Thursday, June 27, 2013

Álbum "Fernando Correia Dias, um poeta do Traço" de Osvaldo Macedo de Sousa, editora Batel finalmente lançado na Ler Devagar (Lx Factory)



 Fotos do lançamento deste álbum na Ler Devagar (Lx Factory Alcântara) que também tem loja em Óbidos único local onde pode ser adquirido este álbum já que é uma edição da brasileira Batel e só vem 50 exemplares para Portugal. Na mesa o neto de Fernando Correia Dias / Cecília Meireles, José Pinho responsável da livraria e o autor Osvaldo Macedo de Sousa. Há uma exposição que se pode ver naquele espaço até 10 de Julho sobre vida e obra de Fernando Correia Dias


Sunday, June 16, 2013

Lançamento na Ler Devagar )Lx Factory - Alcantara) dia 26 de Junho pelas 19h - Fernando Correia Dias, um Poeta do Traço

“FERNANDO CORREIA DIAS, UM POETA DO TRAÇO”
de Osvaldo Macedo de Sousa

Biografia e redescoberta de uma extraordinária obra de um pioneiro do modernismo Português e Brasileiro, numa edição da editora brasileira Batel, cujo lançamento é acompanhado por uma exposição (de 26 de Junho a 10 de Julho de 2013)
na Livraria Ler Devagar na Lx. Factory (Alcântara – Lisboa)

            O fascinante da História é a sua mutabilidade, não pela visão dos vitoriosos do momento, mas pela constante descoberta de velhos documentos, obras e testemunhos que nos obrigam a reescrevê-la, abordando novas leituras e perspectivas. É um jogo de memórias, de injustiças, de esquecimentos, de redescobertas e requalificações.
            Fernando Correia Dias é um extraordinário artista que a memória se esfumou na tragédia da sua morte, no pó das hemerotecas e alfarrabistas. 120 anos após o seu nascimento em Penajoia - Lamego (10/11/1892) e 99 anos após a apoteótica exposição no Salão da Ilustração Portuguesa em Lisboa, é momento de se redescobrir a obra genial do luso-brasileiro Fernando Correia Dias, pioneiro do modernismo em Portugal (1909 / 1914) e no Brasil /1914 / 1935).
            Não há duvida que, mesmo sem terem consciência disso, o grupo formado no Liceu / Universidade de Coimbra (Correia Dias, Christiano Shepard Cruz, Álvaro Cerveira Pinto, Luiz Filipe Rodrigues e depois António Balha e Melo) a partir de 1909 foi o principal motor de arranque do modernismo, desenvolvido depois no resto do país com o Grupo dos Humoristas, Fantasistas, Futuristas... Correia Dias será o único que, nesta fase portuguesa, nunca deixará Coimbra mas, daí lançará toda a sua influência através do trabalho, em cumplicidade teórico-estética com o resto do grupo, publicado em "O Gorro", "A Farça", "A Sátira", "A Águia", "Gente Nova", “Alma Académica”… darão um novo curso às artes gráficas, à paginação e à  ilustração. A sua pintura e cerâmica, por terem sido uma obra apenas visionada nas exposições de Coimbra (1912 e 14) e em Lisboa (1914) acabaram por não deixar grande influência, corroborando apenas a linha estético-filosófica que o seu cúmplice, Christiano Cruz teorizava nas entrevistas da imprensa lisboeta. Passaram um pouco despercebidas as suas irreverências cubistas no auto-retrato, as explorações do sintetismo abstracto-grotesco nas cerâmicas de “Caveirocaricatura de Leal da Câmara”, “Christiano Cruz”…
            Essa marca seria mais profunda no Rio de Janeiro, onde, de imediato, foi absorvido pela irreverência carioca, adaptando o seu modernismo ao gosto local, reivindicando uma linha nacionalista no uso e abuso dos elementos nativos da fauna e flora, com especial reescrita da arte deco através dos elementos neo-marajoara que se desenvolveram na cerâmica, tapeçaria e em intervenções arquitectónicas… Seriam seus cúmplices J. Carlos, Di Cavalcanti, Menotti del Pichia, Tarsila do Amaral…
            A sua criatividade prolífera fá-lo-á abordar todos os géneros criativos, das artes decorativas (como tapeçaria, cerâmica, mobiliário) à pintura, do desenho de ilustração ao desenho gráfico (títulos, letras, capitulares, paginação, diafragmação, capas, “ex-libris”…). Foi um inovador na concepção do livro como obra de arte, com as suas extraordinárias capas, com a introdução da cor, da ilustração, das capitulares… Apesar de toda esta dispersão criativa, será nas artes gráficas que a sua obra predominará, já que era também a forma mais fácil de sobrevivência económica.
            Tanto em Portugal, como no Brasil, a sua corte tertuliana era preferencialmente literária, tendo mesmo desposado a que seria um dos expoentes da poesia do séc. XX brasileiro, Cecília Meirelles, o que influenciou profundamente a sua obra, o seu trabalho como cenógrafo da palavra, como poeta do traço, em que cada obra é um diálogo, uma profunda comunhão entre a ilustração e o conteúdo, o estilo, a estética da obra literária que ele serve como promotor plástico. A sua arte nunca se impõe estilisticamente, antes está ao serviço do escritor, do texto, do poema para o melhor promover e realçar.

