Friday, October 27, 2006
Zé dos Alicates na Amadora
Um dos artistas homenageados no XVII FIBD Amadora com o Prémio AmadoraCartoon 06 é José Augusto Carvalho, com nome artistico Zé dos Alicates.
Ele , e outros artista, estará presente na Festa da Caricatura que se realiza neste sábado, dia 28 nos Recreios da Amadora entre as 15 e as 17h e amanha no Centro Cultural Luis de Camões das 11h ás 13h
Prémio AmadoraCartoon 05
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
Este Prémio é uma simples homenagem a artistas, que pela sua carreira se têm destacado na arte do humor gráfico, da sátira. A selecção dos artistas faz-se não só pelo seu mérito, mas também pelo enquadramento, em cada ano, ao tema geral do Festival. Este ano o desafio lançado não foi fácil, e perante o titulo do tema geral, resolvi optar pela valorização do termo Periférico: Cartoon periférico, humor periférico… Mesmo assim esta conceito poderia ser encarado de diversas maneiras. Acabei por sobrevalorizar as técnicas periféricas.
Ao pensar na técnica do papel numa abordagem periférica pensei logo no chinês Hu Huai, que faz seus cartoons em papel recortado, como se fosse uma renda: Tentamos contacta-lo, porém nunca obtivemos resposta ao nosso convite.
A fotografia é outra técnica periférica do jornalismo gráfico-humoristico, principalmente na sua vertente de fotomontagem. Desde logo a escolha recaiu no grande mestre do humor absurdo, no esloveno Stane Jagodic, um cartoonista reconhecido em todo o mundo. Artista de múltiplas facetas, desde a escultura, o cartoon desenhado, o jornalismo, a pintura, as colagens… mas de todas essas artes quisemos apenas destacar as fotomontagens, esses poemas do absurdo, esses gritos de reflexão surrealista sobre a vida contemporânea.
Por tradição, e este ano, mais que nunca, Portugal também está representado por um artista periférico. Neste ponto a escolha foi fácil: José Carvalho, mais conhecido por Zé dos Alicates. Este artista nunca entrará nos anis do cartoonismo mundial, contudo é uma referência incontornável da caricatura repentista em Portugal e Galiza. Fruto periférico da tradição coimbrã da Caricatura, impõe-se pela sua originalidade de caricaturas. As suas linhas são feitas pelo arame que o alicate manuseia frente aos seus olhos, captando os perfis das vítimas.
Dois artistas originais, que nos dão perspectivas periféricas de como abordar o humor, o cartoon, dois artistas homenageados com o troféu do AmadoraCartoon 06.
Este Prémio é uma simples homenagem a artistas, que pela sua carreira se têm destacado na arte do humor gráfico, da sátira. A selecção dos artistas faz-se não só pelo seu mérito, mas também pelo enquadramento, em cada ano, ao tema geral do Festival. Este ano o desafio lançado não foi fácil, e perante o titulo do tema geral, resolvi optar pela valorização do termo Periférico: Cartoon periférico, humor periférico… Mesmo assim esta conceito poderia ser encarado de diversas maneiras. Acabei por sobrevalorizar as técnicas periféricas.
Ao pensar na técnica do papel numa abordagem periférica pensei logo no chinês Hu Huai, que faz seus cartoons em papel recortado, como se fosse uma renda: Tentamos contacta-lo, porém nunca obtivemos resposta ao nosso convite.
A fotografia é outra técnica periférica do jornalismo gráfico-humoristico, principalmente na sua vertente de fotomontagem. Desde logo a escolha recaiu no grande mestre do humor absurdo, no esloveno Stane Jagodic, um cartoonista reconhecido em todo o mundo. Artista de múltiplas facetas, desde a escultura, o cartoon desenhado, o jornalismo, a pintura, as colagens… mas de todas essas artes quisemos apenas destacar as fotomontagens, esses poemas do absurdo, esses gritos de reflexão surrealista sobre a vida contemporânea.
Por tradição, e este ano, mais que nunca, Portugal também está representado por um artista periférico. Neste ponto a escolha foi fácil: José Carvalho, mais conhecido por Zé dos Alicates. Este artista nunca entrará nos anis do cartoonismo mundial, contudo é uma referência incontornável da caricatura repentista em Portugal e Galiza. Fruto periférico da tradição coimbrã da Caricatura, impõe-se pela sua originalidade de caricaturas. As suas linhas são feitas pelo arame que o alicate manuseia frente aos seus olhos, captando os perfis das vítimas.
Dois artistas originais, que nos dão perspectivas periféricas de como abordar o humor, o cartoon, dois artistas homenageados com o troféu do AmadoraCartoon 06.
STANE JAGODIC
Natural de Celje - Eslovénia (15/6/1943), formou-se naAcademia de Belas Artes da Universidade de Ljubljana.
Trabalha em diferentes campos da criatividade: pintura, design gráfico, caricatura, cartoon, colagem, fotografia, fotomontagem e jornalismo. É membro da ZDSLU (Federation of Slovene Fine Artist Societies) e da DOS (Society of Slovene Designers). Já foi membro do New York Cartoonists Writers Syndicate e do Board of Advisors do American Biographical Institute, Raleigh (USA), assim como colaborador da revista internacional "Graphic Design", Seoul (Coreia do Sul).
É o fundador da associação internacional de artistas "June Group" (1970 - 1985), assim como da "Slovene Triennial of satire and Humour, Aritas (1995 - 2001). Realizou cerca de meia centena de exposições individuais na Eslovénia e nos restantes países da ex-Jugoslávia, assim como na Áustria, França, Canadá, Portugal... Cerca de 230 exposições colectivas em cerca de três dezenas de países. Está representado em múltiplos livros sobre Design, Fotografia e Cartoonismo. Tem publicado diversos livros sobre a sua arte, destacando-se "Stane Jagodic" (Globus Zagreb 1989), "Stane Jagodic - Art Paradox" Ed. Dolenjska Zalozba 1993), and "Stane Jagodic - Orbis Artis" (2006).
Desde 1961 foi galardoado em 11 países com mais de quatro dezenas de prémios, nomeadamente vinte no campo do Cartoon e dez no da Fotomontagem. Em 2006 é homenageado no FIBDA com o Prémio AmadoraCartoon 06
JOSÉ CARVALHO (Zé dos Alicates)
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Natural da Póvoa de Varzim, onde nasceu na década de trinta, teve sempre uma vida inteira a trabalhar no arame... e sem rede. Foi educado numa instituição de gaiatos de origem de famílias desfavorecidas, onde aprendeu a arte de encadernador. Chegou a exercer esta profissão, assim como a de tipógrafo, mas em breve preferiu estabelecer-se por conta própria, andando de feira em feira ou vendendo para pequenas lojas, bonecos feitos de arame. Eram pequenas estatuetas de 15 a 20 cm, feitos de arame revestido de plástico colorido, enrolados em espiral (canudos que faziam o tronco, as pernas, os braços e demais elementos identificadores) representando figuras típicas como o pescador, o estudante, o barbeiro, a varina...
Desde muito cedo se radicou em terras de Coimbra, mais atreitas à aceitação de um artista boémio como ele. Estudantes que passaram por aquela cidade lembram-se de já ver esses bonecos na década de cinquenta em lojas de bric a brac.
Na década de sessenta anda por terras gaulesas a viver a vida, quando é surpreendido pelo Maio de 68, sendo uma das raras vítimas lusas dos confrontos policiais. Ao ser interceptado pela polícia com um saco cheio de fios eléctricos de várias cores, foi-lhe dada ordem de prisão como bombista. Só depois de muita conversa, muito charme e arte conseguiu finalmente convencer as autoridades que não passava de um artesão que vivia a vida no arame. Nunca teve um trabalho como operário naquelas terras, já que conseguiu sempre as autorizações de residência graças ás artes de seduzir o pessoal com bonecos, com charme.
Regressado a Coimbra, voltou a refugiar-se no seio "protector" da academia. Haverá então uma renovação na sua arte de escultor, deixando aos poucos os bonecos típicos, para se dedicar à arte de se desenvolver como uma das irreverências locais, o retrato-charge, ou mais comummente referido como caricatura repentista. Ao não saber dominar a arte do lápis e do papel, mas sendo mestre do alicate e do arame, tornou-se no primeiro (e que saibamos único) caricaturista de arame. A sua originalidade tem-se imposto como atracão turística na baixa coimbrã e nas animações para que tem sido convidado, não só em Portugal, como em Espanha. Foi um dos fundadores, com o Zé Oliveira, Eduardo Esteves e Orlando Noronha das "Festas da Caricatura" que desde os princípios da década de 90 têm animado e divulgado a arte da caricatura. A Amadora tem sido um dos locais que alberga uma dessas Festas, onde o Zé dos Alicates por diversas vezes esteve presente.
Por curiosidade, o Zé dos Alicates agora também é um herói da BD, ao ser integrado na história "A Falange do Silêncio" de Eduardo Esteves com edição da Câmara Municipal de Coimbra (Ed. 2006). Aqui surge como um pescador, um dos seus hobbies no rio Mondego. Em 2006 é homenageado no FIBDA com o Prémio AmadoraCartoon 06
The cartoon and the beginning of the 21th century 6
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
6) O politicamente correcto é uma censura política, ou uma sobrevivência dos críticos? A irreverência é uma ideologia, uma má educação ou um grito humorístico pela defesa da humanidade?
Is “politically correct” a political censorship or a survival for the critics? Is the irreverence an ideology, bad manners or just a humoristic shout for the protection of mankind?
