Friday, March 30, 2007

O Fim da Linha de Osvaldo Cavandoli



Desapareceu um dos magos do humor animado. A 3 de Março de 2007, morreu em Milão o genial cartoonista italiano Osvaldo Cavandoli (Maderno sul Garda 1/1/1920 – 3/3/2007), ou CAVA, como assinava suas obras.
Nos tempos em que a RTP deu espaço à divulgação da arte do desenho animado, que deu espaço a Vasco Granja para este divulgar esta genial arte, descobri uma linha que andava, que se revoltava, que gritava contra seu criador. Só muito depois descobri que quem a fazia era um tal Osvaldo Cavandoli. De tempos a tempos procurava reviver essa linha viva, até que descobri o seu óbito. Não queria deixar passar esse acontecimento sem partilhar com os meus amigos a sua arte, a única forma de se homenagear um artista.
http://www.tv5.org/TV5Site/la_linea/

Wednesday, March 28, 2007

Smiling Europa

Para comemorar os 50 Anos dos Tratados de Roma, ou seja o nascimento da Comunidade Europeia, o Grupo Português do Parlamento Europeu, resolveu fazer um livro com cartoons sobre a Comunidade Europeia. Após um ano de trabalho, chegaram à conclusão que não tinham material suficiente. Contactaram-me e em 30 dias consigui quase duas centenas de trabalhos, ou seja após os cortes, mais de 60% do livro foi feito com material por mim conseguido. Não podiam pagar nada, mas pediram-me um texto, de 3 a 4 pa´ginas. Escrevi 3. Censuraram-me uma página inteira. O texto com alguns dos cortes esta a seguir. Estes foram os que eu exigi repor, senão não permitia a publicação, preferia não aparecer no livro. Alguns deixei, porque não me queria chatear. Mesmo assim, eles publicaram o tecto com todos os coretes indo contra a minha vontade. è este o pais onde vivemos
O livro não está à venda, é para ofertas. Certamente se fizerem contacto com o Parlamento Europeu em Lisboa, dar-lhes-ao um exemplar. Os que participam receberão em casa o seu livro.

