Saturday, May 02, 2009
"A Liberdade é um Risco" - Cartoon e debate 3 de Maio - organização conjunta da Amnistia Internacional - Portugal e da FecoPortugal
O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que decorre no próximo domingo 3 de Maio, é assinalado em Lisboa com uma exposição internacional de cartoons com organização conjunta da Amnistia Internacional - Portugal e da FecoPortugal - Associação de Cartoonistas.
O título da iniciativa, "A Liberdade é um Risco", foi o tema para o convite endereçado à generalidade dos cartoonistas de todo o mundo no sentido de que dessem a sua visão do assunto, aliás premente. E foram 203 os humoristas gráficos que, a partir de 52 países, enviaram 438 cartoons que proporcionaram ao Júri a difícil selecção de 142 trabalhos para a exposição.
Este Dia, 3 de Maio, é instituído pelas Nações Unidas para celebrar os princípios fundamentais da liberdade de imprensa, para defender os meios de comunicação de ataques à sua independência e é também um tributo aos jornalistas que perderam a vida no exercício da profissão. Tudo isto será tema para uma tertúlia a ter lugar no espaço da exposição, nesta data de inauguração, que iniciará com um recital pelo cantor Manuel Freire, cujo repertório apela à necessidade de concretização do sonho, para que cada utopia se transforme em realidade.
Osvaldo de Sousa, historiador da Caricatura portuguesa, apresentará resumidamente uma panorâmica histórica da falta de liberdade com que se têm debatido os cartoonistas, desde o passado até à actualidade. E nessa linha prosseguirá o debate.Batu 1 ya está en las librerías!
Friday, May 01, 2009
A LUTA DOS TRABALHDORES (Pelo Humor)
- Os animais têm medo?
- Não sou pessimista, apenas realista. A mim, educaram-me com histórias de fadas, de duendes... mas a vida não são fábulas. Cresci a sonhar com super-heróis que nos resolvem os problemas, mas eles nunca aparecem quando necessitamos deles. Também tive medos, pesadelos com bruxas, lobos maus… e ninguém me ensinou a vencer o medo rindo-me com eles. Ninguém me disse que a primeira lei da sobrevivência é rirmo-nos com o mundo. Tive dúvidas existenciais, tive desgostos de amor, tive desapontamentos porque não podia comprar os sonhos… e nunca ninguém me disse que o medo, a angústia, o pesadelo, se desvanecem com o riso, que se souberes olhar o espelho e rires-te de ti próprio, dos teus monstros, eles transformam-se, abrindo uma nova porta do espírito…. Estás-me a compreender, ou a dormir ?
- Vês, estás a aumentar ainda mais os meus medos, em vez de me explicares por que é que eu tenho estes pesadelos. E não me venhas com a história de que é porque estou a crescer. Tu já não cresces mais e também tens pesadelos, tens medos…
- E continuas a dizer coisas que eu não compreendo. Por acaso alguém faz isso, pai? Alguém anda a rir-se de si próprio, achando piada que o critiquem e aceitando as críticas, mesmo incorrectas segundo o seu ponto de vista ? E que tem isso a ver com os meus medos ?
- Também não sei se sou eu que estou a falar, se é a minha utopia que divaga por mim, mas quero acreditar que quem possui a capacidade de olhar o mundo sempre pelo lado humorístico, olhá-lo com a frontalidade da irreverência construtiva, conseguindo vencer todos os medos, todas as angústias, sobrevive de uma forma mais salutar. Ele não vence no sentido de ganhar o poder material, ou o poder político, mas ganha o poder de humanidade. Só é verdadeiramente humano, quem tem o dom do humor. Por essa razão, acho que a Humanidade é um ser em vias de extinção.
- Zzzzzzzzzzz- O Homem passou por diferentes etapas do desenvolvimento como espécie. Registam-se esses diferentes tempos da humanidade como Eras, saltos na evolução, porque quando há revoluções, há sempre alguém que nos diz tem cuidado, porque há sempre alguém que se apodera da situação, sem Rsss e muitos Ssss. Chama-se ao final do séc. XX a Era da Indiferença, ou a Era do Vazio, enquanto nos querem impor o séc. XIX como a Era do Medo.
