Saturday, April 19, 2014

Gabriel Garcia Marques (1927 / 2014) in caricatura por J. Bosco, René Bouschet

 J. Bosco

René Bouschet


Humor de Rodrigo de Matos

 Dr. OctoPutin
Eleitomata

VII Salón Internacional de Humor Gráfico - Lima 2014


CONVOCATORIA
Queridos colegas y artistas:
El Perú se viste de alegría, creatividad y arte con la realización del VII Salón Internacional de Humor Gráfico
– Lima 2014.
Este evento que reúne a diferentes representantes mundiales del dibujo humorístico buscará, al igual que en
las ediciones anteriores, crear conciencia en la sociedad sobre el cuidado del medio ambiente mediante
obras gráficas. El tema seleccionado para este año es EL CAMBIO CLIMÁTICO.
La inauguración de este evento de calidad internacional se realizará el jueves 4 de Setiembre con la
exposición itinerante de las diferentes piezas gráficas. Esta exposición recorrerá las zonas más
representativas de la capital peruana y posteriormente ciudades en el interior del país.
Además, todos los artistas cuyos trabajos sean seleccionados para la muestra recibirán vía postal nuestra
Catálogo Oficial, en el cual se encontrarán las diversas obras que formen parte de la exposición.
Esperamos su valioso aporte. El éxito de El Salón Internacional de Humor Gráfico, considerado uno de los
eventos artísticos más importante de América Latina, depende de ustedes.
BASES DE LA CONVOCATORIA
Tema: ‘CAMBIO CLIMÁTICO’
1. El artista que desee participar en El VII Salón Internacional de Humor Gráfico – Lima 2014 deberá
enviar a los organizadores del evento sus datos personales (Nombre completo, dirección, número de
contacto, dirección postal) acompañados de su obra, un breve resumen autobiográfico y una
fotografía y/o caricatura.
2. Las obras presentadas deberán ceñirse al tema elegido para esta sexta edición: ‘Cambio
climático’.
3. El artista podrá enviar hasta dos obras de su archivo personal. Estas podrán haber sido publicadas y/
o premiadas anteriormente.
4. La obra debe tener una resolución de 300 dpi como mínimo, y un tamaño mínimo de A-4 (30 x 21
cm.)
5. Las obras, junto a los datos requeridos, han de ser enviadas únicamente al correo electrónico
oficial: salonhumorperu@salonhumorperu.com
6. La fecha de cierre será el 30 de junio de 2014.
7. Las obras recibidas que pasen la selección conformarán la exposición itinerante cuya inauguración
está prevista para el jueves 4 de setiembre de 2014.
8. Los artistas cuyas obras sean seleccionadas recibirán un ejemplar del Catálogo Oficial del Salón del
Humor, el cual ha de publicarse con los distintos trabajos recibidos.
9. El artista autoriza a los organizadores el uso de su obra para las piezas publicitarias que El Salón del
Humor Gráfico requiera para la difusión del evento (afiches, polos, notas de prensa, entre otros).
10. Con su inscripción, el artista acepta todas las condiciones establecidas en las bases de la

convocatoria para el VII Salón Internacional de Humor

Friday, April 18, 2014

Gabriel Garcia Marques (1927 / 2014) in caricatura por Fernando Campos, Glen Batoca, Gogue, Hermínio Felizardo, Karry, Pedro X. Molina

 Fernao Campos
 Glen Batoca
 Gogue
 Hermínio Felizardo
 Karry
www.pxmolina.com


18 de Abril 1914 - Centenário da Chegada de Fernando Correia Dias ao Brasil

FERNANDO CORREIA DIAS E OS PIONEIROS DO MODERNISMO
NO CENTENÁRIO DA SUA CHEGADA AO RIO DE JANEIRO A 18 DE ABRIL DE 1914

Por: Osvaldo Macedo de Sousa

           
Auto-caricatura (1912)
A História é um processo de reescrita eterna, moldada, não apenas, pelas correntes historiográficas, mas essencialmente pela constante redescoberta de documentos e de testemunhos novos… O Modernismo é um desses períodos que ainda tem muitos hiatos por reescrever. Se já é aceite que o “Grupo de Coimbra” foi um impulso fundamental que levou ao desenvolvimento do pensamento e da obra modernista; estando já razoavelmente estudados Christiano Cruz e Luíz Filipe Rodrigues… ainda há muito por revelar sobre outros pioneiros como Álvaro Cerveira Pinto, António Balha e Melo ou Fernando Correia Dias.
            Comemorando os 120 anos do nascimento (em 2012) e o centenário da chegada ao Brasil (em 2014) a editora brasileira Batel acaba de lançar um super álbum sobre o luso-brasileiro “Fernando Correia Dias, um poeta do traço”.