Smiling Europa - A EUROPA E A SÁTIRA

Por: Osvaldo Macedo de Sousa

Diz a lenda que a “Europa” foi raptada, violada… mas não por nenhum sátiro ou sátira. Foi-o pelo senhor todo-poderoso, o Poder travestido em Touro, a imagem da força e da brutalidade viril. O poder sempre teve dificuldade em não se desviar dos caminhos da persuasão, e muitas vezes caiu na tentação de se impor pela via mais curta.
O exercício do poder pode ser encarado como um acto de gestão, de patronato, militar… mas, de todos, o que melhor lhe veste a pele é a política, a arte suprema de governo da polis. Utopicamente, tal poder deveria ser entregue aos mais sábios e competentes, uma actividade exercida democraticamente pelos “melhores” entre os melhores. Sabe-se que infelizmente isso não aconteceu e que, ao longo dos séculos, o enorme fascínio pelo poder convocou, à luta pela sua posse, mesmo quem não possuía as aptidões ideais.
Não sabemos quando surgiu a primeira gargalhada satírica no Homem, mas de certeza que foi perante o acto ridículo de algum mau chefe. No registo histórico temos testemunhos de que o seu nascimento é contemporâneo ao das primeiras civilizações, como nos hieróglifos satíricos que demonstram um pensamento irreverente na civilização do Antigo Egipto. No âmbito gráfico, de referir as cerâmicas gregas e etruscas… Assim, mal nasceu o político, surgiu o primeiro crítico, como contraponto.
Porque o governante necessita de ter os pés na terra…. As Comédias, as “Falofórias”, as festas Dionisíacas, as “Saturnais”, os “Carnavais"… são a expressão pública desse contrapoder, a consciência junto à frequente inconsciência do poder. Não sabemos qual o seu nome no Antigo Egipto, mas ele já lá andava na corte. O Rei Salomão tinha um Marcoulf para zelar pela sua saúde mental através do riso. O grande conquistador Tarmelão não prescindia da companhia de Khoja (também conhecido por Nasr-Es-Din ou Si-Djoha). Os Gregos transformaram-nos em mimos, personagens da dramaturgia… O Truão, o Bufão, o Bobo, são designações que perduraram na civilização da Europa Ocidental.
O Bobo ou o contra-político é o Sr. Sátira, o irreverente que serve de consciência ao Sr. Político através do riso, uma expressão de comunicação que é exclusiva do ser humano. O riso é a mais poderosa estrutura imunológica do corpo humano, um antibiótico de largo espectro poucas vezes devidamente explorado. Em breves palavras, ele é o mais potente exercício aeróbio, que exercita dezenas de músculos faciais, peitorais… promove o exercício cardiovascular, activa a oxigenação pulmonar e cerebral, faz despoletar uma série de endorfinas e outros químicos que desenvolvem o sistema imunológico e combatem o stress, a depressão, o pessimismo. O riso é uma arma poderosa, razão pela qual os senhores do poder sempre a temeram.
Se há um riso salutar, saudável… encontramos também o uso maléfico do cómico, transformado em chacota, grotesco. Para separar as águas, é comum dividir a comicidade como proveniente do baixo-ventre (escatológico, grosseiro, vingativo), do alto-ventre (com coração, inteligência, sentido filosófico). A fronteira entre eles é diáfana, razão pela qual a irreverência desliza por vezes para a má educação e esta ultima, em algumas circunstâncias, indevidamente defendida como irreverência.
O humor é a comicidade encarada como o riso democrático, filosófico e inteligente. O verdadeiro humor deve ser um ECO da sociedade (Elegante, Conveniente e Oportuno). Deve o humorista rir COM o seu objecto, não torná-lo numa vítima ao rir-se DELE. Mas este também deve ter a inteligência de aceitar a crítica, de saber rir-se com o humorista e, fundamentalmente, consigo próprio.
Dentro do Humor há várias formas de usar a irreverência cómica, ou seja, a visão anedótica, irónica ou satírica. Na sátira a crítica é directa, a irreverência mais acutilante, numa crítica que não se deixa subjugar à censura do politicamente correcto. Por essa razão, a sátira é o género que se identifica com a verdadeira crítica politico-humorística.
Há testemunhos de críticas políticas desde o Antigo Egipto, mas a sátira política, tal como a encaramos na contemporaneidade, nasceu na Europa, na Alemanha de 1500. A primeira guerra satírica terá sido a luta entre o Vaticano e a Reforma Luterana. O desenvolvimento da gravura, que não está desligado da revolução da tipografia, foi um forte aliado para a exploração desta arma de opinião e panfletária, propícia a uma época dominada pelo analfabetismo das massas. Foi um século de transição entre as pranchas noticiosas grotescas, para a imagética da crítica ideológica.
Com o século XVII, os italianos Anníbal e Augustin Carrache desenvolvem o jogo dos exageros (caricare) faciais, criando a arte da caricatura. A junção da sátira sócio-política à caricatura deu-se com o fim do absolutismo, com o desenvolvimento do indivíduo político.
A Revolução Francesa foi a segunda guerra da sátira política, em que tanto os franceses como os ingleses exploraram à exaustão esta arma panfletária. O liberalismo deu nova alma ao animal político, do qual, como contra-poder, nasceu uma nova profissão, a do caricaturista político, do sátiro político.
A Europa da idade contemporânea cresceu, amadureceu com o desenvolvimento da imprensa, com a sátira gráfica e, desde aí, toda a sua história está registada nas páginas dos jornais. Durante o séc. XIX houve uma sã confrontação entre políticos e jornalismo satírico. Este último esteve na vanguarda, não só do comentário político, como de uma parte da revolução tecnológica e, fundamentalmente, da ruptura do pensamento estético. Na viragem do século, o lado plástico quase se sobrepôs ao político, liderando o modernismo até à implantação do abstraccionismo numa filosofia de maior crítica social que política. Com a abstracção, o humor gráfico perdeu o seu papel de vanguarda, embora o tenha mantido na luta ideológica e, de certo modo, política.
Durante o séc. XX, a Europa exportou a sátira gráfico-política para outros continentes (para os EUA já o tinha feito durante o séc. XIX) e outras culturas. Durante este século a sátira teve momentos pungentes e gloriosos, e momentos de quebranto, subjugada por ditaduras ou pela passividade social. Lutou contra duas guerras mundiais, e contra uma miríade de guerras regionais, locais, individuais… Sobretudo, deixou o seu registo, uma crónica histórica. Viajar pelos desenhos satíricos ao longo dos anos é viver o dia a dia do riso de uma sociedade, de uma comunidade, com as suas preocupações, os seus temores e as suas vitórias.
Com o séc. XX, a sátira foi-se desvanecendo em ironia, já que os caricaturistas deixaram de ser editores dos seus próprios jornais. Ao assalariarem-se na grande imprensa, tiveram de se submeter às directivas das linhas editoriais, dos interesses próprios dos proprietários da comunicação social. O “Politicamente Correcto”, a forma mais discreta de controlo da mensagem, foi-se impondo como pensamento dominante. A sátira política transmutou-se em ilustração (por vezes) irreverente.
O humor, como crítica satírica ou crónica sorridente, nunca foi um acto de ruptura política. Nunca um governante foi derrubado por um humorista, mas muitos humoristas foram presos, torturados ou mortos por ordem de políticos, ditadores e déspotas dos inúmeros totalitarismos da História. A sátira não destrói, apenas desnuda, alerta, reclama e incomoda as más consciências. O desenhador satírico é o grilo falante da alegoria do Pinóquio, é a consciência que nos faz rir das nossas desgraças.
É um grito em gargalhada de esperança, uma mentira que contamos a nos próprios. É bom continuar a acreditar que podemos rir do poder, que podemos desmascarar com um sorriso as corrupções, as injustiças… Uma mentirita que só nos faz ser mais optimistas.
A Comunidade Europeia, como organização vital na estrutura politica da Europa, é naturalmente alvo dos desenhos satíricos de todos os países europeus, e até de outros continentes. Poder-se-ia inclusivamente fazer a sua génese, evolução e história através dos comentários dos diferentes cartoonistas, um trabalho meticuloso e longo que poderia ser interessante. Contudo não foi esse o objectivo desta iniciativa do Gabinete em Portugal do Parlamento Europeu. Não foi uma investigação exaustiva, antes um convite aos cartoonistas europeus - e de países terceiros - para enviarem trabalhos seus sobre a União Europeia. É apenas uma meditação, uma introspecção, uma paragem momentânea para reflectir como é que a sociedade vê esta Organização, na altura em que ela comemora os 50 Anos dos seus Tratados fundadores. É um convite para nos rirmos todos, em harmonia irreverente, uns COM os outros (os 27), e meditar sobre o futuro com optimismo crítico.
Nesta colectânea há hiatos, mas também há muita informação. Podemos sentir o que mais preocupa os Europeus, saber como vêem esse poder central, longínquo, mas que influencia as suas vidas. Talvez o factor dominante seja a União Europeia vista como um senhor poderoso cheio de dinheiro que os pode favorecer com um bom quinhão. Também alguma desilusão, porque ela não é a galinha de ovos de ouro, mas uma aliança político-económica entre países. Outra das críticas é precisamente a desunião de facto desse conjunto de países, aparentemente unidos.
Este álbum é um simples pulsar de pensamentos diferenciados de Europeus, mas os políticos podem daqui tirar conclusões. Eu desafiaria mesmo os parlamentos de todos os Estados-membros a estabelecerem um arquivo dos desenhos satíricos publicados no seu país, e convidaria o Parlamento Europeu a gerar e gerir um arquivo com os desenhos satíricos publicados na Europa.
Estou convencido de que o sorriso nos lábios é um bom bálsamo para o "stress", e uma injecção de endorfinas para uma democracia mais participativa.