- Pai, ainda estas ai? Tenho medo…
- É, querem-nos todos cheios de medo. Em nome da competitividade, da produtividade, dos tribalismos, dos clubismos, das politiquices, enchem-nos de fantasmas, de medos. Em nome de fundamentalismos religiosos, nacionalistas, ideológicos ou teológicos, provocasse o terrorismo de ideias, o terrorismo de anarquia e destruição, matando-se os próprios ideais religiosos ou ideológicos. Em nome de fundamentalismos económicos, em nome de fundamentalismos políticos de governos autistas, de gestores deshumanistas, cria-se o terrorismo de estado, matando os seres em cuja estrutura de alicerçam. O medo impõe a guerra, impõe a instabilidade do emprego, porque enquanto houver esses medos, pode-se reinar em nome do dinheiro e não em nome do Homem.- Pai, fala mais baixo, deixa-me dormir! Se eu dormir aqui contigo, já não tenho medo.
- Porque os meus medos são maiores do que os teus, e assim os teus desaparecem. Dorme, mas deixa-me continuar a pensar. Mesmo que as minhas reflexões não sirvam para nada, sempre me distraem, e me fazem sossegar. Gostaria de saber fazer humor com isto, e fazer a tal ginástica respiratória que dizem que o riso provoca. Acho que faz trabalhar dezenas de músculos, que liberta uns químicos que nos activa as defesas de imunidade, que esses mesmos químicos são estilo relaxante e anti-depressivo. Bem precisava desse anti-depressivo genérico, porque os outros saem-me caros todos os meses na farmácia. O riso, o humor só tem maravilhas, até parece o aloé, mas ninguém o utiliza. Gasta-se tanto dinheiro em remédios, quando bastava dar subsídios aos Circos, aos Teatros, ao Cinema… Pelo menos parece que os Palhaços já começam a ter trabalho em Hospitais, só que de forma voluntária, à borla. Mas por que é que estou a pensar nisto ? Estava eu a pensar nos medos de hoje, como se não fossem sempre os mesmos medos, com novas roupagens. No fundo há sempre uma madrasta que se quer apoderar perpetuamente da nossa beleza, há sempre um Lobo Mau que quer o jantar da nossa avozinha. Podem-lhe chamar terrorismo de fundamentalistas, terrorismo de estado, terrorismo de imposição da democracia, terrorismo de defesa de território… É tudo tão velho como a ambição do Homem em adquirir o gosto de reduzir tudo ao poder económico, ao gosto de se impor sobre os outros. - Pais, estás a ressonar, ou estas a resmungar baixinho? Não te podes calar? - Já sei que te aborrece tudo isto, e afinal de contas o que eu necessitava era de escrever algo sobre o reflexo da Luta dos Trabalhadores na imprensa humorística, como introdução a uma exposição de desenhos, onde cartoonistas contemporâneos analisam, à sua maneira, os problemas dos trabalhadores. Será que a Luta pela dignidade no trabalho, a Luta por melhores condições, melhores ordenados, é passível de humor? Tudo é possível de ser satirizado, porque não há coisa mais séria do que o humor. Rir dos assuntos não é menosprezá-los, é antes pelo contrário promovê-los à reflexão, á tomada de consciência dos factos de uma forma aberta e frontal. Só que não é fácil fazer essa abordagem. Para se fazer crítica construtiva, para se fazer humor, é necessário um grande domínio do assunto, é necessário ter uma grande capacidade cultural de síntese para se conseguir desconstruir, na reconstrução de uma nova imagem no outro lado do espelho. Nem todos os humoristas, caricaturistas ou cartoonistas têm esse dom, esse poder. A Caricatura, como arte jornalística, ou seja: como conceito de desenho irreverente publicado na imprensa com cunho satírico, irónico ou simplesmente cómico, surge na Europa nos finais do séc. XVIII. É companheiro de luta de uma nova classe – a burguesia que combatia contra as monarquias absolutistas, que combatia as classes nobres enquanto detentoras do poder.
