Thursday, March 26, 2020
Historia da arte da Caricatura de Imprensa em Portugal - 1921 por Osvaldo Macedo de Sousa
1921
Neste ano surge o "ABC a
Rir", do grupo do "ABC" (que tinha aparecido em 1920), que
também terá o "ABCzinho" é um grupo jornalístico que nesta década se
assumirá como baluarte do humorismo e modernismo, dando trabalho aos principais
artistas, e sendo responsável pela viragem de uma série de modernistas, que da
via humorística vão-se passando para o género ilustrativo, para a exploração do
design gráfico.
Surge também o "Diário
de Lisboa", uma instituição que viverá até à década de 90, a qual será, no campo do
humor gráfico, um oásis do melhor humor nacional, não só no seu titulo, como
noutros criados pela empresa, como será o caso do "Sempre Fixe". Para
o edifício do jornal, Stuart Carvalhais e Francisco Valença executam uma série
de azulejos, painel que marcou definitivamente a imagem do Diário de Lisboa.
Por esta altura, Stuart e
demais humoristas iniciam uma colaboração com as casas Sassetti e Valentim de
Carvalho como ilustradores das capas de partituras, o que foi um suplemento de
sobrevivência para os artistas, e um enriquecimento gráfico para os
compradores.
Era a própria cidade de
Lisboa que se transformava. Como escreverá o "ABC" de todos os lados chega gente, tudo quanto
havia de inútil nas províncias… A "Imprensa da Manhã" escreverá
(7/1/21) Lisboa é o palco de vastíssimo
teatro onde os caracteres se decompõem. A cidade quase duplica o numero de
habitantes.
Se por um lado fome na
província leva com que os camponeses sejam induzidos a transformar-se no
proletariado emergente das novas industrias, por outra a Grande Guerra foi
também uma das causadoras destas migrações. A mobilização trouxe para a grande
cidade os mancebos que foram enviados como carne para canhão, abrindo-lhe os
olhos a outras realidades desconhecidas para eles até então, recusando-se
depois a regressarem à pachorrenta aldeia. Por outro lado criou uma nova
burguesia, de novos ricos, e de oportunistas que como açambarcadores,
intermediários se enriqueceram, e criaram uma nova classe que procura mostrar o
seu poder económico.
Os artistas irão viver, como
consequência, essa explosão de novo riquismo, sendo chamados como decoradores,
como gráficos…A partir de agora desenvolver-se-à essencialmente uma tentativa
de cosmopolitizar a vida artística das grandes cidades, como Lisboa e Porto.
Cada artista procurava o seu
caminho, procurava sobreviver, vendendo aqui um quadro, conseguindo ali uma
capa, ou uma colaboração mais ou menos certa num jornal... A própria existência
do humorismo na imprensa tinha-se modificado. Se durante a monarquia vivia
fundamentalmente em jornais satíricos e humorísticos, agora vive
fundamentalmente nos hebdomadários noticiosos, e com excepção primeiro de o
Supl. de “O Século” e de “Os Ridículos”, depois do “Sempre Fixe”, todo os
outros jornais de humor tinham vidas breves. Em contrapartida toda e qualquer
publicação jornalística tomou consciência da importância de ter desenhos de
humor, caricaturas, ou tiras de BD.
Os Humoristas, como grupo já
não existia. Manteve-se naturalmente uma amizade entre alguns deles, alguma cordialidade
entre outros, e sempre que havia a hipótese de participar numa exposição, não a
recusavam. As exposições individuais, e essencialmente colectivas de pequenos
grupos tornaram-se frequentes, seja em espaços de arte (Galerias), seja em
Salões de casa ligadas à cultura....