P.S. – Estupidamente, este texto foi censurado pela comissão organizadora, porque há partes que podem “incomodar” os políticos. Ser Funcionário Público, dependente de Políticos, traz muito stress, e muitos medos.
Para compreenderem a estupidez, coloquei a vermelho as partes censuradas. Os cortes foram maiores, mas depois de negociar, consegui reintroduzir estas partes, deixando de fora mais meia página de texto que acham que eram importantes, mas não fundamentais na linha de raciocínio do texto. Alguém consegue compreender o porquê destes cortes? O que mais me incomoda é a falta de ética. Uma pessoa trabalha de graça para estes tipos, e eles ainda nos usam como querem.

Tuesday, March 27, 2007

Homenaje a Roberto Fontanarrosa, el gran maestro del humor argentino e mundial


Fontanarrosa por Sabat

Mensaje de la Comisión Organizadora
Queridos amigos: Como todos saben, el Homenaje al Negro Fontanarrosa "Fontanarrosa con F de Fútbol", había sido proyectado para realizarlo "in situ" en la propia ciudad de Rosario, terruño natal y laboral del maestro.
Casi 200 dibujantes de Argentina y del Mundo se hicieron presentes en esta convocatoria llevada a cabo por el Museo de la Caricatura Severo Vaccaro durante el 2006, junto con el Museo Itinerante, y con la difusión a nivel mundial de la Fundación General de la Universidad de Alcalá (España), la Asociación Cultural Humoralia (Cataluña, España), y el Museo del Fumetto Franco Fossati (Italia). También se sumó la Asociación de Dibujantes de Rosario, y el Museo del Dibujo "Oscar Blotta".
Las circunstancias hicieron que el homenaje se vaya postergando, y que ahora sea reformulado en su expresión.
Así es que hoy, les presentamos el blog "Fontanarrosa con F de Fútbol": http://homenajealnegro.blogspot.com/ ,
en donde se irán publicando periódicamente, TODOS los trabajos recibidos hasta la fecha. La aparición de los mismos será por la orden de llegada en la casilla de mail que abrimos para tal fin. Casi con seguridad, El Negro los disfrutará desde su estudio. Lamentamos que las circunstancias nos obliguen a actuar de esta manera, pero creemos que es la mejor opción tanto para El Negro como para todos los que participan del homenaje. No resta más que decir: "Para vos, Negro querido, todo nuestro cariño".
Un saludo afectuoso,
Comisión Organizadora MUSEO DE LA CARICATURA SEVERO VACCARO
Lima 1037 - Buenos Aires - Argentina
Página Oficial: http://espanol.groups.yahoo.com/group/museo_caricatura_noticias/

Monday, March 26, 2007

A Caricatura e o “Livro de Curso”

