Sunday, December 22, 2019
The Egyptian cartoonist Mohammed Effat Ismail (Cairo - 2/11/1948 - 21/12/2019) passed away.
I met him in 1991 in Istanbul at a meeting of Wittyworld
editors. Since then we have always been in touch by participating in many of my
events. I was with him again in 2009 in Cairo and in 2011 I gave him the
AmadoraCartoon Prize.
Exhibition at Casa Roque Gameiro - AmadoraCartoon 2011 with artists Pedro Manaças and Onofre Varela
Osvaldo Macedo de Sousa presents the 2011 AmadoraCartoon Career Awards to Effat, Luis Afonso and José Bandeira (represented by his daughter)
Osvaldo Macedo de Sousa in Cartoon Talk in Portugal and Egypt with Zé Oliveira and Effat at the Amadora International BD Festival
Mohammed Effat Ismail (EGYPT) in terview by Osvaldo
Macedo de Sousa (2011)
a) When
does the graphic
humor in Egypt?
·
The graphic humor in Egypt
with Jacob Bin Sannou is considered the first one to establish the modern
caricature, through his various magazines that he published on a historical
basis, such as Abu Natharah Magazine (The one wearing Eye Glasses).
a) The hieroglyphs satirists of the time of the pharaohs can be considered the origins of modern cartoon?
·
During the ancient period of the
pharaohs society in Egypt
·
The cartoonist of pharaohs period had
given the lower layer the symbol of Rat, where as the higher layer symbolized
by the cat.
b) Who are
the early masters of the Egyptian-century graphic satire. XIX / XX?
·
"Bess" the god of
the joy was along with other gods of the pharaohs, society in Egypt
c)
Is compatible with the
graphic humor Muslim religion?
·
After the Islamic conquest to Egypt
d)
When you begin your career
as a cartoonist?
·
I begin my career as a cartoonist since
1985 in Akhbar El-Youm Establishment, Cairo, Egypt, especial Kitab el-youm,
Akhbar newspaper, but now : EFFAT is free-lancer cartoonist !!
e)
Why newspapers goes up, as
has been your long career? Cartoon live alone, or you work in others matters?
·
I work again : a free lancer
cartoonist :
1.
Pharaohs magazine of
cartoons by electronic.
2.
Exhibitions of cartoons
national & international.
3.
Participated in most of the
competition's cartoons.
4.
Work-shopes for childhood in
Egypt
5.
Participated as member of
Jury in the world.
6.
Coordinated contests in Egypt
7.
Connection between me and my
establishment Akhbar El-Youm as a free-lancer cartoonist in Egypt
·
I believe any cartoonist
work by agency (Syndicate) … !! far away problems … !!
f)
It is easy to be a
cartoonist in Egypt
·
Cartoonist in Egypt
g)
These recent events have
influenced the life of the press and the cartoon? How?
·
We can move the life of the press and
the cartoon by :
Connection between
cartoonists in the world we needed a strong in the titles from different
subject, to become a multimedia (change in mental).
Example : 25 Jan revolution
in Egypt "we move again by Graphic humor of FE.C.O Egypt in my country and
in Arab nation .
h)
Egypt
has a Museum of Humor
·
Fayoum Museum of cartoon is
a small, now difficult for create, we tray other museum in Egypt for create both Fayoum Museum
·
Now : connection for next
time between Aydin Dugan foundation Anadulu university Turkey also between Fayoum
Museum "Mediterranean Joy"
Museum Konak in Izmir – Turkey
·
By Gabrovo "House
Satire & Humor in Bulgaria
·
By Tahran House Humor in
Iran.
i)
How you see the future of
humor in Egypt
·
I see the future of Humor in
Egypt
Now: our problems … to much
… !! but any Egyptian is a very humorist so, me and a member of FE.C.O Egypt
now our power of spirit especially start the humor graphic from pharaohs.
·
We try developed at 25 Jan
revolution by FE.C.O Egypt.
·
So … the future of humor in
Egypt is a life …..!!
EFFAT
Here some work on how he saw Portugal.
