Friday, April 24, 2020
História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal (1924) por Osvaldo Macedo de Sousa
1924
A memória de Raphael Bordallo
Pinheiro mantinha-se viva, fundamentalmente pela mão de dois homens, que contra
ventos e marés, procuraram criar um Museu consagrado à obra do Mestre. Esses
Quixotes da Museulogia caricatural são o Dr. Cruz Magalhães, e Luís Calado
Nunes.
Ao longo dos anos dez o
projecto foi-se desenhando, com muita desconfiança por parte da Câmara
Municipal de Lisboa, e com o total alheamento dos outros caricaturistas. Em 1916 a Casa de Cruz
Magalhães (no Campo Grande) onde as obras, e cópias das obras foram sendo
depositadas, abriu temporariamente as portas. A 21 de Março de 1921, o Museu
inaugurou uma estátua de Raphael frente ao edifício. Esteve encerrado a casa de
Agosto de 22, a
Julho de 24. A
2 de Julho de 1924 Cruz Magalhães doou o edifício e as obras à Cidade de
Lisboa, como forma de obrigar a Câmara a tomar definitivamente uma posição
perante tão importante núcleo Museológico. A partir desta data, a caricatura
teve oficialmente o seu primeiro Museu, homenageando um dos seus mais altos
valores.
Os Salões dos Humoristas, foi
algo que ficou atravessado na garganta dos artistas gráficos, já que serviu
para relançamento desta arte no início do novo regime, serviu, como força
motriz de profundas alterações estéticas e programáticas, mas das muitas
intenções e sonhos, nada se concretizou. Por isso é natural que alguns artistas
continuassem a sonhar com uma recriação da Sociedade, de uma Instituição Profissional
que os defendesse nesta actividade tão mal protegida no âmbito profissional e
social. Assim neste ano de 1924 vimos surgir de novo o nome de Salão dos
Humoristas, por duas vezes.
No Porto (Páscoa 1924), surge
uma exposição colectiva sob a designação de “Salon dos Humoristas”, que se
dizia “a favor do Recolhimento das
Meninas Desamparadas”. Parece um trocadilho irónico, mas era na realidade
uma acção benemérita. Tinha como Presidente da Comissão Organizado Licínio
Pinheiro Perdigão, sendo participantes Laura Alves Costa, Adolfo Faria de
Castro, Licínio Pinheiro Perdigão, Manoel de Freitas e Ricardo Spratley, todos
amadores, em que a dita Laura não tinha mais de 13 chilreantes primaveras. Não tinha nada a ver com as exposições
anteriores, ou com a classe profissional de Humoristas, antes uma usurpação.
Em Lisboa também haverá um
Salão. Uma carta de 21 de Junho de 1924 dirigida a Leal da Câmara, em nome de
uma Comissão Organizadora, e assinada por Emmerico Nunes, Menezes Ferreira,
Jorge Barradas, Francisco Valença, Alonso e Alfredo Cândido diz o seguinte: “Exº. Sr. Para tratar dum assunto de
urgência e de grande interesse e utilidade, a Comissão Promotora da 4ª
Exposição do Grupo dos Humoristas Portugueses, pede a comparência não só dos
concorrentes à actual exposição como dos antigos expositores a uma reunião que
deve realizar-se na próxima Segunda-feira, 23 do corrente, pelas 17 horas
exactas, no Salão Nobre do Teatro de S.Carlos. Serão credores de muita gratidão
dos signatários quantos de dignarem honrar com a sua presença aquela reunião. Sem
o formalismo de 1911/13 da Sociedade, havia um grupo de humoristas em Lisboa
que procurava manter o espírito de realização de tempos a tempos de uma
exposição dos Humoristas.