Quem procurou manter-se
fechada aos novos ventos estético foi a Sociedade Nacional de Belas Artes, que
dominada por meia dúzia de conservadores, não só procurava não expor obras dos
mais ousados nos seus Salões, como atingirá o cumulo de procurar evitar a
entrada de modernistas para sócios. Os humoristas, como grupo profissional, não
tiveram lugar especial nesta batalha, apenas tiveram artistas que pela arte
lutavam o seu lugar nesta sociedade. Ao longo dos anos, os Salões das Belas
Artes não só foram premiando artistas no campo da pintura, da escultura, como
da caricatura, mas sempre numa opção conservadora.
Neste ano de 21, essa guerra
fria de uma década entrará em conflito aberto, com Comícios, acções violentas
de rua, agressões verbais, em que Almada Negreiros , na sua turbulência
arruaceira de Futurista, não poupará ninguém, mesmo os que estavam do seu lado,
como Leal da Câmara, mas que por qualquer gesto ambíguo o contrariasse. O
mestre que sempre procurou nunca entrar em conflito com ninguém, vê-se
insultado e desautorizado numa querela estúpida. Má educação também é confundida por vezes com
irreverência em alguns humoristas. E este é o único caso importante para o
humorismo nesta questão dos Novos com a SNBA.
Humorista que estará sempre
do lado dos "velhos", não só agora, mas como posteriormente quando
for Presidente da sociedade é Arnaldo Ressano.
Artista por alma e engenho,
mas não por profissão, é Arnaldo Ressano Garcia, que tem apresentado trabalhos
sob a assinatura de João Maria ou Arnaldo Ressano. Militar de carreira, na qual
atingiu o posto de Coronel, neste ano realiza uma exposição de caricaturas no
Porto. "O Século" de 30/7/21 noticia desta forma a exposição: Arnaldo Ressano Garcia, coronel de
engenharia e professor catedrático da Faculdade de Ciências, que devia ser uma
pessoa conspícua e ensimesmada, é, afinal, um irreverente.
O caricaturista é sempre aquele que sai das normas do preconceito,
desprezando formalismos e irrompendo pela «blague» com a mesma naturalidade com
que os «imortais» sobem placidamente os degraus da Academia.
Trouxe daí, trouxe de Paris, onde esteve há pouco, uma bela galeria e
acrescentou aqui mais trabalhos em que são espingardados os «gros bonets» cá da
Invicta.
Não são apenas dois traços mais ou menos futuristas e uma parecença
laboriosamente agarrada pelos cabelos: são caricaturas, que vêm de dentro para
fora - não só superfície mas também aguda psicologia. /…/
Arnaldo Ressano será um dos
casos mais interessantes da ambiguidade entre o indivíduo e o artista, já que o
primeiro, militar, académico, conservador contrasta profundamente com o artista
irreverente, de traço acutilante e exagerado, não ficando o seu bisturi apenas
pela pele, mas indo até às almas. Sobre esta dualidade voltaremos mais tarde a
falar.
O militarismo e o humor
parecem formas de estar que não se coadunam uma com a outra, e por exemplo
Celso Hermínio sentiu-se confrontado com essa dualidade, e teve que optar por
uma delas, felizmente o humorismo. Com Arnaldo Ressano parece que conseguia
separar totalmente os dois mundos, ao ponto de raramente ter feito humor
militar. Vivia as duas vidas totalmente separadas.
Ele não foi o único caso de
humoristas militares. Houve mais, como por exemplo um outro artista, ao qual já
nos referimos anteriormente, e que por acaso é primo de Arnaldo Ressano - João
Menezes Ferreira (26/10/1889 - 11/1/1938).
Realizou diversas exposições
sobre esta temática, nomeadamente em 1919 "Desenhos do CEP", em 1922
na exposição "Internacional da Independência do Brasil", em 1923
"Impressões da Guerra e Caricaturas", assim como tinha participado
nos Salões de Humoristas de 12, 13 e 20. Participará em 28 na 25º Exposição d'
Arte da SNBA, em 30 no I Salão dos Independentes, e em 37 na I Exposição de
trabalhos dos Artistas Combatentes.