A génese Conimbricense do Modernismo

            A História “clássica” aponta a “Exposição dos Livres”, realizada em 1911 em Lisboa, como o “momento” revolucionário que impulsionou as artes plásticas para a modernidade, apesar de toda ela ser super-académica, com excepção das obras irreverentes do humorista Emmérico Nunes. Na realidade, a única diferença entre esta e as outras que por cá se realizavam está no título – dos Livres… Contudo, a história irreverente da caricatura portuguesa tem outra leitura desta génese modernista, ao desviar o olhar da capital para a província, mais concretamente para a cidade universitária de Coimbra onde a sorte confluiu, temporalmente e ideologicamente, num grupo de jovens que no seu contacto estudantil, descobriram o desenho e a irreverência estética, procurando no experimentalismo gráfico desenvolver uma nova linha ideológica e estética, como expressão pessoal e colectiva.
            Em 1908, Fernando Correia Dias e Christiano Shepard Cruz mudam-se para Coimbra, para prosseguirem os estudos liceais (na época só havia 3 Liceus em Portugal com o Curso Complementar - 6º e 7º ano). Em 1909, pelos mesmos motivos, chega Álvaro Cerveira Pinto. Estes três jovens, em cumplicidade com outros de tendência mais literária, fundam o jornal do liceu “O Gorro” (14/11/1909 – 27/5/1910), entrando logo de seguida também na aventura de “A Farça” (20/12/1909 – 27/4/1910), liderada agora por um estudante universitário, Luiz Filipe Rodrigues. Este quarteto desenvolve uma ruptura gráfico-ideológica que, em breve, se expandirá para o resto do país através do humor gráfico.
           
Christiano Cruz por Correia Dias
Se, nesse longínquo 1908, Amadeo de Souza-Cardoso discutia epistemologicamente com Manuel Laranjeira a modernidade na sua pesquisa da caricatura sintética, o “Grupo de Coimbra” fazia-o também nas suas tertúlias boémias, não nos deixando registo escrito das suas ideias, dúvidas ou certezas, apenas conhecendo as suas opções práticas desenvolvidas na imprensa. Só a partir de 1912, através de uma série de testemunhos de Christiano Cruz sobre a actividade da Sociedade dos Humoristas vamos conhecer a base desse ideário conimbricense. No essencial, a ruptura estético-ideológica centra-se na defesa de uma arte irreverente, mas apartidária, de uma arte pedagógica em que a criação está ao serviço da educação da sociedade na liberdade de expressão, na critica às más tradições e construção do bom gosto aliado a despojamento do supérfluo naturalista e na aceitação do progresso como a via do futuro modernista. Europeísta, mas sem abandonar os aspectos de qualidade estética nacionalista.

Correia Dias o poeta do traço português

            Do “Grupo de Coimbra”, Fernando Correia Dias seria o único que prosseguiria na carreira artística, já que este encontro, esta encruzilhada de irreverências, de sonhos e utopias foi breve. Em Outubro de 1910 Christiano Cruz muda-se para Lisboa onde evangelizará a juventude da capital, mas que, desiludido com as traições, ciúmes e invejas do meio artístico se “suicidará” artisticamente em 1919 quando parte para África, como veterinário, deixando praticamente de desenhar; em Novembro de 191, Álvaro Cerveira Pinto falece; em Julho de 1912, Luiz Filipe, terminado o curso de Direito, parte para o seu Minho natal, afastando-se aos poucos das artes, para que o jurista sério não seja incomodado pela áurea do artista irreverente. Entretanto, ou seja entre Novembro de 1910 e provavelmente Fevereiro de 1911, o jovem José Almada Negreiros passa por Coimbra, onde nas boémias acabará por beber a influência artística de Correia Dias e Luiz Filipe, para depois, em Lisboa, aceitar Christiano Cruz como seu orientador nos primeiros passos da irreverência gráfica.
            Fernando Correia Dias nasceu, fisicamente, no Lugar da Mata – Penajoia – Lamego, a 10 de Novembro de 1892 mas, como artista, germinou na cidade de Coimbra, nas tertúlias boémias do grupo que se desenvolveria à volta de “O Gorro”, “A Farça”, “A Rajada”… A pesquisa de um novo traço, de uma expressão mais livre, conduziria o lápis de todos eles para a síntese e para a intervenção social da arte. Correia Dias encarará, desde logo, a sua actividade como uma missão no conceito filosófico das “artes & ofícios” ruskiniano.
           
Director Artístico dos primeiros números de “O Gorro”, daria logo a sua marca como designer na paginação e vinhetas, as quais, vêm assinadas pelo seu pseudónimo “tira-linhas”. Esta assinatura manter-se-á nas colaborações para “A Farça” e “Limia”.
            De 1908 a 11 é o período de auto-descoberta, do domínio da mão, da investigação estilística através das tertúlias, da leitura de imprensa estrangeira e de uma brevíssima viagem a Paris. 1912 será o ano de viragem, de ruptura do projecto de futuro vaticinado pela família, cortando com os estudos universitários, optando por uma carreira artística.
            O facto do “Grupo de Coimbra” se ter desenvolvido à volta de projectos jornalísticos, de tertúlias estudantis mais vocacionadas para a discussão literária que a plástica, molda o carácter e a filosofia criativa de Fernando, numa visão mais humanística, onde toda a expressão, todas as técnicas e meios são fundamentais para um criador completo, desde o design básico da página, passando pela caricatura, ilustração, cerâmica, pirogravura, marcenaria, desenho arquitectónico, decoração de interiores à publicidade gráfica ou decorativa de montras, não esquecendo de contribuir com um vocalizo na arte musical.
          