A tradição de fechar o ciclo académico com a edição de um livro, onde se guarda a memória dos colegas de curso, nasceu em Coimbra. Nos finais do séc. XIX, a fotografia fazia furor como uma arte pioneira do retrato, o que levou a alguns irreverentes estudantes de Coimbra a aproveitarem essa inovação e registaram para a posteridade o grupo que compunha a sua classe.
No início do séc. XXI, com a reforma do ensino, a que se foi dado o nome do “Enterro do Grau” (deixou de haver o grau de Bacharéis), os humoristas foram chamados para animar as hostes com desenhos, edição de um livro e poemas humorísticos, postais. Dai surgiu a ideia de em vez de usar as fotografias (caras na altura), usarem uma arte mais irreverente, e mais em consonância com o espírito estudantil, a caricatura. Assim surge em 1904 um dos primeiros álbuns de Curso. Aos poucos esse gosto foi-se desenvolvendo e na década de 20 já todos os Cursos em Coimbra editavam o seu Livro de Curso. Lisboa e o Porto em breve seguiriam esta tradição, e depois do 25 de Abril essa arte ainda teve uma divulgação ainda maior.
Através dos livros de Curso, se pode ver a obra dos grandes mestres da caricatura, desde o João Amaral, passando pelo Correia Dias, Christiano Cruz, José Valério, Amarelhe, Zamith, Teixeira Cabral, Hélder, Santana, Tossam, pedro Homero, Baltazar, Francisco Zambujal… Zé Oliveira…
Hoje a caricatura de rua desenvolveu-se como uma atracão turística, mas infelizmente a maioria dos artistas que por ai andam são de péssima qualidade, e temos de lutar por uma memórua digna de registo num Livro de Curso. Heis alguns dos exemplo da boa caricatura, a caricatura repentista dos Livros de Curso desenhadas por Zé Oliveira (o-oliveiradaserra@sapo.pt ), um veterano destas andanças.

Wednesday, March 21, 2007

EL HUMOR GRÁFICO


Por : Osvaldo Macedo de Sousa

El debujo de senso satírico és una simples variacion temática dentro de las artes plásticas, pêro, por su importância en la sociedade contemporânea, à conquistado un nuevo espacio entre las artes.
El problema surje quando, para além de la obra en si, existe la necessidade de desarollar definiciones, de se analizar. Vagando en el limbo de los conceptos, entramos nel mundo de la informacion e contrainformacion, onde las fronteras se entrecruzam e se confundem.
SE puede decir que siempre exisiu la crítica, sátira, ironia, grotesco en la criacion plástica desde la Preé História, com destaque episódicos en la Idade Clássica, en el medievo, pêro será en las campañas de la Contra-Reforma que a sátira gráfica assumiria las características que Hoy prevalecem en el humor gráfico de prensa.
Se llamavam entonces Estampas, o Gravuras satíricas. En el sec. XVIII las Academias italianas e europeias desarrollaram exercícios de retrato grotesco, como forma de se encontrar la mestria del belo, atravéz del domínio de los opuestos. Era el arte de la exageracion, de "caricare", nasciendo assi el concepto de Caricatura. Era una técnica de sátira llá existente que a partir de ahora seria reconocida en sua especificidade.
Como toda la s]atira, ironia, o grotesco é una exageracion en el espejo de la critica, todo este género grafico, onde el riso és un possible efecto, à sido englobado en el concepto general de la arte de la caricatura. O seja, del exercício del singular retrato exagerado. se passo al concepto más global de todo el exagero gáfico con senso crítico. Assi se desarrollou la Caricatura de Prensa, como crítica politoca, o como broma social.
Al mismo tiempo, a partir del século XVI, se desarrolla otro concepto paralelo, que és el del "Humour".
La risa, o el sorriso son reacciones diferenciadas, pêro que siempre existiram nel Hombre desde que tomo conciencia de su fragilidade e poder. Existiram vários términos para os definir esse efecto de comicidade, que dapareceram e desapareceram.
La designacion "humeur" era lago que definia el temperamento e la cosmogonia humana, dividida en quatro fluidos "humorísticos": 1) Bile – Fogo (Calor); 2) Arabile – Terra (frio); 3) Sange) – Ar (seco); 4) Pituite – Aqua (Húmido).
Estes elementos devem co-existir en harmonia, porque qualquer desiquilibrio provoca la enfermedade. Estra mal de humores é estar enfermo, assim como estar mal de los higados é estar com males humores...
Entretanto en la língua fancesa, mas conceptual e criativa, este termino vai assumindo el significado de espírito: ter espírito = ter buen humor = ser social o inteligente en el diálogo.
En la língua inglesa este concepto está más virado para el comportamiento, e significará excentricidade, chistoso. El "Sense of Humour" é un juego entre la irreverência cómica e el equilíbrio moral, entre la revuelta e el conformismo, nel fundo un "noman's land" del carácter, la consciência de la personalidad própria.
El conflito anglo-fancês del siglo XVIII irá unir estes dos conceptos, al mismo tiempo que se desarrola una nueva forma de estar en la comunicacion, em la prensa de opinion.
La comicidade inteligente, usada como arma de combate o de divulgacion de iedias, de opiniones. Desarrolla-se assi la Sátira Politica de Prensa de la Iadde Contemporânea, explorando las técnicas del exagero (de caricare), con utilizacion del pensamiento humorístico (la inteligência irreverente).
Desde entonces el termino Caricatura és assumido, no solo como "retrato-charge", mas como globalizador de todo el dibujo de prensa que utiliza el exagero de líneas o de ideias; la deformacion de los espejos da opinion o de los factos através de la irreverncia inteligente. La risa no és elemiento obligatório, antes la obligatoriedade de hacer pensar.
El termino humor se foi desarrolando cada vez más ligado à la comicidade, al riso ao sorriso num confronto entre el placer más individualista (la risa), o partilhada (el sorriso).
El humor, en principio, no consiste en la criacion de un mundo totalmente original, de un mundo totalmente irreverente o fantástico, pêro una nueva forma de ver el real, una apresentacion descarnada por la irreverência inteligente de lo que las personas miran , vivem, sen veer pelo simples alheamiento de lo que és quotidiano e monótono, o por fuga inconsciente. El humor deveria obligar a despertar los sentidos de crítica e auto-critica.
Solo que dentro deste concepto de humor fue incluído tudo el que provoca la risa, como el grotesco, el chiste, la sátira, la ironia... Desde el humor blanco al humor negro; del humor dito inteligentew a la simples broma...
España optou por el termino de Humor Gráfico como concepto globalizador de todo el dibujo irreverente de prensa. Portugal opto pelo termino Caricatura, enquanto que los diferentes países iberoamericanos se dividem entre estes dos términos. Algunos llá se estan colonizando pelo maquina americana e utilizam el termino generalista de Cartoon.
Naturalmente de la designacion Humor Gráfico tien fundamiento, pêro pienso que existe en nesta palavra una obligatoriedade de comicidade que las artes de irreverência gráfica, non tine siempre.
La sátira de prensa abarca deferentes sub-formas de expression (que analizaremos en futuros artículos), pêro se el exagero, la incongruência, el contraste... son parceros de le inteligência irreverente, nen siempre la risa és importante. Por vezes la dolor és más fuerte que el placer.
Quanto ao concepto de Caricatura...

