Saturday, January 04, 2014

Happy New Year 2014 with Pharaohs Magazine // Issue 128

Dear all my friends,

Happy New Year 2014
I hope all of you & enjoy with Pharaohs Magazine // Issue 128 - 129//
It's a great honor to send you Pharaohs Magazine
Issues 128 - 129 | Published in Cairo by FECO group Egypt.
You can click on the link below to download the PDF file of issue #  
128 - 129 :
http://www.pharaohsmag.com/Issues%20Magazine/Issue%20129.pdf
http://www.pharaohsmag.com/Issues%20Magazine/Issue%20128.pdf
Note: any reply on effatcartoon@hotmail.com
wait next issue 130 soonest
I hope you like it, and I'll wait for your opinion.
  Sincerely,
Ismail, M. EFFAT
President FECO of EGYPT
(Federation of Cartoonists Organizations)
Freelance Cartoonist
Correspondent of WittyWorld Int. Magazine
PS. welcome to visit my web site:
www.effatcartoon.com (under construction)
www.pharaohs.effatcartoon.com
http://effat.8m.com/
http://vilagokorseg.hu/Gallery/2002/Effat/index.html
http://hajnos.miroslaw.w.interia.pl/effat.htm
www.4islam.com/effat
E-Mail:
effatcartoon@hotmail.com
** info@effatcartoon.com
M.Effat

Friday, January 03, 2014

OptickMagazine nº 14

Acaba de ser publicado el último número de la revista Opticks, realizada desde Ibi (Alicante). Les adjunto el link a la noticia y a la revista:


La portada en esta ocasión la firma el ilustrador Jordi Vila Delclòs, a quien entrevistamos, conversamos con el poeta Ramón García Mateos sobre poesía y sobre su último libro publicado en Kalandraka junto al ilustrador Fernando Vicente, “De los álamos el viento”.
Julio Ruiz es la firma de lujo con la contamos en nuestro número 14. El actual Premio Ondas al mejor programa de radio musical nos habla sobre la evolución de la música vista desde su espacio en Radio3, el ya mítico programa “Disco Grande”.
El director de orquesta Manuel Hernández Silva detiene por un momento su paso ajetreado para concedernos una muy apetecible entrevista. Siguiendo en el apartado musical, McEnroe es el grupo que os presentamos en Ritmo, hablamos con ellos sobre su último disco “Las orillas”.
También nos reunimos con el actor José Luis Torrijo y conversamos con él acerca de “Hombres y Mujeres”, la obra que actualmente está llevándole por los teatros de toda España.
La escritora Elvira Navarro corrige y da uniformidad al texto que durante los últimos meses han ido creando distintos escritores en la última edición del concurso "Relato en Cadena".
Opticks 14 es un número importante porque damos a conocer los ganadores del V Premio Opticks Plumier de Relato Ilustrado. Publicamos el relato ganador y el accésit de esta edición.
Los ilustradores Dan May, Miguel Ángel Díez y Rafa Álvarez nos hablan sobre su profesión y analizan brevemente su trabajo artístico. Los ilustradores Verónica Grech, Nerina Canzi, Miquel Serratosa, Helena Toraño, Bea Crespo y Alicia Más son los que hacen que Opticks respire, que dan color, vida y ritmo a nuestras páginas.
Presentamos en Ritmo las fotografías de Stephen Cairns, Hengki Koentjoro, y las de los españoles Diego Verges y Salvi Danés.
El espacio de arquitectura se lo dedicamos a Yuhuhugs, “A ritmo de juego, arquitectura para niños”.
Los poemas de José Luis Zerón, Mª Engracia Sigüenza Pacheco y Mª José Alés y los relatos de Octavio Ferrero y Rosendo Martínez Rodríguez, completan el número. 

Si necesitan más información no duden en preguntarnos.
Saludos.



