão iniciar por primeira vez na história um importante debate politico com os seus trabalhos.
Na introdução do seu artigo, Mbeki cita ao escritor Afro-americano Diehters Langston Hughes: O que acontece com um sonho que se adia? (What happens to a dream deferred?), esta pergunta pode servir como estimulo para uma discussão criativa.
What happens to dream deferred?
Does it dry up
like a raisin in the sun?
Or fester like a sore -
And then run?
Does it stink like rotten meat?
Or crust and sugar over -
like a syrupy sweet?
May be it just sags
like a heavy load.
Or does it explode?
Acrescentámos nós ao artigo de Thabao Mbekis.
A Dream Deferred
Na nossa página de internet (www.cartoon-competion.org) encontram o link do texto "Pan-Africanist Debate" Visitem o site!!!
Esperamos, que estejam entusiasmados com o concurso de caricaturas que se realiza para celebrar o 50° aniversário da UniãoAfricana/ Organização de Unidade Africana.
Para concluir, queriamos pedir-vos que informem os vossos colegas sobre o concurso. Divulgem o convite através das vossas websites, portais de internet, assim como em cartas circulares e outras publicações.
Desejamo-vos o maior sucesso no concurso!!
Annette Hornung, Konrad melchers und Juergen Weber
Rede de journalistas alemāes para o terceiro mundo
(Dritte Welt Journalisten Netz, DWJN)
Monday, November 26, 2012
Álbum de Arte sobre Fernando Correia Dias (Penajoia - Lamego 1892 / Rio de Janeiro 1935)
A editora Batel, nos proximos dirá colocará nas bancas o álbum "Correia Dias, um poeta do Traço" da autoria de Osvaldo Macedo de Sousa, com o patrocinio da "Solombra".
Com este álbum de arte o Brasil redescobrirá o grande mestre do modernismo gráfico, um pioneiro que em Coimbra, com Christiano Cruz, Cerveira Pinto, Luiz Filipe e Balha e Melo deu um novo rumo às artes portuguesas. A partir de 1914, esse contributo será realizado em terras cariocas, já que foi nessa data que emigrou para o Rio de Janeiro. Aqui se estabeleceu, casando-se depois com a poetisa Cecília Meirelles. No Rio não só deu o seu pequeno contributo na arte da caricatura e do humor, como foi um pioneiro no design gráfico da imprensa, do livro, da ilustração, do ex-libris, da publicidade como nas artes decorativas. Cerâmica, tapeçaria, marcenaria, decoração de interiores e de jardins... revolucionário no âmbito da arte decô - marajoara a sua obra esteve esquecida desde a sua morta, em 1935. É tempo de redescobrir este grande mestre das artes do séc. XX.
Com este álbum de arte o Brasil redescobrirá o grande mestre do modernismo gráfico, um pioneiro que em Coimbra, com Christiano Cruz, Cerveira Pinto, Luiz Filipe e Balha e Melo deu um novo rumo às artes portuguesas. A partir de 1914, esse contributo será realizado em terras cariocas, já que foi nessa data que emigrou para o Rio de Janeiro. Aqui se estabeleceu, casando-se depois com a poetisa Cecília Meirelles. No Rio não só deu o seu pequeno contributo na arte da caricatura e do humor, como foi um pioneiro no design gráfico da imprensa, do livro, da ilustração, do ex-libris, da publicidade como nas artes decorativas. Cerâmica, tapeçaria, marcenaria, decoração de interiores e de jardins... revolucionário no âmbito da arte decô - marajoara a sua obra esteve esquecida desde a sua morta, em 1935. É tempo de redescobrir este grande mestre das artes do séc. XX.
Sunday, November 25, 2012
New Blog of Humorgrafe
HISTÓRIA DA CARICATURA EM PORTUGAL - Raphael Bordallo Pinheiro
Por:
Osvaldo Macedo de Sousa
1875
será um ano mágico, não que tivesse mudado muito a vida de Raphael, ou tivessem
desaparecidos as dificuldades de sobrevivência dos caricaturistas, mas foi o
ano em que Guerra
Junqueiro e Guilherme d'Azevedo resolveram lançar um jornal,
para o qual convidaram Raphael como ilustrador. Aqueles insignes escritores
surgem sob o pseudónimo de Gil Vaz, e os ilustradores anunciados são Arthur
Loureiro, Manuel de Macedo e Raphael, só que o primeiro não assina nenhum
desenho. Quem dominará será Raphael Bordallo Pinheiro, aparecendo só de vez em
quando um desenho de Manuel Macedo. O jornal semanário que publica o primeiro
número a 15 de Maio, teve sucesso, por isso, e num gesto de 'ganância', a
partir do n08 passa a diário (excepto 2as feiras) agora sob a direcção do
próprio Raphael, com formato maior, e novo cabeçalho que abrange toda a página.