A ascensão da burguesia vai trazer consigo também a criação de uma nova classe trabalhadora, alterando a vida nas cidades, criando novos pólos de miséria. Por essa razão, os senhores do lápis e da caneta, atentos ao quotidiano, vão sentir necessidade de retratar esses novos mundos, e naturalmente satirizar as novas funções da servidão humana. A Caricatura, apesar de ser uma arma da burguesia, vai ser também uma delatora de abusos, uma consciência crítica da sociedade. Todos os grandes artistas de França, Inglaterra, Alemanha, os países onde cedo se desenvolveu esta arte, e que serão guias para todos os outros países, darão o seu contributo para a denúncia. Portugal, naturalmente, levará mais tempo a desenvolver essas novas classes sociais, e a desenvolver essa arte. Apesar de haver folhas volantes satíricas desde o princípio do séc. XIX, só na década de quarenta de oitocentos é que se desenvolverá a arte da Caricatura. Vários jornais foram publicando desenhos satíricos em folhas apensas que se vendiam com a publicação. Seria só a 12 de Agosto de 1847 que o Patriota assumiria o desenho como parte integrante do jornal. Cria um Suplemento Burlesco, onde publica semanalmente um desenho satírico, para além de textos satíricos. Como é o primeiro periódico com publicação regular de desenhos, com impressão integrada no próprio jornal, de autor português é considerada esta a data oficial do nascimento da Caricatura de Imprensa em Portugal.
A caricatura em Portugal nasce, não no seio da burguesia, pela pena de artistas da linha realista, mas no meio do operariado litógrafo. Com a vitória do Liberalismo, na década de vinte, a imprensa impõe-se em Portugal. A litografia foi o método de gravura que mais depressa se impôs e, como havia uma necessidade latente na imprensa de se desenvolver a ilustração, designadamente o desenho satírico, foram alguns litógrafos, habituados a copiar ou adaptar trabalhos vindos do estrangeiro, que ousaram fazer criações suas. Não tinham formação artística, nem interesses estéticos, actuavam mesmo de forma panfletária movidos pelos seus ideais, razão pela qual usavam pseudónimos. Para se protegerem.
Nas décadas de vinte a quarenta, haverá 3 artistas que se revelarão com uma faceta interessante neste campo de que falamos. Bernardo Marques terá uma postura interessante no desenho satírico, já que, tendo viajado pela Alemanha, sofreu uma grande influência do mestre George Grosz, um grande retratista satírico das misérias do operariado europeu, e dos horrores da ascensão do nazismo. Bernardo Marques acabará por dar-nos alguns retratos expressionistas da vida social portuguesa.Os outros dois desenhadores são Roberto Nobre e Eduardo Faria. Os seus trabalhos públicos não são nenhumas obras panfletárias. São desenhos humorísticos como os outros, com algum interesse pelos problemas sociais, mas nada que chame a atenção, e que revele o lado secreto das outras vidas de clandestinidade que viviam. Ambos trabalham para movimentos sociais clandestinos, seja como gráficos, como tipógrafos. Muitos desenhos deles, correram anónimos na imprensa clandestina, que não abordamos aqui, já que não somos possuidores desse espólio.
Eduardo Faria tinha também a particularidade de ser conhecido no meio artístico como um grande boémio, um grande bêbado que a polícia não levava a sério, visto ser um caso perdido para a sociedade, quando hoje sabemos que isso era um dos seus disfarces.
Com a queda da Primeira República e instituído o Estado Novo, a censura irá sufocar o humor, tornando-o cada vez mais anedótico e menos satírico. Por ironia, os censores não se importavam que se preenchessem nos espaços censurados com desenhos alusivos à censura, porque ela era assumida e vinha mencionada no cabeçalho de qualquer periódico. Assim, aparecerão muitos desenhos com a Nossa Srª do Carmo, a D. Censura com o lápis azul, a tesoura, a rolha.