Octavio Ferrero
Dir. Opticks Magazine

Thursday, January 02, 2014

Announcement of results of INTERNATIONAL EXHIBITION OF WINTER HOLIDAYS 2013



Christmas & Co.
Diplomas of Excellence
were accorded to:
Mr. Devis Grebu, Romania
Mrs. Elena Ospina, Colombia
Mr. Jacek Frackiewicz , Poland
Mr. Marcin Bondarowicz, Poland
Mrs. Riina Maido, Finland

Participants in the exhibition
86 artists from 36 countries with 130 works

Salt & Pepper Magazine

A Happy New Year 2014 ! Un An Nou fericit 2014 !
" Have enough salt and pepper in your life to be healthful, happy and full of humor !"

Mrs. Irina IOSIP
visual artist
http://irinaiosip.weebly.com/
Founder & Editor of:
Salt & Pepper Magazine
http://saltandpepperm.blogspot.com
e-mail: salt.pepper.m@gmail.com
SALT & PEPPER INTERNATIONAL EXHIBITIONS

Ano Novo - Luís Vaz de Camões

"Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos." 

Wednesday, January 01, 2014

RECEITA DE ANO NOVO - Carlos Drummond de Andrade


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Tuesday, December 31, 2013

Happy New year 2014 (in cartoon)

 Christian Indus
 Demetrios Coutarelli
 Fatima Yasrebi
 FM
 Malagon
 Tesa e Paco Piedcausa
 Triana
René Bouschet

Cartões de Feliz Ano Novo de amigos cartunistas portugueses

 Álvaro
 Carlos Seco
 João Mascarenhas
Terminal Estúdios

"60 anos da História de Portugal em cromos" - O Catálogo é em formatoePDF, e está disponível online

CATÁLOGO DA MOSTRA 
“60 ANOS DA 'HISTÓRIA DE PORTUGAL' EM CROMOS” 
OFERECIDO EM FORMATO ePDF PELA BNP

Comece o novo ano com um ebook! A Biblioteca Nacional de Portugal oferece-lhe o Catálogo da Mostra "60 anos da História de Portugal em cromos", realizada de 3 a 31 de Outubro passado e organizada por Leonardo De Sá e José Manuel Mimoso. O Catálogo é em formatoePDF, e está disponível online AQUI até ao próximo dia 7 jan.



Capa do Catálogo da Mostra "60 anos da História de Portugal em cromos"
autores: João Manuel Mimoso; Leonardo De Sá
editor: BNP
ano de publicação: 2013
ISBN: test9789725655030
nº de páginas: 106
formato: ePDF


Catálogo da mostra patente na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), entre 3 e 31 de outubro de 2013, que assinala os 60 anos da primeira edição da História de Portugal em cromos (outubro de 1953): uma coleção de 203 cromos vendidos em envelopes-surpresa, que teve edições sucessivas até 1973.Para além da reprodução dos originais da capa da caderneta, de alguns cromos, de várias edições das cadernetas, dos respetivos envelopes-surpresa, e ainda de publicações que reproduziram ilustrações da coleção, o catálogo conta ainda com dois textos enquadradores, um sobre os 60 anos da História de Portugal em cromos, da autoria de João Manuel Mimoso, e outro sobre o ilustrador da mesma, Carlos Alberto Santos, da autoria de Leonardo De Sá. Sublinhe-se que a História de Portugal em cromos, hoje com um estatuto mítico nas memórias dos que a colecionaram durante os 20 anos em que foi vendida, constituiu o maior êxito da Agência Portuguesa de Revistas, conhecida editora no campo do cromo.

O formato ebook da mui nobre instituição “requer a prévia instalação do leitor Adobe Digital Editions (ADE) disponibilizado gratuitamente pela Adobe”.