Sunday, March 18, 2007

Morre um dos grandes cartoonistas Cubanos - René


Informação colhida no blog do Zé Oliveira
http://chavedoburaco.blogspot.com

Friday, March 16, 2007

Conceitos de Humor 2 - O Cartoon

Por: Osvaldo Macedo de Sousa

Este é o termo mais polémico e ambíguo no mundo actual dos conceitos do humor gráfico. Não só porque tem significados diferentes de país para país, mas porque abarca diferentes géneros de criação plástica.
A origem do termo – cartoon – cujo significado se mantêm e se usa, provem do mundo técnico. As Artes Decorativas normalmente dividiam-se em criadores e artífices, ou seja o autor criava a obra, o croqui, o cartão, e o técnico transpunha-o para a obra final. Assim acontece (ia) no mural, no fresco, no azulejo, na cerâmica, na tecelagem, na tapeçaria, na ourivesaria, na gravura, na tipografia...
No âmbito da origem da imprensa, seja com a gravura, com a caricatura e até com a fotografia... os criadores tinham que entregar o projecto-obra aos artífices para que o trabalho pudesse surgir impresso no papel. No mundo do desenho de humor/caricatura usou-se primeiro a xilogravura (madeira), depois a litografia (pedra calcária) em que existiam técnicos intermediários. Depois essa transposição passou-se a fazer de forma mecânica com a zincogravura, a fotogravura, offset...
Isto tudo para dizer que para a impressão, primeiro há um desenho original em papel, um cartão, um "cartoon".
A primeira vez que o termo "cartoon" foi usado oficialmente no âmbito do humor, foi em Julho de 1843 pelo jornal britânico "Punch". O Governo Inglês resolveu fazer uma exposição de desenhos (cartoons) nas salas do Parlamento, com toda a pompa e circunstância, num período de grande crise económica, e o caricaturista John Leech resolveu satirizar esse desperdício de dinheiro com um desenho cuja legenda era "The poor ask for bread and the philanthrophy of the State accords an axhibition", e que o "Punch" publica sob a designação de "Cartoon nº 1".
Apesar de se manter a designação de caricatura, esta primeira abordagem ficou no subconsciente dos humoristas, que foi posteriormente aproveitada pelos americanos como forma de se distinguirem linguisticamente da mãe pátria, introduzindo-o na linguagem comum. Esse novo termo, sendo então dominante nos Estados Unidos foi-se alastrando no âmbito anglo-saxónico, mas com a IIª Guerra Mundial, e a imposição universal do americano como o novo império dominante, e globalizante, esse termo foi-se impondo noutras línguas, e noutras culturas normalmente distantes da sua influencia.
O problema é que a palavra "cartoon" foi sempre usada para o desenho, mantendo-se para os "croquis" de qualquer trabalho gráfico, ou seja para a caricatura, ou para a narrativa gráfica, quando ela se anima, e ganha vida própria em cinema de animação. Cartoon é também desenho animado, usando-se por vezes o diminutivo – Toons.
Assim se desenvolve a confusão, a ambiguidade quando se houve falar em cartoons, nunca se sabe a que género se refere, mas como também é desenho de imprensa, é esse que nos interessa.
Cartoon veio substituir o termo Caricatura, não criar um género específico. A Caricatura é que ficou reduzido a um género específico de retrato exagerado-humoristico, dentro da alçada do cartoon. Depois existem os Gags, que são momentos de humor inócuo, que podem ser em comédia ou desenho, sendo neste caso Gags de cartoon. Para especificar o que era entendido como Sátira Politica, criaram o conceito de Cartoon Editorial, ou seja aquele que é feito sob pressão do momento, uma crítica datável, que tem o risco de ser incompreendida se for publicada antes, e desactualizada se for publicada muito depois dos factos se terem dado. Para estes trabalhos, aquando de exposições posteriores é conveniente ter sempre uma explicação histórica do momento. Como deve ser uma espécie de raio fulminante, de leitura e compreensão imediata, o cartoonista usa normalmente alegorias, paródias, estereótipos, caricaturas... para maior facilidade de entendimento.
Alguns estudiosos defendem que a alteração terminológica de caricatura satírica, ou sátira politica para Cartoon Editorial coincide também com uma alteração no conceito da politica, e da crítica humorística, ou seja os políticos deixaram de ser figuras individuais dentro de uma governação, para serem representativos da governação, do partido porque foram eleitos, das directrizes conjunturais. Antes havia o indivíduo/Carácter/poder, enquanto que o cartoon editorial comenta o Homem/colectivo/poder.
Existem também o Cartoon Ilustração (que acompanham textos, publicidade...), o Strip-cartoon... Com o Strip Cartoon, ou Comic-strip, a dita tira-cómica que também pode ser encarada como cartoon, nascem mais umas séries de ambiguidades, que são o ganha pão destes construtores de conceitos e definições, mas isso será outra divagação.