Padrão dos Descobrimentos
Azulejo e Talia
Torre de Belém
Palácio de Sintra
EFFAT, UMA CANETA
SATIRICA DO EGIPTO
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
«Na época dos faraós, - escreve Mohammad
Effat Ismail - a sociedade estava dividida
em dois estratos sociais - alto e baixo. Os “caricaturistas” dos faraós
pertenciam ao baixo, ou seja, as pessoas de génio estão sempre entre as camadas
trabalhadoras. Por essa razão é notável que esses “caricaturistas” tenham
iconografado a camada baixa como um “Rato”, enquanto que a alta sociedade como
um “Gato”. Estes desenhos sarcásticos, pertencem à época da Antiga Civilização
Egípcia, ou seja a milhares de anos atrás. Jogavam já o papel de critica, gozar
com as circunstancias da vida social e politica, com aceitação pelo poder.
Dessa forma, não é de admirar que “Bess”, o deus da alegria, fosse adorado
pelos Faraós, juntamente com os outros deuses do seu panteão. Durante os
períodos de maior decadência dos governos dos faraós, é quando se sente que o
caricaturista melhor serve como arma do povo, e assim podermos testemunhar hoje
as criticas à sociedade e aos governos de então. É de realçar a correspondência
entre a sátira nos tempos dos faraós e a actualidade do Egipto Moderno. Caracterizavam-se pela sua
imaginação, transpondo em símbolos e zoomorfismos as parodias à deteriorização
da sociedade humana. Estes trabalhos “caricaturais” foram encontrados em papiro
e cerâmicas (existentes por exemplo nos Museus de egiptologia de Turim, de
Munique, no British Museum, no Brooklyn Museum de New York…)»
«Depois da conquista
islâmica do Egipto, a representação em imagens foi proibida.»
«Na historia contemporânea do Egipto, Jacob
Bin Sannou surge como o pioneiro, aquele que recuperou esta arte egípcia,
desenvolvendo a caricatura como artista e como editor em revistas como “Abu
Natharah” (O único que tem óculos), ou “Khayal Al Thel” (A Sombra).
Posteriormente o príncipe Josef Kamal, o fundador da Faculdade de Belas Artes
trouxe alguns pintores estrangeiros para o Egipto, entre eles o espanhol Santis
(que publicaria no “Abu Natharah”), o arménio Saroukhan e o turco Refqy que
também trabalhavam a caricatura. Esta redescoberta deu-se principalmente na
década de vinte do séc. XX quando despontam várias revistas de humor. Rakha
(Mohammad Abd Al Moneim Rakha) que se estreia no jornal “Al Kashkool” é o
artista egípcio de maior realce nesta época. Desde então o desenho satírico é
uma presença constante na imprensa egípcia, com momentos mais difíceis e outros
de maior tolerância e aceitação.»
Mohammad Effat Ismail
nos dias de hoje é uma das vozes mais representativas do humor gráfico egípcio.
É homenageado este ano com o Prémio AmadoraCartoon 2011 pelo seu trabalho como
humorista, mas também pelo seu contributo na dinamização e divulgação do
cartoonismo no Egipto.
Natural
do Cairo, estudou Belas Artes e, em 1985 iniciou a sua carreira como
cartoonista ao integrar o “Akhbar El-Joum”, prosseguindo no “Kitab El-Joum”, “Akhbar
Newspaper”… Hoje trabalha como free-lancer.
Não é fácil
esta profissão onde os fundamentalismos religiosos, económicos e políticos
dominam a sociedade, e o Egipto é um desses locais, mas Effat é o símbolo da
persistência: representante do Egipto no projecto mundial Wittyworld (anos 90);
fundador e Presidente da Associação FECO – Egipto (desde os anos 90 à
actualidade); criador de vários concursos e exposições de humor gráfico no
Egipto; membro de júris em Festivais Internacionais um pouco por todo o mundo
onde, por vezes, realiza também exposições temáticas; professor de Work-Shops de humor para crianças;
membro do grupo fundador do “Fayoum Museum”; coordenador do “Pharaos Magazin of
Cartoon”…
Publicando na
imprensa egípcia, editando livros e postais ilustrados, correspondente de jornais
de expressão árabe, ele e, o humor egípcio, estão activos porque, como diz
Effat: «Agora os nossos problemas… são
muitos!!!... mas, o egípcio tem muito humor dentro de si. Este poder de
espírito que é fundamental na sobrevivência, foi-nos legado pelos antigos
Faraós… Por isso… o futuro do humor no Egipto, é a vida!!!»
Ruinas do Convento do Carmo
Raphael Bordallo Pinheiro e o Zé Povinho
O galo de Barcelos