Balha e Melo por Correia Dias
  Para além da Tuna do Liceu, pertencerá posteriormente ao Orfeon Académico que, para além de lhe ter proporcionado uma visita a Paris (Abril de 1911), lhe lançará um desafio que despoletará a viragem da sua vida. Após Paris, onde só cantaram, o projecto seguinte é ir ao Rio de Janeiro não só cantar, como realizar uma exposição da sua obra pictórica com o tema de Coimbra. Aqui, o seu papel de artista plástico era já um posto entre os estudantes e, inclusivé, entre os “Futricas” (a população conimbricense não estudante). Nas actuações do Orfeon, para além de cantar no grupo, era também o responsável pela animação dos espectáculos, com a realização de caricaturas ao vivo (acompanhado por um novo membro do “Grupo de Coimbra”, Balha e Melo), fazer o design dos programas ou organizar iniciativas como as conferências de Leal da Câmara…
            A deslocação do Orfeon ao Rio de Janeiro foi sendo adiada de mês a mês, de ano a ano, mas o desafio estava lançado e o entusiasmo nunca esmoreceu, criando uma obra extraordinária para a época, em que ultrapassou a centena de trabalhos. Essa criação orientou o seu dia-a-dia, ao mesmo tempo que, para sobrevier, ia respondendo às encomendas locais e nacionais, como cartazes, ex-libris, móveis, campas funerárias, vitrais, pirogravuras, cerâmicas, design de revistas, capas, ilustrações…numa abordagem polimórfica, impondo-o como um pioneiro nos mais variados campos do modernismo, incluindo o primeiro auto-anúncio, estruturado como tal com ilustração, na sua revista “A Rajada”.    Este último título é a revista icónica do modernismo conimbricense e nacional, porque aí se encontra a obra madura dos artistas do “Grupo de Coimbra” (com natural ausência do já falecido Cerveira Pinto), com a inclusão dos “novos”, como Almada Negreiros, Jorge Barradas, Silvio Duarte, para além de um riquíssimo plantel de intelectuais como o Director Literário Afonso Duarte, Nuno Simões, Vergílio Correia, Veiga Simões, João de Barros, Manuel Laranjeira, Jaime Cortesão… O simbolismo filosófico e a síntese gráfica dominam o movimento criativo ligado à “Renascença Portuguesa” cujo porta-voz jornalístico “A Águia” Correia Dias também era colaborador.      
Correia Dias, para além, das colaborações em “A Águia” (e criação da capa da segunda série), “A Sátira”, “Alma Académica” e “Ilustração Portuguesa”, foi Director Artístico de “A Rajada”, “Gente Nova” e da projectada revista “Terra Mãe” de que só faria a capa 0, porque foi um projecto que não vingou.

            Entretanto, a sua criatividade não parava e em 1912, como balanço desse esforço, realiza a sua primeira exposição individual em Agosto, no Espaço Gymnasio, ao mesmo tempo que ia decorando algumas montras com obras suas. Esta exposição magna, ou parciais, não tinham verdadeiramente como objectivo a venda, já que necessitava de toda essa obra para a referida exposição carioca, mas as necessidades fizeram com que algumas peças fossem mesmo vendidas, logo substituídas por outras que em 1914 somam o montante de 98 obras expostas em nova exposição, agora no seu próprio ateliê, antes de seguirem para o Salão da Ilustração Portuguesa, onde Lisboa - o país, pode descobrir a obra genial deste jovem artista. Os críticos frisam que esta é a melhor e mais irreverente exposição realizada naquele conceituado espaço, uma pedrada no charco amorfo de uma capital com muitas intenções ideológicas, intenções plástico revolucionárias e raras concretizações na ousadia e vanguardismo modernista. Surpreendeu não só a diversidade de estilos, onde incluía pintura cubista, cerâmicas abstraccionistas, caricaturas expressionistas, ou paisagens simbolistas, como a diversidade técnica deste jovem artista. Surpreendeu os críticos, sem os chocar, como o faria Amadeo de Souza-Cardoso, razão pela qual acabou por, finda a exposição, ser logo esquecido, entrando os modernistas/orfistas/futuristas lisboetas na modorra dos debates inconclusivos de café sem avançarem, verdadeiramente, para a criação da obra revolucionária de vanguarda. Não era intenção de Correia Dias ser um revolucionário, apenas queria fazer a sua obra, fazer a sua vida a qual estava projectada como passo seguinte seguir finalmente para o Rio de Janeiro, onde chega em Abril de 1914.