Pereiro (Espanha) - A irreverencia, em certa medida, é um grito em defesa da humanidade
Harca (Espanha) - Ser políticamente correcto es una forma de autocensurarse. El dibujo de humor ha de ser subversivo y transgresor. La irreverencia pude ser un grito humorístico para la defensa de la libertad.
Daniel Ionesco (Roménia) - I agree 100 % with all statements. It's a paradox but things interfere.
Alejandro Barba (Espanha) - Cada autor tiene su estilo, y mientras sea consecuente con él y sepa librarse o aminorar las imposiciones con creatividad, bienvenido sea. No creo que exista una manera estándar de acercarse a los temas, es precisamente esa diversidad lo que puede hacer factible que exista un colectivo en general (como el de la crítica), puesto que, sabiendo que cada cual es una individualidad irrenunciable, es vitalizador el hecho de sentirse acompañado por otros que persiguen un fin común aunque sigan caminos distintos y persigan metas diferentes
Wagner Passos (Brasil) - É um bosta, um merda, um cara que deveria abraçar Bush e comer batata doce com ele, até se explodirem de tanto peido. O politicamente correto é alguem limitado e que não quer se comprometer com a causa do bem-estar social. Pensa em ser engraçado, mas aceia a imposição da corrupção. Na verdade, o politicamente correto é incorreto em todas as formas de expressao. É arte... consequentemente vida.
Zé Oliveira (Portugal) - Tento ser politicamente correcto (até certo ponto…) com o leitor. Mas não com os visados. Com esses, é necessário sermos politicamente incorrectos. Eles também o são, embora digam o contrário. A irreverência é a manifestação instintiva do espírito libertário que o homem, por natureza, possui.
Juan Ramón Mora (Portugal) - Sin crítica nos aburriríamos mucho, no podríamos inercambiar nada, la crítica satírica forma parte de nuestra cultura, no creo que sea una ideología, puede ser una posición natural para algunos dibujantes, una necesidad para otros. El que descubre irreverencia maligna tras una viñeta suele ser el eterno enfadado, de esos hay muchos, pero lo bueno es que también leen viñetas y en cualquier otra ocasión acertarás con él y podrás arrebatarle un " claro, si es que esí" y con suerte una sonrisa y sabrá perdonarte las "irreverencias" anteriores.
Andrey Feldshteyn (Russia) - Yes, “the political correctness” is a sort of censorship, meaning peace and stability in the society. I would not be so radical to blame it in killing the critique completely, but some times it does look stupid and unjust. For me irreverence is rather bad manners. There is always a time and a place for any statement. Well-mannered person does always know that.
Ermengol (Argentina)- En un cartoonista la irreverencia debería ser una filosofía de vida. Todo debería poder ser visto desde la óptica del humor, incluso la muerte. Lo que no es ético es reirse de la desgracia de álguien, no podemos hacer un carton sobre un tetraplégico, por ejemplo. El humor desmitifica y a veces atacar un mito es políticamente incorrecto pero si no lo hacemos nosotros ¿Quien lo va hacer?
Raquel Orzuj (Uruguay)– El humor no debe ser “Políticamente correcto o incorrecto”, debe ser provocativo, desafiante, lúdico y sobretodo corajudo! La viñeta, sin texto, suele ser la más frecuente respuesta global de defensa de las minorías.
Nando (Argentina) - La palabra irreverencia está asociada a la Falta de Respeto y, si es así, lo considero algo relacionado con la mala educación. De todas maneras, creo que el sentido del cartoon político está en mostrar los hechos ó las consecuencias de los actos humanos de una forma irónica, graciosa ó satírica y esto puede resultarle a algunas personas una irreverencia.
Bernard Bouton (França)- Irreverence is a shout for the protection of mankind (very nice formula)
Tatyana Tsankova (Bulgária) - Politically correct for whom? What part of layer of society? Facts themselves cannot be defined as "correct". Such can be human comments and statements following events.
Marlene Pohle (Alemanha) - Lo políticamente correcto es a mi modo de ver una simple autocensura.La irreverencia debe ser edificante y no destructiva, por eso opino en el punto 5 que hay una diferencia entre criticar a las instituciones (que son las que modificaron generalmente en forma negativa el curso de la historia) o negar la opinión del individuo.
Omar Zevallos (Peru) - Tal vez un grito por la defensa de la humanidad.
Eduardo Welsh (Portugal) - O politicamente correcto não existe. A irreverência é um exercício obrigatório numa sociedade onde as pessoas são veneradas pelo titulo ou cargo que ocupam, e não pela sua integridade pessoal, por como se comportam e por como desempenham as suas funções. Numa sociedade onde a justiça não funciona e há impunidade generalizada não sei como as pessoas ainda querem ser levadas a sério!
Dário Banegas (Honduras) – Lo políticamente correcto creo que esta dictado por la postura que el poder quiere que tenga la prensa y no siempre es correcto. La irreverencia, en el caso de los caricaturistas, es un ingrediente necesario en la personalidad de un artista para que sea bueno.
Siro Lopez (Espanha) - Cómpre medir e pesar o contido das palabras. ¿Que é a irreverencia? O que é irreverente para un político no poder, soe non selo para o que está na oposición, aínda que as opinións poden trocar cando o que está no poder pasa á oposición e viceversa. Se ser irreverente é ser procaz ou obsceno, non me parece que debamos falar da irreverencia como ideoloxía. Se ser irreverente é negarse a pasar polo aro, a dicir amén a todo o que se nos manda; se é dicir
Nano (Costa Rica) - La censura política, religiosa o militar es en sí misma censurable. Nadie debería por ejemplo secuestrar la edición de un medio por contener información que comprometa a un intocable, ni debería confundir al público con mentiras o verdades a medias. En mi país metieron a la cárcel a dos expresidentes por actos de supuesta corrupción (uno de ellos Secretario General de la Organización de Estados Americanos) y se ventiló aún en perjuicio de la honorabilidad del país en cuanto a la investidura de ellos.
Farid Ouidder (Marocos) - Le politiquement correct est une censure « douce » ; c’est une autre façon de représenter l’interdit sous une couture plus acceptable.
Stane Jagodic (Eslovénia) - Once upon a time the critics of secular or religious authority had their heads chopped off, or were thrown in gaol, or burnt at the stake. Such drastic measures are rarely used in today’s world, but instead there are subtle, underground methods by which it is possible to silence the rebel-satirist, exclude him from public life and marginalise him.
Carlos Brito (França) - O politicamente correcto é a interiorização de interditos pretensamente representativos do senso comum. A irreverência é um manguito de pessoa bem educada.
Thursday, October 26, 2006
The Cartoon in the beginning of the 21th ventury
O Cartoon e o Inicio do séc. XXI - 5
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
5) Que diferença há para si entre temas tabus e temas eticamente ignoráveis? Concorda que a Liberdade de expressão deve ser controlada por minorias políticas, religiosas ou sociais?
In your opinion what is the difference between forbidden issues and ethically ignored issues? Do you agree that the freedom of speech must be controlled by political, religious or social minorities?
In your opinion what is the difference between forbidden issues and ethically ignored issues? Do you agree that the freedom of speech must be controlled by political, religious or social minorities?
Martin Turner (Irlanda) - No, certainly not. Religion is a myth and should be treated as such… likewise politics...social minorities (ie people who are categorised through no fault of their own) should be treated differently
Pereiro (Espanha) - A liberdade de expresao sempre está mediatizada
Harca (Espanha) - La libertad de expresión es incuestionable y sus límites no deben ser otros que la responsabilidad y la ley, basada en la Declaración Universal de los Derechos Humanos.
Daniel Ionesco (Roménia) - Any ethical issue which becomes politics is dangerous to the society and to the freedom of consciousness. When an moral topic of some group becomes aggressive it affects the morality of the majorities. The press should not ignore the forbidden ethical issues but has to be objective on both sides (still not to be confused with the ambiguity). It is immoral to cover the lack of immorality. The freedom of speech has to be controlled only by the pure sense of human dignity. The silence of the majorities makes the minorities to howl.
Alejandro Barba (Espanha) - La educación que recibimos hace que casi inconscientemente colaboremos en mantener ciertos tabús establecidos, y que varían de una cultura a otra. Eso podría ser controlado y mantenido por un sistema plenamente local; sin embargo, hoy día el intercambio de culturas, principalmente a través de Internet es brutal. Ningún colectivo es capaz de proteger hoy día nada, pues de forma casi anónima y sin necesidad de importantes recursos económicos se ponen en cuestión muchos temas ocultos de unos y otros, y con una capacidad de difusión impresionante. Lo que vengo a decir que por primera vez en la Historia, aunque siga existiendo la manipulación de los poderosos sobre los que están en inferioridad, no existe nada que se pueda controlar férreamente, existen fisuras por medio de las cuales con rápidez se puede derribar mucho. Y lo curioso es que cualquiera podría hacerlo, se trata de oportunidad constante y de saber aprovechar la ocasión, incluso con estilos grotescos o menos “académicos”. La cuestión de los temas olvidados... Sí es verdad que existen, y lo que se me viene al pensamiento ahora es que cada uno expresa lo que siente en ese mismo momento. Quizá haya cosas perdidas, pero el ritmo de vida tan intenso al que somos sometidos hace que el presente cobre la mayor importancia, y que resolver ese “presentismo” se torne lo más inmediato y vital. El rescate adecuado de esos temas suponen pequeños oasis a nuestro estilo de vida y también pequeños pero significativos regalos que nos podemos hacer unos a otros.