Sai à noite, e a partir do 18° passa a sair de manhã, mas não sobrevirá além do
33°, por falta de viabilidade económica.
A
12 de Junho de 1875, no nº 5, Raphael Bordallo Pinheiro desenha uma personagem
com aspecto saloio, a ser ludibriada pelos políticos (neste caso o Ministro da
fazenda António de Serpa Pimentel) que pedem para o Santo António Fontes com o
menino Jesus D. Luís I ao colo, e que tem na perna escrito: Seu Zé Povinho. No
dia 26 reaparecerá esta figura com o São Pedro… Paio (Rodrigues Sampaio)….Desta
forma nasce o principal herói da caricatura portuguesa, um ícone que marcará
toda a nossa existência satírica.
O
Professor Doutor João Medina, o historiador que melhor tem compreendido o papel
da caricatura como testemunho documental histórico, no seu livro "Oh! A
república!. . ." (pág. 203/4/5) apresenta-nos desta forma esta personagem:
«Numa das suas crónicas n' O Primeiro de Janeiro, João Chagas observava em 1906
que, da palavra povo, em Portugal se fizera um diminutivo: povinho. E
acrescenta: «O povo, em toda a parte, é o Povo.»
«Em
Portugal é o – Zé».
«De
facto, entre nós, a menoridade do povo forçava-o a ser apenas um diminutivo e
uma abreviatura de um nome próprio, portanto, duplamente diminuído: um Povo que
se faz «Povinho» e um nome de baptismo que se faz abreviatura, um José que se
transforma em «Zé». Esta forma de diminuir, pese embora o seu lado carinhoso ou
familiar, não deixa de constituir uma forma de degradação social ou ideológica:
o conceito de povo (quer seja entendido como Terceiro, quer como Quarto estado)
reduz-se a uma alcunha, a uma caricatura um tanto terna, e o nome de
Todo-o-Mundo singulariza-se na abreviatura igualmente incaracteristica de um
protótipo banal. Desta junção nasce, no plano puramente verbal, o nome da
figura estereotipada que o lápis de Bordalo Pinheiro havia de criar em 1875, essa
figura simbólica cuja existência, mitologia e coriácea permanência ao longo do
tempo lhe garantiram lugar de destaque na nossa tradição político-cultural.»
«/…/
O Zé Povinho, arquétipo nascido todo vestido e calçado, de uma ponta a outra,
em Junho de 1875,/…/ cabelos crespos, tipo físico de extracção rústica, barbas
cerdosas, face rugosa, que se adivinha tostada, compleição sanguínea, chapéu
popular, de abas recurvas, jaqueta e camisa de camponês, um desses que ainda
hoje vemos pelo País fora, calças coçadas, sujas, muitas vezes remendadas,
sapatos cambados, de sola grossa, rudemente talhados, expressão um tanto alvar,
hílare quando ri, ar espesso, ingénuo e mazorro; em suma, um labrego e um
pelintra, um rústico, um campónio, um saloio, um Zé-Ninguém. O Zézinho. O Zé
Povinho. /.../ Parece não representar um grupo específico ou exprimir uma
ideologia unitária, antes concretiza uma sensibilidade, uma certa tara
nacional, uma forma de «Dasein» especificamente lusitano, ainda que,
logicamente, a sua inserção social se encontre na pequena e média burguesias
urbanas /.../ E aqui está a emblemática aparição primitiva do Zé: vítima inerme
das instituições, dos políticos, dos ministros, de todas as arbitrariedades;
súbdito do constitucionalismo, reduzido assim à sua realidade profunda, uma vez
despidos os ouropeis das suas ficções jurídicas (eleições, votos, parlamento):
o chicote. Como lhe lembrava Ramalho no texto da litografia do Álbum das
Glórias de Setembro de 1882 - jocosamente, por antífrase intitulada «O Soberano»:
«para continuares a gozar o sumo bem da liberdade que te outorgamos, tu não
tens que ter senão o pequeno incómodo de pagar tudo o que isto custa, e de dar
os vivas do estilo, sempre que a ocasião se ofereça, ao príncipe, à real
família e às instituições que vivem à tua custa». No pagar tudo estava o
essencial dos «direitos e deveres» do Zé Povinho: por isso a albarda
simbolizaria a sua submissão aos poderes constituídos, essa mesma albarda que,
para melhor efeito do daguerreótipo fictício, a litografia de 1882
discretamente depunha no chão, atrás do «Soberano» que, entre humilde e
incrédulo, ouvia chamarem-lhe «Povo Soberano»...