Na realidade durante esse mês
de Junho decorreu em Lisboa (Foyer Teatro de S.Carlos) o IV Salão dos
Humoristas Portugueses, com a participação dos sempre presentes Jorge Barradas,
Sanches de Castro, Emmérico Nunes, Menezes Ferreira, Leal da Câmara, assim como
Mouton Osório, Eduardo Faria, Martins Barata, Roberto Nobre, Roberto dos
Santos, Rocha Vieira, Francisco de Castro, Viriato Silva, Armando Boaventura,
Jorge Segurado, Mamia Gameiro, Maria Adelaide Lima Cruz, Laura Rodrigues,
Amélia de Cruce Formigal, Clementina Carmen de Moura. O mais curioso é o
aumento significativo de participações femininas, numa género dominado
totalmente na imprensa por homens.
Como nos casos anteriores
haverá participações de trabalhos que dificilmente podiam ser considerados
humorísticos, como os de Leitão de
Barros, Martins Barata…
Segundo a crítica, foi um
Salão “decadente e apático”. O "Diário de Lisboa" de 19/6 vai ao
ponto de afirmar em cabeçalho: Já não há
humoristas na nossa Terra. Assim se conclue da exposição de São Carlos.
E prossegue: Dizem que é uma exposição de humoristas.
Mas não é. É uma exposição de trouxe-mouxe, sem unidade nem intuito, e onde há
apenas os altos e baixos das coisas feitas sem norte.
O que se vê é que acabaram os humoristas portugueses, ou pelo menos
andam zangados com a arte e com o público artista.
Lembra-nos muito bem a exposição dos humoristas portugueses de alguns
anos atráz. Tinha qualquer coisa de forte: tinha espírito mesmo. Podia não ser
completa mas via-se.
A exposição agora patente no salão de S. Carlos não honra pela
qualidade, e, sobretudo, é uma demonstração da apatia dos nossos primeiros
artistas pintores e desenhadores do humorismo, dos nossos artistas cuja arte,
mesmo fora dos limites do bom humor, pela sua liberdade e pela sua intenção
está bem ao lado do chamado «humorismo» do lápis e do pincel.
/…/ Leal da Câmara tem um quadro vago do seu processo largo. Não vale.
D. Adelaide Lima Cruz, no humorismo, apresenta-se com bizarrias. /…/ Jorge
Barradas apresenta três quadros do Brasil, já conhecidos, mas nada de
humorismo. /…/ Valença, uns trabalhos sem classe. Mouton Osório, caricaturas
vulgares. Emmérico Nunes, dois ou três trabalhinhos de pouco estofo. Sanches de
Castro não faz humorismo; creio que se está a divertir com o público. Enfim: é
um processo de viver alegremente a vida. Menezes Ferreira tem uns bonecos
engraçados; Eduardo Faria, idem; Santos Silva, idem, idem … e por aí além numa critica acérrima aos
trabalhos. Pede desculpa por estar a penalizar os artistas, mas é em defesa
desta arte, porque o nome do
"Humorismo", apesar de envolver uma ideia de alegria espiritual, não
se deve prestar a traço, a ridículos. É amesquinhar a arte ligeira portuguesa.
O nosso maior desejo é que este «fandango» não tenha repetição, e que
os artistas portugueses, senhores de graça e do espírito moderno, de todas as
classes, tendências, processos e actividades promovam rapidamente uma exposição
digna dos seus títulos.
Em relação à imprensa
humorística, esta ia existindo, pelo menos tentava existir, e este ano sai mais
um denominado "Risota", que
apresenta o seu projecto com as seguintes palavras: Rir, caríssimos leitores, é ainda dos prazeres mais baratos neste tempo
de vida cara. Mas, apesar dessa baratesa toda, quantas vezes o riso tem um
valor tão grande que todo o ouro do mundo, junto, jamais pode igualar !… Sim,
quantas vezes sucede um riso evitar uma lágrima, uma alegria esconder uma
tristeza !
E' isto bem frequente na nossa vida íntima.
*****
Mas não será com esse riso que A Risota quer rir. A Risota quer rir
muito, mas de mofa, de toda esta paródia republicana !
Dentro desta pagodeira há muito que levar para a chacota, há muito de
que troçar ! Bastaria a Feira de S. Bento para nos dar assunto !
