Tuesday, March 08, 2022
VIII BIENAL de HUMOR “LUÍZ D’OLIVEIRA GUIMARÃES” – ESPINHAL/PENELA 2022 Portugal
Uma Organização: Câmara Municipal de Penela / Junta de Freguesia do
Espinhal / Casa-Museu Oliveira Guimarães
Com o apoio da Fundação Luiz d’Oliveira Guimarães
Uma Produção: Humorgrafe - Director Artístico: Osvaldo Macedo de Sousa (humorgrafe.oms@gmail.com)
A Bienal onde o humor não necessita de cores, apenas um sorriso, inteligência filosófica e uma cor simples e directa – o branco e negro e seus matizes (monocromáticos). Mais importante que os prémios é ter voz activa, expressar o seu humor, as suas ideias irreverentes em comunhão com a comunidade.
1 - Tema: Os
Animais, o Homem e o Planeta
a) Cartoon -
A utilização de animais como sátira / O animal politico que nos governa / Os
animais domésticos na nossa vida / os animais e a vida do planeta - Zoomorfismos,
antropomorfismos, ironias, fábulas, apólogos, máximas gráficas, sátiras e
caricaturas do que se passa neste universo animal do planeta terra, que falem
dos «animais políticos» que conhecem, dos animais domésticos com que
compartilham as alegrias e tristezas e das preocupações que deveremos ter em
relação ao futuro da «animalitas», da mãe Gaia, quer dizer, do planeta Terra.
b)
Como subgrupo, no âmbito do retrato-charge
/ Caricatura iremos privilegiar caricaturas de animais (exageradas e
cómicos) ou retratos zoomórficas de personalidades ligadas à defesa e
investigação da vida animal no planeta.
2 - Aberto à participação de todos os artistas
gráficos com humor, profissionais ou amadores.
3 – Data
Limite: 15 de Maio de 2022. Devem ser enviados para humorgrafe.oms@gmail.com, humorgrafe@hotmail.com ou humorgrafe_oms@yahoo.com (No caso de não receberem confirmação de recepção,
reenviar de novo SFF).
4 - Cada artista pode enviar, via e-mail em formato
digital (300 dpis formato A4) até 4 trabalhos monocromáticos (uma só cor com
todos os seus matizes – não são aceites
desenhos a 2, 3 ou 4 cores – aberto a todas as técnicas e estilos como
caricatura, cartoon, desenho de humor, tira, prancha de bd (história num prancha única)... devendo
estes vir acompanhados com informação do nome, data de nascimento, morada e
e-mail.
5 - Os trabalhos serão julgados por um júri de
selecção prévia constituído por especialistas da matéria (cartoonsitas e
directores de outros Festivais Internacionais) cujo resultado será então
submetido a um júri final constituído por representantes da Câmara Municipal de
Penela; representante da Junta de Freguesia do Espinhal; representante da
família Oliveira Guimarães; pelo Director Artístico da Bienal e um a dois
artistas convidados, sendo outorgados os seguintes Prémios:
1º Prémio da VIII BHLOG- 2022 (€
2.000)
2º Prémio da VIIIBHLOG- 2022 (€
1.500)
3º Prémio da VIII BHLOG- 2022 (€
1.000)
Prémio Caricatura da VIII BHLOG- 2022 (€1.200)
O Júri, se assim o entender, poderá conceder “Prémios Especiais” (António
Oliveira Guimarães, Leonor Oliveira Guimarães, Município de Penela, Junta de
Freguesia do Espinhal e Humorgrafe), a título honorífico, com direito a troféu.
6 - O Júri outorga-se o direito de fazer uma selecção dos melhores
trabalhos para expôr no espaço disponível e edição de catálogo (o qual será
enviado a todos os artistas com obra reproduzida).
7 – A Organização informará todos os artistas por e.mail se foram
selecionados para a exposição e catálogo, e quais os artistas premiados. Os
trabalhos premiados com remuneração, ficam automaticamente adquiridos pela Organização.
Os originais dos trabalhos premiados deverão ser entregues à Organização (o
original em trabalhos feitos a computador é um print de alta qualidade em A4,
assinado à mão e numerado 1/1), porque sem essa entrega, o Prémio monetário não
será desbloqueado.
8 - Os direitos de reprodução são propriedade da Organização, logo que
seja para promoção desta organização, e discutidos pontualmente com os autores,
no caso de outras utilizações.
9 - Para outras informações contactar o Director Artístico: Osvaldo
Macedo de Sousa (humorgrafe.oms@gmail.com) ou VIII Bienal de Humor Luíz d’Oliveira Guimarães, Mário
Duarte - Sector de Cultura, Câmara Municipal de Penela, Praça do Município,
3230-253 Penela - Portugal.
10 - A VIII Bienal de Humor Luís d’ Oliveira Guimarães – Espinhal/Penela
2022, Inaugura dia 3 de Setembro no Centro Cultural do Espinhal, podendo
contudo ser também exposta em outros locais.
VIII BIENAL DE HUMOR LUIZ
D’OLIVEIRA GUIMARÃES
ESPINHAL / PENELA 2022
PORTUGAL
Apelido / Surname:
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Nome Próprio / First Name:
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Morada / Address: Street:
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_____________________________________________________________Nº _________
Código Postal / Postcode:
______________________Cidade / City: _________________
País
/ Country: ___________________________________
E-mail:
______________________________________
Telefone / Telephone:
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Male Female
|
Obras
/ Works: ______________________________________
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Os Animais, o Homem e o Planeta
Todos
nós somos animais, apesar do animal Homem tentar, psicológica e
filosoficamente, justificar que é menos bicho do que o resto da animalidade,
porque afinal somos humanos!!!!!!