Wagner Passos (Brasil) - Ha limites para tudo, o limite é a racionalidade humana de respeitar raças e religiões, dentro de suas crenças benéficas para a sociedade. Dentro de seus males, de seus problemas, as religioes devem ser criticadas, pois só através da critica que se conquista a ética no mundo. Ela deve ser livre e nunca controlada. Mas quem controla no final de tudo é o poder judiciario, punindo e condenando jornalistas e chargistas do mundo inteiro.
Zé Oliveira (Portugal)) - Quase inconscientemente, tenho em mente o leitor-tipo do periódico. E tento comunicar com ele sem o ofender nos seus pressupostos; embora frequentemente tente surpreendê-lo. Sem ofender, insisto. Mas (Porque) a ética e a liberdade de expressão devem ser controladas pela minha cabeça. E só.
Juan Ramón Mora (Espanha) - La libertad de expresión no puede ni debe ser controlada por ningún colectivo ya que dejaría de ser libertad, si el tema es tabú es que detrás hay alguien que esconde algo y solo eso ya es motivo de reflexión.Hay temas que levantan pasiones como como son aquí los religiosos, hay noticias que a veces nos llegan de determinados colectivos que ofenden mucho más que cualquier dibujo y la minoría de los humoristas gráficos no acostumbramos a iniciar una protesta violenta en las calles ni a amenazar la libertad de expresión del vecino.
Andrey Feldshteyn (Russia) - There should be no forbidden issues at all. The progress will stop at the very moment when we will announce taboo on this or that question. But we always have to think about the audience, involved to the discussion. It is not a good idea to invite a fundamentalist cleric to the atheistic dispute, or the President of North Korea to the Rock Festival (Well. Maybe it is; it would be so cool, like Mao on Andy Warhol’s paintings.)
We should not harm innocent people in any case – this is the ethic of any discussion for me. That is why we should choose the audience properly (like do not sell Playboy to minors.)
Of course, the freedom of speech should not be controlled by minorities; it should be regulated by the author’s own sense of tact, by the society’s common sense, and finally by laws. For example, I do not like skinheads selling “Mein Kampf” on each corner, but it is OK to have it in the library for history studying.
Ermengol (Argentina) - Es bueno recordar que los medios de comunicación estan en manos de los poderosos, ninguna minoría del mudo tiene un medio de comunicación poderoso. Los temas tabú son diferentes según el país y su situación política. El tema religioso es el que más reacción produce. Es impensable hacer un chiste de Mahoma en un diario de Irán o publicar un cartoon sobre el papa en El Observatore Romano o hacer una broma gráfica contra Fidel Castro en el Granma.
Raquel Orzuj (Uruguay) – El humor gráfico es creatividad. No existe creatividad sin libertad. A veces, el dibujante, debe encontrar las hendiduras, para sobrellevar los límites impuestos. Para un Humorista gráfico no existen los “Temas tabú”, se recrean hasta volverlos “invisibles”, o con un enfoque que sorprendente, que el lector, o el propietario del diario acepte, “que nunca lo habían pensado asi”.
Nando (Argentina) - La diferencia entre los temas tabú ó los temas éticos es que los primeros son, en mi opinión más sencillos de abordar. Es a sensibilidad del artista gráfico la que permitirá que el tema fluya hacia la opinión pública de forma tal que no la agreda y que pueda el común de la gente pueda verlo, tratarlo y discutirlo. Considero que el Humor Gráfico es, en este punto, un instrumento muy útil para despertar conciencias sobre los temas tabú. En cuanto a los temas éticos, suelen ser más difíciles de tratar y a menudo más ríspidos de tocar desde el lado del Humor. Puede causar un efecto contrario al buscado el utilizar el cartoon para los mismos.
Bernard Bouton (França) - I think there is no difference. If political, religious or social minorities control the freedom of speech, then, freedom of speech don’t exist !
Tatyana Tsankova (Bulgária) - It is an issue of the priorities of the time and the characteristics of the society. Each society aims to maintain some mainstays, and when they are shaken, important issues and discussions are simply overlooked and passed over. The freedom of speech is a verbal labyrinth, as old as our own identification as Homo sapiens.
Marlene Pohle (Alemanha) - De ninguna manera. La libertad de opinión, de expresión y por tanto de prensa no debe tener más límite que la del propio sentido ético y moral del dibujante.Luchamos contra la estupidez humana o contra las instituciones que restringen nuestra dignidad, no contra el pensamiento o las creencias del individuo.
Omar Zevallos (Peru) - Jamás. La libertad de expresión no sebe ser controlada por nadie, sino perderá su esencia.
Chuck Asay (USA) -. It seems to me you are asking about my views on "political correctness"...is it a valid consideration for cartoonists who make their living pointing out the obvious even when that view is considered impolite? The story of the little boy who spoke up that the king had no clothes is an example of P.C. gone astray. There are delicate, P.C. issues which should be considered, however. I think a cartoonist might be wise to avoid taking on hot issues head on when the depiction utilizing bad taste might overshadow the point the cartoonist wants to make. For instance, my editors get very uncomfortable when I venture into areas criticizing people of color. Some of our readers might think I am a racist (I'm not) but my editors get concerned that the valid point I'm trying to make would be lost because of the issue is so hot. An example is attached. My paper chose not to publish that cartoon, "Who kills more blacks". That is not censorship, in my view. They have a property right to publish whatever they want in their paper. The point I make is true. Abortionists kill many more blacks in America than racists or Nazis. I think abortion is just as evil as racism or fascism. The cartoon was published in other papers however and drew large protest crowds. Papers containing the cartoon was burned on many colleges campuses. People were saying the cartoon was racist. I can understand why some issues are just too hot for some family papers to publish. I don't fault editors for having their P.C. antennas up.
Eduardo Welsh (Portugal) - Não existem temas tabus. Os temas tabus muitas vezes são aqueles que merecem discussão. Acho também que não existem temas eticamente ignoráveis, o que existe são formas eticamente reprováveis de tratar certos temas. Geralmente, estes tratamentos são naturalmente ignorados ou não são levados a sério. (Mas é muito preocupante quando o são, como no caso dos cartoons de Maomé). A liberdade de expressão não deve ser controlada nem por minorias, muito menos por maiorias! A liberdade de expressão deve ser controlada pela Justiça quando viola o direito de terceiros, em particular em casos de xenofobia e incitamento ao ódio e à violência. Existem casos que foram denunciados ao Tribunal Criminal Internacional, que espero que sejam punidos.
Andy Davey (Grâ-Bretanha) - No, freedom of speech should not be controlled by minorities, but we all have a responsibility to see that we don’t add to the persecution of these minorities. What I draw are only pictures. Simple pictures. They ask the question “what if..?” How can such a picture cause such outrage. We, as citizens, should all be able to respond rationally to images in the 21st century. The problems caused by the “Mohammed cartoons” were caused by people intent on stirring trouble, not by the images themselves.
Dário Banegas (Honduras) – Hay temas tabu en las sociedades como las que yo habito porque hay un “consenso” social de que no es bueno para el país “atacarlos” en los dibujos. Por ejemplo, la Iglesia. A mi particularmente no me parece que ese tema debe estar presente en las caricaturas porque yo soy cristiano. Otro tema “tabu” ha sido la vida privada de las figuras públicas que ni siquiera se enfoca en otros espacios de los Diários, mucho menos en las caricaturas. Y otros. Yo creo que la libertad de expresión debe promoverse hasta que se extienda lo más ampliamente posible, pero debe ejercer-se con responsabilidad.
Siro Lopez (Espanha) - Teño que repetirme. Nunha publicación humorística pódense tratar todos os temas e ningún debe ser considerado
Nano (Costa Rica) - El tabú puede ser impuesto por los dueños del medio o puede ser autoimpuesto. En mi caso no hago chistes que incluyen muertos por una sencilla lógica, hablo por ejemplo que me manden a hacer un chiste en el cual por medio de la inoperancia de empleados de algún despacho de la República, suceda un accidente con saldos fatales que pudieran haberse evitado con un simple trámite burocrático. Aunque sea una lamentable falta de humanismo y sucede la fatalidad, no me gusta tratar esos temas porque al haber víctimas inocentes estaríamos jugando con el dolor de los que les sobreviven. El asesino más cruel del planeta, al que todos piden linchar tiene familiares, hijos, amigos, etc. ¿Quién haría un chiste sobre un grupo de niños violados? ¿O sobre un incendio en un centro penal en donde mueren muchos privados de libertad? A eso tabúes me refiero, usted los llama temas éticamente ignorables. Por otra parte la libertad de expresión es una forma de vivir y no tiene necesariamente que ser controlada por mayoría ni minorías. En mi país la libertad de expresión está muy arraigada…hasta donde la ficción de cada persona lo permita.
Derkaoui Abdellah (Marrocos) - i think in the cartoon domaine the only competent censorship is the the conscience of the cartoonist and to have freedom to create without any contraint whatever it is political , religious, or economist ...must say our opinion freely without insulting people or inciting them to make war ,racism and hatred ...
Farid Ouidder (Marocos) - Tant qu’il y’a des interdits, on peut les appeler comme on veut, ça reste des interdits. Ce pendant la définition et la défense de ces interdit etre le résulat d’un un travail de reflexion participatif ou tous les acteurs, (gouverneurs et gouvernés ) doivent apporter leur contribution.