Porém, como todos nos merecem o mesmo, a todos prometemos o nosso
humor, não esquecendo sequer esse ventríloquo, que lá de longe move os
cordelinhos de todos estes bonecos de barro que brincam comnosco !
Contamos já com a violência para nos fazer calar !
Porém. à cobardia de uma extorsão (porque eles são capazes de tudo)
saberemos responder com todo o nosso aprumo, servido pela nossa voz, que não
haverá mordaça que a faça enrouquecer sequer, porque ela há-de ouvir-se sempre
clara e altiva por qualquer forma.
Daqui o prometemos a todos os Antoninhos Marias, a todos os estadistas
de via-reduzida, a rodos os batoteiros políticos que pretendem levar o país à glória!
Vai, pois caríssimos leitores, levantar o pano, para… os primeiros
risos…
De boas intenções está o
humor cheio, e os últimos a rir, que são os políticos, e homens cinzentos das
administrações, riem sempre melhor sobre as falências, sobre os destroços dos
ingénuos. Naturalmente "A Risota" não sobreviveu muito tempo, o mesmo
acontecendo à nova versão de "A Corja", ao "Cócorócó", ao
"Porto Por um Canudo", ao "Ki-Ki-Ri-Ki" um jornal que nasce
em Angola, e depois surge como publicado em Lisboa, para logo desaparecer.
A imprensa nas colónias é
muito difícil de se consultar, e também não está estudada. Do pouco que sei,
acho que jornais humorísticos foram raridades naquelas paragens, e os outros
utilizaram por vezes reproduções de desenhos da Metrópole, ou trabalhos de
artistas locais de fraca qualidade.
Artistas que despontam nesta
época são Eduardo Faria e Roberto Nobre. O caso mais interessante deles é que
serão dos raros humoristas "engagé". Não quer dizer que os outros não
tivessem consciência política e social, só que estes, por vezes com vida dupla,
vão trabalhar não só na imprensa geral, como nos jornais partidários do
anarco-sindicalismo, e comunismo, por vezes na clandestinidade. O primeiro,
inclusive criando uma imagem de boémio, e bêbado conseguirá ludibriar a policia
política e manter uma actividade clandestina. Dos dois, Roberto Nobre é o que
tem melhor qualidade estética.
Natural de S. Bráz de
Alportel (27/3/1903), José Roberto Dias Nobre foi jornalista, crítico de
Cinema, humorista e ilustrador, com obra publicada em "A Época", Alma
Nova", "A Batalha", "Civilização, "Sempre Fixe"
"O Diabo"…
O "ABC" de
"11/9/1925 fala-nos do "Triunfo de Roberto Nobre" - Roberto Nobre, ganhando o primeiro premio
no concurso de desenhos aberto pelo Bristol, teve um dos mais belos triunfos
que os meios artísticos nos últimos anos teem registado.
Novo, talvez mesmo o mais novo da nova geração, Roberto Nobre venceu
rapidamente - e o seu triunfo de agora pelas circunstancias em que se deu, é um
triunfo de novela, um triunfo para biografia.
Há três anos Roberto Nobre apareceu pela primeira vez em Lisboa,
trazendo alguns desenhos bizarros, estranhos, modernistas.
Realizou então uma exposição com D. Isaura Cavalheiro e foi aplaudido.
Mas no ano seguinte, Roberto voltava e desta
vez alguns críticos, numa incompreensível mudança de opinião,
negavam-lhe o valor que no ano anterior lhe haviam concedido. Com ele ficaram
apenas os que tinham uma fé absoluta no seu talento e na arte moderna de que
ele era um soberbo interprete.
Magoado com a injustiça de que tinha sido vitima, Roberto Nobre
exilou-se na província e seu nome foi olvidado.
Alguns amigos, porem, insistiram
pelo seu regresso a Lisboa, insistiram tanto, que há dois meses Roberto
resolveu atende-los. Algumas portas se lhe abriram e entre elas a do A B C, a
quem todos os que principiam e teem talento, merecem a maior estima. Outras,
porem, se lhe fecharam, inexoravelmente. E, é neste momento de indecisão que o
jovem artista concorre ao concurso do Bristol. Não havia que hesitar: entre os
desenhos apresentados, o de Nobre destacava-se duma maneira tal, que não
permitia duvidas sobre o artista a quem devia ser concedido o premio
E Nobre foi premiado.
