Saturday, April 25, 2009
25 de ABRIL NO HUMOR
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
(Este texto é o prefácio do catálogo da exposição organizada em 1998 pela Humorgrafe para a Câmara Municipal de Oeiras)
(Este texto é o prefácio do catálogo da exposição organizada em 1998 pela Humorgrafe para a Câmara Municipal de Oeiras)
O Abril de 74 foi a explosão da esperança, após muitos anos de vidas congeladas, onde o Rei da Morte chegou a reinar sob delegação. Chamou-se a esse período Primavera Marcelista, só que o pouco calor desses anos não foram suficientes para deixar sair da terra os frutos da liberdade de pensamento, de expressão, de vida.
Vivemos uma noite de isolamento, onde as vias de comunicação estavam intransitáveis, não devido ao tempo, mas a vontades maquiavélicas, que defendiam o lema "orgulhosamente sós". Vivia-se então de costas para o mundo, divagando entre nevoeiros de Fé, Futebol e Fátima; entre divagações Imperiais e Sebastianistas. Só que o Império não era deste Mundo, e quando a luz surgiu, a múmia desfez-se sob o efeito dos raios da verdade.
O Abril em Portugal era a saudade, o Fado, as Águas Mil, mas bastou apenas uma gota para que toda a face de um país verdejasse, removesse o céu e a terra, e tudo se transformasse de um dia para o outro.
Na realidade, há muito que se esperava a mudança, e vinda do interior. Primeiro foi a investidura de um novo Presidente do Conselho, depois pelas eleições com a abertura a uma Ala liberal, e um Movimento Democrático, só que os dinossauros mumificados do regime não toleravam a ideia de mudança, de evolução... e acabaram por ser derrubados pelos seus guardiães do poder, o Exército.
O 25 de Abril de 1974 foi um golpe militar, sem o ser. Foi uma reivindicação de classe profissional, sem o ser sindical.
Foi um movimento de democracia, sem o ser partidário. Foi uma gota de esperança, que se transformou numa torrente popular, sindical, partidária. 40 Anos de opressão desmoronou-se, sem necessitarem os libertadores de disparar um tiro. O sangue apenas correu, pela última vez pelas mãos dos sequazes da ditadura, disparados pelos PIDES que hoje recebem pensões de reforma, e que nunca foram devidamente castigados e punidos como criminosos que são. É que Abril foi na verdade uma primavera para todos.
É certo, que todas as forças torrenciais são cegas, fizeram-se muitos exageros, castigaram-se psicologicamente e economicamente portugueses que não tinham qualquer crime, para além do de terem sobrevivido, de terem trabalhado e ganho um lugar ao sol económico... mas é a revolução, é a realidade, e quase todos eles já reocuparam os seus antigos postos... Foi uma Revolução que ganhou vida por si só, ultrapassando os próprios dirigentes da revolução, os dirigentes dos partidos na clandestinidade, e criados então. Levou tempo, até que alguém conseguisse dominar plenamente as rédeas da vida galopante de então.
O humor é o sal da vida humana. E quem diz sal, diz mar, praias, sol. Sempre fomos um país de marinheiros, e de anedota.
Corremos mundo, desbravamos novas rotas, encontramos outros povos, outros continentes, fornicamos com as mulheres alheias, e espalhamos a boa nova que tínhamos um império de filhos em cada porto. Não há país, continente que possa afirmar que aí não haja sangue luso, uma palavra portuguesa adaptada ao seu idioma, uma pedra talhada pelo nosso suor. Tal como construímos um império noutros tempos, continuamos a construir como serventes das obras públicas e civis.
Fomos pioneiros da cartografia, das artes de mareagem, de lobbys gays Henriquinos. Fomos pioneiros na arte de catequizar em nome de Deus, e de censurar em nome do Diabo. E nesta dicotomia temos vivido. Sempre fomos bons cristãos, senhores de brandos costumes, obedientes aos impostos e ditaduras. Também temos sido complacentes com o Inferno, deixando as nossas filhas parirem os filhos do padres como afilhados destes, deixando que os imbecis, os incultos se assenhoreiem do Poder do Pensamento, implantando Inquisições e Censuras... Como único consolo ficou-nos a arte da anedota.
Desde muito cedo nos caracterizamos pela Arte de Escárnio e Maldizer, da anedota contada nos esconsos das tabernas, ou sussurrada em casa entre amigos, e desta forma clandestina fomos sobrevivendo, com alegria, fome e saudade. O Liberalismo fingiu libertar-nos das Inquisições clericais e Absolutistas, e nessa primavera de liberdade se desenvolveu, e cresceu o humor gráfico em Portugal, tendo como data de nascimento 12 de Agosto de 1847 nas páginas do Suplemento Burlesco "O Patriota", mas sob pseudónimo de Cecília e Maria, que não era senão obra de um tal "Pinta Monos". Antes já existiam gravuras satíricas, mas por razões que podem ler no meu livro da Historia da Caricatura em Portugal, define-se esta data como o aniversário da nossa sátira gráfica.
