Wednesday, March 21, 2012
Entrevista al dibujante brasileño Gustavo Paffaro Por Francisco Puñal Suárez
Foto de Santiago Sgarbi
Sus retratos nos asombran al descubrirnos el lado peculiar del personaje caricaturizado.
Y es que sin dudas, Gustavo Paffaro, con sus 32 años de edad, es en estos momentos uno de losmás brillantes artistas plásticos de Brasil, y un creador singular de la caricatura personal, con gran reconocimiento internacional.
Gustavo pinta a mano y también realiza pintura digital, dando siempre una identidad personal a su obra.
Con él conversamos....
¿Cuándo empezaste a hacer caricaturas?
Não saberia dizer quando comecei a fazer caricaturas com exata precisão. Acredito ter começado com uns oito anos de idade. Lembro que desenhei muitos amigos da escola e quase todos os professores que tive, sempre como uma diversão. Foi uma ótima fase de treinamento, principalmente de caricaturas ao vivo.
¿Por qué te gusta hacerlas?
Sempre gostei de desenhos de humor e de desenhar pessoas. A caricatura tem as duas coisas que mais gosto de desenhar.
Tive grandes mestres de desenho e pintura e fiz o curso superior de Publicidade e Propaganda.
Se dice que la caricatura personal es el género más difícil, porque¿Cómo captar el "alma" del personaje? No ínicio, tive inúmeras dificuldades, seja por falta de informações, treinamento ou experiência. Com muita dedicação e vontade de ser um desenhista, as dificuldades foram sendo superadas. Hoje não sinto dificuldade em olhar para uma pessoa e saber exatamente onde posso “distorcer” a imagem, talvez meus olhos já estejam treinados por fazer isso há um bom tempo. A evolução de um artista envolve treino, estudo e observação, tudo na mesma proporção, ninguém nasce pronto e ninguém morre completo, o aprendizado é constante por toda vida. Minha dica pra quem está começando é nunca desistir, treinar bastante e observar seus grandes mestres. Pesquisar e observar a vida da pessoa a ser caricaturada, seus costumes, profissão, manias, ouvir seu som; até assistir a uma de suas cenas é uma boa dica para captar a alma do personagem.
O meu primeiro passo é ir atrás de uma boa referência, uma boa foto, um bom vídeo. Eu, particularmente, gosto muito de trabalhar com uma boa foto, daquelas com muitos detalhes de luz e sombra, isso facilita muito o meu processo de trabalho, diria que uns 50%. Depois pesquiso sobre a biografia do caricaturado, passando para a distorção, o processo mais
importante de todos. Mas vou para o acabamento onde preciso estar bem tranquilo, gosto de trabalhar em paz, sem nenhuma interrupção, ouvindo um bom som, um jazz de preferência.
A maior dificuldade para mim ainda são os prazos curtos dos clientes. Inúmeras vezes já desenhei sem ter tempo de pesquisar pra valer sobre o assunto, mas esse é o preço do mundo moderno imediatista. Um desenhista tem que ter consciência de que passará por situações como esta e que nem sempre terá tempo de esperar pela "deusa da inspiração". O alívio vem quando os prazos são longos, assim posso trabalhar no desenho nos momentos inspiradores, nessas condições sempre fico muito satisfeito com o resultado final.
A pintura digital é a pintura feita no computador. Contarei um segredo aqui: por muitos anos, não gostei das artes digitais que via por aí, achava que os desenhos eram duros e sem personalidade, todos muito iguais. Hoje gosto muito da pintura digital e faço muito. Uso uma mesa digital para as minhas pinturas, com ela procuro pintar como faço a mão, dando sempre uma identidade pessoal à obra.
O desenho é uma linguagem universal que pode ser compreendido em todo o mundo. A arte ajuda as pessoas a enxergar os problemas cotidianos, os defeitos e, quem sabe, enxergar a solução. É muito importante que as pessoas sejam felizes.
Hoje atuo como freelancer para as principais revistas do Brasil, tenho uma escola de artes e sou diretor de criação de uma agência de publicidade onde trabalho muito com ilustrações publicitárias.
Faço um convite pra vocês: visitem o meu blog e deixem um recado por lá, ficarei muito honrado e feliz.
http://paffaroartes.blogspot.com