E o seu nome é hoje o nome de um triunfador - um triunfador que chegou
e venceu.
he 2nd International Cairocature Cartoon Contest-Egypt/ 2020 (The Scientists)
المسابقة الدولية الثانية – كايروكاتير 2020
العلماء
Theme
cartoon
The Scientists (The importance – their life – their effective in our world …etc.)
The Scientists (The importance – their life – their effective in our world …etc.)
Rules:
Each Participant Can Send Up To 3 Cartoons only not more
Must Send His (Full Name, Post Address, and Email Address & Phone Number) Via Word File.
Send Cartoons Must Be 300 Dpi Resolutions, A4 & Jpg Format.
Each Participant Can Send Up To 3 Cartoons only not more
Must Send His (Full Name, Post Address, and Email Address & Phone Number) Via Word File.
Send Cartoons Must Be 300 Dpi Resolutions, A4 & Jpg Format.
NOTE:
Send Cartoons must not Won Prizes Before.
Prizes:
• Prizes: Golden, Silver, Bronze
There will be Special Prizes.
Cartoons can be used for any promotion purposes
(Printing, websites, Newspapers, posters, invitation cards....etc.)
without the permission of the artist and without any payment.
PDF catalog for final selected cartoons
Send Cartoons must not Won Prizes Before.
Prizes:
• Prizes: Golden, Silver, Bronze
There will be Special Prizes.
Cartoons can be used for any promotion purposes
(Printing, websites, Newspapers, posters, invitation cards....etc.)
without the permission of the artist and without any payment.
PDF catalog for final selected cartoons
Deadline:
1/6 / 2020
1/6 / 2020
Cartoon
Must Be Sending To:
cairocature@gmail.com
cairocature@gmail.com
The
results and accepted works will publish in our Facebook page
https://www.facebook.com/cartoonandcaricature/
https://www.facebook.com/cartoonandcaricature/
Thursday, April 23, 2020
INTERNATIONAL CARTOON COMPETITION & EXHIBITION MALAYSIA 2020 Deadline: May 23, 2020
Theme:Save Our Heritage
The organizer of the competition is the Rossem
Cartoon House (BKR), Malaysia Cartoon & Comic House (RKKM), Perbadanan
Muzium Negeri Kelantan.
Eligible Participants:
• Opened to all artists from all over the world
above 18 years of age.
Theme: Save Our Heritage Technical Criteria: ·
All artworks to be prepared at 300 dpi.
· Size A3 (297mmx420mm) in JPEG format.
· Entries: Max. 3 cartoons.
· Submitted works can be in color or black and
white, in any style or technique.
·
Submitted works must not violate copyright laws.
·
By virtue of submitting an entry, the entrant certifies the work as his own and
permit the organizers to have full right to reproduce all or a part of the
entered material free of charge for publication and/or display in media related
to the exhibition.
Submission:
•
Send your cartoons and your CV (Name - Address - Phone number - Email address)
via the following e-mail address: rossemkartun@gmail.com
• Deadline:
May 23, 2020
Exhibition:
June 1, 2020
•
All participants whose works will be exhibited will receive a digital catalogue
and a digital certificate of participation.
Prizes
and awards
First
prize : RM2,000.00
Second
prize : RM1,500.00
Thirt
prize: RM1,000.00
Five
special mentions
The
Coordinator of the Gathering: Rossem Facebook : Balai Kartun Rossem
Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez
Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez
La vida itinerante de
Rodrigo de Matos por varios países le ha permitido, como persona sensible,
tener un espíritu inquieto, construir miradas sobre la condición humana y las
contradicciones del mundo en que vivimos. Transformar la realidad de manera
artística es su objetivo.