Štyri storočia novoročeniek (dve písmenka pre šťastie

Pondělí, 30 Prosinec 2013 00:00 Peter Závacký
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Príchod nového roka bol vždy vítanou príležitosťou a zostal s ňou aj dodnes, vzájomne si zablahoželať, veľa zdravia a všetko najlepšie počas 365 dní v novom roku, nielen v rodinách, ale aj medzi najbližšími susedmi, priateľmi a známymi.  Neskôr, keď už to umožnilo poštové spojenie, okrem osobných stiskov rúk sa prešlo aj na blahoželania a priania písané. Zrodili sa prvé papierové novoročenky. 
S ich jedinečným a neopakovateľným čarom sa stretávame už štvrté storočie.  Aj keď o ich prvenstvo sa ešte stále sporia a hlásia okrem viktorianskéo Anglicka (Dobson, Horsley, Cole) aj Nemci (Endletzberger), Rakúšania (Schwartz) ale aj Česi (Chotek), nás viac uspokojuje poznanie, že krásny zvyk posielať si k novému roku novoročné pozdravy nestratilo nič zo svojho čara a uchovalo sa aj v čase e-mailov a správ SMS.
Novoročenky sa však stali aj  predmetom vášnivého zberateľského záujmu, ale aj premetom tvorivého umeleckého záujmu známych a renomovaných výtvarníkov, ktorí do týchto originálnych umeleckých diel vkladajú aj kopec vlastného espritu a svoje  osobné posolstva. Populárne "péefky" výtvarníkov sú aj ich osobnou vizitkou. Každý z nás si rád pozrie po vianočným stromčekom doručenú úsmevnú kresbičku a s vďačným pocitom, že sa stal vlastníkom originálneho dielka "pre šťastie" určeného iba pre nás.
Nechýbajú ani rozšírené muzeálne expozície novoročeniek alebo ich opakované a hojne navštevované výstavy v galériách, najčastejšie v období Adventu a Troch kráľov. Novoročenky sa stali nielen prostriedkom hromadnej komunikácie medzi ľuďmi ale predstavujú aj jedinečnú formu prezentácie histórie - jej dobovú atmosféru a život. A tak sa z pôvodných kartičiek na prelome storočí so známymi zimnými motívmi - ručne maľované, neskôr už spod tlačiarenského lisu aj grafické dielka drevorezy, drevoryty a litografie vznikla  a uchovala sa vo svete až do dnešných dní krásna tradícia prekvapiť svojich blízkych nielen pohľadnicou ale aj autorskou ozdobenou novoročenkou s dvoma známymi a symbolickými písmenkami pre šťastie - P.F. (pour féliciter).
Okrem úprimného vinša, pozdravu a želaniu zdravia, šťastia, radosti a veselosti po celý rok sú pre nás aj posolstvom a víziou do budúcnosti. Aj preto nás najviac potešia motívy optimistické a humorne ladené, či so symbolikou večného vesmíru, ktoré navodzujú príjemnú sviatočnú atmosféru a s nádejou, že budúci rok bude dobrým a úspešným, lepším a úspešnejším, ako ten predchadzajúci. A pre budúcnosť uchovávajú aj našu súčasnú  dobovú  atmosféru. Niekoľko takýchto malých a originálnych úsmevných výtvarných dielok - novoročeniek od známych výtvarných umelcov, z nového milénia, vám radi predstavujeme
(Vladimir Suchánek, Adolf Born, J.Winter - Neprakta, L.Vaněk, V.Močalov, Daniela a Karel Benešovi...)

Peter Závacký - kurátor a Jiří žáček - básník


Remorsos de um encenador de teatro por FILIPE LA FÉRIA*29 dezembro 2013 no Diário de Notícias

