Wednesday, July 04, 2007
007 na Amadora a partir de 7/07/007
OO7 ORDEM PARA HUMORAR
Por: 000sva7do de Sousa
Neste novo século, que alguns filósofos consideram como a Era do Vazio, ainda há setes que interessam a alguns. As ideologias diluíram-se, o humanismo esvaneceu-se na secura dos tempos, e o novo herói da sociedade já não é um perfil de romantismo cavaleiresco, antes um yuppi de fato cinzento, com cifrões como olhos e cérebro, de nome Economia Liberal Global, liberal por parte da mãe de passado duvidoso, e Global do pai, marinheiro saqueador dos sete mares. Este super-homem da sociedade bancária contemporânea conseguiu destruir todos os outros pelo seu calcanhar de Aquiles, ou seja, o lado piegas das suas almas humanitárias, que lutam sempre pelos bons, tentando castigar os maus. Hoje os bons vão para a cama cedo, e os maus vão para todo o lado e divertem-se.
Os heróis de hoje não se medem aos palmos, mas sim pela bolsa, vivem a sua realidade e não ficções onde raramente trabalham… Os heróis do passado não passam de ficções, de criação de mentes que desperdiçam o seu tempo e produtividade laboral em sonhos fúteis de diversão e criatividade. É verdade que alguns, pela magia do mercado, conseguem transformar esse idiota em economia galopante, em dinheiro, e então de herói passa a ser produto de massas, marketing, merchandazing…
Nós, ou eu, pertencemos àquele grupo de idiotas que desperdiçamos o tempo a criar coisas que não dão dinheiro (infelizmente), sobre assuntos, temas ou criações que até deram o seu contributo para o PIB nacional ou internacional. Mas, como é necessário haver idiotas para os outros poderem brilhar, resolvemos lutar contra a morbidez dominante, contra o obscurantismo dos números para que um sorriso brilhe no céu dos portugueses, como se o optimismo ainda fosse possível nesta bruma à beira mar plantada. Que o Zé Povinho, o Quim e Manecas, o Escarra e Cospe, o Abutre, o Chico Boné, o Horus…se levantem e em nome da nossa sobrevivência mental nos façam sorrir. Que a ordem seja humorar sobre a vida.
Humorar sobre o quê? Não queremos cabalas contra ninguém, mas que há um misticismo cabalístico no ar, há. É que neste ano verifica-se uma conjugação cósmico-numerológica que só acontece de milénio em milénio. Não é um cometa, não é um avião supersónico, não é o Super-Homem de visita a Portugal… É um fenómeno raro, tão raro que em cada milénio se repete doze vezes consecutivas. Esse acontecimento especial, que agrada a todos os supersticiosos cabalísticos é a coincidência numerológica do dia com o mês e o ano. Neste segundo milénio da era de Cristo já aconteceu, e ainda vai acontecer mais vezes. Na primeira vez, ou seja a 1/01/001, estávamos ocupados no “reveillon” e passou despercebido. No 2/02/002 ainda estávamos na ressaca. No 3/03/003, 4/04/004… não sei, até que resolvemos comemorar o 7, e naturalmente vamo-nos esquecer do 8/08/008, 9/09/009… e mesmo do 12/12/12.
Porquê o sete? Porque é um número mágico? Porque a semana tem sete dias? Porque é o dia de descanso, depois de seis dias de criação? Porque são sete as colinas necessárias para dar magia a uma cidade? Ou porque este ano está na moda comemorar as maravilhas do sete?
Este ano, repito, as conjugações cósmicas colocam sete planetas (o Agostini, o Pluto, Vénus e outros) em linha no dia 7, do mês 07 do ano 007. Como uma imagem vale mais de mil palavras, esta construção gráfica leva de imediato o nosso inconsciente a identificar-se com um herói do nosso entretenimento, ressuscita na memória um ícone ficcional do séc. XX. Optamos por ser irreverentes e não comemorar as 7 virtudes, nem as 7 maravilhas, apenas um herói que tem ordem para matar em nome de Sua Majestade. Falamos naturalmente do 007, Bond, James Bond. Como somos republicanos, os nossos heróis, os criadores do traço têm ordem para humorar, ordem para nos desenharem um sorriso no rosto.
Para esta aventura policial à volta dos mundos de Bond, convidámos bandadesenhistas, caricaturistas, humoristas portugueses, para além de alguns artistas de outros seis países, o que faz com que tenhamos obras de trinta e 7 artistas de 7 países: Argentina, Brasil, Cuba, Espanha, Honduras, Peru e Portugal.