Entre o muito anedotário de bêbados, sogras e afins com que se foi enchendo cada vez mais a imprensa, havia muita crítica social, muita ironia política disfarçada. As coisas podiam ir-se dizendo, num jogo de sentidos, numa ilusão de ópticas e dizeres.
Com a queda de Salazar da cadeira abaixo, sonhou-se que o Zé Povinho se poderia erguer com nova voz, só que mais uma vez o poder tinha tudo controlado, e mesmo o Delfim do regime teve de se submeter ás vontades mais fortes, sendo simplesmente retórica a propalada abertura do país a uma nova primavera. Houve um desanuviamento que deu azo a surgirem alguns novos rebentos de ideias, mas ainda não havia calor suficiente para derreter o gelo que toldava o país.
Seria a revolução de Abril (em 1974, para quem já tenha esquecido, ou não saiba...) que finalmente daria voz ao povo. Por quanto tempo? Frágil ilusão para aqueles que vitoriaram o primeiro 1º de Maio em Liberdade, porque em breve a revolução seria amputada de uma letra, assumida como evolução. Os desenhadores viveram efusivamente esse momento inebriante de liberdade, de luta pelos direitos. Damos apenas aqui exemplo de alguns trabalhos, porque estarmos apenas à distância de 30 anos e não queremos ferir susceptibilidades, publicando trabalhos de artistas que não gostam que se fale desses tempos.
- Pai, muito lindo tudo isso, mas o que é que isso tem a ver com os medos ?
- Nada, só que o que tenho para te deixar para o teu futuro, para além dos medos, é o riso. Hoje, a humanidade é um sentimento em vias de extinção no mundo empresarial, e mesmo político. Hoje, o homem não interessa, apenas a máquina tem o poder de te manter no trabalho. Se a dominas, se lhe dás o teu suor e sangue, ainda vales, mas podes ser substituído a todo o momento, sem um único agradecimento. Hoje não há laços de trabalho, apenas competição, e a única forma de sobrevivermos é conseguirmos rir de tudo isto, é andar de cara erguida e nunca deixar perder o sorriso da nossa cara. Enquanto o tivermos, enquanto o dominarmos, temos a sobrevivência garantida.
- Pai, tenho medo de não saber rir…
1º MAIO por Pedro Molina
Thursday, April 30, 2009
Artefacto 17 de Omar Zevallos
Finalmente y casi al muere de abril, va vuestro Artefacto.... vaya que me cuesta cerrar cada edición!.. en fin, espero les guste.
Un abrazo
Omar
http://omarzevallos.blogspot.com/
"Crescer na adversidade...".de Miguel Salazar
Espero que gostem...
http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt/40326.html
Os verdadeiros campeões não são aqueles que vencem sempre.
Os verdadeiros campeões, como vocês, são aqueles que se conseguem fortalecer tanto nas derrotas como nas vitórias, na adversidade como no sucesso.
Os verdadeiros campeões são aqueles que se levantam mais fortes depois de terem caído, que conseguem crescer mesmo na adversidade.
É dessa fibra que se fazem os verdadeiros campeões… como vocês.
Por isso vocês cresceram quando conquistaram o Campeonato da época passada e a Taça de Portugal deste ano, e por isso também é que continuaram a crescer mesmo quando perderam estes dois primeiros jogos.
Depois de todas as provações por que já passaram esta época, desde as arbitragens tendenciosas, ao vendaval de lesões que tem assolado o plantel, nunca a equipa baixou os braços e muito menos desistiu.
Os verdadeiros campeões são aqueles que, como vocês, não falham quando não podem falhar.
Pois bem, é chegada essa hora!
É chegada a hora em que não podeis falhar.