P.S. : Todos estes conceitos e definições são altamente discutíveis, já que variam de país para país. Por exemplo no caso do Brasil ouve um aportuguesamento do termo em Cartum, mas seu significado é bem diferente já que significa um desenho-de-humor, "quando a preocupação do artista for mais ligada à qualidade do desenho do que ao seu poder de riso" (Ziraldo).
Por essa razão, quando fui convidado a fazer esta série de artigos para a Quevedos, desenvolvemos com a Universidade de Alcalá o projecto de auscultar diferentes artistas e historiadores dos países iberoamericanos sobre estes diferentes conceitos, definições segundo a interpretação de cada país. Curiosamente, apenas dois investigadores me responderam até agora ao inquérito. Talvez porque achem que não vale a pena, estas dissertações inteletualoides, numa arte de irreverentes.

Wednesday, March 14, 2007

A Caricatura na Sociedade segundo Raphael Bordallo Pinheiro


In António Maria de 24 de Novembro de 1881

Tuesday, March 13, 2007

RUI PIMENTEL DESPEDIDO DA REVISTA VISÂO


Uma remodelação gráfica muito profunda, despede Rui Pimentel da revista “Visão”. Assim terminam 20 anos de colaboração profunda, sem uma palavra. É esta a ética que domina a imprensa portuguesa.
Rui Pimentel que todos conhecem, é sem duvida um dos melhores cartoonistas Portugueses da actualidade, do séc. XX e XXI. A sua obra é um monumento de força satírica, em que sorri com os políticos, sendo irreverente, contundente, mas sempre com um olhar construtivo, democrático. É um fiel herdeiro da ironia de Raphael Bordallo Pinheiro. Um mestre do traço ironista que nos tem dado um retrato fiel da sociedade que nos desgoverna.
Apesar de todos os seus Prémios nacionais e internacionais, apesar do reconhecimento de todos da sua obra, é despedido sem o mínimo de ética profissional dos editores da referida revista. É assim que os patrões tratam os funcionários, os artistas. Vivemos na selva, em que já não há respeito pela dignidade humana. A revista “Visão” só demonstra que grande falta de ética profissional, de ética jornalística. O humorismo gráfico português está de luto, porque o cerco ás vozes irreverentes prossegue, dando lugar sempre ás ilustraçõeszinha politicamente correctas, a desenhinhos que ficam sempre bem numa remodelação gráfica muito profunda, tão profunda que cheira mal.
Não tenho nada contra o cartoonista que o substitui, admiro inclusive a sua obra, mas infelizmente ainda tem que amadurecer bastante para chegar ao nível de um RUI Pimentel

