Saturday, January 22, 2011

Eleições em caricatura - O candidato por Alvaro

http://revistamodafoca.blogspot.com/2011/01/alvaro.html

Eleições Presidenciais em Caricatura por Santiagu

Eleições para um cargo que só serve para se gastar dinheiro, porque é apenas representativo do que a politica é, ou seja um poleiro dos desgovernadores deste país. Como todos os politicos fazem tudo o que não prometeram em campanha, e nada fazem do que prometeram. Quanto mais politicos conheço, mais gosto de ratazanas... E o povo que não se queixe porque é ele que os põe lá, votando cegamente nos mesmos, no mesmo sistema, no regime das promessas demagógicas, dos compadrios, da corrupção, do sistema mafioso dos partidos... Acabei de receber o ordenado, que no ano passado já não foi aumentado, com um corte de cerca de 3,5%. Se esse dinheiro ainda fosse para que o pais saisse da crise, mas vai é para o bolso dos politicos, dos gestores públicos, das artimanhas bancárias, para o governo de alguns...

Friday, January 21, 2011

Le Canard Libéré N° 187 (Humour Marrocain)

http://www.lecanardlibere.com/

Humour e Cartoon by René Bouschet










Thursday, January 20, 2011

Caricature- FDR... por Pedro Molina

http://www.pxmolina.com/


Lançamento da Revista "Nova Águia" a 20 de Janeiro na Hemeroteca de Lisboa


Wednesday, January 19, 2011

Janeiro na Bedeteca de Beja

EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
Bailados de Papel – Centenário do Nascimento de Fernando Bento 1910 – 2010
Fernando Bento é um dos “gigantes” da banda desenhada nacional e marcou o século passado com o seu traço estilizado e elegante… A exposição mostra esse percurso e apresenta ao público algumas das revistas onde Bento vincou a sua arte, como o Diabrete ou o Cavaleiro Andante…
Galeria de Exposições Temporárias (1º andar).
De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.

Até 31 de Janeiro.
MONTRA DE JANEIRO
Café Espacial
A montra deste mês debruça-se sobre a revista Café Espacial, de São Paulo, lançada pela primeira vez em Outubro de 2007. Pelas suas páginas têm passado alguns dos artistas “independentes” mais importantes da cena brasileira, mas também alguns autores argentinos e portugueses. Um belo projecto (a revista já ganhou dois Troféus HQMix, o mais importante galardão atribuído no Brasil) encabeçado por Sérgio Chaves. Para descobrir, aqui na Bedeteca…
De 3ª a 6ª das 14h00 às 17h30 e das 19h30 às 23h00.
Sábados das 14h00 às 20h00.
Até 31 de Janeiro.

CONVERSAS SOBRE CINEMA E BD, POR VÉTE
Cinema e BD
Desde há muito que o cinema e a banda desenhada se contaminam… Véte fala-nos da relação entre as duas artes, com muitas imagens à mistura.
Dia 7, sexta-feira, às 21h30. As CONVERSAS SOBRE BD E CINEMA realizam-se todas as primeiras sextas-feiras de cada mês.

LANÇAMENTOS E APRESENTAÇÕES
Banzai
Apresentação da revista Banzai, da NCreatures. O n.º 0 traz-nos a primeira parte de “The Mighty Gang”, de Joana Rosa Fernandes e “Kuroneko”, de Cristina Dias. A mangá portuguesa a marcar presença…
Dia 21, sexta-feira, às 21h00.
TRAÇOS DO JAPÃO – SESSÕES DE ANIME, DA NCREATURES
Evangelion: 1.01
“Durante o cataclismo global conhecido como Segundo Impacto, metade da população do mundo morreu.” Este é o mote de Evangelion: 1.01, de Hideaki Anno, Masayuki e Kazuya Tsurumaki, um dos mais fabulosos filmes de animação de sempre. O filme terá apresentação de Paulo Monteiro.
Dia 21, sexta-feira, às 21h30.
Os TRAÇOS DO JAPÃO – SESSÕES DE ANIME, realizam-se todas as terceiras sextas-feiras de cada mês. A entrada é livre.
OURIÇO-DO-MAR – OFICINA DE BANDA DESENHADA
Ouriço-do-Mar
Nesta oficina podes aprender a fazer uma banda desenhada a partir de exercícios muito simples. Podes visitar-nos apenas uma vez, ou ficar connosco durante todo o ano, para te abalançares a projectos mais arrojados!
Todas as 3ªs feiras, das 19h30 às 20h30.
Para autores entre os 8 e os 12… A entrada é livre.
A partir de dia 25.
TOUPEIRA – OFICINA DE BANDA DESENHADA
Toupeira
O Toupeira – Oficina de Banda Desenhada é a mais antiga oficina de banda desenhada a funcionar em Portugal e deu origem ao Toupeira, um grupo informal de autores que publica os seus trabalhos no fanzine Venham + 5, da Bedeteca. Aqui podes aprender a fazer uma banda desenhada aprendendo os rudimentos básicos desta arte, ao longo do ano, ou podes simplesmente aparecer para conversar e para mostrares os teus projectos.
Todas as 5ªs feiras, das 19h30 às 20h30.
Para autores a partir dos 13 anos… A entrada é livre.
A partir de dia 27.
LEMON STUDIO - CLUBE DE MANGÁ
Lemon Studio
O Lemon Studio é um clube informal dedicado à mangá. No Lemon Studio podes trocar opiniões sobre os teus autores favoritos, ler, conversar e trazer os teus livros e revistas favoritos … E organizar projectos, claro… Basta apareceres.
Todas as 4ªs feiras, das 16h00 às 19h00.
MAGIC THE GATTERING – CLUBE DE MAGIC
Magic
Gostas de Magic e não tens onde jogar? Apetece-te passar as longas tardes de Sábado com os teus amigos à volta das cartas? Junta-te ao Clube!
Todos os Sábados das 15h00 às 20h00.
SUGESTÃO DA BEDETECA PARA JANEIRO – LIVROS DO MÊS
Palestina – Uma Nação Ocupada e Palestina – Na Faixa de Gaza, de Joe Sacco
No início dos anos 90 Joe Sacco, jornalista e autor de banda desenhada, permaneceu vários meses nos territórios ocupados da Palestina, viajando e tomando notas sobre a vida quotidiana de palestinianos e israelitas. Regressado aos Estados Unidos começou a trabalhar nos dois volumes de Palestina, combinando algumas técnicas jornalísticas com as técnicas narrativas próprias da banda desenhada. O resultado foi uma obra que demonstra de forma brilhante a vida de todos os dias debaixo de uma ocupação prolongada e altamente repressiva, num contexto sempre complexo. Palestina ganhou o American Book Award, e é considerada uma das obras mais relevantes e sensíveis sobre o problema israelo-palestiniano, infelizmente sempre actual. Os livros Palestina – Uma Nação Ocupada (156 páginas) e Palestina – Na Faixa de Gaza (162 páginas), de Joe Sacco, foram publicados pela Mundo Fantasma em 2004.
BEDETECA DE BEJA
BIBLIOTECA / GALERIA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS / NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA / NÚCLEO DE CARTUNE, ILUSTRAÇÃO E CINEMA / NÚCLEO DE TRABALHO / ESPAÇO INTERNET / LOJA / EDIÇÕES / ARQUIVO DE ORIGINAIS / OFICINAS / CLUBES / PROGRAMA DE OFERTAS / EXPOSIÇÕES PARA ITINERÂNCIA