            Devido ao seu trágico desaparecimento, em Novembro de 1935 no Rio de Janeiro, por suicídio neurasténico, a sua obra “perder-se-ia” nos baús do constrangimento familiar, no esquecimento das memórias efémeras das hemerotecas, alfarrabistas e historiadores desatentos, durante quase oito décadas. Eis finalmente o momento de se abrirem as arcas, de desempoeirar a memória, recuperar o esplendor desta obra genial que a família colocou à disposição para a edição deste luxuoso álbum publicado pela Editora Batel do Rio de Janeiro. O estudo biográfico e analítico da obra é do historiador português Osvaldo Macedo de Sousa.

XV PortoCartoon

Esta semana, una mención a la próxima inauguración del XV PortoCartoon
en la ciudad portuguesa de Porto, en el Museu Nacional da Imprensa,  con los dibujos premiados.
Gracias por la atención prestada
Cordialmente
Francisco Puñal Suárez

Pinchar aqui:
http://issuu.com/punalsuarez/docs/xv_portocartoon_-_siglo_21_no._682_


La urna contra el búnker: humor gráfico en la Transición por FERNANDO DÍAZ DE QUIJANO

Forges y Peridis presentan en la BNE una exposición de 200 viñetas políticas de 80 dibujantes de la época 

Los políticos de hoy le han quitado el trabajo a los humoristas gráficos: ellos mismos son chistes andantes. Es lo que dio a entender Antonio FraguasForges en la presentación de La Transición en tinta china, la exposición que inaugura la Biblioteca Nacional con más de 200 viñetas y portadas de 80 dibujantes de los periódicos, revistas y semanarios satíricos de entonces. Con una censura recién relajada y un aluvión de acontecimientos políticos, aquella sí que fue una época de efervescencia para el humor gráfico, como demuestran los dibujos de Forges, Peridis, Mingote, Máximo, Mena, El Roto, El Perich, Chumy Chúmez, Vázquez de Sola y otros muchos colegas de profesión, publicados en 25 cabeceras diferentes, como Hermano Lobo, Por Favor, Cuadernos para el diálogo, El Jueves, ABC, Blanco y Negro, El País, Informaciones, La Codorniz, Triunfo o Época.

La exposición abarca desde el año 1972 hasta 1985, es decir, desde las postrimerías del franquismo hasta la integración de España en el escenario internacional, ya con Felipe González. Además de la división en etapas cronológicas, la exposición incluye una galería de personajes, que además de Manuel Fraga, Arias Navarro, Adolfo Suárez, Santiago Carrillo o Felipe González, incorpora varias caricaturas del Rey cedidas por la Casa Real.


Por favor, n° 154, 1977.

La relación entre el humor gráfico y el poder siempre ha sido especialmente tensa y, sin embargo, “normalmente los políticos están deseando salir en la caricatura. Si no sales, no existes”, asegura José María Pérez Peridis. Incluso, las viñetas han sido utilizadas en alguna ocasión como arma arrojadiza entre los propios políticos. “Baje usted de la columna de Peridis”, le dijo una vez en el Parlamento Juan María Bandrés, secretario general de Euskadiko Ezkerra, al entonces presidente Adolfo Suárez. El propio Peridis estaba allí y se puso rojo como un tomate al oír su nombre. Se refería el diputado vasco a la alegoría que usaba el dibujante para representar el poder ejercido desde las alturas. Para el autor, la anécdota fue la constatación de que éste y otros símbolos, como "el agujero de Carrillo" que simbolizaba el debate sobre la legalización del PCE, “se habían convertido en lenguaje cotidiano”.


Peridis, IX Congreso del PCE, 1978.