Rodrigo nació en Silva Porto
(Angola) en 1975, vivió hasta la edad de 15 años en Brasil, luego, en Portugal,
se graduó de periodismo en la Universidad de Coímbra, trabajó como periodista
en Lisboa durante seis años, antes de convertirse en dibujante e ilustrador
profesional, tras tomar el curso de Ilustración de Editorial y Prensa, en la
Escuela Superior de Dibujo Profesional (Esdip), de Madrid.
Rodrigo de Matos vive desde
el 2009 en Macao, (antigua colonia portuguesa, que en 1999 fue transferida a
China), donde en junio de este año cumplirá diez años de ser colaborador del
diario “Ponto Final”, además de publicar sus ilustraciones en el semanario
“Expreso”, de Portugal.
En Macao ya ha realizado dos
exposiciones personales: “Humoralia”, en el 2012, una recopilación de sus
caricaturas publicadas en “Ponto Final”, y “Punacotheca”, en el 2018, en la que
mostró obras en las que experimentó con varias técnicas pictóricas, sin
abandonar el humor.
Con una carrera de 12 años
en caricaturas editoriales, y galardonado en el 2014 con el Gran Prix del
Concurso Press Cartoon Europe, de Bélgica y el tercer premio del 14th
International Editorial Cartoon Competition, de Canadá, Rodrigo es un pescador
de ideas en la actualidad noticiosa de la política internacional.
“El humor gráfico, -dice
Rodrigo- por su carácter multidisciplinario -porque es periodismo, arte y
humor, simultáneamente- es donde puedo explotar mejor toda mi creatividad e
intereses. He trabajado durante varios años como periodista de la prensa
escrita, un oficio bastante exigente, y después de haber pasado por algunos
periódicos en Portugal y Macao, y a pesar de que se trata de una magnífica
profesión en la que aprendes muchas cosas sobre el mundo, me sentí bastante
castrado en mi vena creativa cuando me dediqué únicamente al periodismo
escrito. En la caricatura editorial, por el contrario, el grado de libertad es
(al menos debe tender a ello) mucho mayor. Y poder, al mismo tiempo,
desarrollar mi capacidad humorística es, para mí, fascinante, porque siempre me
interesa por hacer reír y reflexionar a la gente”.
“Para percibir una broma,
-expresa- hay que razonar. Si queremos luchar contra una peligrosa tendencia
-observable en nuestros días- de alienación de las masas en relación a lo que
pasa en el mundo que las rodea, el humor y la sátira pueden ser dos herramientas
preciosas. La risa nos ayuda a mantener el «músculo» cerebral tonificado. Y eso
es esencial para cumplir nuestro papel en la defensa de nuestros derechos y
libertades y no dejarnos engañar por las fuerzas menos bien intencionadas que
habitan la sociedad».
“El humor gráfico no
cambiará el mundo. Pero, ciertamente, una buena caricatura puede servir para
que una persona sienta reforzadas sus convicciones, sentir que no es el único
en pensar de determinada forma, o, por otro lado, si está en desacuerdo con la
idea que interpretó de la viñeta en cuestión, razonar de forma dialéctica para
encontrar los argumentos que expliquen por qué su opinión es mejor. En
cualquier caso, si consideramos, como principio, que es preferible una sociedad
formada por individuos esclarecidos, con capacidad intelectual para analizar el
mundo a su alrededor, que por una masa amorfa y manipulable, entonces la
importancia del humor gráfico es innegable. No es la única arma a utilizar en
esta lucha, pero es capaz de hacer algún aporte”-finaliza.
Tuesday, April 21, 2020
Theme for Caneva Ride 2020, Italy : You learn by making mistakes
RULES
"CANEVA RIDE" 2020
1 –
THEME - Pro Castello di Caneva promotes the international award Caneva
Ride! (Caneva Laughs!) for humoristic sketches and satirical costume about the
theme “Sbagliando si impara” You Learn by Making Mistakes
2 –
PARTICIPATION - The award is open to all cartoonists of the world from 16 years
old. Participants can apply individually or in groups (in case of several
authors, the referent for all communications with the award’s promoters shall
be indicated).