A "Ilustração
Portuguesa" de 23/6/1919 descreve-o desta forma (assinado por A. de A.): Menezes Ferreira é um oficial muito
distinto que em África e em França prestou serviços batendo-se contra o
inimigo. Sabe, pela mais dura das experiências, o que é ser soldado. Conhece os
anceios, os horrores, as dúvidas, as esperanças, as torturas e as glórias da
vida de campanha.
Ainda estudante, entretinha-se dando largas à sua fantasia de
desenhador e do seu lápis cheio de imaginação, de leveza, de graciosidade
saíram trabalhos que o impuzeram à admiração e á estima dos próprios
caricaturistas profissionais. Naturalmente, os assuntos militares tentaram-no
sempre. Na escola, os camaradas e os mestres forneciam-lhe tema que ele
aproveitava com uma perícia rara, vendo de um modo admirável, o lado grotesco
das pessoas e das cousas.
O velho major antigo, grisalho e ventrudo, trôpego e ultra-pacífico,
mal enxergando dois palmos adiante do nariz, com as calças em saca rolhas e a
espada a arrastar foi um tipo que Menezes Ferreira fixou nos seus cartões, como
essa outra figura interessante, a do cadete janota, espartilhado no dolman, de
gola alta, colarinho brunido, monóculo cravado na orbita, ar petulante e
provocador, fazendo morrer de ciúmes as meninas da baixa.
Em França não escassearam os assuntos. Encheu de cousas lindas um sem
número de álbuns, coisas vividas, flagrantes, únicas e bem pode imaginar-se que
o fossem, tratando-se de episódios e de tipos de guerra. O nosso lanzudo foi
colhido nas mais circunstancias. Quando um dia se escrever a história da nossa
guerra, se a quiserem acompanhar de ilustrações não podem dispensar-se de
recorrer às do talentoso oficial. /…/ O capitão Menezes Ferreira enriqueceu o
tesouro iconográfico da guerra não só com esplêndidas caricaturas, mas também
com óleos, pasteis e aguarelas. O valor que caracteriza esses trabalhos, quasi
todos, é tamanha, pela execução e pela intenção, que o próprio museu francês da
guerra alguns adquiriu já. /…/» Na verdade foi dos poucos que nos deixou visões
sarcástico-humorística da guerra, da vivência na 'front', já que trabalhos de
Christiano Cruz, António Soares… são mais dramáticos que humorísticos.
A sua missão de não deixar
que as pessoas se esquecessem dos horrores da guerra, não ficou apenas no
desenho, mas também na escrita, e inclusive em conferência (realizada a
22/5/1920). Esta conferência foi encomendada por Leal da Câmara, um dos
entusiastas da criação de uma aldeia portuguesa em terras de França, uma forma
de eternizar uma homenagem aos portugueses que ali morreram na guerra, mas que
acabou por não se concretizar. Pois foi no espólio de Leal da Câmara que
descobrimos o manuscrito desta conferência, que aqui transcrevo parte: Leal da Câmara o feld-marechal do humorismo
português a quem agradeço as palavras gentis que vem de me dirigir, deu-me
ordem de mobilização para esta despretensiosa palestra para a qual ela sabe
muito bem que não sou dos mais competentes, embora seja de há muito um pobre
artista miliciano doublée de militar profissional.
/…/ Vou expor n'uma rápida palestra algumas considerações muito
pessoais do que foi de um modo geral a caricatura nesta grande assembleia geral
de pancadarias onde o humorismo sempre logrou encontrar assuntos para se impor
e ser utilizado tão contundente como uma
bayoneta, tão demolidor como uma granada, mas servindo sempre a causa gloriosa
dos aliados.
O Riso é uma das mais belas faculdades do homem, porque n'ele se resume
muita vez a melhor maneira de fazer face à fatalidade, de esbofetear a tirania
ou de combater a força bruta e cega, opondo-lhe um decidido desafio.
As expressões do riso, fazendo transparecer toda a gama dos sentimentos
e das paixões, adaptam-se à figura
humana como uma mascara maleável, produzindo assim risos perturbadores que desafiam,
risos cruéis que são vingadores e claros risos irreprimíveis que libertam.