A Bedeteca de Beja é um equipamento da Câmara Municipal de Beja.
Parceiros: Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja / Museu Regional de Beja / NCreatures
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
De 3ª a 6ª, das 14h00 às 12h30 e das 19h30 às 23h00. Sábados das 14h00 às 20h00.
Contactos:
Bedeteca de Beja
Edifício da Casa da Cultura
Rua Luís de Camões
7800-508  Beja PORTUGAL
bedeteca@cm-beja.pt
http://www.festivalbdbeja.net/

La Mala Atencion - Cartoon de Pedro Molina

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Historia da Caricatura de Imprensa em Portugal - Ano 1911

Por: Osvaldo Macedo de Sousa
O ano de 1911 será um ano crucial na revolução da caricatura.
Os tempos revolucionários tornam a juventude ousada e construtiva, procurando refazer em meses, o que não foi conseguido em décadas.
Na capital existe uma geração ávida de mudanças, onde -se incluíam jovens como Almada Negreiros, Stuart Carvalhais, Hipólito Collomb, Jorge Barradas… tendo como líder espiritual Christiano Cruz (Leiria 1892 / Angola 1951).
A sua obra surge em “O Gorro” (1909), publicando também em “A Farça” (1909), “Limia” (1910), “Novidades” (1911), “A Águia” (1911), “A Lucta” (1912), “A Rajada” (1912), “A Bomba” (1912), “A Capital” (1913)…
Christiano ao vir para a Capital trouxe consigo a chama da ruptura modernista. Como referirá António Soares (In Vida Mundial de 9/7/71), era Christiano Cruz - infelizmente esquecido - o de maior valor entre todos; e Jorge Barradas (in Diário de Lisboa 5/12/1963) acrescenta a este homem superior, que seria sem dúvida um notável Pintor e, na mesma dimensão, escultor ou arquitecto, a este homem demos nós, sem prévia combinação, o lugar de Primeiro.
/…/ Tinham os seus desenhos muito de si próprio: como ele, eram severos e sólidos. Os desenhos e legendas que inventava eram, por vezes, lapidares, incisivos e castigadores como punhos de boxeur.
Sem qualquer pretensão a líder, vê-se rodeado de uma geração ávida de irreverência estética, e é esse grupo que receberá de braços abertos, em 1911, o único artista plástico exilado por questões políticas - Leal da Câmara.
É um mestre que tinha imposto uma ruptura na estética raphaelista, que tinha dado o exemplo da importância da sátira na sociedade portuguesa, impondo o humor como um correctivo duro ao regime. É um artista que se tinha imposto além fronteiras, como um dos mais importantes caricaturistas franceses da época.
Sobre a implantação da República escreverá (in “Leal da Câmara” de Aquilino Ribeiro, Ed. Bertrand, pág. 51): É claro que me congratulo pelo advento da República. A República, que mais não seja, representa um marco milenário na passagem da turba lusitana, e pretexto a uma revisão geral. Resta que os novos dirigentes aliem a uma honradez, que eu lhes não contesto, habilidade e inteligência para encaminhar depressa a por boa estrada o carro do Estado, como queria o senhor de La Palisse. O que há de melhor nesta forma de regime é a faculdade em desalojar os ineptos e incompetentes, diga-se o que se disser. Isto de cada um se sentir senhor de si próprio e não herdado como um carneiro conta para meia dúzia apenas, mas esta meia dúzia é em todos os tempos a que marca. Nada mais absurdo que a cataplasma dum D. João III, dum D. João VI colada ao organismo polimórfico, que é um povo, entravando-o e emburrecendo-o.
Não mandei telegrama de parabéns a ninguém porque não seria lógico fazê-lo de minha parte. A única pessoa que tenho o direito de felicitar sou eu próprio que desde menino, até à data, não mudei de opiniões e sempre combati, na medida das minhas possibilidades pelas ideias de que agora se começam a colher os frutos. Vou enviar-lhe o número do Assiette sobre a Revolução. À parte o lado teórico do movimento político, alegra-me que não tenha havido sarrabulho nem represálias, não esquecendo que todos os portugueses são irmãos, erros todos os praticam, e não se podem responsabilizar por desmandos ou mesmo ladroeiras de A e B quantos cidadãos viviam à sombra da árvore monárquica ou compunham a sua romaria administrativa e militar.
Quanto à minha ida, não fixei ainda datas, O certo é que, mais dia, menos dia, darei uma saltada a Portugal.
Entretanto é fundada a revista “A Sátira” (nº 1 de 1/2/1911), propriedade de Joaquim Guerreiro, um caricaturista sem grande interesse estético, ou satírico, mas que graças ao poder económico consegue introduzir-se no seio deste grupo de jovens irreverentes. Só terá quatro números, mas publicará trabalhos de mais de duas dezenas de artistas. Quem predomina é naturalmente o proprietário, assim como Stuart Carvalhais que surge como Editor. Este será o único posto de responsabilidade que o mais famoso boémio da caricatura, Stuart Carvalhais, ocupará. Entre os colaboradores de destacar as obras dos modernistas Christiano Cruz, Luíz Filipe, Correia Dias, Almada Negreiros, Menezes Ferreira… assim como de Leal da Câmara, Valença…
“A Sátira” apresenta no seu editorial estas suas intenções:

Ridendo castigat…
Assesta leitor amigo o teu monóculo e aguça a tua curiosidade que vae levantar o panno. A funcção vae começar. Podia pôr-se sobre o pórtico, Aqui vive o riso em opposição à tremebunda porta do Inferno do Dante: Deixai aqui toda a esperança. Não. Nós preferimos aos oculos de Heraclito, um chorão histórico que padecia dos callos, o grande riso franco e jovial de Demócrito um galhofeiro que sabia o que eram dôres de barriga ou unhas encravadas e «……….. ria Do que a nós nos causa dor;»
A funcção vae começar. Apresta-te que a ronda começa agora farandolando. Aqui verás passar toda uma galeria de typos que tu conheces /…/ tudo isso que faz parte da grande Comédia humana, tudo isso ao abrir das paginas te saltará sorrindo, gargalhando, foliando desengonçado e picaresco. /…/ até que tu, leitor amigo, mon semblant. mon frere como se diz no Baudelaire, tenha dado cabo das presilhas….
Como se pode verificar, apesar de muita bazófia intelectual, nada de conteúdo filosófico-caricatural, como seria de esperar desta direcção. Para além da importância dos desenhos e desenhadores, o nº 4, e último, na última página dá-se um momento histórico, ou seja é publicada a acta de uma reunião de Humoristas Portugueses, que fundam a Sociedade dos Humoristas, a primeira da classe em Portugal.
O jornal “O Zé” (9/1/11) faria reportagem sobre a reunião que deu como consequência a criação desta Sociedade. Eis pois esse artigo sob o título de “O Riso Forma Quadrado”: Na Quarta Feira passada, os humoristas do lápis e da penna reuniram na redacção da Satyra, com o fim de assentarem as bases d’ uma aggremiação.
A essa reunião, os artistas concorreram em grande número, ficando logo assente que se nomeasse uma comissão, para metter hombros à árdua tarefa da organização do syndicato. Essa comissão ficou constituída pelos srs. Francisco Valença, Joaquim Guerreiro, Carlos Simões e Cardoso Martha.
O riso tem tanto direito a formar quadrado como qualquer tropa fandanga… voluntariamente falando. Alinhadas as fileiras irreverentes, sahirão do arco… da graça as settas aligeras da critica satyrica e inoffensiva.
Que demónio! que se espalhem os solitários tristes, os mazombes lyricos e chorões, indo cada um para seu lado chorar pitanga !…
O que se não deve desunir é o riso. A gargalhada franca, os corações abertos e bondosos, as almas alegres e enternecidas, devem andar junctas, como as pombas brancas e puras, andam a correr em bandos alegres e claros, nos seus voos altaneiros pelos espaços.
Temos que nos unir…O Zé saúda-os e accompanha-os de todo o coração.
Segue o texto, publicado em “A Sátyra”, que saiu aprovado na reunião:

SOCIDADE DOS HUMORISTAS PORTUGUESES

“A união faz a força”, diz a velha philosophia das nações. N’ esta conformidade, e humorismo portuguez, empunhando o lápis e a penna, as suas armas de combate, aggremiou-se, para melhor continuar a sua campanha de riso de ironia.
Se já se associaram a imaginação criadores, com as sociedades picturaes; a sciencia, com as collectividades scientificas; as bellas lettras com as academias litterarias; o prazer mundano, com os clubes de recreio; a caridade com os casos de beneficência; o esforço physico, com as associações trabalhadoras - porque se não uniriam estreitamente a graça do lápis e o espirito da penna?
Assim se pensou assim se fez. Os rebeldes, e indomáveis humoristas, bohemios e vagabundos, despreocupados do dia seguinte, acabou de prender mais curtos os seus instinctos de vid’airada, e resolveram dar-se as mãos. A caricatura não serve só para desmandibular as multidões n’um riso animal. Tem uma grave responsabilidade perante a historia, qual seja a da concepção dos costumes.
É o fiscal da virtude contra o vicio do mérito contra o cretinismo, do bom senso contra o ridículo o como sorriso na bocca, aqui prende uma lata ás abas da casaca, crava um alfinete na anca postiça, mette n’ uma bocca inepta uma grossa rolha de trapos. Era preciso restituir à caricatura o humorismo, à sua missão moralisadora ? Pois bem: serão os sacerdotes d’ essa religião quem vae reerguer-lhes os altares meio-destroçados.
Breve a sociedade de Humoristas Portuguezes começará de dar os fructos. E Portugal terá um logar não desdourante entre os grandes paizes europeus que n’ este ramo de arte se distinguem.
Em reunião do mez pretérito, foram votadas e approvadas as seguintes:

BASES

É fundada em Portugal, com séde em Lisboa, uma aggremiação de caricaturistas e escriptores humoristicos com o nome de Sociedade de Humoristas Portuguezes.
Os fins da associação são:
1º Despertar o gosto pelo humorismo em Portugal, levando ao conhecimento do povo o seu papel social na correcção dos costumes.
2º Obstar à concorrência de artistas estrangeiros, e o plagiato e contrafacção das suas obras, pedindo a intervenção e protecção do governo para os artistas nacionaes.
3º Protestar contra a pornographia grosseira que invade o humorismo, deprimindo, e até annullando a sua acção moralisadora.
4º Regularizar a remuneração das caricaturas.
5º Fundar uma revista da especialidade que seja órgão da Associação, revista onde podem collaborar todos os sócios.
6º Promover exposições annuaes e conferencias sobre arte em logares e epochas opportunamente annunciadas.
7º Organizar uma bibliotheca e museu caricatural.
8º Creação d’uma academia livre de modelo.
9º Fundação d’uma caixa de socorros e pensões aos caricaturistas e escriptores humoristas necessitados.
Os sócios caricaturistas serão obrigados a escolher para seus collaboradores litterarios exclusivamente entre escriptores filiados nesta associação.

Sabe-se depois que a Presidência do grupo foi dada a Manuel Gustavo Bordallo Pinheiro, como homenagem ao pai, como ‘garantia’ de continuidade entre o passado raphaelista e o futuro, eventualmente modernista. Nome que não aparece no manifesto, mas que muitos apontam como um dos principais ideólogos deste movimento é Christano Cruz (a correspondência trocada entre os artistas na preparação desta exposição vai demonstrar que ele foi também um apaziguador de tenções, um catalisador de boas vontades em favor do humorismo).
Antes do mais, este Manifesto mostra que não se restringem ao artistas gráficos, mas a todos os que colaboram na imprensa de cunho jornalístico, englobando os escritores humoristas. Procura ser uma sociedade de autor, ou seja que proteja o direitos de autor, que defenda-os da usurpação da obra, da deturpação da arte, ao mesmo tempo que procuram ‘criar’ algo que defenda também o homem da vicissitudes da vida, ou seja a pobreza. Paralelamente uma dinâmica de dinamização e divulgação, com escola, biblioteca, museu, e fundamentalmente um Salão onde anualmente o público pudesse ver os originais das obras que admirava de uma forma efémera na imprensa. A primeira pedra está lançada, mas será necessário ver se o edifício acaba por ser construído.
Outro elemento importante da revista “A Sátira”, e do último número dá pelo nome de Leal da Câmara. Este número tem na capa uma caricatura do Mestre, e dentro artigos e caricaturas sobre ele. Leal da Câmara veio finalmente a Portugal por convite de “A Sátira” para a realização de uma série de palestras, e para a realização de uma exposição da sua obra.
Ele regressa a Lisboa à procura do seu lugar na nova sociedade, ao mesmo tempo que procura ser um elemento educador, dinamizador do humor em Portugal. Percorrerá o país com conferências sobre o que é o humorismo, a publicidade, o design…fará diversas exposições...
Será recebido com pompa e circunstância na gare dos Comboios, sendo-lhe “oferecido” um jantar de Homenagem, o qual ficou fixado para a posteridade num Menu onde se podem ver as auto-caricaturas dos diferentes elementos participantes, como Christiano Cruz, Stuart, Almada, Valença, Menezes Ferreira, Hipólito Collomb... Curiosamente, quando passados dias Leal da Câmara voltou ao mesmo restaurante para jantar com um amigo, foi surpreendido com a conta do dito jantar de homenagem. No Porto Leal da Câmara também seria homenageado com um jantar organizado pelo seu amigo Manuel Monterroso, e não se conhece qualquer história de calote por parte da organização.
Até que ponto o regresso de Leal da Câmara, e a criação da Sociedade é uma coincidência ? Em França, por volta de 1907 tinham acabado de se criar um organismo deste género… Ou será que este grupo advém de uma dinâmica sindicalista da revolução republicana ?
Na realidade Leal da Câmara chega, e faz uma série de conferências em Lisboa, Coimbra, Porto sobre o Humorismo e o Satirísmo. O manuscrito dessas conferências encontra-se na Casa-Museu Leal da Câmara na Rinchoa, e lá pode-se ler passagens como estas:

O Humorismo que é a verdadeira arte do Riso nasceu no dia em que o homem teve a pretensão de ser um ente superior e absoluto.
/…/ O processo de que servem os que praticam esta arte é o RISO; - talvez a mais bela e certamente a expressão mais sadia da nossa alma.
Saber rir é já alguma coisa mas, fazer rir os outros, é mais do que talento. É quase uma caridade !…
O bom e grande Moliére já dizia no seu tempo “que era um terrível empreendimento, o fazer rir as pessoas sensatas” - e Leonardo da Vinci, o célebre pintor da misteriosa “Gioconda”, chegou a afirmar que o dever do artista é fazer rir até os próprios mortos !
Este exotismo do humorista que perturba tanto a Ilustríssima e Excelentíssima Senhora Dona Toda a gente, é devido simplesmente ao facto do humorista se deter à beira do caminho e desse lugar contemplar a vida que vai correndo…
/…/ O exagero das linhas é um dos métodos empregados para expressar esse desejo de correcção - certamente aquele que mais irrita essa duas individualidades tão diferentes e contudo tão semelhantes: - os profanos e os críticos austeros.
Os profanos ainda se compreende que não percebam o valor estético do exagero das formas que deve corresponder - para estar bem - ao carácter do assunto representado, mas os críticos austeros, vindos não sei de onde e sagrados não sei por quem - talvez saídos dessa raça de dominadores de que vos falei há pouco, têm desejado fazer de papões diante dos pobres artistas sem defesa e decidiram do alto da sua infalibilidade que a caricatura não era uma ARTE !
Eu não sei com que compasso mágico ou com que centímetro misterioso mediram eles a distância que separa a ARTE SÉRIA da ARTE CÓMICA.
Eu só sei que certos destes artistas sérios têm feito caricaturas admiráveis e que vários caricaturistas têm conseguido fazer obras mestras de pintura e de escultura que forçaram a admiração dos próprios críticos.
Chego a acreditar que a ARTE não é o apanágio de uma teoria, de uma formula ou de um processo, mas a universal manifestação do desejo da BELEZA, de CORRECÇÂO e de PROGRESSO.
Não há ARTE SÈRIA e não existe ARTE CÒMICA. Há somente uma Arte como há uma só NATUREZA como há um só AMOR e não deveria existir senão uma justiça.
São as manifestações de esta ARTE suprema que são diferentes, mas a essência é sempre a mesma admirável NATUREZA que faz vibrar temperamentos diferentes. /…/
Chegando em Junho, em Agosto expõe no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria. O crítico de a Ilustração Portuguesa (de 7/8/1911) cai de cócoras deante d’ esse homem que andou 14 annos (na realidade não chegou a 12 anos) lá por fora, e venceu e gosou lá fora. Leal da Câmara não veio apenas triumphar a Portugal; tem sido o homem do dia; há já quem não compre os jornaes pela obsessão constante dos artigos sobre elle e das reproducções dos seus desenhos; faltaram-lhe as mil e uma carta adoradas para ser em Portugal o que Bombita era em Madrid regressando do México.
Nunca triumpho foi, todavia, mais justo, nem nunca outro representou melhor a transgressão do espírito portuguez.
Essa banda de panno crú no Theatro D. Maria, é um acontecimento tão célebre com a vinda de Sarah Bernhardt aos nossos palcos.
Ella canta o animo d’ um portuguez que foi lá fora, pilhou a graça, cultivou a graça e expediu em pacotes para a sua terra.
Que trouxe Leal da Câmara para Lisboa ? Uma arte própria, rica, forte e voluntária como os seus gestos, incisiva e brusca às vezes, como aquelle nariz que parece marcar a sua feição, o critério d’elle só, a sua maneira, a sua feição a rebeldia às formulas, ao vá sempre a direito do nariz.
A arte de Leal da Câmara é complexa e variada. Elle não é apenas o caricaturista que boxa os reis e os underisable, elle é o desenhista que archiva typos, costumes, e o pintor, que se apaixona diante de dois bons palmos de vista.
/…/ O senso do meio precisa de tempos a tempos de ser agitado como os remédios das pharmácias. Em nome d’esse espírito novo que chega na arte de Câmara é bem perdoável o seu sucesso largo estridente de rajah.
Lisboa, Julho. Aquilino Ribeiro
O sucesso é grande, mas satisfará o artista ?