Monday, March 12, 2007

Conceitos 1 - A Caricatura


Por: Osvaldo Macedo de Sousa

A miopia é uma doença profissional que tem atacado o animal político desde longa data. Como antídoto a esta cegueira, os críticos desenvolveram a arte da exageração, para eventual correcção óptica dos factos ou ideias.
A exageração é a base da comicidade crítica, concebida sob a noção do grotesco. Usando o hiperbolismo, a distorção, a ampliação... encontramos essa arte do grotesco desde a Idade Pré-clássica, não só em figuras de terracota, como em textos ou montagens cenográficas sacras e profanas onde a máscara tem um lugar de destaque.
A Idade Média usou o grotesco como catarse dos seus medos, como inversão do mundo numa sublimação psicológica do poder e contra-poder, da opressão e da revolta.
Com o Renascimento houve uma recuperação do grotesco, do cómico vulgar, da comicidade do baixo-ventre pela ideologia superior. A sátira, a ironia, o fantástico desenvolveu-se como comunicação crítica de jogos entre os poderes. É a Comédia del Arte, é a pintura fantástica, é a poesia burlesca, é o desenho na desconstrução do feio. O grotesco deixou de ser o "retrato" em comicidade do feio, deixou de ser a simples exageração, a ampliação... para ser tomada de posição mental, uma irreverência do espírito e não do físico.
Em relação à palavra Caricatura, ela vem do italiano "caricare" = exagerar, e surge pela primeira vez ligada à arte do grotesco em 1646. Surge no prefácio do álbum de gravuras dor irmãos Carrache "Diverse Figure". Escreveram então: "o retrato-caricatura baseia-se na natureza, nos seus caprichos, deforma os traços do rosto. Um nariz demasiado grande, uma boca larga pode produzir um efeito mais expressivo, ao ponto de se tornar cómico. O artista deve acusar, exagerar as deformações naturais sem abandonar a semelhança ao modelo."
Neste linha existiam já desde o sec. XVI desenhos de Leonardo da Vinci, de Durer... ou seja "exagerações" da realidade no jogo dos espelhos deformantes, ao qual aos poucos se vai associando o novo conceito de humor, em vez da comicidade linear. Não são obras da "voce populi", antes jogos humorísticos da sociedade intelectual, das Academias de Belas Artes.
Em Inglaterra iremos encontrar em 1762 uma outra definição que diz: "A Caricatura é o burlesco do carácter, ou uma exageração da natureza". Em 1813 encontramos outro versão do mesmo conceito: "Toda a deformação, mesmo grave é caricatura".
Esta deformação é utilizada como estratégia enfática do discurso comunicativo, induzindo o exagero um maior imediatismo de leitura para o receptor. Exagerando por defeito, desenvolve-se a estrutura cómica da mensagem (bem utilizada neste final do sec. XVIII na guerra entre a Inglaterra e a França).
Como podemos ver, o desenho de humor da Idade Moderna desenvolve-se ligada à arte do exagero, do "caricare", como Caricatura, principalmente nos países de influência francófona. O primeiro jornal ilustrado de sátira, da sociedade ocidental, nasce em França em 1830, precisamente com o título de "La Caricature".
Por esta razão, por o "exagero" ser uma das principais armas da sátira gráfica, do desenho de índole humorística, o termo Caricatura foi adaptado como termo generalista que engloba todo o desenho de intervenção irreverente de imprensa, seja ele de sátira politica imediatista, seja de humor branco, seja de narrativa gráfica...
A Caricatura é assim uma linha que retrata a natureza (humana, animal, vegetal, etc...) através da deformação física ou moral. A linha pode realçar tanto o característico como o ridículo sem destruir o "retrato", para ir mais além do espelho, e atacar a alma da questão, para ultrapassar a simples máscara da hipocrisia.
Sendo a figura humana o centro da sátira gráfica, e por no seu nascimento os "retrati carichi" serem o principal alvo do desenho, o termo caricatura também (em alguns países é apenas) é associado ao retrato exagerado.
Em França usa-se o termo retrato-charge, que não foi adoptado pelos outros países, apesar de charge ser um conceito usado como definição de desenho de humor em alguns países. O termo adoptado para esse retrato-charge foi precisamente Caricatura no estrito senso.
Como a sua importância é fulcral nas sátiras de critica pessoal, para uma identificação mais directa dos visados, o retrato caricatural tomou um lugar de destaque, e vive num mundo quase independente de glorificação do Ser, ou como castigador de fácies. Esta importância impõe o termo caricatura neste sub-género satírico, fazendo que em alguns lugares se deixasse de referir os outros sub-géneros como Caricatura.
Um dos pontos a seu favor, como termo generalista em antagonismo com Humor Gráfico é que a sátira, a charge, a tira cómica nem sempre necessita de ser humorística. É uma irreverência crítica que faz antes de tudo chocar, pensar e eventualmente rir. São exagerações, eventualmente grotescas, eventualmente cómicas, eventualmente fantásticas, são Caricaturas.
Por outro lado não nos podemos esquecer que em princípio a Caricatura é para ser impressa, e o que o artista cria é um "cartão" que o artesão passava depois para a pedra litográfica, trabalho esse hoje simplificado pela técnica. Apesar de já não ser necessário criar o transfere, não deixa de ser um "cartão", um "cartoon".... mas isso será para um outro artigo.
(Artigo publicado na revista QUEVEDOS da Universidade de Alvalá de Henares - Espanha)

Wednesday, March 07, 2007

SALÃO NACIONAL HUMOR DE IMPRENSA ACABOU

Apesar do Presidente da Câmara ter garantido a sua manutenção, quando proferiu suas palavras de circunstancia na inauguração do 20º certamen, veio agora o veredicto final de que esta iniciativa não tinha qualidade suficiente para merecer o apoio da autarquia.
Foram vinte anos a dar prémios de jornalismo gráfico. Não creio haver outras autarquias, ou outras entidades oficiais interessadas em apoiar esta iniciativa, razão pela qual considero que este salão acabou mesmo, de forma inglória e triste.
Agradeço a todos os artistas que ao longo destes anos colaboraram neste projecto, e lhe deram todo o seu apoio com as suas obras expostas