Chegou a hora de mostrar ao Mundo, mais uma vez, a razão pela qual sois Campeões Nacionais e da Taça de Portugal, e o motivo pelo qual conseguistes surpreender toda a Europa com a vossa notável prestação na Liga dos Campeões.
É chegada a vossa hora, meus senhores!...
José Rialto
(cartoon publicado no sítio da Associação Vitória Sempre)
Wednesday, April 29, 2009
Romeno Mihai Ignat vence Grande Prémio do PortoCartoon
O presidente do júri, o francês Georges Wolinski, considerou a obra vencedora "um desenho extremamente subtil", que mereceu a "aprovação unânime dos oito membros do júri".
"Não tivemos muita dificuldade em escolher os três primeiros", afirmou Wolinski, elogiando também os vencedores do segundo e terceiro prémios, o português Augusto Cid (vencedor da edição de 2008) e o polaco Zygmunt Zaradkiewicz, respectivamente.
O presidente do júri enalteceu a qualidade da edição deste ano do PortoCaroon, realçando que concorreram muitos "grandes desenhadores" de países com fortes tradições na área, como a Turquia, China, Ucrânia e Rússia.
"A crise faz rir os humoristas. É uma angústia em França e em todo o Mundo, mas os humoristas gostam de desenhar sobre a crise", referiu.
Em declarações à agência Lusa, Georges Wolinski reconheceu que os cartoonistas também foram "tocados pela crise" da imprensa, e admitiu que o futuro está na Internet e não no suporte tradicional em papel.
"Agora, efectivamente, é a Internet que interessa às pessoas. Eu não gosto dos computadores e da Internet, continuo a gostar do jornal, mas também sei que sou de uma geração antiga", afirmou.
O júri atribuiu menções honrosas a Pat Campbell, Austrália, Valentin Georgiev, Bulgária, Lae Nam, Coreia do Sul, António Mongiello, França, Achille Superbi, Itália, Agim Sulaj, Albania, Mahmood Azadnia, Irão, Grzergorz Szumowski, Polónia, Valentin Druzhinin, Rússia, Muhittin Koroglu, Turquia, e Yuriy Kosobukin, Ucrânia.
The draw of humour....
Monday, April 27, 2009
Art of Talal Nayer (Sudan)
My first beginnings were very modest and normal, the ideas were simple and very superficial, when I go back to see it from time to time, I have discovered it was saturated with childishness and absurdity, and the lines are swaying confusedly. In fact, it's me who has been shaking and confused, I do not know how and from where to begin? And at any point must I put my next steps.
As any immature artist, my first steps were staggering on the way of greater Sudanese school of caricature which found by the late caricaturist Ezzedeen Osman; from which most of Sudanese caricaturists emerged. But I was feeling dissatisfied and unable to keep up with it, I did not know why exactly. Do my weak skills as a beginner deprived me of required confidence then? Was the reason that I was still in the beginning of the road and I didn’t absorb the career well? Was the reason that there was no one to guide me?
I don’t know what the reason exactly, until I got to the real starting point where I found myself and managed to catch inquires to all my confused questions.
My hobby is reading and collecting books and second-hand magazines, which I began more than a decade ago during my passing in front of Coliseum Cinema - where sellers of books and second-hand magazines where gathered . I found an old issue of London-based Almoshahid magazine. I picked up it and it was dated December 30, 1995. I came across three cartoons within an interview with the Syrian artist Ali Farazat. I was admired his way in transplanting ideas, seriousness of proposition and distinction of his issues, so I think that Farazat and his few works which I have seen was the greatest incentive to me in order to disobey the Sudanese traditional school of caricature. Farazat's art was an important factor in formation of my current figure (Nayer).
Initially I feel dread, even thinking of trying to paint in this way, but after three days of thinking , I tried to paint without comment, but I found it difficult at first, then Isolated myself in the house for several days ,I bought pens and papers and decided to accomplish this task at any cost. I have taken the gloves of challenge within a short time. At that moment I decided that this would be my new way in caricature.