A
tradição de representação de um país por um ícone caricatural era algo que já
existia, como o John Bull em Inglaterra, a Mariana em França, o Urso para a
Rússia, depois virá o Tio Sam para os E.UA, mas pela primeira vez, e quase
única no mundo, Portugal não criou um símbolo iconográfico do país, mas sim do
seu povo. Os outros símbolos são ícones de orgulho nacional, enquanto que este
será mais um de vergonha. É a velha anedota de que o território de Portugal é o
paraíso onde Deus concentrou mais tempo a criar e embelezar, mas como
contra-balanço pôs aqui este povo.
Este
rústico, que era maltratado, espezinhado, possui uma educação liberal de
'brandos costumes'. É verdade que houve Marias da Fonte, de forma bem caceteira
nos tempos das guerras liberais contra absolutistas, mas eram Marias e não Zés.
Este Zé era o símbolo do povo que os intelectuais, e senhores da oposição governamental
detestavam e menosprezavam. Eles desejavam a mudança, vão desejar depois a
República, mas estão de mãos e pés atados com este povo que, apesar de
'espezinhado' e maltratado por este sistema político. não se revolta e lhes
dava o seu apoio.
Muitas
vezes Raphael sonhará, em desenho, com o levantamento do povo, com o derrube
das albardas, com um grito de revolta. Contudo, quando o criou, ainda não tinha
consciência da utilização ideológica e caricatural que viria
a ter na sua obra, na caricatura e na política nacional. O Zé será o primeiro
herói da caricatura nacional, já que os outros são anti-heróis...É o 'Mono' do
triste fado lusíada.
Aparecerá
também em ''A Lanterna Mágica" um Zé Povinho Júnior, só que este não tinha
grandes potenciais de sátira política (o contrário de hoje, onde a
'ingenuidade' infantil é um extraordinário meio de crítica), não tinha lugar na
luta social de então e desaparecerá de imediato. Em contrapartida, apesar da
evolução dos trajes, da forma de estar na sociedade, o Zé Povinho mantém ainda
hoje o seu lugar na caricatura portuguesa.
Tal
como Júlio Dantas escreveria, o «Zé Povinho esse tipo supremo que deixara
apenas apontado numa página imortal da "Lanterna Mágica". Criação do
grande artista, como o débardeur é criação de Gavarni, como a Tête de Poire é
criação de Philipon, como o Robert Macaire é criação do Daumier, símbolo eterno
do português sofredor, humilde e pé-de-boi, herdeiro directo do bom senso de
Sancho Pança e da filosofia secular dos franciscanos pedintes, o Zé Povinho
foi, daí por diante, desde a fúria sans-culotte do "António Maria"
até ao pessimismo amável dos últimos tempos, o comentador predilecto da obra de
Raphael Bordallo. Aparece em toda ela, com a sua face larga e risonha, o seu
chapéu braguês, o seu jaquetão de saragoça, a sua bonomia e a sua albarda...»
Nesse
ano de 75 lançará também o ''Almanach de Caricaturas", assim como ilustrou
o livro "Os Theatros de Lisboa" de Júlio César Machado. Na verdade o
teatro manterá sempre um lugar especial no amor e obra de Raphael. Mas, a
desilusão mantém-se. Não aceitou o convite para Londres, mas não recusará ir
tentar apanhar a galinha dos ovos de ouro ao Brasil. Para nós é estranha esta
opção, mas naqueles tempos o Brasil mítico, onde nasciam fortunas do nada, e onde
se falava a mesma língua (o que é muito importante para um humorista) foi o
destino de diversos caricaturistas portugueses, entre eles Raphael Bordallo
Pinheiro. Assim passadas três semanas da falência de ''A Lanterna Mágica",
Raphael e família partem rumo ao Rio de Janeiro.
Aí
terá sucesso, será proprietário de jornais, assim como terá desgostos,
complicações com caceteiros... e voltará. A sua presença no Brasil foi
importante para aquele país, na evolução da arte da caricatura, como foi
importante para Raphael na aprendizagem de técnicas, e na maturidade do seu
humor.
Ainda
em 1875, surgiu, e desapareceu no Porto ''A Parvónia Ilustrada", mantendo
a mediocridade geral.