Vejam V. Exas. este flagrante contraste entre o riso estúpido e
carniceiro de um algoz e o riso altivo da vitima entrevendo um futuro iluminado
pelo seu martírio. Imaginem V. Exas. um monstro, cuja fealdade física
corresponde à sua fealdade moral, arremetendo contra um pigmeu, apenas armado
de um lápis e de um papel…
O que acontece ?… Em dois traços o pigmeu caricaturando o monstro
imediatamente o relega para o nojo das suas próprias mazelas, chumbando-o assim
a grilhetas da execução dos séculos vindouros.
O Demónio por exemplo. Quantas
blagues, quantas anedotas, quanta vérve
não tem produzido a humanidade à custa d' este pobre-diabo!
É, minhas senhoras, e meus senhores até a própria Dor contem uma boa
parcela de Riso.
Vejam em Aristófanes e Juvenal, em Goya e Daumier, mestres humoristas,
como se alternam os motivos soturnos com as explosões da mais franca alegria, a
cólera misturada com o desprezo, a ironia com a indignação. Só os grandes
acontecimentos podem gerar o riso, só os grandes crimes o desafiam e os grandes
sentimentos o embelezam.
Deste modo o humorista se não é até certo ponto a juiz implacável de um
criminoso é pelo menos o pregoeiro da sentença pronunciada pala consciência
humana.
E então armado com os seus méritos e o seu espírito, conduz o monstro a
ponta-pés deante de si, fazendo atravessar a multidão com uma tabuleta às
costas com dísticos irrisórios, obrigando toda a gente a rir do castigo
d'aquelle que pretendia rir ferozmente à custa da nossa dor.
****
A grande guerra, obra machiavélica, gerada por uma raça requintadamente
feroz, só por si, forneceu infinitos motivos para que se exercesse a benéfica
acção dos humoristas.
Por banda dos aliados, pululam os artistas - a cordas mais sensíveis de
uma pátria - interpretando por trinta maneiras as generosas ideias que
constituíram o Faeral da Guerra Santa contra o Boche. Tempos houve em que os
comentários dos grandes acontecimentos - a guerra de 70 por exemplo - talvez
porque o humorismo não atingira ainda o seu grau de desenvolvimento e de
importância que nos nossos dias se lhe atribue, tempos houve em que esses
comentários se faziam em grandes quadros patrióticos género Detaille, ou
Alfonse de Neuville, quer exaltando o patriotismo da França, quer vergastando
as prosápias tirânicas da Prússia. Hoje em dia as folhas volantes, os
apontamentos em flagrante, a charge, a legenda
intimamente ligada a um rápido desenho, que é por si só uma emoção, uma
intuição facilmente aprehendida pela maioria, realizam mais facilmente o seu
objectivo.
Por outro lado, havendo tantas vezes ideias fecundas e fortes, ou ainda
outras delicadas e finas, ou oportunamente divertidas a verdade é que para sua
materialização é o chamado "quadro
ou grupo escultural" um processo demasiado pesado, solemne e
conselheiral.
De resto, n'estas folhas volantes, é o próprio trabalho do artista que
nós vemos, tal como sahiu da sua mão e se não vejamos esse extraordinários
efeitos dos lápis da penna, do canivete n'uma litografia de Forain, de Jan
Veber, ou de Steinlenm n'um desenho de Willete, ou de Faivre, ou as gravuras em
madeira de Herman Paul em que, em todas as tiragens e fac-similés , o desenho
nos aparece tal como se fora frito inicialmente, com a mesma frescura, a mesma
intuição, o mesmo relevo.
A oportunidade de um comentário humorístico nunca se compadeceria com a
sua materialização n'um quadro. Muito antes qu'este estivesse terminado, já a
ideia se teria volatilizado, esfriando portanto o interesse que ele poderia
despertar.