- After my work in newspapers for short period, I decided to be more challenge and engage in a wider circle of competition with more experience and qualified colleagues, at all times I aspired to develop my level and not childish boasting about my works. I don’t ridicule those who are less than me in the technical level, but the contrary, I respect them too much, because I know that I one day was in a much lower level of them , and I know that some of them surpass me in talent ,but also I know that I more diligent of them, so I try to help them because I did not find one to help me , I would like to alleviate the suffering that faced me in my beginnings and to shorten road to them with no guide.
On the other hand, I often take advantage of them, and avoiding their mistakes, also I benefit from the artists who more talent and experience, I don’t attack them or bear a grudge against them never, on the contrary their good ideas consider challenged and incentive to reach this level.
I consider myself just a new student at the School of Caricature , in which I learn one new lesson every day. Personally I think that caricaturist can be created and the talent alone is not enough. Caricaturist needs incentives to develop.
I have showed my experiment to prominent artists who I did not know them before at all to get opinion free of courtesy. First, I sent my works to American caricaturist Dwayne Booth (Mr. Fish), who paints cartoons in the Harpers Weekly magazine. He has made useful remarks on the way of coloring and drawing which I was used. Then later he advised me to stay away from the typical method which distinguish caricature in the Middle East and gave me an example, saying if I wanted to point out that George W. Bush is devil, I must not to paint him as shape of devil, but I have to point out his actions which prove that. I guess this type of caricature is lines overlap with the colors, but the final outcome is shining colors painting but free of content and its message confused.
Later, American caricaturist David Bladenger introduced me to Cuban artist Arístides Esteban Hernández Guerrero (Ares), who I consider him as the greatest influence in my career where he encouraged and helped me. Ares was the gate of my knowledge in the field of caricature. He is one of the pioneers of Latin School of Cartoon, which I followed and affected by it too much in my works, and this let me know many friends from Latin America and especially from Brazil .
I believe that any caricaturist should carry clear message of awareness , this awareness maybe take a political form in most cases, this may not satisfy some who are trying to avoid politics. I have way in caricature which I called (theory of the tree) and it can be explained as follows:
If you see that a tree has damages and you want to uproot it, you will not only wipe its trunk and remove some leaves from dry branch, but you must focus on the original and uproot it from the roots at all.
I believe that the politicians are scourge of Sudan ; every problem its origin a political problem such as poverty, unemployment, spinsterhood and crisis of the sport, I can prove that if in some respects, not all of them. Therefore, I focus on the direct political issues unlike some colleagues who mock the details of daily small suffering such as the provision of food, the problem of transportation and the money. But when I collected all these details, I discovered that it forms a single word with clear and large letters is (corruption)!
I am working on the criticism and revealing the main causes of our suffering and not the side effects, I think that any caricature as (direct free-kick)!
* Caricature between the ghoul of joke, laughter and social reformative treatment? How to assess this balance?- I think that caricaturist must provide political and social awareness through his work, because the hand which holding pen is one, but it must express issues of thousands and millions of the oppressed and the marginalized. Caricaturist must not paint to his personal glory, also caricaturist should not consider himself as government-employee to fill in white rectangular area in a page, and also he must not make himself joke to entertain some readers. Here I mean who working in the political press only, where some of people make caricature is synonym for jesting. When I meet some people and they know that I'm caricaturist, they expect me to tell jokes, but I'm not clown to draw jokes for readers, I raised the slogan of (the time of laughter is over).
We laughed at our pain and our tragedies enough time, but the wiping on wounds doesn't cure it and analgesics do not treat the cancer. I know that my speech quite rough, but the truth is more severe than that.
I don’t know how person can laugh amid all these tragedies and smile amid these tears and bloods.
I think that joking in this critical time considered misleading for minds and unreasonable vanity in the time of seriousness!
Some day, one of the readers met me and asked me:
( What is the reason makes you painting these gloomy and sad ideas ? ), ( the situations are gloomier) I answered .