IZMIR KONAK MUNICIPALITY, JOY AND CARTOON MUSEUM, RULES OF THE FIRST INTERNATIONAL CARTOON CONTEST WITH THE THEME : “IZMIR”
1- AIM:
In 2012, Izmir Konak Municipality has
established the Joy and Cartoon Museum to emphasize the peaceful, unifying
force of humor as well as its criticism
power and in order to create a joyful cultural
institution,.
Asking: “What Izmir reminds you as a cartoonist?”, it is decided to organize “Izmir
1st International Cartoon Competition”
to contribute to touristic development
and promotion of Izmir.
2- THEME
: The theme of the contest is “Izmir”. Every participant must visualize in his
work at least one of the current or historical things known about Izmir, with a direct or allusive way but in a humorous manner.
3- RULES
:
3.1- The cartoonists all over the world can
participate in this contest. There is
no age limit.
3.2-
The cartoonists, can send their
previously published or participated works in other competitions. However the works, should not be awarded and must
be based on the original idea of the artist. If the jury considers
that some works are imitation, stolen
or extreme inspiration, those works will be disqualified. The author
of an award-winning work with these defects, although in a post-detection, will
be the solely responsible for the possible copyright
issues, and beforehand he accepts to give back his award.
3.3-
Each participant can submit in the contest with a maximum of three works.
3.4-
The cartoons will not be returned, will be taken in the Joy and Cartoon
Museum’s collection, they can be used
for cultural purposes like posters, brochures and promotional
materials . The awarded works will become property of the
Konak Municipality.
3.5-The works selected by the jury will be exhibited and will also be compiled
in a catalogue . All the artists whose works are selected for this
catalogue, will receive a copy and
a certificate of participation.
3.6-The artists participating in
this contest automatically deemed to have accepted these
terms and conditions.
4-TECNIQUE AND DIMENSIONS: All kinds of techniques, studies in black and white or color are free.
To
be original , will be an extra point in
favor of the works.
Digital works will be accepted also. However
the works shall bear the original signature of the person
authorized. In both cases, the works
should not be attached to any other sheets. The cartoons must be sized Maximum
A3 (297 X 420 mm) and at least A4 (210 X 297 mm).
5-MARKING
OF THE WORKS : Name, surname, telephone
number, internet and postal addresses of the author should be written on the
back-sides of all cartoons. Completely filled Application Form with the size
6X9 cm and a short CV must be included in the sending envelope.
6-DEADLINE
: Deadline is 02.04.2013. The works must be delivered to the address below by
mail, by courier or by hand against receipt. Damaged works will not be
considered.
7-DELIVERY
PLACE AND POSTAL ADDRESS: İzmir Konak
Belediyesi Neşe ve Karikatür Müzesi ,
Yüzbaşı Selahattin Bey Sok. (Eski 1462 Sk) No : 9 Alsancak/ Izmir- TURKEY
8-JURY MEMBERS:
Doğan HIZLAN (Journalist – Writer)
Dr.Rıfat MUTLU
(Cartoonist-Representative of the Association of
Cartoonists in
Izmir)
Niyazi YOLTAŞ
(Cartoonist)
Tan ORAL
(Cartoonist)
Eray ÖZBEK (Executive board
member of the Museum-Cartoonist)
İzel ROZENTAL
(Cartoonist)
Mehmet ASLAN
(Painter-Cartoonist)
Cemalettin
GÜZELOĞLU (Cartoonist)
Dilek Maktal
Canko (Museum coordinator)
9-ORGANIZING COMMITTEE:
Dr.Hakan TARTAN
Mayor of Konak
Veli ŞAKIR
Deputy Mayor of Konak
Bahar AKDOĞAN ŞENGİL
Library Director
10-CONTEST CALENDAR:
Deadline :
02.04.2013
Jury meeting : 14.04.2013
Notification of definitive results : 25.04.2013
Jury will publish the selected works in the addresses www.izmirneselimuze.com
and www.konak.bel.tr and will be announced by e-mail to the
participants. After ten days, the finalized
results, will be announced through
the media and internet.
11-PRIZES :
First Prize: 10.000.-TL
Second Prize: 6.000.-TL,
Third Prize: 4.000.-TL,
First Honorable Mention:
2.000.-TL,
Second Honorable Mention: 2.000.-TL.
12-THE SECRETARIAT OF THE CONTEST:
Contest Manager: Özge AKSOY
Address: Konak Belediyesi Kütüphane Müdürlüğü
Milli Kütüphane Cd. No:14 SSK Blokları Blok Kat:6
Konak İZMİR
0 (232) 482 10 35 / 7558-7559-7457-7537