Tuesday, March 06, 2007

Glossário do Humor

Por: Osvaldo Macedo de Sousa

Ácido (Humor...) - Corrosivo; demolidor, anti-construtivo.
Anedota - Relato sintético de uma peripécia jocosa, jogando numa narrativa com fim incongruente do qual resulta a explosão de sorriso ou gargalhada; Particularidade engraçada de um facto histórico ou lendário.
BD - O mesmo que Banda Desenhada; narrativa gráfica; história em quadradinhos.
Boneco - Qualquer desenho satírico. Designação que parece depreciativa, mas se usa com simpatia entre caricaturistas.
Burlesco – Género Literário e dramaturgico de cómico; caricato que também pode ser utilizado no meio gráfico como algo feito com humor menos polido.
Caricato - Burlesco; Ridículo; Exagerado
Caricatura – Na tradição Francófona significa todo o desenho de imprensa com algum cunho irreverente, hoje substituída pelo termo Cartoon, por imperialismo anglo-saxónico. Vem de "Caricare" – exagerar em italiano. Em sentido mais restrito significa retrato exagerado (retrato-charge) ou burlesco de situação.
Caricaturista - Artista que desenha na imprensa desenhos irreverentes, ou artista que faz retrato-charge - caricaturas.
Cartoon – Termo que no mundo anglo-saxónico incorpora muita coisa, desde todo o desenho de imprensa (conhecido no meio francófono por Caricatura), ao desenho animado (termo que por vezes se sintetiza em Toons)... No sentido restrito é o desenho que satiriza uma situação, num momento datável, e que se não for publicado no momento certo ou está antecipado e não é reconhecível a sátira, ou já está desactualizado. Marlete diz que o cartoonista é como o surfista, tem que entrar na onde no momento certo, assim como sair dela senão 'quebra as costas'. Para simplificar a confusão destes termos normalmente este sentido restrito é denominado como Cartoon Editorial.
Cartoonista - Humorista que desenha cartoons.
Cartum - Brasileirismo que significa cartune.
Cartune - Aportuguesamento do termo cartoon,
Cartunista - Aportuguesamento do termo cartoonista, apresentado agora no novo Dicionário revisto pela Academia.
Chacota - Troça; zombaria, anti-humoristico porque se ri De e não Com
Chiste - Dito engraçado; piada, termo de influencia castelhana.
Cómico - Divertido; actor de comédia.
Desenho de Humor - Caricatura; cartune; ilustração, normalmente intemporal, que pode ser publicado em qualquer altura, desde que esteja enquadrado na cultura do momento e local..
Escárnio - Troça; sarcasmo, formula de se rir De e não Com, portanto anti-humorística.
Gag - Efeito cómico, metido numa sequencia normal.
Grotesco - Excêntrico; ridículo, exagerado de forma rude.
Humor – Termo cuja definição é muito difícil, já que incorpora múltiplas situações dispares. Comummente significa algo que faz rir; Graça; caricatura; cartune; ilustração cómica. Contudo Humor, que os antigos associavam aos fluidos que regem a saúde do corpo, pode ser um estado de espírito, uma forma de vida, ou uma forma de olhar a vida. O Humor na saúde é fundamental, já que é meio caminha andado para ter menos doenças, para intensificar os resultados das prescrições médicas... Um estado de espírito quando é uma pessoa "alegre", dita "bem-humorada", o que não quer dizer um humorista, ou criador de humores. Uma forma de olhar a vida, ou seja um criador de humores, o que não quer dizer que seja uma pessoa bem-humorada, já que grande parte destes criadores até é no dia a dia um 'tristes'. Através desse olhar escalpelizante, o humorista dá-nos uma visão da vida do outro lado do espelho, mostra-nos o que está mesmo à nossa frente e que não conseguimos ver, por cegueira ideológica, religiosa, clubística... O Humor é o principal inimigo dos Fundamentalismos, é a formula mais Séria de viver a vida em Democracia. O Humor verdadeiro é aquele que se ri Com a vítima e não Da.
Humor Branco - Sátira de costumes, sem conteúdo edificante de crítica social.
Humor Negro - Efeito cómico associado a situações lúgubres.
Humorista - Aquele que produz situações ou desenhos cómicos ou satíricos. Aquele que tem o dom de desconstruir o mundo, e com os estilhaços nos fazer rir na reconstrução.
Ilustração - Representação desenhada, para complemento de um texto. Pode ter cunho humorístico ou não, pode ter intervenção cartunistica ou ser apenas ilustrativo.
Ironia - Afirmação que diz o contrário daquilo que se pretende realmente exprimir. Formula humorística que não ofende, mas que mantém a agressividade da irreverência.
Paródia - Imitação burlesca. Partindo-se do original, usa-se os elementos fundamentais numa recriação paralela, com utilização do duplo sentido.
Patische - Aproveitamento de obra alheia, da técnica, do enquadramento... para recriar uma situação humorística.
Piada - Chalaça curta e oportuna; dito de espírito
Repentista - Caricaturista que é rápido na análise do modelo e na execução da caricatura.
Retrato-charge - Caricatura de uma personagem, com a estrutura de retrato. OU seja é a Caricatura no sentido restrito
Sátira - Representação jocosa e crítica. No desenho humorístico é uma das fórmulas mais irreverentes de crítica e intervenção.
Sentido de humor - Capacidade de aceitar o humor alheio, apreender e produzir sátira.
Tira-cómica – Desenvolvimento narrativo de uma caricatura em dois ou mais quadros. Enquadrado ainda no género Caricatura / cartoon é a génese da Banda Desenhada, que na cultura anglo-saxónica se chama "Comics Strip", ou seja "Comics". "Comics" tanto pode ser Banda Desenhada, como Tira Cómica Cartoon... o que de novo vem trazer confusão nas definições.

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