Stane Jagodic (Eslovénia) - The world’s few democratic societies (above all in the West and North) are committed to freedom of expression even in the fields of humour and satire. With the help of a constitution they refuse control mechanisms. This is something that has not come about in any genuine sense in the countries of Asia, Africa and South America. The recent furious reaction of the Arab world to the cartoon by the European cartoonist Kurt Westergaard demonstrated an indescribable intolerance towards an idea that symbolised a suicidal reality, and this in the name of the prophet Mohammed. It was a simple poetic allegory that to a liberal European did not seem even slightly controversial. It is however true that the history of the Arab world does not have the same experience of artistic satirists that Europe has had from the Renaissance to the present day: Hieronymus Bosch, Matthias Grünewald, Francisco Goya, Honoré Daumier, James Ensor, Edvard Munch, Pablo Picasso, George Grosz, John Heartfield and many contemporary free-thinking artists. Arab artistic culture has mainly expressed itself with the help of decoration, the arabesque, above all in plant motifs and rarely in figural images. Global communicativeness thus collided with a civilisational, ideological and cultural barrier. The irruption of the Western European and North American mentality into the Arab world means, for Islamic civilisation, an intolerable policy that trifles with sovereignty and a millennial tradition. Muslim extremists therefore commit suicides and murders every day in the name of the Prophet. If someone destroys himself in the name of God, that is his own intimate decision, but if in the explosion he kills innocent people, this means a sacrilegious act worthy of sharp condemnation. Political manipulation of faith is an intolerable sin, whether the religion involved is Catholic, Muslim or something else. Pope Benedict XVI freely quoted a quotation about Mohammed but he made a mistake because he did not simultaneously condemn the outrageous violence of the Catholic Church over the course of its history. But the self-censorship in the face of Islamic terrorists with regard to a Mozart opera in Berlin represents unprecedented cowardice and suppression of the freedom of expression. For the production does not only talk about Mohammed but also Jesus, Buddha and Poseidon. With dramatic freedom the opera highlights a symbolic score-settling with the religions that in the past (and also in the present) have caused bloody religious wars in which heads were cut off and the blood flowed in streams.
I understand the Arab insurgence against an occupying army and domestic traitors, but I cannot accept terror used against innocent victims who are not involved in political disputes and wars. It would however be wrong to attribute terrorist actions to Arabs alone. In our modern peacetime world, European terrorists have wrought indescribable violence against the innocent civilian population through their chauvinist and anarchist policies. Most obviously in Ireland (Ira), Spain (Eta), Italy and Germany, not to mention the brutal fratricidal Yugoslav war. At present, peace reigns in Europe, maintained by democratic and open-minded forces. These also tame the Muslim extremists who, as newcomers, as migrants, even allow themselves to terrorise European thought and creativity that already has a tradition of freedom.
Even in Slovenia there have been frequent controversies involving Catholicism. Some years ago the open-minded magazine Mladina published a crude photomontage representing the Virgin Mary holding in her arms a rat instead of the Holy Infant. This controversial idea greatly angered and offended believers, since Slovenes venerate with particular devotion the image of the Madonna and Child. The incident caused a major controversy, accusations, court hearings, but no destructive or even murderous terrorist campaigns were carried out as a result of this controversial idea. Of course, it was an ideological dispute without a deeper political background.
I remember one more case of the insulting of Catholic believers in Slovenia, when in 1966 the poet Vladimir Gajšek, an acquaintance of mine, described the Holy Family in a shocking manner in a published poem. And a friend of mine, the late Fr France Križnik, an exceptionally open-minded human being, wrote the following about this poem that had so offended believers: ‘Although as a Christian I cannot agree with the poem The Holy Family, I was – and remain – convinced that the poet as a human being and an artist must have absolute freedom of artistic creation. We cannot play the Grand Inquisitor. Human freedom is so imperative and total that from time to time it is necessary to suffer humiliation and offence to our feelings for its sake. No authority in this world has the right to thwart the artist in his creative work. The question of what kind of relationship there should be between ‘limitless’ artistic freedom and cultural respect for certain ‘holy things’ must for the time being remain open. Perhaps we are situated here before a kind of deeper, paradoxical boundary that we are unable to resolve with our intellect, but which we are obliged to assume existentially, as an unfathomable human boundary with all its tense insolubility.’
This is the incredibly open-minded statement of which that great humanist and fighter for the freedom of expression Fr France Križnik, sadly no longer with us, was capable. However it is also possible to find in Europe or North America individual dogmatists, secular or religious, who even in an innocent satirical barb see an enemy who must be immediately removed from society. I have felt some of these pressures myself from political factions of both left and right. The worst occasion was when I made fun of the communist icon Marx (1985).
It is however encouraging that satirical thought is also making inroads in the Muslim world, as demonstrated by the exhibitions of cartoons in Istanbul and Teheran. The Turks and Iranians are becoming better cartoonists year by year, not only in the field of humour but also in satire. In the aesthetic refinement of their drawing and the profundity of their ideas, they sometimes outdo the achievements of European satire. The catalogue, or rather leaflet, from the Istanbul exhibition, contains a rather cutting cartoon (by an Arab cartoonist) about the Catholic clergy, whose barb was uncompromisingly directed at the Vatican – though not a single European has protested about it. I should mention that I myself have managed to get into the Teheran and Istanbul catalogues with a photomontage that was not wanted at certain conservative European cartoon festivals. Among the selectors at these festivals, who fortunately do not represent a majority, the myth of the sugar-sweet cartoons of Walt Disney is still strong.
Carlos Brito (França) - Os temas ditos tabus são impostos do exterior e portanto inaceitáveis. Quanto aos temas «eticamente ignoráveis », a decisão depende do foro interior de cada indivíduo e do seu grau de responsabilidade no exercício desta profissão. E evidente que a liberdade de expressão não pode depender da vontade de minorias politicas, religiosas ou sociais. E o principio mesmo do funcionamento elementar dos direitos democráticos que esta em jogo.
Jonathan Shapiro (África do Sul) - The attempt by most Muslims to prevent the graphic depiction of Muhammed could be seen as forbidden issue. I’m a strong believer in believer in freedom of speech. I don’t like the idea of political, religious or social groups preventing freedom of _expression, whether these groups be minorities or majorities. I have my own code of ethics and would not go out of my way to offend any group just for fun (so I would not have been willing to draw Muhammed just to see whether I could get away with it, though I would draw Muhammed if I felt it was important to make a point in a cartoon). That said, I am perfectly happy to offend religious groups if I consider that a religious doctrine is reactionary towards, for example, gay people or women. And I defend the right of other people, including cartoonists, to say things that I don’t like. I didn’t like most of the Danish cartoons about Muhammed, but I defend the right of the cartoonists to draw them.
Tuesday, October 24, 2006
The cartoon and the beginning of the 21th century - 4
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
4) Sempre houve censura (declarada ou sub-reptícia), seja política, religiosa ou economicista. Como se pode tornear cada uma delas?
Ou você nunca sentiu pressão de qualquer um destes poderes? Será isso possível?
There were always censorship (obvious or organised) either political, religious or economicist. How can you avoid each one of them?
There were always censorship (obvious or organised) either political, religious or economicist. How can you avoid each one of them?
Or haven’t you ever felt any pressure from one of these powers? How can that be possible?
Martin Turner (Irlanda) - That is part of the job working within the restraints imposed on you trying to change the acceptable. The americans call it "pushing the envelope"....
Pereiro (Espanha) - Sempre haberá uma certa (auto)censura, nao tudo pode dicir-se.
Harca (Espanha) - Lo que ocurre actualmente es peor que la censura, es la autocensura por miedo a ser políticamente incorrecto, por no correr el riesgo de perder el empleo o el espacio en el medio.
Daniel Ionesco (Roménia) - It's so simple ! The Romans used to have a saying: "verba volant scripta manent" which translates "what is spoken passes, what is written remains". That is the difference among the text and the visual. Making jokes as ideas and not as pure facts is a simple and efficient way to make a statement.
Alejandro Barba (Espanha) - Siempre hay censura, siempre que haya alguien por encima de otro, en cualquier aspecto de la vida, intentará que el de abajo no rompa el orden piramidal, sobre todo por el miedo a caer de lo alto. Pero por otro lado, con ingenio se puede vencer esa presión, y precisamente es ese sentimiento de que hay algo que combatir lo que muchas veces da grandes trabajos. Personalmente, cuando no tengo nada que decir me cuesta muchísimo crear algo; eso sí, cuando hay temas candentes las cosas nos salen de dentro por necesidad, y las recibimos también mejor (esta idea la extraje del genial arquitecto que tenéis en Portugal, Álvaro Siza). Y la verdad es que nunca existió ni existirá el papel en blanco (aquí en España usamos esa expresión para referirnos a la falta de ideas), la vida en sociedad, la vida del ser humano en sí es una fuente inagotable de problemáticas, sobre todo mientras no perdamos la capacidad de pensar y de sentir, y mientras sigan brotando de unos y otros egoísmos y necesidad de ser superiores a sus iguales.
Wagner Passos (Brasil) - Através da imposição. Cada um necessita se impor sempre e nunca se entregar. Se o jornal demitiu o cartunista, ele que utilize as mesmas páginas do jornal, pegue as folhas velhas, e faça um cartum em molde vazado e saia a pichar as ruas. Um artista nunca se cala, ele nao consegue, quande aceita a censura ele está morto, apesar de seu corpo estar vivo. O poder chega transmitido pelo dono do jornal. Se tu é cartunista e também dono de um jornal, o poder chega através das empresas que te patrocinam e são pressionadas pelo governo, pela igreja, ou por empresas maiores. Mas o jeito e pensar em formas alternativas. Existe muita corrupção no mundo, muito mais do que aparece na midia, muito mais do que acreditamos que exista. E todas as formas de corrupção e de ilegalidades, estao interligados, desde o desvio de verbas, até o trafico de drogas e armas em guerras.