Pela mesma altura deste triunfo artístico, morria o que era o Director Artístico desta revista, da “Ilustração Portuguesa”, o jovem Francisco Teixeira, que desta forma nos traço o seu retrato póstumo: Há três anos que Francisco Teixeira padecia a mais horrenda, dilacerante agonia que possa conceber-se. /…/ Tinha tudo o que D. Juan Tenório considerava indispensável ao conquistador de corações: a inteligência, o sentimentalismo e a bravura. E mais do que isso, esse privilegiado da natureza dispunha ainda do carácter, do poder atractivo da bondade, da ingenuidade emotiva de uma mulher, dos escrúpulos morais de um puritano. Essas qualidades ele as prodigalizou como o talento, generosamente, desinteressadamente, sem que nunca se houvesse lembrado de avaliar o mérito da sua superior inteligência e o valor da sua abnegada dedicação. Relacionado com o que Lisboa, contava de melhor na bohémia elegante da há vinte anos, amigo de todos os janotas, conviva de todas as festas de rapazes, ele manteve sempre a linha impecável de um gentleman através das aventuras da sua acidentada mocidade. No fundo, e sem que tivesse podido sê-lo profissionalmente senão n’ um curto período da sua vida, ele era um artista. /…/ As suas aptidões destinavam-no a ser no meio artístico da sua terra uma espécie de Gavarni elegante, anotador irónico da graça feminina. /…/ O seu processo crítico excluía a ferina crueldade, a violência combativa, o sarcasmo malévolo dos demolidores. N’ ele transparecia a bondade alegre de temperamento. Era um requintado…
Natural de Mirandela, veio estudar para Lisboa, e aqui se perdeu na boémia artística, tendo publicado no “Novidades”, na “Gazeta de Notícias” do Rio de Janeiro para onde enviava trabalhos, no Diário Popular e na Ilustração Portuguesa, de cuja publicação foi Director Artístico. Para além desta actividade era funcionário da Alfandega de Lisboa.
Amarelhe, um jovem que acaba de chegar do Porto como retratista caricatural, triunfa com uma exposição de figuras do Teatro, no Salão Nobre do Teatro das Variedadees, merecendo a presença do Presidente da República, Manuel Arriaga, na inauguração. A revista "Ilustração Portuguesa" de 21/8/11 noticia a exposição que o caricaturista hespanhol Amarelhe instalou no Salão do Theatro das Variedades. O artista é ainda muito novo, tem apenas 20 anos mas as suas aptidões revelam-se na forma inteiramente pessoal por que faz os seus trabalhos. Depois d' algum tempo de permanência no Porto veio para Lisboa, onde as suas caricaturas teem sido como na Capital do norte, devidamente apreciadas pelo público.
Aqui se vê a ignorância do repórter que o identifica como espanhol, só por causa do nome. Ou será que para ter maior sucesso de vendas, o artista se tenha apresentado como estrangeiro ? O seu nome, na realidade é espanhol, já que o seu pai (José Amarelle) era galego, e tinha emigrado para o Porto, onde se casou, e teve vários filhos, entre eles Américo da Silva Amarelhe que nasceu no Porto a 26 de Dezembro de 1892.
Américo Amarelhe irá recuperar a paixão de Raphael Bordallo Pinheiro pelo teatro, sendo o seu herdeiro como cronista satírico dos palcos lisboetas.
Neste ano de 1911 as exposições sucederam-se num frenesim de realizações culturais. Assim realizou-se uma exposição de pintores no Salão Bobone, com a designação de Salão Livre. Pretendiam estes artistas, todos eles jovens a viverem além fronteiras, desencadear uma ruptura modernista com o academismo dominante, só que pouco diferença estética se verificou entre as suas obras e as que eles denominavam de académicos. O único mais ousado era o humorista Emmérico Nunes, que trabalhava na Alemanha, como consagrado modernista. Os Historiadores nacionais irão fomentar esse mito da introdução do Modernismo a partir dessa exposição, só que em Portugal os Caricaturistas, pelo menos desde 1909, já tinham feito essa ruptura, e iam na vanguarda do modernismo.
No campo editorial, para além da já mencionada revista "Sátira", há "A Garra", um fracassado Suplemento de "A Sátira" com apenas um número; há o aparecimento de o "Pardal", e a continuação dos jornais humorístico "Zé", "A Águia", "Ridículos", "Século Cómico"… assim como a continuação dos jornais noticiosos terem como colaboradores caricaturistas, nomeadamente o "Novidades", "A Capital", "A Lucta"…
A política vive também num turbilhão. Nem sempre se fez as reformas sonhadas, nem sempre se seguiu pelo caminho idealizado por cada cabeça. e as sentenças são muitas, assim como as quezílias internas dos republicanos. A 21 de Setembro o Partido Republicano dividir-se-á em Democráticos, Radicais, Unionistas e Evolucionistas.
Das conquistas, destaca-se o decreto de 10 de Janeiro que declara o Domingo como descanso semanal obrigatório; a 14 de Março um decreto revoga a Lei eleitoral de 1901, alargando o sufrágio a todos os indivíduos com mais de 21 anos, homens ou mulheres, que soubessem ler e escrever, se não tivessem estes últimos requisitos que fossem à mais de um ano chefes de família.
A 20 de Abril é publicada a Lei de Separação entre o Estado e a Igreja. A 28 de Maio realizam-se as primeiras Eleições Legislativas da República. A 21 de Agosto é Promulgada a primeira Constituição Republicana. A 24 de Agosto Manuel Arriaga é eleito 1º Presidente da República. Também neste ano são criadas as Universidades do Porto e Lisboa.