Estes Monos transformaram-se em arte, deram crias de bela estirpe estética, ensinaram grandes mestres plásticos a descobrirem o seu caminho, e testemunharam a vida do dia a dia com um sorriso irónico, ou com uma boa gargalhada democrática. Naturalmente houve sempre inquisidores políticos e clericais que procuraram manter a censura, a obstrução à liberdade de pensamento e expressão. Se essa Lei das Rolhas foi dura em diversos períodos, como seja o final de oitocentos, os últimos anos da monarquia, com o Estado Novo o maquiavelismo censório vai refinando, cortando ano a ano os temas possíveis de humor e sátira, para chegarmos ao simples anedotário do bêbado (o vinho dava de comer a um milhão de Portugueses), da sogra (até os censores as tinham), do futebol...
Quando o Rei da Morte do nosso inverno cai da cadeira, renasce a esperança. O Humor dificilmente sobrevivia então, verificando-se então um renascimento plástico com a publicação das obras do Mestre João Abel Manta. O Mestre, não só faz uma revolução plástica nesta arte que nos tempos áureos ia na vanguarda plástica das artes nacionais, como introduz uma nova ironia na sátira, ultrapassando o burlesco revisteiro do simples duplo sentido. Na sua peugada Baltazar, Manuel Vieira, José de Lemos, Zambujal, Martins, Sampaio, Miranda, Fred... Sam... vão abrindo uma frincha de sol crítico no nosso quotidiano...
Ou seja quando se dá o 25 de Abril não se pode dizer que vivíamos no escuro humorístico. Havia já um "Diário de Lisboa", uma "República", um "Expresso"... que já tinham iniciado a revolução do espírito humorístico, de todas as formas a revolução foi um sol que incandesceu, e inclusive cegou momentaneamente toda a população.
Por essa razão vamos encontrar todo o povo na rua, atrapalhando as manobras militares, conquistando os melhores lugares em cima das arvores do Carmo, ocupando terras e fábrica... correndo atrás das últimas tiragens do jornais... e os humoristas deveriam andar no meio de todo esse povo, já que não tiveram tempo de registar o acontecimento em cima da hora, tendo que levar alguns dias para digerirem o que viviam. Os primeiros desenhos só saem a 27, mas em grande profusão a partir de inícios de Maio.
O Abril é uma explosão de liberdade, de comunicação, e de repente encontramos todos aqueles que estiveram calados séculos, por comodismo, ou por imposição policial, a virem para a praça pública ditar as suas sentenças, as suas criticas... O Humor explode. Os caricaturistas exilados regressam no primeiro avião. Siné, o Grande Mestre da Sátira Francesa visita o novo Éden libertário da Europa, e deixa-nos um dos desenhos iconográficos da revolução. O Mestre João Abel Manta é nomeado oficiosamente o iconógrafo satírico da revolução, criando as imagens eternas do MFA em cartaz, e em críticas sociais.
Os artistas que já sobreviviam no humor, dão finalmente asas ao seu humor, aprendendo a rir-se em Liberdade, como é o caso de Fred, Fernando Bento, Zé Penicheiro, Baltazar, Miranda, Manuel Vieira, Frei Sousa, Martins, Vilhena... Alguns destes com a liberdade optam por abandonar pouco tempo depois esta forma de jornalismo/crítico. José de Lemos, que foi sempre um crítico da ditadura, vê-se ultrapassado pela liberdade, e na sua resmunguice satírica, passa a ironizar com os abusos dessa liberdade, parecendo por vezes uma voz saudosista do antigamente. Sam mantêm a sua linha de ironista, de testemunha da sociedade. Artistas exilados, como o Vasco de Castro, que se tinha imposto como um dos grandes da caricatura francesa, disseca-nos o capitalismo, a ditadura, a Pide... como o jovem Brito (que hoje permanece em terras gaulesas a deliciar as páginas do Canard Enchainée). O Augusto Cid, que já tinha publicado desenho de humor anteriormente, medita sobre os exageros dos esquerdismos, obrigando-nos a rir daquilo que por vezes não gostaríamos de rir. O jovem António que tinha iniciado a carreira dias antes da Revolução cresce com esta, tomando-se num símbolo do amadurecimento do cartoon nacional...
Vamos encontrar toda uma plêiade de jovens gráficos que nessa onde de liberdade vão dizer da sua justiça, engrossando ao longo dos Primeiros anos da Democracia o role de artistas gráficos, como um tal egípcio que por cá vivia, e assinava Yehia; o Pedro Massano, Duarte, Pedro Carvalho, Caldas, Viegas, Manuel Paula, Luís Porp, Luís Guimarães, Eduardo Perestrelo, Baar, Freitas, Victor, Carlos Barradas, C. Júnior, Zé d'Almeida, Relvas ... A grande maioria partiria depois para outros campos profissionais, abandonando o humor gráfico.