Zé Oliveira (Portugal) - O humor de imprensa é mesmo isso: tornear censuras. Como se torneiam? Forçando a malha da rede. Forçando-a através de uma postura séria, pertinaz, criando um prestígio de coragem, granjeando as simpatias e cumplicidades do leitor. Quando contamos com uma forte adesão dos leitores, o nosso editor pensa duas vezes antes de prescindir do nosso trabalho. Porque ele precisa que o jornal se venda. Para conquistar essa confiança do leitor, cada autor tem os seus meios específicos. Por minha parte, uso uma linha permanente de acutilância incisiva nos conteúdos, servida pela preocupação de surpreender regularmente do ponto de vista da forma. Já usei o estereotipo gráfico repetitivo, mas abandonei.
Juan Ramón Mora (Espanha) - Para los que publicamos regularmente en internet la censura es un rumor, una leyenda de cuando no se podía dibujar ni sobre el poder ni sobre la iglesia ni sobre nada significara poder por pequeño que este fuera, la autocensura que para muchos suena a algo horrible para mí es normal, la autocensura positiva claro está, sin que nadie te diga nada sueles saber cuando puedes herir sensibilidades o cuando aprietas demasiado la tuerca de forma gratuita. La cosa es diferente cuando estás bajo una línea editorial y el medio es leído por mucha gente, no existe la censura, pero suelen darse casos donde te piden de una forma diplomática que "hagas otra".
Nunca he tenido la sensación de que un colectivo en concreto me presionaba por mi trabajo, quiero creer que nos vamos civilizando y que una viñeta que molesta suele tener contestación con otra viñeta en lugar de tener perseguir al autor con antorchas.
Andrey Feldshteyn (Russia) - Well, even if you are creating your art at home you are dealing with your own censorship. Speaking about the outer censorship: a lot depends on the artist’s ability to play games with officials, to speak the secret language (look the point 3).) You also can avoid the censorship publishing in different country. It is not so difficult now.
Ermengol (Argentina)- La libertad total no existe, todos los medios dependen de alguien y por lo tanto el cartoonista también. Alguien le paga el sueldo con el que sobrevive y nadie puede traicionar el capital que le financia. En las dictaduras la censura es más directa y a veces más violenta y en las democracias es más sutil, más refinada. Como referencia te diré que ningún periódico publicará una noticia negativa contra la empresa que más dinero invierte en publicidad en ese medio.
Raquel Orzuj (Uruguay) – La habilidad del dibujante, si no esta de acurdo con las directivas, es dejar pistas y codigos, muy humoristicos, que aceleren una comprensión ambigua, absurda, o abierta! La excelencia de la propuesta humoristica, debe sobrevolar el requerimento puntual, o la censura.
Nando (Argentina) - De momento no sentido ningún tipo de censura (afortunadamente).
Bernard Bouton (França) - Self-censorship always exists – it’s the way to avoid trial...
Tatyana Tsankova (Bulgária) - Censorship is not always unhealthy. Naturalism in times of peace is overdone while the hyperbolization of certain mistakes has a negative effect on most people. However, when the matter is about covering up facts and concealing some egregious folly committed by the state apparatus, then YES, censorship should keep a low profile and feel ashamed. But we cannot offer a recipe how to neglect it, for in our opinion, the type of censorship depends on the quality and popularity of the publication.
Marlene Pohle (Alemanha) - Hay que intentarlo de todas formas, y correr el riesgo de no ver publicado su cartoon aún en países donde nadie duda acerca de su democracia, o, en el peor de los casos, de sufrir juicios y hasta encarcelamientos. Por suerte la solidaridad internacional de los colegas dibujantes está fortaleciéndose día a día, en gran parte gracias a los nuevos y rápidos medios de difusión, con lo cual se apoya al dibujante en dificultades en nombre de la tan preciada libertad de prensa. Ésta es una de las nuevas premisas a que nos dedicamos en FECO. Y digo nuevas porque en los años en que FECO fue fundada la premisa principal era simplemente el dibujo de humor. Si bien no hace tanto de esto, eran otras épocas…
Omar Zevallos (Peru) - Sí, creo que siempre existió, por la sencilla razón que los dueños de los emdios de comunicación siempre buscan compalcer a ciertos cículos de sus allegados o ciertos políticos que los protegen. A lo largo de mi trabajo como humorista político sí he sentido presiones, pero no he cedido a ellas, siempre he tratado de defender mi espacio y mis opiniones.
Chuck Asay (USA)- Censorship is word which carries legal weight, in my eyes. If the government said to me, "Chuck, you can't criticize the President." that would be unconstitutional, in my eyes. I think it would be appropriate to try to resist that authority. Government, in my view, is about protecting the right to express ideas. It does not "give" rights. In the cartoon business, one always feels the pressure from the authorities placed over us to stay away from controversial expressions. I believe I have the right and obligation to express ideas I think are important...many of these ideas are "controversial". I've attached a cartoon which speaks to the idea about freedom being expressed in the middle east. (see 0307ca.tif) I believe freedom comes from God. If someone says I can't talk about God, I need to make a choice...do I obey man or God? I will talk about things I believe are true and need to be prepared to accept the consequences if the government authorities punish such actions.
Eduardo Welsh (Portugal) - A censura é muitas vezes uma forma de comodismo e de interesse. A única maneira de contornar a censura (jornalística) na Madeira foi de criar um jornal novo. O Garajau tem sido um sucesso em termos de aceitação no mercado, contudo ainda não consegui encontrar um espaço que ouse fazer uma exposição dos cartoons.
Andy Davey (Grâ-Bretanha) - I have never really felt the arm of censorship on my shoulder, but I work for relatively liberal newspapers. I guess we all censor ourselves to a certain extent anyway.
Dário Banegas (Honduras) - Hay censura en todos los lugares del mundo en distintas dimensiones. La primera es la dimension personal, la autocensura del artista. Luego estan los interesses del medio de comunicación en el que se publicaran los dibujos y en tercer lugar la presion que efectivamente se ejerce, en menor o mayor medida, desde el poder sobre los medios de comunicación.
Siro Lopez (Espanha) - A censura brutal é a das dictaduras. Nos reximes democráticos non existe censura nas publicacións independentes, e nos xornais de información, cando editor, director e humorista son intelixentes e competentes, hai un pacto tácito, un entendemento para non sobrepasar o que os máis dos lectores esperan. Os lectores que mercan El Jueves saben o que van atopar nesa publicación, e acéptano, encantados; moitos dos que mercan La Voz de Galicia, por exemplo, rexeitarían determinadas viñetas de El Jueves, nas que se ridiculiza ao rei Juan Carlos, ao cardenal Rouco Varela, ao Papa, etc. Penso que facer o traballo axeitado ao medio de comunicación no que traballamos non é autocensura, senón racionalidade e responsabilidade. E dígoo con coñecemento de causa, xa que durante o franquismo fun xuzgado dúas veces por un Tribunal Civil e abríuseme un Consello de Guerra.
Nano (Costa Rica) - La censura siempre existe, no es posible ser totalmente independiente sin comprometer el empleo o la línea del medio (generalmente no somos accionistas ni dueños, ni tenemos el suficiente poder de decisión). Existe incluso la autocensura como una forma de sobrevivencia lo que hace que muchos se conviertan en mercenarios de sus propias ideas con el fin de poder publicar chistes que vayan incluso en contra de sus ideales para poder vivir.
Derkaoui Abdellah (Marrocos) - i think in the cartoon domaine the only competent censorship is the the conscience of the cartoonist and to have freedom to create without any contraint whatever it is political , religious, or economist ...must say our opinion freely without insulting people or inciting them to make war ,racism and hatred ...
Farid Ouidder (Marocos) - La censure a contribué pleinement à l’évolution des traits des artistes par ce qu’elle a permis aux dessinateurs de développer leurs techniques et methodes de la contourner. La censure existe partout mais il diffère certainement d’un pays à l’autre suivant le degré d’ouverture et d’émancipation dans le pays.
Stane Jagodic (Eslovénia) - Blatant and underground censorship exist. The latter can isolate a combative and open-minded cartoonist with subtle pressures. In the sphere of creativity and prestige and in the economic sphere.
Carlos Brito (França) - Alguns evitam a censura praticando auto-censura, o que é a pior forma de estar nesta profissão. Portanto, viva a censura e abaixo a auto-censura. A pressão é enorme e permanente e a melhor maneira de defender a (nossa) liberdade de expressão é de demonstrar firmeza relativamente a um certo número de princípios básicos no exercício da profissão de jornalista.
Jonathan Shapiro (Africa do Sul) - In South Africa there is a huge difference between the situation now and the situation during the apartheid era. During apartheid there was real heavy-handed censorship. Cartoons of mine were banned for publication and some editions of newspapers in which my cartoons appeared were also banned. I was detained without trial by the security police (for general political activities) and the first questions they asked in my interrogation were about my cartoons. Now that we have a democratic government, the situation is very free politically. I've been able to publish almost anything I try to. Very occasionally I have had editors refuse to let me publish something that they fear could be the subject of a libel suit. In fact, I am now being sued for R15 million (more than an‚¬1.5 million) by our former deputy-president, Jacob Zuma, and if any court upholds this libel suit which is about my damaging his reputation, I will change my mind about how free our political situation is. Regarding religious issues, I have managed to publish very hard-hitting and rude religious cartoons which generate enormous outrage on the letters pages of the newspapers. Regarding economic issues, the situation is a bit different. I was once prevented from publishing a cartoon in a newspaper that was critical of a director of that newspaper. Vested interests speak very loudly. Some editors also fear corporate libel action if brand names are brought into cartoons in any unfavourable way. Luckily there is a recent good precedent: a t-shirt company that satirised a massive brewery and was successfully sued then went to the constitutional court and overturned the lawsuit. This is good for cartooning as well.