Tuesday, January 18, 2011

Caricatura e reflexões de Eça de Queiroz por Herminio Felizardo

Frases de Eça de Queiroz sobre os políticos e a política do seu tempo:

" Os políticos e as fraldas
devem ser mudados frequentemente,
pela mesma razão."
" Este governo não cairá,
porque não é um edifício.
Sairá com a benzina,
porque é uma nódoa."
 http://felizardocartoon.blogspot.com

BOSTOONS themag! No. 2.

Humor Internacional, en serio International Humor, seriously
Año I, No. 2, 17 enero 2011
¡Hola fans! Hello fans!
Aquí está el No. 2 de BOSTOONS themag! ¡Que lo disfruten! Here is BOSTOONS themag! No. 2. Enjoy!
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Monday, January 17, 2011

New annual catalogue of BG cartoon - 2010-2011

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HABLANDO CON LOS PREMIADOS DE LA BIENAL DE SANTA CRUZ DE TENERIFE. Por Francisco Puñal Suárez - Especial para humorgrafe






Después de una paciente y tenaz gestión, he podido conversar con casi todos los ganadores de la Bienal Internacional de Caricatura Personal y Dibujo Humorístico, que convoca el Organismo Autónomo de Cultura (OAC) y el ayuntamiento de Santa Cruz de Tenerife, en las Islas Canarias, España. (Solamente no pude contactar al catalán Xavier Tárraga, ganador del tercer premio en dibujo humorístico).
El argentino Luis Fabián Gaspardo, en la modalidad de caricatura, y el español David Vela Cervera, en dibujo, son los grandes ganadores de este evento, en el que participan artistas de todo el mundo.
No podemos dejar de mencionar que en la isla de Tenerife surgió en los años 50 y 60 del siglo pasado, una agrupación de caricaturistas de vanguardia, caracterizados por el uso de la geometría en las figuras humanas y por incorporar a la caricatura, conquistas de la pintura moderna. A dicha asociación pertenecieron artistas como Paco Martínez, Harry Beuster, Juan Galarza, Manuel Casanova, Policarpo Néboa, y José Morais Clavijo, entre otros.
Sobre su caricatura premiada, dedicada al tenista Rafael Nadal, Gaspardo, quien desde 1985, se dedica a la ilustración editorial en Argentina, afirma:
Con Nadal yo quería expresar a un guerrero, a un gladiador moderno. Pero también algo más.
No me hubiera alcanzado representarlo como el "Maximus" de "Gladiator", porque Nadal es una deidad prácticamente. O un semidios. Para mí, Nadal es la máxima expresión de un ser humano en la práctica de un deporte. Es casi más que humano, porque lleva los límites de lo posible más allá de lo que ya estaban con Federer, que parecía imbatible.
Pero a la vez es humilde. Tiene la exhuberancia de su colosal despliegue físico y la explosividad de sus festejos, pero si lo ves fuera de la cancha, quizás lo reconozcas físicamente, pero a la vez no sea el mismo.
Cuando tuve claro a quién iba a retratar y qué quería contar, era cuestión de esperar.
Sentarme y convocar estos elementos, dejarlos conversar y mezclarse. Y en un momento recordé el cuadro de Velázquez: "Marte" y supe que ya estaba.
Velázquez pinta un Marte en reposo, descansando, todavía con el arma en la mano, como si acabara de sentarse. Y pone su cara en sombras, (lo que era un desafío extra, porque la cara de Nadal se tenía que ver y muy claramente.) Pero Marte se ve tan humano y Velázquez lo pinta con una austeridad, con una naturalidad, que me parecieron perfectas para contar la parte humilde de Nadal.
Y a la vez uno sabe que es un dios, pero eso uno solo debe aceptarlo por el título, porque en todo lo demás, salvo en la belleza del torso, es muy humano.
David Vela, con una valiosa carrera como ilustrador y dibujante , con numerosos galardones obtenidos en certámenes internacionales, y ahora primer premio en dibujo, nos expresa:
El tema propuesto en el concurso eran las redes sociales. Yo soy usuario de facebook y lo considero una herramienta muy interesante. Sin embargo me sorprendía ver algunas personas con listas de amigos inmensas. La idea del dibujo era llevar esa extrañeza al extremo mediante el humor negro, reflejando el posible funeral de uno de estas personas que tienen millones de amigos. Es la paradoja de las redes sociales, que pueden acentuar la soledad de las personas.
El dibujo es un formato de A3 con la habitual tecnica de gouache sobre cartulina.
Gonzalo Álvarez Fernández que obtuvo el segundo premio de caricatura, con un retrato del destacado compositor e intérprete canario Pedro Guerra. Gonzalo es licenciado en Bellas Artes por la Universidad de La Laguna. Fue el autor del cartel del Carnaval de Santa Cruz de Tenerife 2009, titulado “Bailarina monstruosa”.
Nos afirma:
Elegí a Pedro Guerra por que es un canta-autor muy querido en nuestra tierra, a parte de que está reconocido como músico internacional, ya que ha dado conciertos en Europa y toda Latinoamerica.
Como es una persona que ya de por si tiene unos rasgos peculiares, me quise centrar más en la imagen apasionada y entregada que lo caracteriza en sus conciertos, de ahi que elegí la expresión que yo más recuerdo de el cuando lo he visto interpretar su música. La imagen que dibujé es en un concierto, porque me parece que es ahi, donde se convierte en un gigante, musical.
Me centré sobre todo en la zona de los ojos, su mirada y expresión, y también en su boca, que es una característica estética muy suya, exagerándola un poco, pero sin que pierda ese aire entrañable que transmite con su música, porque para mi que es ahí donde radica su alma.
La obra es enteramente acrílico sobre papel, con un fondo pintado también con acrilico aplicado con aerógrafo, aunque parezca ordenador no lo es, y la figura trabajada con pincel para acentuar el contraste de la figura con el fondo.
El tinerfeño Eduardo González Rodríguez, segundo premio de Dibujo, es licenciado en Bellas Artes por la Universidad de La Laguna. Ha ganado el I Premio en el V Certamen de Cómic “Juventud y Cultura” y ha expuesto en varias salas de la isla. Eduardo manifiesta sobre su obra:
Como sabes, el tema de esta bienal es el de las redes sociales y de cómo estas vienen a funcionar como un gigantesco patio de vecinos. Las redes sociales funcionan como una ventana al mundo pero también a la inversa, como una ventana del mundo hacia uno, a nuestra propia vida y a nuestra intimidad. Esta fue la palabra clave y el título final de la viñeta.
Paso a describírtela: está dividida en dos, la imagen de la izquierda con la leyenda de "antes" en colores grises y ocres nos muestra a una pareja de adolescentes de los años 50 cogidos de la mano bajo la mirada imponente de un "gris" (la policía franquista); la imagen de la derecha con la leyenda "después" nos muestra a otra pareja adolescente hoy día muy coloridos, también cogidos de la mano y también siendo atentamente vigilados, pero esta vez por los logotipos de Facebook, Tuenti, Twiter, etc. De alguna forma vivimos en un escaparate.
La técnica que utilicé fue acuarelas, tintas, pastel y lápices.
La joven y talentosa María Elena Galarza Hernández, tercer premio de caricatura, es licenciada en Pintura por la Facultad de Bellas Artes de la Universidad de La Laguna y realizó un curso de especialización y perfeccionamiento (litografía) en la École Supèrieur d´Art Visuels (Suiza). Ella obtuvo el tercer premio en caricatura personal, dedicada a Nelson Mandela, y es una seguidora de lo que mencionamos al principio: la caricatura de vanguardia. No en balde es hija del histórico Juan Galarza.
María Elena nos dice:
Para la caricatura con la que me presenté al Certamen Bienal Internacional de Caricatura y Dibujo Humorístico 2010, elegí un personaje que tuviese suficiente presencia a nivel mundial y carisma, es decir, que destacara no solo por su trabajo sino también por su calidad humana: Nelson Mandela.
En lo que se refiere a la realización técnica me pareció igual de importante trabajar la expresión de su rostro como la de su cuerpo. La estilización que encontré en ambas me llevó a resolver la caricatura hacia un sentido más geométrico, haciendo hincapié en la idea de simetría. A través del equilibrio que produce la simetría en la forma he querido reforzar el equilibrio moral del propio personaje. Elegí la técnica del collage porque me permitía reflejar cierto realismo sin que afectase a la estilización y síntesis que pretendía en la representación de Nelson Mandela.
La boca está hecha con dos medios conos que sobresalen y sobre los que acentúo su efecto de volumen por medio del grafito que le doy hacia los bordes (al igual que en el de los del rostro, en plano). Para la camisa de Mandela, emulando las alegres y coloridas que lleva a menudo, elegí un papel pintado de los restos de un muestrario que tengo de papeles pintados de los años 60. Fue un acierto encontrarlo tan cercano al efecto de las camisas de Mandela, aunque en este caso decidí que el papel fuera sobre tonos negros y grises para crear cierto contraste respecto al rostro, y al mismo tiempo mantener la tonalidad neutra que prevalece en el resto de la caricatura.