É certo, que todas as forças torrenciais são cegas, fizeram-se muitos exageros, castigaram-se psicologicamente e economicamente portugueses que não tinham qualquer crime, para além do de terem sobrevivido, de terem trabalhado e ganho um lugar ao sol económico... mas é a revolução, é a realidade, e quase todos eles já reocuparam os seus antigos postos... Foi uma Revolução que ganhou vida por si só, ultrapassando os próprios dirigentes da revolução, os dirigentes dos partidos na clandestinidade, e criados então. Levou tempo, até que alguém conseguisse dominar plenamente as rédeas da vida galopante de então.
O humor é o sal da vida humana. E quem diz sal, diz mar, praias, sol. Sempre fomos um país de marinheiros, e de anedota.
Corremos mundo, desbravamos novas rotas, encontramos outros povos, outros continentes, fornicamos com as mulheres alheias, e espalhamos a boa nova que tínhamos um império de filhos em cada porto. Não há país, continente que possa afirmar que aí não haja sangue luso, uma palavra portuguesa adaptada ao seu idioma, uma pedra talhada pelo nosso suor. Tal como construímos um império noutros tempos, continuamos a construir como serventes das obras públicas e civis.
Fomos pioneiros da cartografia, das artes de mareagem, de lobbys gays Henriquinos. Fomos pioneiros na arte de catequizar em nome de Deus, e de censurar em nome do Diabo. E nesta dicotomia temos vivido. Sempre fomos bons cristãos, senhores de brandos costumes, obedientes aos impostos e ditaduras. Também temos sido complacentes com o Inferno, deixando as nossas filhas parirem os filhos do padres como afilhados destes, deixando que os imbecis, os incultos se assenhoreiem do Poder do Pensamento, implantando Inquisições e Censuras... Como único consolo ficou-nos a arte da anedota.
Desde muito cedo nos caracterizamos pela Arte de Escárnio e Maldizer, da anedota contada nos esconsos das tabernas, ou sussurrada em casa entre amigos, e desta forma clandestina fomos sobrevivendo, com alegria, fome e saudade. O Liberalismo fingiu libertar-nos das Inquisições clericais e Absolutistas, e nessa primavera de liberdade se desenvolveu, e cresceu o humor gráfico em Portugal, tendo como data de nascimento 12 de Agosto de 1847 nas páginas do Suplemento Burlesco "O Patriota", mas sob pseudónimo de Cecília e Maria, que não era senão obra de um tal "Pinta Monos". Antes já existiam gravuras satíricas, mas por razões que podem ler no meu livro da Historia da Caricatura em Portugal, define-se esta data como o aniversário da nossa sátira gráfica.
Estes Monos transformaram-se em arte, deram crias de bela estirpe estética, ensinaram grandes mestres plásticos a descobrirem o seu caminho, e testemunharam a vida do dia a dia com um sorriso irónico, ou com uma boa gargalhada democrática. Naturalmente houve sempre inquisidores políticos e clericais que procuraram manter a censura, a obstrução à liberdade de pensamento e expressão. Se essa Lei das Rolhas foi dura em diversos períodos, como seja o final de oitocentos, os últimos anos da monarquia, com o Estado Novo o maquiavelismo censório vai refinando, cortando ano a ano os temas possíveis de humor e sátira, para chegarmos ao simples anedotário do bêbado (o vinho dava de comer a um milhão de Portugueses), da sogra (até os censores as tinham), do futebol...
Quando o Rei da Morte do nosso inverno cai da cadeira, renasce a esperança. O Humor dificilmente sobrevivia então, verificando-se então um renascimento plástico com a publicação das obras do Mestre João Abel Manta. O Mestre, não só faz uma revolução plástica nesta arte que nos tempos áureos ia na vanguarda plástica das artes nacionais, como introduz uma nova ironia na sátira, ultrapassando o burlesco revisteiro do simples duplo sentido. Na sua peugada Baltazar, Manuel Vieira, José de Lemos, Zambujal, Martins, Sampaio, Miranda, Fred... Sam... vão abrindo uma frincha de sol crítico no nosso quotidiano...
Ou seja quando se dá o 25 de Abril não se pode dizer que vivíamos no escuro humorístico. Havia já um "Diário de Lisboa", uma "República", um "Expresso"... que já tinham iniciado a revolução do espírito humorístico, de todas as formas a revolução foi um sol que incandesceu, e inclusive cegou momentaneamente toda a população.