O cartoon e o início do séc. XXI
The cartoon and the beginning of the 21th century
Por:Osvaldo Macedo de Sousa
3) As “vítimas” são sempre as mesmas ou os sistemas políticos obrigam a uma variação de alvos? O anedotário é um escape ou uma desistência de se fazer crítica directa?
Are the “victims” always the same, or do the political systems force to change the targets? Are the collection of stories a subterfuge or are they simply giving up of making a direct criticism?
Are the “victims” always the same, or do the political systems force to change the targets? Are the collection of stories a subterfuge or are they simply giving up of making a direct criticism?
Martin Turner - The characters change, the politics, the lust for power over the improvement of the common good, stay the same.
Pereiro - As vítimas son case sempre as mesmas, mudam os tempos nao as vontades.
Harca - Las víctimas suelen ser los que detentan el poder, que son los que toman a diario decisiones, aciertan y se equivocan; los que están más cerca de caer en actitudes corruptas. El chiste es una forma de ver la realidad bajo el prisma del humor o la sátira.
Daniel Ionesco - It's a fact that the manipulators are manipulated as well. The victims are always the same as they are playing the role of the losers. Playing the fool is nowadays a way of advertising and of gaining more political platform to the clowns.
Alejandro Barba - Quiero pensar que el humorismo por sí es muy capaz y directo, y que no está tan dirigido por los poderosos. Muchas veces no es así, y sólo se dice lo que el grande quiere, pero me alegra que de vez en cuando aparezcan agudos trabajos que tienen gran repercusión y que son capaces de mostrar con claridad errores o agravios. Y la ventaja es que este medio de expresión ,al trabajar con la imagen es capaz de llegar más lejos, de tener mayor repercusión. Lo gráfico es muy impactante y nunca se tiene certeza de hasta dónde puede llegar. Por ejemplo, al periodista que decide saltarse las reglas porque lo cree justo le aguarda un futuro en la oficina de desempleo, pero a lo mejor un humorista que ha conseguido una fuerte repercusión y que se ha enemistado con sus editores, puede ser reclamado por la masa social y continuar trabajando en el asunto por otros caminos.
Wagner Passos - Os sistemas políticos hoje, inibiram a possibilidade de se encontrar alvos concretos. Quase sempre é o presidente do país, no caso o presidente do Brasil, e também o maior terrorista dos últimos tempos, G.W.Bush. (O anedotário é um escape ou uma desistência de se fazer crítica directa?) Acho válido, como forma de leitura pudesse fazer muitas criticas e hoje, muitas pessoas estao interessadas em leituras rápidas, pequenas que não tomem muito tempo. E quem possui essa forma de critica, de expressão, consegue passar muitas mensagens de maneira sintética.
Zé Oliveira - Os sistemas condicionam. Mas menos do que parece, infelizmente. Já falei disso atrás. Há 100 anos existia um muro a separar dois campos. Há 40 anos também. Mas agora… vivemos numa sórdida promiscuidade. Vivemos num pântano. Sem muro, mas um pântano. E não vislumbramos alternativa. Só os idiotas podem tomar o anedotário como um escape. Uma anedota do Rocha é uma aspirina que alivia momentaneamente a dor mas não cura a doença. E quando, no tablier do nosso carro, uma luz vermelha avisa que o motor tem falta de óleo, a solução não é desligar a luz avisadora.
Juan Ramón Mora - Las víctimas no son siempre las mismas, en realidad es como en las películas de chinos, si un chino muere en una escena se le cambia el vestuario para que muera en la siguiente otra vez, el humor en muchas ocasiones resta dureza, "quita hierro" a determinadas situaciones difíciles de masticar.
Andrey Feldshteyn - Surprisingly, “victims” do not change much through the time. The same dictators, kings, presidents, religious fanatics, bloody warlords, tycoons, governments of all sorts. But the form of graphical expression is changing. And this is true, that cartoonists are trying to disguise the real meaning of their works when there is a certain pressure from above. In such situation they are developing a set of graphical metaphors, allowing them to speak with the enlightened readers.
Ermengol - La "víctima" debe ser siempre quien ocupa el poder, cualquier nivel de poder y ocupe quien lo ocupe. aunque sea tu misma madre. El cartoonista tiene la obligación moral de criticar al que ejerce el poder y recordarle que de sus actos dependen miles o a veces millones de personas. El lenguaje del cartoon es muy directo y por lo tanto tiene más impacto que un texto y es más digerible por el lector. Por eso en las dictaduras el cartoonista es un personaje incomodo, por la efectividad de su mensaje. Nosotros tenemos el privilegio de decir cosas que a mucha gente le gustaría decir y no sabe o no puede o no tiene cómo.
Raquel Orzuj – Las viñetas politicas se tienen que orientar hacia los propositos del organo de prensa – con su staff de “victimas” e implícitamente de “Victimários”.
Nando (Argentina) - Creo que las “víctimas” no son siempre las mismas. Los sistemas políticos ofrecen motivaciones distintas a los humoristas gráficos según su perfil ideológico y su acción de gobierno y poder. El chiste puede ser un escape, pero es también una forma comunicar algo. Entiendo que el Humor es una manera más amable de decir cosas y tratar temas. Cito algo que leí una vez, y que según la fuente ha sido escrito por Forges. El humorista según Forges, debe: 1) Tener Curiosidad; 2) Estar en la Búsqueda de complicidad con el lector; 3) Tener la Convicción de que algo se puede hacer a través del humor gráfico en favor del reconocimiento y la fraternidad entre los seres humanos.
Bernard Bouton - In a political system, the “victims” are always the same ; if not, it would be a real criticism !
Tatyana Tsankova (Bulgária) - Every political system has its "leading" actors. Gleaning stories is what journalists do; what cartoonists and illustrators do is not just to visually record and depict a particular situation, but to establish a direct contact with the viewer as well. A cartoon often tags a particular political figure and her/his deeds. This is what we call direct contact or the "naked" truth.
Marlene Pohle (Alemanha) - Hay “víctimas” o “clientes” favoritos según las épocas, como es el caso de George W. Bush hoy día, porque suministran material que produce desacuerdo continuo. Con personajes como éste la crítica resulta directa y todos esperamos que también sea eficiente.
Omar Zevallos (Peru) - Las "víctimas" serán siempre los gobernantes y los que tienen el poder, porque los humoristas desnudamos su alma. Y el chiste es una manera de decir lo que pensamos, apelando a la risa, la sonrisa o la reflexión. O tal vez a todas juntas.
Chuck Asay (USA)- Again, I'm having trouble connecting with this question. If you mean that cartoonists try to comfort the afflicted and afflict the comfortable....the afflicted are in the eye of the beholder. A cartoonist one time told me that he always stood up for the "little guy". To me the "little guy" might be a very rich powerful person who is being bullied by the media...like President Bush. I like to see the enemy not as a person but an idea. I don't go after people, I try to defend ideas I think help bring life and attack ideas I think are evil. (see attached cartoon CIT5.tif)
Andy Davey (Grâ-Bretanha) - Sorry, not sure I understand this.
Dário Banegas (Honduras) . Las “victimas” preferidas (porque ellos lo propician) en todas partes son los políticos, que por su naturaleza son los que alegran el panorama social con sus errores y frases incoherentes, con sus actos. El chiste sobre la realidad es efectivamente un escape, pero tambien es instrumento de opinión politica, obra de arte y documento histórico que registra la vida de la sociedad.
Siro Lopez (Espanha) - As víctimas da democracia son sempre as mesmas. Hai moito tempo vimos repetindo que calquera día o Terceiro Mundo vén e nos devora. Xa están aí, uns en pateras, dispostos a morrer para fuxir da fame; outros con bombas, dispostos a acabar coa explotación secular a que os someteu o mundo occidental. Tamén están as víctimas do propio país, os que non importan a ninguén. As víctimas dos humoristas gráficos non existen, non son tais. Foron nos tempos da confrontación total, en Franza –os franceses falan da outra Revolución feita polos humoristas--; en Alemania –lembremos a Grosz, Dix e tantos outros --; en Portugal, mesmo despois da Revoluçao dos Cravos, con Vilhena e a Gaiola aberta--; na España dos anos setenta, cando se esfarelaba o franquismo… Hoxe non hai víctimas entre os políticos, polo menos no xornalismo de información. Proba delo é que os políticos con senso do humor queren saír en caricatura. Distintas son as publicacións independentes, como El Jueves, absolutamente iconoclasta, ou as de partidos políticos, agresivas contra os rivais, con razón ou sen ela.
Nano (Costa Rica) - En los países latinoamericanos se arrastran los mismos problemas por años, lo que cual hace que haya que “vestir” a la víctima una y otra vez para que se vea diferente. En el plano mundial, los grandes cambios hacen que el humorista tenga que estar muy actualizado y globalizado. La crítica mordaz y directa es una necesidad y un compromiso que tiene el humorista para poder expresarse, aunque en su mundo interno le sirva de escape. El poeta Miguel Hernández decía que al estar encarcelado sufría porque se le llenaba la cabeza de monstruos y demonios que le era imposible sacar hasta que podía escribir de nuevo.
Farid Ouidder (Marocos) - En général, les victimes sont toujours les mems c’est à dire tout le monde est sujet à la critique des caricaturistes, du simple citoyen ordinaire à la personne la mieux placée dans la hiérarchie du pays. Les gags humoristiques sont certaienment une methode échapatoire pour ne pas faire la critique directe
Stane Jagodic (Eslovénia) - In my newspaper cartoon period I knew open-minded, self-confident editors, as well as timid ones that were subordinating to the ruling elites. I did not associate long with the chameleons. Targets change even in a multi-party system, where the governing coalition (right or left) tries to regulate the satirical barbs.