Quero dizer pois, que se os mestres-pintores teem a sua função adentro
da sua técnica, apenas os humoristas conseguem vencer, agarrando uma ideia
pelos cabelos, dando-lhe corpo e alma, em meia dúzia de traços, que muitas
vezes não representam o sentir de uma elite, porque é mais do que tudo isto, o
despertar da consciência de uma nação.
Por esta forma conseguem os humoristas enriquecer a iconografia com
documentos interessantíssimos, e cheios de verdade, podendo servir de base mais
tarde para obras de vulto, realizadas nos remansos dos ateliers, sobre tudo
agora que já se esfumou o perigo dos aviões boches e se emudeceu para sempre a
voz da Grosse-Bertha.
****
Como eu disse a V. Exas. a guerra dando margem a uma fonte inexgotavel
de humorismo, também produzia um grande numero de artistas.
A França, sempre a mais rica em artistas d'este género, surpreende,
encanta, delicia-nos o espírito com os seus incomparáveis artistas, as suas
incomparáveis legendas.
/…/ Entre nós, infelizmente os humoristas portugueses não foram muito
sensíveis aos grandes acontecimentos em que Portugal , para sua honra, andou intrometido.
À excepção de Leal da Câmara no "Miau!", de Christiano Cruz,
de Balha e Melo e d'este vosso humilde creado a guerra não teve o condão de
sensibilizar os desenhadores humoristas de Portugal, canalizando os seus
esforços para as colunas de um jornal que mais tarde poderia prestar óptimos
serviços para a documentação da grande guerra.
Foi lamentável.
Durante a minha estada em França, apenas armado com os meus fracos
recursos, desde logo me propuz, se conseguisse salvar a pele, a coleccionar
n'um álbum humorístico as minhas impressões do C.E.P.
Elle deve sahir em breve, com as reproduções que acabais de ver e que
até certo ponto honram não só os artistas gráficos do nosso paíz como o
estabelecimento em que está sendo impresso.
N'esse álbum descreverei "tant bien que mal", os bons e maus
bocados de nossa vida de França, em que o modesto soldadinho português será
apanhado em todos os transes de expedicionário, quer fazenda o namoro em que
elle é um allio, usando o seu francês patusco que André Brun classificou de
linguagem do Pas compris, quer na sua
vida heróica e desprendida das trincheiras em que com toda a simplicidade quasi
sem dar por isso, pratica actos de maior valor…
A vida nas trinchieras, a vida nos boletas das fermes da Flandres e do
Artois. A cor local d'essas paragens que jamais se apagarão da memória de todos
nós… Tudo isso vós vereis em breve n'este meu álbum despretencioso, por meio do
qual pretendo interessar todas as crianças grandes e pequenas de Portugal,
fazendo venerar ainda mais a figura interessante do nosso soldadinho.
Concretizei em "João Ninguém" aquele modesto Português que nas horas
difíceis tudo fez para maior glória da Pátria
e a quem todos esquecem chegada a hora de benefícios e compensações.
Procurei assim prestar-lhe a minha humilde e sentida homenagem.
Consegui-lo-hei ?
Nesta última parte refere-se
ao livro "João Ninguém, Soldado da Grande Guerra", que publicaria no
ano seguinte. Na realidade a sua produção editorial não ficaria por este livro,
tendo também publicado ao longo dos anos os seguintes títulos: "A Luz do
lampadário", "Um Conto de Natal", "O Fuzilado",
"Gambúzios Soldado da Grande Guerra", "A Viagem Maravilhosa de
Gago Coutinho e Sacadura Cabral", "As Tradições do Colégio
Militar"…
Na imprensa, Menezes Ferreira
já tinha publicado no "Século Cómico", "Riso da Vitória",
assim como publicará no "Diário de Lisboa", "Sempre Fixe"…
Nos anos vinte assumirá
postos políticos, nomeadamente será Governador da Madeira, Governador Militar
Interino de Moçambique, Governador Militar de Angola, mas com o Estado Novo
andará em conflito, e sofrerá as consequências das suas liberdades de
pensamento e expressão.