Pero el símbolo más frecuente en las viñetas de aquellos años de incertidumbre y cambio tras la muerte de Franco fue la urna, “reflejo de un impreciso deseo de libertad”, asegura Francisco Bobillo, profesor titular de Ciencia Política de la Universidad Complutense de Madrid y comisario de la muestra. El objeto más representativo de la democracia se enfrentaba a menudo con un búnker, que simbolizaba a su vez a los sectores más inmovilistas de la sociedad y del régimen franquista.


Guillén, Por favor, n° 136, 1977.

Antes de la muerte de Franco, los humoristas hacían “un gran esfuerzo neuronal”, asegura Forges, para hacer llegar a sus lectores las críticas al régimen pero de forma que las autoridades de la censura no pudieran demostrar delito alguno. Ya en los primeros años de la Transición, la censura dio paso a la autocensura ejercida desde las propias publicaciones “por miedo a que les dieran un apretón”.


Dibujo de Forges en el diario Informaciones, 1977.

La cosa ha cambiado mucho, pero las tiras de hoy siguen usando el eufemismo, asegura Forges, porque “en democracia, la censura la ejercen otros patronos distintos al Estado. Hay censuras empresariales, económicas, comerciales y de intereses”.

“El humor gráfico -explica Peridis- responde a una necesidad social de mitigar la zozobra con la risa. En la Transición fue muy necesario porque eran tiempos de tribulación, estábamos pasando de una orilla a la otra. Las viñetas fueron un extraordinario digestivo incluso para los propios aludidos del franquismo”.


Vista parcial de la exposición.

Recuerda Forges que el humor podía ser usado como arma política no sólo por los humoristas: “En 1974 fui a un coloquio a la Facultad de Ciencias de Información y todos los estudiantes que pululaban por el Paraninfo llevaban un ejemplar de Hermano Lobo debajo del brazo. La policía, por si acaso, cargó con unas carreritas contra ellos para dispersarlos”.

Del esplendor del dibujo satírico quedan hoy los rescoldos, nada que ver con aquella época dorada, aunque sobrevive El Jueves y recientemente han nacido otras publicaciones, como Mongolia, que intentan mantener viva la muy sana costumbre de reírse del poder. En opinión de Peridis, el humor gráfico decayó por dos motivos: porque no había tanta demanda como para mantener las dos principales revistas (Hermano Lobo y Por Favor) y porque los periódicos incluyeron viñetas en sus páginas, cosa que antes no se atrevían hacer. 

Sunday, June 09, 2013

Rosário Breve Carlos, Ionesco e N’Dinga por Daniel Abrunheiro

Os livros bons são os que procuram (e encontram) gente que coincida com eles. Há anos que porfio as estopinhas para ser capaz de um – até hoje, porém, nem um dos que já fiz ao desbarato dos anos me trouxe população a suficiente para uma matraquilhada completa: a minha carreira por assim dizer literária tem sido jogar sozinho ao varão da baliza e ao idem do ataque. Cheiro a óleo e a pano de desperdício, mas coincido comigo. É justo. Mas.
Mas, aqui há dias poucos, aconteceu-me uma epifania gentil. Foi no Café Colonial (o da Rosa, vós sabeis, aquele ali além). É lá que me dedico às minhas três principais tarefas: escrever, escreviver & escrebeber. Cada uma leva às outras duas. (Posto assim, parece magia – e é-a.)
Foi portanto no Colonial da Rosa. Tinha eu acabado de revisitar uma frase portentosa de um gajo romeno chamado Ionesco: “Cada um de nós é o primeiro a morrer.” Senti-me logo coincidido. Verdade. Um gajo nasce como toda a gente, mas morre só como só um. A vida é tipo Maria-vem-como-as-outras. A morte faz-nos príncipes, aniversariantes do mesmo eterno dia. Pena que tal palaciana glória dure tão pouco, pena tanto gás para tão pouco champanhe. Mas adiante.  
Foi então que ele entrou. Chama-se Carlos. Cavalheiro freguês, há bem mais décadas do que eu, do Colonial, é de olhos líquidos, vívidos e vividos. Delicado no falar e no manusear, a primeira e talvez mais definitiva impressão que dá – é a de alguém que gosta de viver. E do que viveu. E do que viver lhe falta, por tanta falta sentir que viver lhe faz.
Este senhor costuma tomar o abatanado e a meia-torrada em mesa da minha vizinha. Deve ter pensado, se calhar mal, que eu seria capaz de escrever a história dele. Que é esta:
A 17 de Julho de 2005 foi-lhe diagnosticado um linfoma sublingual. Cancro. Cancro tem seis letras, a primeira é C – como Carlos. Ele tinha completado 57 anos oito dias antes: era um rapaz, portanto. Moço de mais para saber se Ionesco está ou não certo.
Até então, uma vida de trabalho resgatada aos trabalhos da vida: moço-de-recados aos 13 anos, contabilista aos 19 (idade em que se casa com outra criança como ele), supervisor turístico aos 24. Falida a Torralta para que trabalhava, embarca a partir dos primeiros tempos pós-25 de Abril no ofício de “olheiro” de futebol em África. Para Vitória de Guimarães, Desportivo de Chaves, Leixões, Rio Ave e FCP, viaja e “olha” por Gana, Zimbabwe, Congo(s), Mali.
Acumulando-se representante de vinhos alentejanos e durienses na zona Centro do País, conhece finalmente Ivone, que para médica estudava em Coimbra. Casa-se com ela logo que pôde, que só olhar, mesmo por ofício, não chega, mesmo para o caçador de talentos nela, mulher, confirmado. Trinta anos passam num fósforo. Até esse 17 de Julho de 2005. Linfoma. Na base da língua. Cancro. A morte na boca antes de no papo.
– Daniel, é uma rua escura. Não tem luz. Não tem janelas.”
Mas tem Ivone.
Sabe o povo, e di-lo bem, que quem se ionesca ao mar, ivona-se em terra. Médica sempre, mas esposa para sempre, revolve céus e lezírias em prol do pai da sua Catarina. Voltam ambos à Coimbra do tempo primeiro em comum. Vão ao IPO, onde o(s) acolhe(m) o doutor Arnaldo Guimarães e respectiva equipa.
Há oito anos que a tal “rua” voltou a ter “janelas”.
Digo eu, sem errar muito talvez, que janelas são o lapso espácio-temporal por que transitam o dentro e o fora.