Correia Dias, o poeta do traço modernista brasileiro

            No cais do Rio seria recebido de braços abertos pela intelectualidade literária e jornalística que, de imediato, arranjam o Salão da Associação dos Jornalistas para realizarem tão esperada exposição que inaugurou a 5 de Maio. O sucesso foi tão abrangente como o de Lisboa, mas com consequências diferentes. Estava ainda na mente de Fernando um possível seguimento para Paris, onde pensava expôr de novo, mas a venda da maioria das peças (que não estavam à venda em Lisboa, tendo sido contudo desfalcado de uma peça quando foi confrontado com o pedido do Presidente da República), os múltiplos convites de trabalho da sedenta sociedade carioca e a posterior explosão da Grande Guerra na Europa fez com que Fernando se deixasse embalar no futuro risonho que se esboçava naquele continente.
            O Rio de Janeiro vivia ainda um momento de reestruturação do urbanismo, reconstruindo-se a cidade na modernidade cosmopolita, acompanhada, naturalmente, por uma tentativa de revolução social, numa filosofia europeísta que queria apagar a “mancha” colonial” do fazendeiro rico, para uma sociedade moderna em que o ideário cultural procurava absorver todas as influências internacionais, principalmente francófonas. Dentro desta dinâmica de renovação, a indústria tipográfica luta pela recuperação do seu atraso tecnológico, não só na qualidade de impressão, como na produção de papel, agrupando à sua volta as mais variadas mentes criativas na pesquisa de novas linhas gráficas, novas estéticas de design que cativem o publico, e que incentivem o consumo. Fernando chega na hora certa para integrar e até liderar parte desse núcleo de pioneiros do desenho gráfico e da ilustração modernista.
  Chega com o epíteto de caricaturista, já que essa era a designação comum para os desenhadores de imprensa, e continuará a realizar, de vez em quando, caricaturas pessoais e ilustrações humorísticas, mas a sua principal valia é que Correia Dias não era apenas um esteta, mas também um técnico que dominava as múltiplas técnicas artesanais e mecânicas. Já em Portugal, sendo responsável como Director Artístico de periódicos, era também responsável pela paginação, ilustração, diafragmação e montagem, ou seja, o homem dos sete ofícios que resolvia todos os problemas. No Brasil, apesar de não ter de assumir todas aquelas funções, ao ser convidado para director artístico de Gráficas e de periódicos, desenvolveu novas técnicas, novas linhas de desenvolvimento do design gráfico carioca. A sua aposta, prazer, dedicação, foi essencialmente no desenho gráfico das revistas, dos livros, das páginas como capista, paginador, ilustrador de poemas / crónicas / contos… ex-librista, publicitário… revolucionando estas artes no universo carioca. Dispersou o seu talento por dezenas de títulos, nomeadamente: Fon-Fon / Revista da Semana / O País / Selecta / Front / Rio / Revista Nacional / Boa Nova / D. Quixote / Apolo / A Época / A Manhã / Brazilian American / Ilustração Brasileira / O Globo / O Jornal / O Radical / O Malho / A Rajada / Arvore Nova / Terra de Sol / Ilustração Musical / O Cruzeiro / Festa / A Nação / Diário de Notícias
            Ele viveu toda a sua vida preferencialmente nos meios literários e a poesia será sempre a linha filosófica, o traço orientador da sua vida e da sua criatividade. Esse risco literário-grafico foi desenvolvido como uma construção lírica e cenográfica da página. Não é um estilo fechado à volta da sua assinatura, nem uma corrente estética uniformizada por modismos, mas sim uma explosão da versatilidade criativa, da genialidade polifacética do artista que, em vez de impor ditatorialmente uma estética pessoal, adapta-se em cada criação a cada obra, dialogando, comungando com o escritor a sua veia estilística, respeitando cada conteúdo numa interpretação lírica objectiva, com cenografias que tanto podem viajar até à iluminura mediavelista, como nos transportar ao fantástico arabesco, do exotismo do extremo-oriente ao naturalismo puro, do barroco ao sintético, do modernismo ao deco… com a sombra do simbolismo sempre presente. Esta mesma filosofia criativa reinará no design dos livros, onde foi pioneiro de uma escola gráfica modernista brasileira, com uma produção que ultrapassa as cinco dezenas de títulos.
  Entretanto, temos de referir que, se em Portugal Correia Dias usou temporariamente o pseudónimo de “tira-linhas”, a partir de 1917 viverá uma vida dupla de criatividade usando o seu próprio nome ou assinando como “esp”, uma marca iconográfica que sugere um pseudónimo, ao mesmo tempo que, fazendo uma análise caligráfica, podemos defender que mais não é que as suas iniciais “cd” em escrita corrida. Sendo “esp” ou “cd”, é uma assinatura que convivendo com a “correiadias”, veio dificultar a identificação de muitas das suas obras, já que não sendo um anagrama bem legível pelos historiadores de hoje, faz com que muitos deles não lhe atribuam as referidas obras. Isto acontece a partir de 1918 e, segundo creio, usada pela primeira vez na "D. Quixote".
         