Sunday, April 26, 2009
APARECIÓ EL NÚMERO 15 DE “SONASTE MANECO”,
Celebramos el rediseño de nuestra página web con un número extraordinario.
Hablamos de todo con ANGEL DE LA CALLE, el historietista español autor de MODOTTI y organizador de la SEMANA NEGRA DE GIJON. Recordamos nuestro paso por el TERCER FESTIVAL DE LA HISTORIETA DE VALPARAISO, en Chile; y aprovechamos la ocasión para reflexionar sobre el presente y el futuro del noveno arte latinoamericano. Y directamente desde Cuba, EL DELGA y JORGE OLIVER nos hacen llegar el homenaje que le hicieran al SPIRIT de Will Eisner, a fines de la década del ’60. Además, un sentido recuerdo a CARLOS MEGLIA, a cargo de sus alumnos, CARLOS TRILLO y HUMBERTO RAMOS.
Y como si todo esto fuera poco, un suplemento especial dedicado a las historietas argentinas de SUPERMAN, realizadas en el país sin el permiso de la DC Comics en los años ’60. Una historia desconocida que pudimos reconstruir gracias a la colaboración de JORGE CLAUDIO MORHAIN y TONI TORRES.
DE REGALO: El cómic SUPERMAN EN BUENOS AIRES.
Rediseñamos nuestra página web y se nos ocurrió festejarlo con un número extraordinario de SONASTE MANECO. Entrevistamos al español ANGEL DE LA CALLE, autor de la laureada MODOTTI. UNA MUJER DEL SIGLO XX, crítico especializado y hacedor de festivales como la SEMANA NEGRA DE GIJON. Un verdadero profesional del medio, sin pelos en la lengua a la hora de opinar sobre el futuro de la industria y el mercado, el resguardo de la memoria colectiva y el estado actual de la creatividad en el cómic mundial.
Recordamos nuestro paso por el TERCER FESTIVAL DE LA HISTORIETA DE VALPARAISO, en Chile; reunión anual que propone no sólo una revisión de las principales viñetas latinoamericanas, sino que se plantea como un espacio vivo de reflexión y desarrollo del noveno arte en la región. Además, EL DELGA y JORGE OLIVER nos presentan el homenaje que le hicieran al SPIRIT de Will Eisner en la Cuba de los ’60; y un sentido recuerdo a CARLOS MEGLIA, a cargo de sus alumnos, CARLOS TRILLO y HUMBERTO RAMOS. Y, como siempre, un completo servicio de novedades, reseñas de los últimos lanzamientos, y las críticas de los filmes Watchmen: Los vigilantes y The Spirit: El Espíritu.
También está disponible un SUPLEMENTO ESPECIAL dedicado a las historietas argentinas de SUPERMAN. En una investigación exclusiva de SONASTE MANECO, revelamos la verdadera historia tras los cómics argentinos de Superman, realizados en la década del ’60 por autores locales y sin el permiso de la DC Comics. Y nos lo contó todo JORGE CLAUDIO MORHAIN, primer guionista del Hombre de Acero nacido en Kryptón pero criado en Buenos Aires. DE REGALO: El cómic SUPERMAN EN BUENOS AIRES.
La Bañadera del Cómic es un colectivo de trabajo conformado por Andrés Ferreiro, Mario Formosa (in memoriam), Fernando Ariel García, Hernán Ostuni y Rodríguez Van Rousselt, autores y editores de los libros Oesterheld: En primera persona, Oesterheld: En tercera persona, Vera historia no oficial del grande y famoso cacique tehuelche Patoruzu y la colección La Historieta Latinoamericana. Para la revista Sonaste Maneco, el lenguaje historietístico es un emergente de la cultura popular y, por lo tanto, una herramienta valida para desentrañar y comprender los comportamientos sociopolíticos del mundo contemporáneo.
Buenos Aires, abril de 2009
Fernando Ariel García
Director
E-mail: http://ar.f542.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=sonastemaneco@yahoo.com.ar