Remorsos de um encenador de teatro por FILIPE LA FÉRIA*29 dezembro 2013 no Diário de Notícias
Muita gente me acusa de ser o culpado do estado de desgraça do nosso país por ter reprovado Pedro Passos Coelho numa audição em que eu procurava um cantor para fazer parte do elenco de My Fair Lady. Até o espertíssimo gato fedorento Ricardo Araújo Pereira já afirmou que eu devia ser chicoteado em público todos os dias até Passos Coelho desistir de ser primeiro-ministro, como insistentemente o aconselha o Dr. Soares.
Na verdade, confesso que em 2002, quando preparava os ensaios para levar à cena My Fair Lady fiz uma série de audições a cantores para procurar o intérprete do galã apaixonado por Elisa Doolittle, a pobre vendedora de flores do Covent Garden, personagem saída da cabeça brincalhona e maniqueísta de Bernard Shaw, genial dramaturgo que no seu tempo se fartou de gozar com políticos. Entre muitos concorrentes à audição, apareceu Pedro Passos Coelho de jeans, voz colocada, educadíssimo e bem-falante. Era aluno de Cristina de Castro, uma excelente cantora dos tempos de glória do São Carlos que tinha sido escolhida por Maria Callas para contracenar com a diva naTraviata quando da sua passagem histórica por Lisboa. As recomendações portanto não podiam ser melhores e a prova foi convincente. Porém, Passos Coelho era barítono e a partitura exigia um tenor. Foi por essa pequena idiossincrasia vocal que Passos Coelho não foi aceite, o que veio a ditar o futuro do jovem aspirante a cantor que, em breve, ascenderia a actor protagonista do perverso musical da política. Se não fosse a sua tessitura de voz de barítono, hoje estaria no palco do Politeama na Grande Revista à Portuguesa a dar à perna com o João Baião, a Marina Mota, a Maria Vieira, e talvez fosse muitíssimo mais feliz. Diria mal da forma como o Estado trata a cultura em Portugal, revoltar-se-ia com os impostos que o teatro é obrigado a pagar, saberia que um bilhete que é vendido ao público a dez euros, sete vão para o Estado, teria um ataque de nervos contra os lobbies da Secretaria de Estado da Cultura, há quarenta anos sempre os mesmos... não saberia sequer o nome do obscuro e discretíssimo secretário da Cultura oficial, não perceberia porque em Portugal não há uma Lei do Mecenato que permita aos produtores de espectáculos cativar os mecenas, tal é a volúpia cega dos impostos, saberia que cada vez mais há artistas no desemprego em condições miserabilistas e degradantes, que fazer teatro, cinema ou arte em Portugal se tornou um acto de loucura e de militância esquizofrénica. Mas a cantar no palco do Politeama estaria bem longe da bomba-relógio do Dr. Paulo Portas, cada vez mais fulgurante como pop-star, da troika, agora terrível e pós-seguramente medonha, das reuniões de quinta-feira com o Senhor Professor, do Gaspar que se pisgou para o Banco de Portugal, dos enredos do partido bem mais enfadonhas do que as animadas tricas dos bastidores do teatro, das reuniões intermináveis com os alucinados ministros, das manifestações dos professores, dos polícias, dos funcionários públicos, dos pescadores, dos estivadores, dos reformados, dos trabalhadores de tudo o que mexe e não mexe em cima deste desgraçado país, ah!, e das sentenças do Palácio Ratton que agora são chamadas para tudo, só para tramarem a cabeça intervencionada do pobre Pedrinho... não bastava já as constantes birrinhas do Tó Zé Seguro, as conversas da tanga do Dr. Durão Barroso, o charme cínico e discreto de Madame Christine Lagarde, as leoninas exigências da mandona da Europa para Bruxelas assinar a porcaria do cheque. Valha-me o Papa Francisco que tudo isto é de mais para um barítono!
Assumo o meu mais profundo remorso. Devia ter proporcionado ao rapaz um futuro mais insignificante mas mais feliz. Mas, tal como Elisa Doolittle, que depois de ser uma grande dama prefere voltar a vender flores no mercado de Covent Garden, talvez o nosso herói renegue todas as vaidades e vicissitudes da política e suba ao palco do Politeama para interpretar a versão pobrezinha mas bem portuguesa de Os Miseráveis!
PS. O artigo foi escrito em português antigo. No Teatro Politeama nem as bailarinas russas aderiram ao Acordo Ortográfico.