   O mercado livreiro acabará por ser a ponte que o manterá, ocasionalmente, ligado à pátria lusa, como capista e ilustrador de edições da “Renascença Portuguesa” e outras editoras, em títulos como “Tragédia do Sol-posto” de Afonso Duarte (1914), “A Forja da Lei” de Joaquim Madureira, “A Zagala” de Costa Macedo (1915), “Etnografia Artística Portuguesa” de Vergílio Correia (1916), “Humus” de Raul Brandão (1921), “Itália Azul” de Jaime Cortesão (1922)… No Brasil a sua acção de capista e ilustrador bibliográfico estende-se por mais de sete dezenas de títulos.
            Mas a sua criatividade multifacetada não se restringiu ao universo tipográfico, já que a sua irreverência também abordou as artes decorativas, nessa função social modernista ruskiniana de embelezar o quotidiano. A sua actividade abordou o mobiliário de casa ou urbano, a tapeçaria, a marroquinaria, o metal, a cerâmica… numa exploração preferencial por uma arte nacionalista (corrente nativista) em que o deco-carioca, moldado pela recuperação da arte amazónica marajoara, teve especial relevo. O neo-marajoara será um estilo iconográfico de Correia Dias que deixará marca profunda no Rio dos anos vinte. Infelizmente, devido à dificuldade de identificação da autoria neste género de obras “artesanais”, a maior parte das suas criações vivem anonimamente nas residências da cidade carioca.
           
A par da vida criativa há sempre a vida privada, de amizades, de família que, em Correia Dias não podia estar desligada da poesia. Em 1922, temos notícia do seu casamento com a revelação poética do momento, a escritora Cecília Meirelles, que virá a ser um dos expoentes da poesia brasileira e lusófona. Deste casamento nascerão três filhas, uma delas que se celebrará como actriz – Maria Fernanda. É uma vida profissional de sucesso, complementada por uma vida familiar e de amigos harmoniosa, em que, inclusive, tem a companhia de um dos irmãos, também emigrado para o Rio. Porém, a mente humana é complexa, nas suas circunvoluções tortuosas dos equilíbrios emocionais entre as responsabilidades e os medos de conseguir sempre a originalidade, a insatisfação perante a folha branca da pré-criatividade. A verdade é que Fernando foi sendo assolado pelo anjo das neurastenias, empurrando-o para abismos da impotência vivencial e criativa.
            Uma visita à mãe pátria, em vez de lhe renovar a alma na recepção calorosa dos amigos e familiares por cá deixados, resultou na ampliação da solidão perante a ausência total de amigos como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Balha e Melo… que o evitaram; perante a frustração da realização de uma prometida exposição das obras criadas durante a viagem; perante a situação de não ser mais do que o marido da grande sensação da viagem, a jovem e bela Cecília Meirelles; a conferencista de sucesso com o triunfo da sua poesia e dos seus desenhos que até mereceram exposição…
           
No seu retorno ao quotidiano carioca, a depressão intensifica-se, envolvendo-o no nó da angustia, o qual o estrangulará a 19 de Novembro de 1935. Se para a sua mente foi a única saída do momento, para a família foi uma traição, um acto de egoísmo e cobardia que mancharia para sempre a vida da esposa e das filhas que, no seu luto, lançaram um tabu sobre esta figura, preferindo o esquecimento da pessoa e da obra arrumada num sótão familiar.
           
Auto-caricatura 1933

Setenta anos após este dramático desaparecimento, é pois tempo de recuperar essa obra “perdida” nos baús do constrangimento familiar, no esquecimento das memórias efémeras das hemerotecas, alfarrabistas e historiadores desatentos. É o momento de se abrirem as arcas, de desempoeirar a memória, recuperar o esplendor desta obra genial deste pioneiro do modernismo luso-brasileiro e dar-lhe o verdadeiro destaque na história de arte.



Bibliografia: Fernando Correia Dias um Poeta do Traço” de Osvaldo Macedo de Sousa Editora Batel (Rio de Janeiro 2013)

Thursday, April 17, 2014

primer diario de historietas del mundo. Chamaco.

Estimados amigos:
Los invito a ver este video donde les presentamos, un ejemplar completo del primer diario de historietas del mundo. Chamaco.
Publicada el 5 de julio de 1947, por Publicaciones Herrerías.
Colaboran en esta edición:
Guillermo de la Parra (escritor que años después fundaría Editorial Argumentos (VID)), con dibujos de José Cárdenas; Gremán Butze con sus Supersabios, Daniel López,  Gaspar Bolaños con Rolando El Rabioso, Joaquín Cervantes Bassoco Con WAMA, Elia D´Erzell, Francisco galindo, Marquez, Laura Bolaños, Sealtiel Alatriste, Juan Reyes Beiker (Taburay), Rafael Araiza con A Batacazo Limpio.
Recuerden que un ejemplar digitalizado de esta revista
puede llegar a su cuenta de correo electrónico, mediante un sencillo donativo. 
Aqui el video:

http://youtu.be/H5E-Rg5geX4

Gracias por leernos amigos

Nota: Si por alguna razón equivocada te enviamos este correo y no es de tu agrado, háznoslo saber, estamos contra el contra el correo basura!!!

-- 
Recibe atentos saludos de
Rubén Eduardo Soto Díaz, director del
Museo de la Caricatura y la Historieta "Joaquín Cervantes Bassoco"
Calle Libertad s/n, casi esquina Calle Emiliano Zapata, Anenecuilco, Ayala, Morelos, Mexico, C.P. 62710. 