3 –
TECHNIQUES - Up to three unpublished works, realized by any technique,
color or black and white, which haven’t been awarded in other prizes. The
maximum format shall be A4 (21 X 29.7 cm).
4 -
TERMS AND DEADLINES - The works must be received no later than midnight
on 24 May 2020 at canevaridecontest@gmail.com in .jpg, .tiff or .pdf format at a resolution of 300 dpi,
together with a registration form with personal data (name, surname, full
address, telephone number, in the case of minors the name of one parent
authorizing the participation). The individual files must not exceed the
weight of 5 MB. For more
works, proceed with individual submissions.
5 – JURY
Luca
Salvagno Cartoonist, President of the Jury
Pietro
Francesco Manfè Pro Castello Caneva
Mario
Zorzetto Heirs Toni Zampol
Vicenzo
Bottecchia Cultural comics operator
Giancarlo
Rupolo Photographer
6 – AWARDS
FIRST
PRIZE euro 600,00
SECOND
PRIZE euro 250,00
THIRD
PRIZE euro 150,00.
The
premium is gross of witholding tax, according to the tax legislation in force
in the relevant countries.
The
Jury reserves the right to report further works, which will not receive cash
prizes.
During
the exhibitions of the works there will be the possibility for visitors to
indicate their favorite work.
The
authors, participating in the competition, give the non-exclusive right to
publish the works on any support for promotional purposes of the Pro Loco
Castle without having anything to claim as copyright.
7 –
EXHIBITION - Opening of the exhibition and prize giving will be held Saturday,
14 June 2020 at Villa Frova, Caneva.
Monday, April 20, 2020
PALOMO UM CHILENO COM ALMA CARIOCA por EDIEL RIBEIRO
"A marcha militar está para a música assim
como Pinochet está para a Democracia." (Palomo)
Rio de Janeiro - Em 1994, fui convidado - eu e
um monte de cartunistas - para desfilar na Ala dos Cartunistas da Escola de Samba Acadêmicos da
Rocinha.
A Escola, com o enredo “Humor Pra Dar e
Vender”, fazia uma homenagem ao humor e aos humoristas.
O samba, ainda lembro, tinha um refrão
forte que dizia: “sou carioca/sou sacana como o quê/ tá sobrando no barraco/
humor pra dar e vender.”
Por problemas etílicos, acabei não
desfilando, mas, em um dos ensaios, conheci, através do Ziraldo, o cartunista
Palomo, um dos meus ídolos.
José Palomo Fuentes é um dos mais
consagrados cartunistas latino-americano, chileno, adorava o carnaval carioca.
Volta e meia visitava o Brasil, para participar da folia.
Colaborou com “O Pasquim” no auge do
semanário. Boêmio e bem humorado, era amigo do Henfil, Ziraldo e Jaguar com
quem frequentava o Bar do Marcô, em Santa Tereza.
“Henfil, um dos mais impressionantes
cartunistas brasileiros, costumava dizer que o humor é como o vinho. E assim
como as videiras e galhos, combinados com o clima, a luz solar e a água, dão de
um clarete a um vinho tinto espesso e denso, da mesma maneira que cada
sociedade elabora o humor com o qual processa sua experiência de vida social”,
disse.
Morando no México onde se exilou desde
que Augusto Pinochet chegou ao poder e instaurou a Ditadura Militar Chilena
(1973-1990), a agonia de Palomo começou no início de setembro de 1973, quando
voltava para casa, depois de um dia de trabalho. Palomo foi avisado por um de
seus vizinhos, um exilado brasileiro, que a polícia estava em sua casa
esperando para prendê-lo.
O cartunista se refugiou na embaixada
mexicana onde pretendia ficar até a tempestade diminuir. Tinha um
encontro marcado com o poeta, cantor e compositor Victor Jara, com quem
celebraria o lançamento de seu álbum “Canto por Travessura”, ilustrado por ele.
Mas, foi avisado pelo embaixador
que o amigo tinha sido detido e levado para o Estádio Nacional, de
Santiago, onde fora torturado e assassinado, como aconteceu com muitas pessoas
que nunca mais foram vistas.