Carlos Brito (França) - Se «vitimas» há, os cartoonistas fazem parte delas pois somos uma espécie em vias de extinção. Os alvos são os mesmos de sempre mas cada vez há menos flechas nos arcos. A meu ver, o anedotário é sobretudo uma desistência.
Monday, October 23, 2006
Th Cartoon and the beginning of 21th century
Questionário: O Cartoon e o Início do séc. XXI
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
2) O que diferencia hoje o Cartoon da Ilustração de Imprensa? Ainda existe sátira política, ou a crítica transformou-se em simples comentários irónicos politicamente correctos?
Nowadays what is the difference between cartoon and press illustration? Is there yet any political satire or did the critique become mere ironic commentaries politically correct?
Nowadays what is the difference between cartoon and press illustration? Is there yet any political satire or did the critique become mere ironic commentaries politically correct?
Martin Turner - Every difference in the world. The cartoonist shouldn't just be repeating the news (although it is sometimes difficult not to) but setting new agendas
Pereiro - Predominio excesivo do politicamente correcto.
Harca - Lamentablemente hay demasiado dibujo políticamente correcto. El dibujante de humor, al igual que el periodista, está en cierto modo mediatizado por la ideología del periódico, revista o cadena de TV, aunque considero que el dibujante tiene más libertad para expresar sus ideas.
Daniel Ionesco - Politically correctness is mere censorship. Many of us confuses tolerance with ignorance. This policy is not necessary an elegant attitude towards the one in view but a fact of superficiality and defiance. To interdict an opinion of someone or to punish a well justified attitude only for the reason that this can offence the subject, this is called a grind of liberty, an oppress of the press, or as Eugene Ionesco put it in words like this: "satire is the first form of freedom". Satire is the most efficient weapon towards the stupidity and the absurdity of any politics. This is the only war that doesn't kill but can make victims. Thus, too much liberty can generate decadence, so it is most important to keep the common sense and the lucidity agile. If press text can't be to harsh on this respect, an illustration can take that risk. An illustration can still be more polysemantical than a cartoon.
Alejandro Barba - Es muy cierto que se observa cierto grado de recato en los humoristas que trabajan en un periódico de una línea de pensamiento con respecto a la autocrítica y que se es feroz con el “adversario político”. En principio, el autor que desarrolla sus trabajos independientemente debería ser más libre para expresar lo que desea. No obstante, yo he observado en muchos casos que se suele mantener esa línea de pensamiento a la que se adhieren, bien por convicción o bien por quedar bien con los poderosos medios de comunicación que les dan el trabajo. Lo que sí veo es que, habiendo lenguajes más sutiles o menos, hoy día cuando se decide atacar algo, el humorista sí tiene esa libertad de no ser políticamente correcto, siempre y cuando no se salte esa fina línea de autoataque que con “corrección política” no se dice claramente pero que está ahí y todos lo sabemos
Wagner Passos - Cartum é uma piada gráfica sem vinculo histórico com fato que acontece no momento. Ilustração de Imprensa, aqui no Brasil é somente uma ilustração de um artigo ou texto, mas chamamos de Charge (carga em inglês) o desenho político, que critica com uma piada algum fato do momento. Na época da ditadura militar, ao se fazer a sátira política, havia um alvo: O Governo Militar, e os cartunistas tinham que pensar em formas de esconder a critica no desenho. Neste tempo, os leitores procuravam ler e descobrir a crítica escondida. Hoje, com a falsa liberdade, não há mais alvo direto e concreto a ser atingido, portanto, o povo não pensa, consequentemente, os chargistas acabam fazendo desenhos críticos sem a mesma genialidade de antigamente. Mas ainda continuam vivos e nascendo novos chargistas de qualidade e com o mesmo potencial, ou melhor do que os de antigamente.
Zé Oliveira - Do ponto de vista do conceito, ainda subsiste uma inequívoca diferença entre cartoon e ilustração de imprensa. Mas do ponto de vista editorial, tenta-se saciar os olhos do leitor. Só os olhos, não o resto da cabeça. “Ai que bonito, um boneco. Ai que bom, não me faz pensar”. Os jornais de hoje não estão ao serviço do leitor nem sequer ao serviço de causas ideológicas; estão ao serviço de estratégias de mercado. Mas é “só” mais um tique do Mercado a tomar conta do Estado. A sátira possível é aquela que autoriza o editor, nomeado mais por um critério de conveniência do que por um critério de competência. E esse é um dos maiores cancros da nossa sociedade: os lugares não são ocupados por que é capaz, mas sim por invertebrados sem coluna vertical.
Juan Ramón Mora - La ilustración de prensa y el humor gráfico suelen alejarse y acercarse dependiendo de sus autores, aunque sigo viendo el humor como ese flash de obligada lectura y que no siempre necesita estar acompañando ningún contenido concreto. Lo políticamente correcto no existe, es un término acuñado por quién sabe quién para intentar "moderar" las opiniones, la política es poco correcta por naturaleza.
Andrey Feldshteyn - Sure, it does depend on what particular publication we are speaking about. There are tons of newspapers in the USA which are publishing really sharp satire. Most of them belong to so called alternative press. There is a mixed situation in large newspapers. It depends on what party they belong to. But it is really a rare situation when the editorial cartoonist can be absolutely independent in his attempts to express his opinion. I also can not say that the political cartoon is indistinguishable from the illustration nowadays. Please check a great collection of political cartoons
from USA (annual publication)
http://about.pricegrabber.com/search_getprod.php?isbn=0789734710&nrd=1&found=1&search=political+cartoons+2006
Ermengol - Depende de cada país, de cada medio de comunicación, de cada director, de cada autor. Hay autores que son muy profundos y filosóficos en sus opiniones gráficas y otros son más superficiales. Yo soy partidario de aprovechar el privilegio de tener un espacio en un medio para decir cosas, para despertar la reflexión en el lector sobre un tema determinado. Hay quienes buscan la risa del que lee y otro buscan hacer pensar. Prefiero estar entre los segundos. El cartoon es la opinión del autor y la ilustración acompaña a un texto que ha escrito otro y creo que en ese caso tiene más peso el texto que el dibujo, que es un complemento.
Raquel Orzuj – La viñeta, tiene una voluntad conceptual, más comprometida, con intenciones personales del autor, sean políticas, religiosas u otras – La Ilustración, se debe, a los textos, presentados, por los periodistas.
Nando (Argentina) - En mi opinión, existe una cierto control (manifiesto ó tácito) sobre lo que se publica. Por lo general, los grandes medios de prensa están en poder de “multimedios” que hacen difícil que alguien sea totalmente independiente y pueda acceder a publicar en los mismos. Considero que los Humoristas Gráficos que hacen Cartoon político ó social buscan siempre el límite de lo que los medios permiten. El Roto (con su sátira) es un ejemplo de lo que se puede hacer ya no tanto con la coyuntura política sino con las Instituciones y los Organismos de Poder.
Bernard Bouton - Cartoons and press illustrations are generally politically correct (unfortunately!).
Tatyana Tsankova (Bulgária) - In their essence cartoons and press illustrations have always differed. Illustrations, whether press or not, are concrete and bound by a certain work, but also more circumstantial as an image. The advantage of cartoons is in their laconism and absence of text.
Marlene Pohle (Alemanha) - El cartoon o dibujo de humor es aquello de lo que siempre se dijo que debía producir una sonrisa en el lector, por sentirnos identificados o por hacernos reflexionar y llegar así a poder reírnos de nosotros mismos.Pero día a día notamos una mayor trascendencia del dibujo de prensa, que es aquél que también nos hace reflexionar, pero no reírnos de nosotros mismos porque su finalidad es otra: es la que lleva la esperanza de que los políticos de turno, al leer el periódico, le dediquen su atención incluso antes de leer los artículos; una forma rápida de hacerles comprender en qué cosas el pueblo – puesto que el dibujo de prensa o de humor representan al pueblo – no está de acuerdo. Creo que el peligro de caer en lo políticamente correcto está siempre latente, y que los dibujantes de prensa deben ser honestos consigo mismos antes que para con los demás, sobre todo para no caer en el facilismo.
Omar Zevallos (Peru) - Hay notables diferencias. El cartoon está básicamente centrado en otras temáticas un tanto alejadas de la política doméstica de cada país, pues abordan el tema político de manera global; mientras que la ilustración de prensa trata sobre esa política diaria y menuda que hace noticia en los diarios. Dentro de esto último, hay notables humoristas que trabajan con total libertad y hay otros que sólo se convierten en ilustradores de la línea política del diario donde publican.
Chuck Asay (USA)- I don't see there are any rules to make a distinction. Some cartoons are loose and quick while others are more refined. I've attached the cartoon I sent out this morning as an example of both. (see 0908ca.tif) I'm not sure how to respond to your second question.