Tel Cel 044 735 11 25 848

Educação contemporânea no humor de Quino










The 8th HumoDEVA INTERNATIONAL CARTOON CONTEST – Deva, 2014, Romania

The 8th HumoDEVA INTERNATIONAL CARTOON CONTEST – Deva, 2014, Romania
The event is a part of the 14th edition of Deva anual Humor Festival Liviu Oros.
R  U  L  E  S
The CULTURE CENTER of Deva city, CRISAN Publishing House and The ACCES Association – as the organizers – and the founders are very glad to invite you to participate in

1. The artworks must be presented in a
I. FREE THEME - MY BEST OF 2013, (your best cartoons made in 2013) or on
II. THE THEME - CRISAN Publishing House - 15 Years! , with the subjects:
a. The Children Books of CRISAN Publishing House (books, characters, fairy-tales...). Click to see the books.
b. Funny congratulations and wishes for our age - 15 years! (cartoons, of course)
c. Portraits of the CRISAN Publishing House founder - Horia CRISAN. Click here to see some photos .
d. Cartoons with our mascot LULI and ideas for a new logo design. Click here to see our mascot and our logo
Note: The cartoons sent until now to the HumoDEVA 2013 Special will participate at this section.
2. The 8th HumoDEVA INTERNATIONAL CARTOON CONTEST is an open competition for cartoonists all over the world. The participation is free of charge. For all the cartoonists accepted in the contest, the drawings will be displayed FREE OF CHARGE on HumoDEVA’s site.
3. You can submit max 3 works, made in 2013, for FREE THEME and max 3 works for THEME SECTION. The Deadline for sending works, only by e-mail, is  April 28 2014 at the e-mail address humodeva@gmail.com .            
4. The works must be digitized in 300 DPI resolution, RGB color mode, in JPG format, with the maximum limit of 5 MB. Works should be accompanied by the author’s photo or caricature and a short biography in English, including date of birth, education, profession, citizenship, awards, publications and exhibitions.
5. The decisions of the Jury are final. The Jury will award the following prizes for the best works, no mater the categories:
5 GOLD PRIZES
- 1500 $ (300 $ each) and Special Honor Diploma
10 SILVER PRIZES
Special Honor Diploma
10 BRONZE PRIZES
Special Honor Diploma
Other Special Prizes offered by the sponsors may be awarded.
6. The contest results will be announced on the HumoDEVA 2014 web site .
The prizes can be paid in Deva or can be posted to the cost of the receiver. The organizer does not assume any liability regarding taxes or bank charges. The original drawings of the prize winning entries should be sent in maximum two weeks from the results announcement, well wraped and protected against damages. The mail adress for sending winning originals is: CRISAN Publishing House, Mihai Viteazu bl 47, ap 1, 330.091 Deva, jud. HD, ROMANIA.
7. All selected cartoonists will get, free of charge, a full-color Catalogue of the 2014 HumoDEVA INTERNATIONAL CARTOON CONTEST in PDF format.
8. The participation in HumoDEVA means automatically that the author is waving copyrights of his works in any kind of support, concerning the production and diffusion of the contest.
9. For further information: phone 0040-721328855, e-mail: humodeva@gmail.com .    
10. By submitting the works to The HumoDÆVA INTERNATIONAL CARTOON CONTEST, the artists accept the decisions of the Jury and the rules printed above.   
GOOD LUCK!
Horia CRISAN,                                                                                                                  Liviu STANILA,

Founder of                                                                                         Co-founder and art director of 

René Bouschet " Sunny de bronze" en Arménie



Wednesday, April 16, 2014

CONCURSO DE CARTOONS SEXY PONCHA… by Câmara de Lobos

CONCURSO DE CARTOONS SEXY PONCHA… by Câmara de Lobos

REGULAMENTO

Introdução
Este é um concurso de âmbito nacional (artistas portugueses ou residentes em Portugal) aberto a todos os amantes do cartoonismo, profissionais e amadores, tendo por objeto de ilustração a mais popular bebida da Madeira, a PONCHA, que, segundo história passada de geração em geração, teve origem em CÂMARA DE LOBOS.