* Encenador e dramaturgo. Diplomou-se em Londres com uma bolsa da Fundação Gulbenkian, foi diretor da Casa da Comédia. Com "What happened to Madalena Iglésias" iniciou e revitalizou o teatro ligeiro

Sunday, December 29, 2013

Happy new 2014

 Damir Novak
 Evzen David
 Peter Závacký
 Raquel Orzuj
 Stane Jagodic
Stefan Despodov

Crónica Rosário Breve - Aritmética de rebanho por Daniel Abrunheiro


Digo-o de cor mas não à pressa: a 8 de Março próximo, é de celebrar o primeiro século decorrido desde a magia de maravilha daquele   momento/limiar em que, acercando-se de uma cómoda alta em perfeito transe de criação, um tal Fernando Alberto Pessoa Caeiro deu à luz, e de um jacto, os poemas de O Guardador de Rebanhos.
Esse mesmo ano quatordécimo do XX foi o do rebentamento da famigerada Grande Guerra, também chamada Primeira Mundial (como se toda e qualquer guerra, por invariavelmente configurar o crime da desumanidade contra a humanidade, não fosse sempre mundial).
E foi também, já agora, o do nascimento de Alberto dos Santos Abrunheiro, meu Tio paterno e o mais perfeito exemplar da mais exemplar solidão pessoal que já me foi acontecido conhecer. Amputado aos dezanove anos de uma das pernas no mesmo ano de gangrena da ascensão de Hitler à chancelaria do Reich e da, por cá, infame Constituição salazarenta que pros(ins)tituiu a ratazanaria do Estado Novo, esse meu também Alberto atravessou a vau o almegue desolado da própria existência, a qual se lhe finou, sozinho ele como à chuva um cão sem coleira, a 14 de Agosto de 1980. Outro catorze para outro Alberto, portanto: aritmética de rebanho.
Destas águas passadas, confesso, se movem os meus moinhos, quiçá se não de mais. São, por assim dizer, a minha cinemateca portátil, pois que, surda e gestual à maneira de cinema-mudo comigo sozinho na plateia, sempre me deixa re(vi)ver o-que-lá-vai no cumprimento da ameaça de nunca mais voltar.
Entre o ano que aí vem e o que ora se nos acaba, parece-me bem (mal) que o Diabo já veio e já escolheu: mais do mesmo e p’ra pior. O contumaz e relapso desGoverno da Nação, em inquebrantável imunidade ao mais simples civismo como o daltónico ao arco-íris, tudo (des)fará em proveito do piorio.
Passos continuará sempre inapto e inepto, incapaz sempre de entender o Barão de Itaraté: “Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.”
Já o inefável Portas não há-de ter, dentre as dezenas de milhar de fotocópias que à escancarada sorrelfa esmifrou ao xerox do Ministério da Defesa, uma mera folheca A4 que lhe recorde o que Virginia Woolf recordou, que foi aquilo que fez a Lady Winchelsea escarnecer do autor de Trivia, um tal John (curiosamente) Gay: “Mais lhe competiria andar à frente da carruagem do que andar nela.”
Resta-nos, dos vigentes, o mineral Cavaco, cuja rigidez malar trai dele a propensão facínora para a lagrimeta de esguicho provinda da flor de plástico à lapela de mau cómico. Porque, de entre tantas mais coisas, a “preocupação” dele para com os reformados se resume a dois utentes: ele próprio e a própria mulher dele próprio.
Em 2013 como em 2014, tudo isto me parece ser de sem-tirar-nem-pôr, tão-só ressalvando, da geral canalhada, a rapaziada de toga-tunga do Tribunal Constitucional, benza Deus a tais santinhos deste mais estábulo do que Estado.

À guisa, enfim, de conclusão, isto está pró péssimo e não vai p’ra menos ruim. Optimismos tolos, sirva-se deles o acéfalo de serviço à porta da sopa-dos-pobres em arroubo de caridadezinha sazonal. A verdade é sermos, um a um(a), dez milhões de pategos sempr’agradecidos a Vossa Senhoria, o bonèzito estendido como língua de pano, o joelhozito dobrado em ângulo tipo-Cova-da-Iria ante a azinheira do Poder. Como é verdade também subirmos todos já a encosta nascente da Serra do Caramulo, em cujo cume pontifica o quarto sozinho e crepuscular do sanatório que os dois Albertos, o que era meu Tio e o que guardava rebanhos de tinta por veigas de papel, escolheram para, respectivamente, morrer e nascer – dois actos existenciais que o próximo ano não promete propriamente vir a saber distinguir.

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