É
verdade que somos de uma espécie primata, «evoluída», ou seja, animais humanos.
Todos! Todos mesmo, apesar de, por vezes, certos líderes, certas «etnias» e
«tribos» tentarem apresentar os «outros» como seres menos humanos, para
justificar as suas violências, os seus preconceitos mentais e a sua arrogância
animalesca.
No
fundo, falar da animalidade é dissertar sobre todos nós e sobre a nossa relação
com o resto da natureza, essa amálgama energética que compõe a mãe Gaia, que
habita este planeta. Hoje, tentamos estupidamente e de forma ignorante
afastarmo-nos dessa nossa animalidade interna, essa energia que os povos
ancestrais, os xamãs invocavam para falar com o universo. Esse reconhecimento
do animal existente em nós, levava a que, por exemplo, quando necessitávamos de
matar para nos alimentar, sabíamos pedir perdão e dialogar com os outros para
comungar com as suas energias e nos mantermos sãos, de corpo e alma, assim como
manter são todo o ecossistema. Agora, além de matarmos apenas por prazer,
sentido destrutivo e violento, acabamos por ser uma espécie em vias de
extinção, porque nos tornámos egoístas, solitários e superiores, não nos
preocupando com a biocenoses terrestre, atormentados mais com a economia
imediatista do que com a sobrevivência no futuro do planeta e da humanidade.
A
realidade vivencial é que mal nos entendemos e mal conhecemos a vida da Terra.
Estamos mais interessados em procurar novos mundos, outros planetas, outros
sistemas… em vez de encontrar soluções locais mais realistas. Como pode alguém
encontrar um futuro, se mal se enxerga, se mal conhece o seu planeta e os
animais que partilham o mesmo espaço? Olhar para os animais é percebermos o que
estamos a fazer a nós próprios. Por cada um que se extingue, parte de nós se
vai extinguindo, como elo inseparável com Gaia, ligados à natureza, ao planeta,
num suicídio lento e inconsciente.
Luíz
d’Oliveira Guimarães, bem como toda a sua família, era um amante de animais.
Como ele próprio confessaria, «possuo um diploma de que gosto muito: o de sócio
honorário da Liga Protectora dos Animais. Adoro animais. São a coisa de que
mais gosto na vida». Ao longo da
vida, acabaria por albergar no seu lar vários companheiros, tanto na sua
«Quinta do Castelo» no Espinhal, como na sua residência de Lisboa. Desde um
burro que lhe foi oferecido por volta dos oito anos, a um papagaio, um galo
amestrado, que andava no arame, e gatos - além da Zizi, dos Coco, Reineta e
Facada, o Turim que inclusive comia à mesa sentado numa cadeira de bebé, e que
acabaria por ser o preferido. No mundo canino, a cumplicidade também não
ficaria atrás com as duplas Sansão e Dalila, Romeu e Julieta, Marte e Diana ou
o Raposão, mas a Draga, uma serra da estrela que até tinha o privilégio de
dormir no seu quarto, acabaria por ser a mais apreciada.
Educado
entre o campo e a cidade, tinha uma consciência animal mais humanística,
sabendo e aceitando a condição de outros animais como «alimentos», como
«escravos» no trabalho, como companheiros, mas também a consciência da
obrigatoriedade de serem bem tratados, preocupação que não era normal e
defendida na sociedade de então. Contudo, não obstante a actividade prolífera
de textos escritos sobre os mais diversos assuntos e, parafraseando o ditado
«cada macaco no seu galho», como o animal não era notícia e não era um assunto
de interesse para o público da imprensa de então, praticamente nada escreveu
sobre eles.
Vivemos
outros tempos. Cada vez mais, temos consciência do mal que a humanidade faz ao
mundo, à natureza, sabendo que se não os protegermos e não os amarmos,
matamo-nos a nós próprios. Quando gastamos milhões a tentar conhecer outros
astros, o universo, temos cada vez mais consciência do pouco que conhecemos
sobre o nosso planeta, sobre a nossa flora e fauna, sendo constantemente
surpreendidos por novas descobertas.
Sabemos
que nada sabemos sobre o Animal – sobre os humanos e não humanos, os políticos
e apolíticos e, como tal, os que têm sentido de humor ou não humor, os que se
riem uns com os outros e os que se riem dos outros… Quantas vezes olharam para
um outro animal e pensaram: será que se está a rir de mim?
Não
há animal mais ridículo do que o humano, o que se pensa superior e toma
atitudes grotescas que põem em causa a sua própria existência… Dentro deste
universo de «animalitas» incongruentes, estão os «animais políticos», um espaço
onde a efabulação, as mitificações, metáforas, alegorias e outros artifícios da
mente parodiam todo o complexo animal dito humano e desumano.
Historicamente,
foi através da metáfora animal que o Homem começou a aprender a conhecer-se
melhor, observando-se com ironia e sátira no espelho do planeta, como bem o
demonstram as gravuras egípcias, gregas, romanas… Assim se foram criando as
alegorias, as fábulas, os bestiários… o humor oral, gráfico e literário.
O
que desejamos dos artistas participantes nesta Bienal é que nos façam rir, ou
sorrir (por vezes até chorar) em zoomorfismos, antropomorfismos, ironias,
fábulas, apólogos, máximas gráficas, sátiras e caricaturas do que se passa
neste universo animal do planeta Terra. Que falem dos «animais políticos» que
conhecem, dos animais domésticos com quem compartilham as alegrias e tristezas,
e das preocupações que deveremos ter em relação ao futuro da «animalitas», da
mãe Gaia, quer dizer, do planeta Terra.