Neste novo século, que alguns filósofos consideram como a Era do Vazio, ainda há setes que interessam a alguns. As ideologias diluíram-se, o humanismo esvaneceu-se na secura dos tempos, e o novo herói da sociedade já não é um perfil de romantismo cavaleiresco, antes um yuppi de fato cinzento, com cifrões como olhos e cérebro, de nome Economia Liberal Global, liberal por parte da mãe de passado duvidoso, e Global do pai, marinheiro saqueador dos sete mares. Este super-homem da sociedade bancária contemporânea conseguiu destruir todos os outros pelo seu calcanhar de Aquiles, ou seja, o lado piegas das suas almas humanitárias, que lutam sempre pelos bons, tentando castigar os maus. Hoje os bons vão para a cama cedo, e os maus vão para todo o lado e divertem-se.
Os heróis de hoje não se medem aos palmos, mas sim pela bolsa, vivem a sua realidade e não ficções onde raramente trabalham… Os heróis do passado não passam de ficções, de criação de mentes que desperdiçam o seu tempo e produtividade laboral em sonhos fúteis de diversão e criatividade. É verdade que alguns, pela magia do mercado, conseguem transformar esse idiota em economia galopante, em dinheiro, e então de herói passa a ser produto de massas, marketing, merchandazing…
Nós, ou eu, pertencemos àquele grupo de idiotas que desperdiçamos o tempo a criar coisas que não dão dinheiro (infelizmente), sobre assuntos, temas ou criações que até deram o seu contributo para o PIB nacional ou internacional. Mas, como é necessário haver idiotas para os outros poderem brilhar, resolvemos lutar contra a morbidez dominante, contra o obscurantismo dos números para que um sorriso brilhe no céu dos portugueses, como se o optimismo ainda fosse possível nesta bruma à beira mar plantada. Que o Zé Povinho, o Quim e Manecas, o Escarra e Cospe, o Abutre, o Chico Boné, o Horus…se levantem e em nome da nossa sobrevivência mental nos façam sorrir. Que a ordem seja humorar sobre a vida.
Humorar sobre o quê? Não queremos cabalas contra ninguém, mas que há um misticismo cabalístico no ar, há. É que neste ano verifica-se uma conjugação cósmico-numerológica que só acontece de milénio em milénio. Não é um cometa, não é um avião supersónico, não é o Super-Homem de visita a Portugal… É um fenómeno raro, tão raro que em cada milénio se repete doze vezes consecutivas. Esse acontecimento especial, que agrada a todos os supersticiosos cabalísticos é a coincidência numerológica do dia com o mês e o ano. Neste segundo milénio da era de Cristo já aconteceu, e ainda vai acontecer mais vezes. Na primeira vez, ou seja a 1/01/001, estávamos ocupados no “reveillon” e passou despercebido. No 2/02/002 ainda estávamos na ressaca. No 3/03/003, 4/04/004… não sei, até que resolvemos comemorar o 7, e naturalmente vamo-nos esquecer do 8/08/008, 9/09/009… e mesmo do 12/12/12.
Porquê o sete? Porque é um número mágico? Porque a semana tem sete dias? Porque é o dia de descanso, depois de seis dias de criação? Porque são sete as colinas necessárias para dar magia a uma cidade? Ou porque este ano está na moda comemorar as maravilhas do sete?
Este ano, repito, as conjugações cósmicas colocam sete planetas (o Agostini, o Pluto, Vénus e outros) em linha no dia 7, do mês 07 do ano 007. Como uma imagem vale mais de mil palavras, esta construção gráfica leva de imediato o nosso inconsciente a identificar-se com um herói do nosso entretenimento, ressuscita na memória um ícone ficcional do séc. XX. Optamos por ser irreverentes e não comemorar as 7 virtudes, nem as 7 maravilhas, apenas um herói que tem ordem para matar em nome de Sua Majestade. Falamos naturalmente do 007, Bond, James Bond. Como somos republicanos, os nossos heróis, os criadores do traço têm ordem para humorar, ordem para nos desenharem um sorriso no rosto.
Para esta aventura policial à volta dos mundos de Bond, convidámos bandadesenhistas, caricaturistas, humoristas portugueses, para além de alguns artistas de outros seis países, o que faz com que tenhamos obras de trinta e 7 artistas de 7 países: Argentina, Brasil, Cuba, Espanha, Honduras, Peru e Portugal.
Assim teremos Ian Fleming, Sean Connery... na Amadora a partir do dia 7.