Artigo 1º - Objetivos do concurso:
a)   Incitar ao gosto pelas artes plásticas, em especial o cartoonismo;
b)   Impulsionar a criatividade individual;
c)    Promover o trabalho dos criadores nacionais na área do cartoonismo;
d)      Evidenciar o lado lúdico da poncha, carinhosamente tratada entre os madeirenses por ponchinha. A poncha remete-nos para convívio e momentos de lazer. Por que não dar-lhe um cunho sexy e feminino? Daí a SEXY PONCHA que queremos ver evidenciada nos vossos cartoons. Tal como a mulher, a poncha tradicional tem um lado doce (açúcar ou mel), um lado ácido (limão), um lado “tramado” (a aguardente) e sabe bem o que é tratar alguém com amor e carinho…
Achegas: A poncha é mexida com o chamado pau da poncha, também designado mexelote, mas mais conhecido como “caralhinho”. A poncha pode ser baixinha (quando servida em copo pequeno) ou top model (quando servida em copo alto), mas só será uma boa poncha se obedecer à receita original, nas proporções certas.
Artigo 2º - Organização: A entidade promotora é a Direção da Casa do Povo de Câmara de Lobos.
Artigo 3º - Tema: Os trabalhos apresentados terão que ter como tema base a Poncha, mais especificamente “By Câmara de Lobos”, porque foi nesta pitoresca terra madeirense que tão versátil e apreciada bebida ganhou raízes, entre o vai e volta dos pescadores nas noites de faina, e este é um aspeto em que fazemos ponto de honra nesta iniciativa: a ligação da poncha a Câmara de Lobos.
Artigo 4º - Destinatários: Todos os cartoonistas residentes no país (Portugal continental e regiões autónomas da Madeira e Açores)
Artigo 5º - Trabalhos:
a) Os trabalhos a concurso deverão ser entregues em papel, em formato A3 ou em formato digital (.JPG ou .PNG), com as medidas 42cm x 29,7cm e resolução de pelo menos 300 dpi.
b) Cada trabalho deverá acompanhar-se de uma folha com os dados pessoais do concorrente (nome completo, BI, morada, e-mail, número de contacto) ou no caso de trabalhos digitais enviados por email, com os dados pessoais do concorrente no corpo do e-mail enviado com o trabalho;
c) Os trabalhos devem ser individuais;
d) Não há limites para o número de trabalhos a apresentar;
e) Os trabalhos deverão ser entregues por correio por carta registada para (morada) até o dia 31 de maio de 2014 (data do carimbo dos correios)  ou por e-mail para concursocartoonsponcha@gmail.com até o dia 30 de maio de 2014;
f) Só serão admitidos a concurso os trabalhos que respeitem o tema;
g) Os trabalhos devem ser inéditos, no sentido de nunca terem sido expostos em nenhum evento;
h)   A técnica para a criação artística do trabalho é livre.
Artigo 6º - Critérios de Seleção:
a) Criatividade – humor na construção do cartoon;
b) Componente estética;
c) Originalidade;
d) Conformidade com o tema;
e) Clareza na perceção do objetivo.
Artigo 8º - Júri:
a) Os trabalhos apresentados serão submetidos à apreciação de um júri, que irá selecionar o melhor trabalho, constituído por:
Presidente do júri – Cartoonista convidado…
Jurado 2 – Representante da Associação de Barmen da Madeira
Jurado 3 – Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos
Jurado 4 – Presidente da Casa do Povo de Câmara de Lobos
Jurado 5 – Museu de Imprensa da Madeira
Jurado 7 – Na Minha Terra.com
b) Todos os trabalhos submetidos a concurso serão avaliados pelo Júri.
c) Caberá ao Júri decidir sobre os casos omissos neste Regulamento.
d) Das decisões do Júri não haverá recurso.
e) O participante assumirá o compromisso de conhecer e cumprir este Regulamento e acatar as decisões do júri do concurso.
Artigo 9º - Atribuição de Prémios e divulgação de trabalhos:
a) Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados;
1.º Lugar - 500 euros
2.º Lugar – 250 euros
3.º Lugar – 150 euros
                b) Exposição de todos os trabalhos, no Museu de Imprensa da Madeira, em Câmara de Lobos, no final de junho ou princípio de julho.
c)  Possibilidade de publicação dos cartoons, ou dos melhores cartoons (consoante a adesão),num trabalho editorial alusivo à poncha. Esta seleção dependerá da qualidade dos trabalhos enviados a concurso, segundo apreciação do júri.
Artigo 10º - Direitos de Autor:
a)    Os autores/ artistas preservam os direitos de autor das suas criações, mas autorizam a eventual utilização e/ou reprodução dos trabalhos pela organização;
b)    Só poderão ser submetidos a concurso trabalhos originais;
c)    Os autores/artistas autorizam o registo fotográfico e/ou audiovisual das fases do
concurso consideradas mais pertinentes pela organização.
Artigo 11º - Divulgação dos resultados do concurso e entrega de prémios:
a)      A divulgação dos resultados do concurso e entrega dos prémios será realizada em (Junho/Julho de 2014).
b)      Os concorrentes serão previamente avisados, por e-mail, dos resultados do concurso.

Artigo 12º - Informações adicionais: Para mais informações, contactar a Casa do Povo de Câmara de Lobos – 291628063 

Sunday, April 13, 2014

2nd ‘Cartoon Africa International Biennial’ (CAIB) Festival 2014!

Call for Entries for the 2nd ‘Cartoon Africa International Biennial’ (CAIB) Festival 2014!
CAIB 2014 THEME/BACKGROUND INFORMATION:  While professionally showcasing, promoting and rewarding excellence in the cartoon and comic Art industry across Africa and globally, the CAIB collaborative agenda seeks to explore how Comedic Art and multimedia innovations, in synergy with other allied fields of endeavour, can provide Answers to a wide variety of issues and concerns in favour of Africa’s sustainable development and productivity within the framework of the New Partnership for African Development (NEPAD), in line with the United Nations (UN) Sustainable Development Goals (SDGs) and in the context of the UNESCO Social and Human Sciences Sector’s (SHS) call for innovative ideas in favour of Africa’s development within the new decade.