Por essa razão vamos encontrar todo o povo na rua, atrapalhando as manobras militares, conquistando os melhores lugares em cima das arvores do Carmo, ocupando terras e fábrica... correndo atrás das últimas tiragens do jornais... e os humoristas deveriam andar no meio de todo esse povo, já que não tiveram tempo de registar o acontecimento em cima da hora, tendo que levar alguns dias para digerirem o que viviam. Os primeiros desenhos só saem a 27, mas em grande profusão a partir de inícios de Maio.
O Abril é uma explosão de liberdade, de comunicação, e de repente encontramos todos aqueles que estiveram calados séculos, por comodismo, ou por imposição policial, a virem para a praça pública ditar as suas sentenças, as suas criticas... O Humor explode. Os caricaturistas exilados regressam no primeiro avião. Siné, o Grande Mestre da Sátira Francesa visita o novo Éden libertário da Europa, e deixa-nos um dos desenhos iconográficos da revolução. O Mestre João Abel Manta é nomeado oficiosamente o iconógrafo satírico da revolução, criando as imagens eternas do MFA em cartaz, e em críticas sociais.
Os artistas que já sobreviviam no humor, dão finalmente asas ao seu humor, aprendendo a rir-se em Liberdade, como é o caso de Fred, Fernando Bento, Zé Penicheiro, Baltazar, Miranda, Manuel Vieira, Frei Sousa, Martins, Vilhena... Alguns destes com a liberdade optam por abandonar pouco tempo depois esta forma de jornalismo/crítico. José de Lemos, que foi sempre um crítico da ditadura, vê-se ultrapassado pela liberdade, e na sua resmunguice satírica, passa a ironizar com os abusos dessa liberdade, parecendo por vezes uma voz saudosista do antigamente. Sam mantêm a sua linha de ironista, de testemunha da sociedade. Artistas exilados, como o Vasco de Castro, que se tinha imposto como um dos grandes da caricatura francesa, disseca-nos o capitalismo, a ditadura, a Pide... como o jovem Brito (que hoje permanece em terras gaulesas a deliciar as páginas do Canard Enchainée). O Augusto Cid, que já tinha publicado desenho de humor anteriormente, medita sobre os exageros dos esquerdismos, obrigando-nos a rir daquilo que por vezes não gostaríamos de rir. O jovem António que tinha iniciado a carreira dias antes da Revolução cresce com esta, tomando-se num símbolo do amadurecimento do cartoon nacional...
Vamos encontrar toda uma plêiade de jovens gráficos que nessa onde de liberdade vão dizer da sua justiça, engrossando ao longo dos Primeiros anos da Democracia o role de artistas gráficos, como um tal egípcio que por cá vivia, e assinava Yehia; o Pedro Massano, Duarte, Pedro Carvalho, Caldas, Viegas, Manuel Paula, Luís Porp, Luís Guimarães, Eduardo Perestrelo, Baar, Freitas, Victor, Carlos Barradas, C. Júnior, Zé d'Almeida, Relvas ... A grande maioria partiria depois para outros campos profissionais, abandonando o humor gráfico.
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Boa noite.
Numa pesquisa sobre João Abel Manta que estou a fazer, vim parar a este blog.
Já vi que aqui existem várias referências ao nome deste pintor português.
Apresento-me como um aluno do 12º ano que lhe vem pedir ajuda para um trabalho meu. Este trabalho reside no seguinte:
terei de fazer uma análise sobre as 'Caricaturas Portuguesas Dos Anos de Salazar', de João Abel Manta, numa aula de português. Como não entendo bem as caricaturas que devo analisar, recorro à sua ajuda.
Se me puder enviar a sua análise/ opinião/ comentário sobre as caricaturas que se apresentam neste blog http://galeriaphotomaton.blogspot.com/2008/04/joo-abel-manta-1-homenagem-no-cnbdi.html
,nomeadamente a 1ª, 2ª, 4ª, e a 17ª ,para o e-mail: dark.major@hotmail.com , ficaria-lhe muito grato.
Com os melhores cumprimentos, João
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Numa pesquisa sobre João Abel Manta que estou a fazer, vim parar a este blog.
Já vi que aqui existem várias referências ao nome deste pintor português.
Apresento-me como um aluno do 12º ano que lhe vem pedir ajuda para um trabalho meu. Este trabalho reside no seguinte:
terei de fazer uma análise sobre as 'Caricaturas Portuguesas Dos Anos de Salazar', de João Abel Manta, numa aula de português. Como não entendo bem as caricaturas que devo analisar, recorro à sua ajuda.
Se me puder enviar a sua análise/ opinião/ comentário sobre as caricaturas que se apresentam neste blog http://galeriaphotomaton.blogspot.com/2008/04/joo-abel-manta-1-homenagem-no-cnbdi.html
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Com os melhores cumprimentos, João
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