Líder de Yoga do Riso - Formação Certificada - Escola do Riso

Oláháhá

Calculamos que um Líder do Riso por cada 100 habitantes deve ser suficiente para levantar a moral e dar a vira-volta a este País.
Contamos consigo para nós ajudar a divulgar esta formação e um obrigado especial para si da parte de todos os portugueses que ainda vão rir mais do que nunca! AH! AH! AH!

Formação
Líder Certificado de Yoga do Riso
com
Ana Banana – Fundadora de Yoga do Riso em Portugal e autora do primeiro livro lusitano sobre Yoga do Riso "Ria Agora" –
e Jörg Helms – Presidente da Escola do Riso –
29, 30, 31 de Janeiro de 2011
Espalhe gargalhadas pelo mundo. Dinamize sessões de Yoga do Riso (risoterapia) com crianças, jovens, idosos, deficientes e doentes. Leve o riso ao mundo empresarial e ganhe a vida gargalhando.
O Yoga do Riso é uma técnica inovadora que transmite um bem-estar profundo, permitindo encontrar um equilíbrio físico emocional, mental e espiritual. É uma das ferramentas mais poderosas para combater o stress.
A prática de Yoga do Riso, entre muitos outros benefícios, contribui para fortalecer o sistema imunitário, sendo um verdadeiro analgésico natural. Aumenta os níveis das endorfinas, a "hormona da felicidade", no sangue e transmite uma sensação de paz e harmonia.

O trabalho dos Líderes de Yoga do Riso é cada vez mais requisitado por empresas com o objectivo de criar um ambiente de trabalho mais agradável, criativo e produtivo. O Yoga do Riso “derrete tensões e barreiras”, contribuindo para criar equipas fortes (Team Building).
Frequente esta formação para fins pessoais, voluntariado ou apenas por razões profissionais. Prometemos que não se arrependerá.
O que Líderes de Yoga do Riso já certificados dizem sobre a nossa formação:

"A Quinta do Sol (Escola do Riso) é um espaço privilegiado, pela proximidade com a natureza, com o céu, com a terra, e pelo distanciamento com a dita civilização, leia-se barafunda, consumismo, angústia, stress. Pela diferença, pela espiritualidade. Fez-me sentir muito perto da essência, do que é de facto importante.
Tudo me 'encheu as medidas'. Contudo, achei a componente prática do 3º dia importantíssima e, em particular, a sessão no Lar foi muito gratificante!". (Isabel Pires)
"A Ana e o Jörg foram muito muito claros! Esclareceram dúvidas, reponderam a todas as questões. FORAM EXCELENTES!!!!!!!!!". (Isabel Oliveira)

"A Ana Banana foi fantástica! Muito conhecedora desta técnica, estava sempre preocupada em ensinar-nos mais além do que é possível. O Jörg também esteve muito bem. Um e outro são conhecedores das técnicas usadas e têm muita prática! São pessoas muito simples e desprovidas de preconceitos ou de sentimentos menores de concorrência. Estão sempre disponíveis a ensinar TUDO o que sabem! E isso é tudo o que se pode exigir de bons professores!!! E quando eles dizem “a minha casa é a tua casa", isso é mesmo sincero!!! A partir de agora “a minha casa também é a vossa casa!!!!". (Paula Fernandes)

Para saber mais visite:
saber mais visite:

•Formação de Líder Certificado de Yoga do Riso - O que é?
•Programa da Formação Líder Certificado de Yoga do Riso
•Formação de Líder Certificado de Yoga do Riso - O que receberá?
•Testemunhos da Formação
•Ficha de Inscrição - Formação Líder Certificado de Yoga do Riso
"Escola do Riso" rir@escoladoriso.com

Sunday, January 16, 2011

The modern world is prey to wretched acts of evil totalitarians who see nothing but their interests. Indeed, architects of violence and terrorism have no other intention but to obliterate any other existence.
Their evil deeds know no boundaries and their targets include the public from all walks of life.
Iran, Iraq, Afghanistan, Pakistan, Lebanon, Palestine and are among territories that have for a long time been areas of interest for dominators. Although they have suffered great tyranny, these people stood strong to retain their pride and go down the history.
Objective:
The objective of this competition is to unfurl the evil face of terrorism that creates agitation, concern and insecurity in societies by killing innocent people to achieve its objectives.
Theme: Anti Terrorism
Deadline: February 19, 2011
REGULATIONS
The number of sent cartoons is 5.
-Please attach in .doc format a brief presentation of your artistic activity (surname and first name, address, e-mail address, a photo and your CV)
-All participants that their works enter in exhibition will receive the catalogue of the contest.
-Sent works should be in 200dpi with 2000 pixel with or length and jpg format.
-Please Specify Contest Title in your Subject email
Address:
The cartoons must be sent at the e-mail address:
info@irancartoon.com
Awards:
First prize:2000 Euro + Honorable Mention + Trophy
Second prize: 1500 Euro + Honorable Mention + Trophy
Third prize: 1000 Euro + Honorable Mention + Trophy
Top ten artists will also receive Honorable Mention.
Manager: Abbas Ghazi Zahedi
http://www.irancartoon.com/

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