Eduardo Welsh - A ilustração de imprensa tem a função de acompanhar um texto, muitas vezes um texto técnico, sobre assuntos que ou podem ser de uma certa complexidade, ou que se podem tornar de certa forma maçadores. A ilustração complementa as explicações no texto, clarificando-as, ou cumpre uma função decorativa tornando o texto mais atraente para o leitor. O cartoon pode acompanhar um texto, mas geralmente é mais interventivo quanto ao assunto tratado, mostrando um ponto de vista próprio, recorrendo também a técnicas próprias do cartoon e do humor, como a sátira, a ironia, a distorção, o “understatement”, etc. Na Madeira, contudo, a maior parte dos cartoons não são cartoons de autor. São desenhos usados repetidamente, com textos diferentes, redigidos pelas equipas editoriais. Têm a sua piada mas perdem em termos de criatividade e do próprio humor do grafismo. Primeiro gostaria de fazer um comentário sobre os cartoons de Maomé, que é sobretudo uma reflexão sobre o humor, a falta de humor ou o tipo de humor. Um cartoon, sem humor, para mim, não é um cartoon. O tipo de humor e a qualidade do humor também conta. O cartoon do profeta com uma bomba na cabeça não me fez rir, não achei piada, não achei subtil, não me fez pensar, não me fez questionar alguma ideia, apenas lembrou-me um estereótipo: o Islão e os árabes são fundamentalistas, terroristas, violentos. O cartoon, quando recorre a estereótipos, a uma generalização o ou personalização de um povo ou comunidade (o conceito de “nacionalidade” a meu ver é já de si uma caricatura do conceito de “identidade”), corre o risco de não ser mais do que uma ilustração de uma piada racista. Existe uma longa tradição deste tipo de cartoon (de propaganda) na Europa. (ver por exemplo “At War” catalogo de exposição no Fórum Barcelona 2004). Este tipo de “humor” é de uma qualidade pobre. Consiste, muitas vezes, no “afeiamento” de um estereótipo para rebaixar a pessoa ou a comunidade retratada. Na Revolução Cultural e aquando a queda do “Bando dos Quatro”, por exemplo, os alvos de campanhas de critica tinham obrigatoriamente de ser “afeiados” para “ensinar” ao povo de uma forma muito simples, que eles eram “os maus”.
Andy Davey (Grâ-Bretanha) - Illustration simply illustrates an article. Cartoon has an opinion of itself. That is quite a major difference, but one that is sometimes misunderstood by editors and journalists. Cartoons don’t sit happily in the literal-minded world of newspapers. In the UK, cartoons are not a very well respected art-form.
Dário Banegas (Honduras) – Depende de los países y de las culturas de las sociedades donde se publique ese dibujo. En nuestro caso, en Honduras estamos muy rezagados en hacer un cartoon mas agudo que critique de manera mas profunda la realidad política y social porque los medios no han abierto sus espacios de manera que se pueda ejercer ese tipo de critica.
Siro Lopez (Espanha) - Non é que na actualidade non haxa razóns para a crítica feroz aos poderes. Os reximenes democráticos europeos sono en apariencia, porque todos sabemos que vivimos en simples democracias formais, nas que se nos invita a participar co noso voto nas eleccións Municipais, Autonomicas, Xerais e ao Parlamento Europeo, e con iso temos que sentírmonos cidadáns libres, nun mundo libre, que é así porque nós, que temos o control, así o queremos. O humorista gráfico debería denunciar claramente esta realidade hipócrita pero non pode ou teno difícil por falta de publicacións independentes. Os editores dos xornais de opinión non aceptarían unha sátira feroz contra os poderes, porque hai intereses creados que uns e outros queren manter. Tampouco estou certo de que haxa moitos cidadáns interesados en ver, aínda que sexa en clave de humor, a verdadeira situación. En España só resiste a publicación independente El Jueves. Todas as demais fracasaron económicamente, por falla de publicidade, pero tamén de lectores.
Nano (Costa Rica) - Depende de la línea editorial del medio. El humorista trae la denuncia en la sangre, pero está condicionada a la forma y al fondo de los propietarios del medio.
Farid Ouidder (Marocos) - L’illustration de presse a pour rôle juste d’illustrer quelques faits de l’actualité alors que la caricature est un travail (pensé, scénarisé, monté et réalisé par le dessinateur en personne). La qualité et la profondeur du dessin dépend en faite de la ligne édtoriale du journal et de la marge de liberté qui y est offerte. Le génie du caricaturiste leui permet en faite d’aller en profondeur dans ses dessins tout en étant pointu et incisif.
Stane Jagodic (Eslovénia) - In most cases cartoons are examples of correct comment. Only rarely are they provocative satire.
Carlos Brito (França) - Por vontade dos chefes de redacção, o cartoon diluir-se-ia «naturalmente» na ilustração de imprensa. Por isso os comentários irónicos dominam e a sátira politica ou a critica tendem a desaparecer.
Sunday, October 22, 2006
AmadoraCartoon06
XVII FESTIVAL INTERNACIONAL BD DA AMADORA
HUMORES PERIFÉRICOS
EM EXPOSIÇÃO NOS RECREIOS DA AMADORA (Junto à estação da Amadora)
21 de Outubro a 5 de Novembro
HUMORES PERIFÉRICOS
EM EXPOSIÇÃO NOS RECREIOS DA AMADORA (Junto à estação da Amadora)
21 de Outubro a 5 de Novembro
Por: Osvaldo Macedo de Sousa
Não é pela linha recta que se atinge mais depressa o humor, a ironia. È nos contorcionismos da mente, do traço, da visão que renasce o mundo grotesco. Renasce feito filosofia humorística, feito sorriso de sobrevivência. Mas, nem sempre o que parece é, e se por vezes o riso não é de humor, também nem sempre o humor é para rir. Há muitas actividades periféricas que se confundem com a essência, e muita da essência que parece periférica, mas não é.
Ok. Estamos com conversa para encher espaço. Muito palavreado para tentar justificar estes humores periféricos, num evento dedicado ao cartoon, ou seja à arte gráfico-jornalística de olhar a vida de uma forma critica, filosófica e actuante. O normal seria o desenho, contudo a fotografia, não sendo uma arte periférica na imprensa, pode ser encarada como tal no cartoon.
A fotomontagem é outra periferia da criação gráfica, nascida da insatisfação do homo-criativus do séc. XX. Desenvolveu-se com o Dadismo, o Surrealismo, o pós-modernismo… visões irónicas, satíricas e humorísticas nas artes plásticas. Neste século de absurdos, de ruptura o humor invadiu todos os campos da criatividade. O racionalismo tornou-se uma obsessão no irracional.
Nada mais pode ser encarado seriamente, após o Homem se ter confrontado com a sua selvajaria natural. A única seriedade está afinal no humor, esse espelho que nos mostra como realmente somos. Marionetas de economismos, travestis de politicas, máscaras tristes de risos religiosos diabólicos.
Pode-se desenhar, fazer fotomontagens, colagens…. para exprimir a alma despedaçada do autor confrontado com o mundo, mas com sorte, no final o que fica é o sorriso de compreensão do publico. O riso não é obrigatório. Por vezes é mesmo inconveniente. A lágrima de vez em quando salta das faces desprevenidas. Mas, a mensagem cai fundo nas almas. Quando isso acontece, com ou sem humor, então realizou-se o cartoon.
Assim acontece com Stane Jagodic que, antes de tudo é um artista plástico. Pinta, esculpe, desenha, fotografa. Em todas as suas expressões criativas, sentiu a necessidade de intervir na sociedade. O desenho tornou-se cartoon de imprensa. Evitando as palavras, seus desenhos são traços de estilete dissecando a vida, linhas sintéticas orientadores do pensamento crítico com humor. Contudo seus olhos horrorizados com o militarismo, com a guerra, com a estupidez humana necessitavam de algo mais forte. Os seus gritos de angustia necessitavam de ter ainda maior poder que o traço gráfico. Assim se dedicou ás colagens, e principalmente à fotomontagem. Dedicou-se à provocação satírica, ao uso do absurdo para nos fazer rir e chorar de nós próprios. Com a fotomontagem ele procura chocar-nos com a surpresa, depois provocar-nos, alienar-nos no absurdo, para nos obrigar a rever o mundo, e a rir com ele. Ele abusa da imagem, adulterando-a, reutilizando partes, manipulando conhecimentos e sentidos. E, mesmo em todo este sofrimento, encontramos subjacente o riso sardónico do cartoonista Jagodic. O realismo da fotografia é desfocado no irrealismo da sociedade contemporânea.
Stane Jagodic é um artista inconvencional, é um mestre que usa a imagem como só os grandes mestres sabem. As suas criações são “performances” de irreverência, são pesadelos surrealistas de ironia, são gritos selváticos do dadaismo humorístico, são pós-modernismos de uma sociedade perdida. Ao dedicarmos este ano a atenção a formas diferentes de fazer cartoon, logo me veio à ideia esta obra genial de dor, de absurdo e de humor negro. De propósito não quis mostrar os desenhos de Stane Jagodic, obras mais convencionais no cartoonismo internacional, e não tão periféricos como as fotomontagens.
Mas o que é o cartoon ? Na tradição francófona da língua portuguesa, este termo não deveria ser usado, antes Caricatura. Assim nasceu o desenho gráfico-satirico de imprensa. O terno cartoon só veio por influencia anglo-saxónica, quando a caricatura já era adulta. Mas por caricatura também se entende o retrato-charge, os desenhos que desvendam as almas nos fácies, explorando narizes mais aduncos, orelhas de abano… A caricatura é um retrato feito a lápis, a carvão, não feito de arame. Só que nas explorações plásticas periféricas tudo é permitido, e desse modo não há artista mais periférico da caricatura que Zé dos Alicates. Sendo um caricaturista repentista, não é fácil fazer uma exposição de obras suas. A caricatura em arame é feita perante a vitima, que logo a leva. Realizar-se-á assim uma exposição periférica de caricaturas, ou seja em movimento perante quem viver nos dias 28 e 29 de Outubro a Festa da Caricatura deste Festival.