RATIONALE:  The adage that a picture is worth a thousand words is not far-fetched: “One image can communicate more than dozens of pages of text or hours of speeches. One image can change the course of history. Editorial cartoons draw attention to important political, economic, and social issues like nothing else. Using symbols or visual metaphors, their reach transcends country borders and language barrier”.  We are deploying Art and  visual journalism in the context of press cartooning,  cartoon animations, comics/graphic humour, etc., as a creative education, awareness spreading and public enlightenment strategy to draw attention, promote fiscal development and human dignity, to drive productivity, equity, moral capital development and innovative cross cultural resources development and exchanges across Africa in a global context.

The 2014 edition of
 CARTOON AFRICA INTERNATIONAL BIENNIAL (CAIB) festival will hold in the last quarter of 2014. African illustrators, press cartoonists, cartoon animators, etc., and their colleagues around the globe will once again gather in Nigeria, in 2014, through their comedic art, creative education and visual journalism works - Caricatures, editorial cartoons, comic strips, cartoon animations, photo cartoons, etc., - to lend a strong voice to the theme above, addressing Africa’s development needs and challenges in a global context.

WHO CAN PARTICIPATE?

The festival is open to all professional artists, amateurs/students and children of all grades and types of schools regardless of their age from all over the world. Three major categories of participants are, however, identified for CAIB2014: PROFESSIONAL; AMATEUR/STUDENT; and CHILDREN.  The central theme of the second edition of the CAIB festival is:
 AFRICA OF THE FUTURE”. 

The TOPICS being investigated and interpreted include:

(1) “Stop Violence Against Women” - (Selected entries on this topic will automatically qualify for inclusion in the CAIB-MEWOR Comic book series plus short animated videos to be produced and distributed regionally to draw attention and spread awareness of the“PROTOCOL TO THE AFRICAN CHARTER ON HUMAN AND PEOPLES’ RIGHTS ON THE RIGHTS OF WOMEN IN AFRICA”. 
You may download the document from our website to guide you).      
    
(2) “Our Children, Our Future; Their Safety, Our Responsibility.” 

(3) “Sustainable Development Goals (SDGs): The God Factor In Achieving Success.”

(4) “My Fears for Africa” *(Strictly for Non- African participants only).

(5a) “The WATER and ENVIRONMENT challenge”

(5b) “Tribute to Nelson Mandela” (Caricatures, editorial cartoons, comic strip, animation, photo cartoon, etc) 

(6) Free. (Here, you are at liberty to work on any topic(s) of your choice, but they should be within the thematic framework of CAIB festival2014)

*(7) Introducing: the first “BFI LIFEGATE COMICS & MULTIMEDIA PRIZE”, a prestigious creative award for the best youth graphic literature, comic book, photo story, or short cartoon animated video, multimedia, new media short story, documentary,  jingle or  documentary on any topic(s) addressing one or more of the issues below and primarily targeting African youths: NEW CREATION REALITIES; MORAL CAPITAL DEVELOPMENT; THE CHURCH AND POVERTY IN SOCIETY;  IDENTITY CRISIS IN A PLURAL SOCIETY AND GLOBALISED WORLD;  TOMORROW’S YOUTH AND THE SOCIAL MEDIA; Water, SANITATION AND HYGIENE (WASH) CREATIVE EDUCATION  FOR SCHOOLCHILDREN/YOUTHS; YOUTH SEXUALITY EDUCATION; ETC.  

NOTE: Authors/artists can come up with their own ideas and topics as individual participants or as a team, but they must address youth moral capital development in the context of social and spiritual culture.  Details of the BFI’s new awards programme are available on the organization’s website:
 www.bfiministry.org/media/ 

SUPPORTING EVENTS:  More supporting events will be featuring during the CAIB2014 festival to add verve to the biennial event and will take place in Benin City and Lagos side by side.  These include pre-festival Schools Cartoon Art  Challenge/workshops/exhibitions for primary, secondary and tertiary schools in selected Nigerian/African cities and towns; visual journalism training workshops for African women journalists and mass communicators, etc; the first planning meeting of African Christian Cartoonists and Comic Artists; fundraising art exhibition by selected African and foreign artists; CAIB webshop launch/merchandise sales; distribution of free comics and educational audio visuals; CCAS-Afrik inaugural conference/workshop; short cartoon animated film shows; official launch of CAIB International Cartoon Museum; open air public interactive showcase of some reproductions of some selected works at strategic city centers.etc.

Artists, cultural creatives, writers, publishers, the  media, design and promo-serve companies, advertisers, fashion/textile industries, architectural practitioners, manufacturers, NGOs, government agencies, etc., whose businesses and or services  integrate artistic illustrations, cartoons and comedic art, as well as other related businesses and institutions anywhere in the world - who wish to take advantage of the CAIB platform to collaborate and cooperate with us to promote/ sell their ideas, goods and or services as partners in every edition of the CAIB festivals -are very welcome. Please contact the central organizing committee for our mutually benefiting terms and conditions. Send enquiries
or call the curator, Francis Umendu Odupute: +2348023680030. 

+2348023680030

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