É neste ponto que o Carlos, levando como todos os dias o almoço à mãe (aos 64 anos, ainda tem mãe, o danado, o felizardo), me sopra uma manchete que o Tempo me torna impublicável: sussurra-me ele que, há coisa de valentes anos, esteve vai-não-vem para trazer o Ionesco para o Guimarães, mas que a coisa só se não concretizou porque os vitorianos preferiram o zairense N’Dinga, que não era romeno nem jamais constou que, como Carlos, fosse gajo para morrer primeiro, ou para, restabelecida a igualdade no marcador, não ser, para sempre, o primeiro a viver.

Medi BELORTAJA - Albania Cartoonis

Medi Belortaja was born on 8th March 1967 in Albania. He graduated at the Fine Arts Institute in Tirana, the capital of Albania. Medi Belortaja published his first drawing in 1988 and since that time his artworks appeared in numerous newspapers and magazines at home and abroad. Currently, he is working as a freelance artist and is concentrated mainly to creative work on the field of cartoons and illustrations. His artworks have been exhibited at a number of individual and countless collective exhibitions in many countries. Since 1988, Medi Belortaja regularly participated at both national and international cartoon competitions and festivals worldwide and his artworks have been awarded numerous prestigious prizes and honorable mentions (we can mention at least some of them: 1989 – First Prize at the National Traditional Cartoon Contest of Humor magazine “Hosteni” Tirana, Albania; 1994 – Golden Prize at 15th Yomiuri International Cartoon Contest, Tokyo, Japan; 1995 – Golden Prize at 5th Seoul International Cartoon Festival, Seoul, South Korea; 1999 – Excelent Prize at 20th Yomiuri International Cartoon Contest,Tokyo, Japan; 1999 – First Prize (Golden Hoed) at 38th Knokke-Heist International Cartoon Contest, Knokke – Heist, Belgium; 2000 – First Prize at the International Cartoon Exhibition of Dubai, United Arab Emmirates). Medi Belortaja is living and working in Tirana, Albania. 
Medi Belortaja-Brain energy
Medi Belortaja-Cracked thinker
Medi Belortaja-Bicycling

Medi Belortaja-Wallman
Medi Belortaja-Waves kiss
Medi Belortaja-Woman and mirror

Medi Belortaja-Natural cuff
Medi Belortaja-Victory fruits
Medi Belortaja-Philosophical balloon


(For fullscreen presentation in “Slideshow” mode click under the picture to such button http://www.cartoongallery.eu/wp-content/uploads/2011/10/fullscx1.jpg)

Friday, June 07, 2013

Lançamento do Livro "Correia Dias um Poeta do Traço" de Osvaldo Macedo de Sousa, uma edição Batel e exposição na Livraria Ler Devagar a partir de 26 de Junho



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