A carreira de Palomo como cartunista
começou no Chile, em 1963, aos 20 anos. Trabalhou nos
jornais “Clarín”, “El Mercurio”, “El Siglo”, “La Quinta Rueda”, “El Peneca”,
“El Pingüino” e “La Chiva”, entre outros.
No México, onde chegou como exilado
político, em 73, foi co-fundador dos jornais “Unomásuno”, “La Jornada” e
“Reforma”. Além disso, colaborou em “El Dia”, “El Economista” e “El Universal”.
Os trabalhos mais conhecidos de Palomo é
a tira “O Quarto Reich”, publicada no jornal “Unomásuno”, onde retratou, ao
longo da década de 1970, as ditaduras que assolaram a América Latina e a
história infantil “Matías e o Bolo de Morango”, consideradas duas jóias de
humor universal.
A obra de Palomo é reconhecida por sua
universalidade, por sua capacidade crítica e por seu humor implacável e
terrivelmente politizado.
“Quando vejo fotos de soldados chilenos
queimando livros, acho que esses pobres desgraçados nunca imaginaram o que
teria acontecido se, em vez de queimá-los, eles os tivessem lido. De vez em quando
eu desenho meu terrorista favorito, uma sombra que, furtivamente, joga uma
cópia de Don Quixote ou Treasure Island em um quartel”, disse.
"Para mim, desenhar nunca foi um
trabalho, sempre fiz o que gosto: desenhar. Então, eu nunca trabalhei na minha
vida", contou.
XXVII MUESTRA INTERNACIONAL DE LAS ARTES DEL HUMOR de Alcalá de Henares
El Instituto Quevedo de las Artes del Humor
de la Fundación General de la Universidad de Alcalá convoca la XXVII Muestra
Internacional de las Artes del Humor, en torno al tema “NUESTRO PLANETA
(Amenazas, desastres y soluciones)”. Para aquellos autores que lo deseen, la
organización pondrá a su disposición distinta información sobre el tema a
través de la página web.
1.- La participación está
abierta a todas las personas mayores de 18 años que deseen participar en el
certamen.
2.- Para participar en la Muestra se deberá
enviar una obra sobre el tema “NUESTRO PLANETA (Amenazas, desastres y
soluciones).” Podrá ser una viñeta, una tira o una caricatura. Junto con
la obra se remitirá, debidamente cumplimentada, la ficha que acompaña a estas
bases. La organización se reserva el derecho de invitar a aquellos/as
autores/as que estime conveniente.
3.- Las obras deben ir firmadas. Podrán estar
realizadas en cualquier técnica y soporte, con unas dimensiones máximas de A3
(297×420 mm.). En las efectuadas en técnica digital, se deberá remitir en
formato JPG o TIFF con una resolución mínima de 300 ppp. a miah@iqh.es, y
se recomienda enviar una copia impresa y firmada, con el número de copia (Ej: Copia
1 de X).
4.- Las obras deberán enviarse
convenientemente embaladas. Se recomienda protegerlas con dos cartones
planos, no haciéndose responsable la organización de los posibles desperfectos
ocasionados en el transporte. Los gastos de envío correrán a cargo de las
personas que participen en esta convocatoria.
5.- Las obras deberán enviarse antes del 7 de
junio del 2019 a través de correo electrónico miah@iqh.es o a la siguiente
dirección:
Fundación General de la Universidad de Alcalá
Muestra Internacional de las Artes del Humor,
C/ Nueva, 4. 28801 Alcalá de Henares, Madrid (España)
Es indispensable atenerse a las fechas
indicadas para la adecuada planificación del catálogo y del diseño de la
exposición.
6.- Una comisión realizará una selección
entre las obras recibidas que será exhibida en la XXVII Muestra Internacional
de las Artes del Humor de la Universidad de Alcalá que se celebrará en
septiembre-noviembre en Alcalá de Henares.
7.- Las obras presentadas
pasarán a formar parte de los fondos del Instituto Quevedo de las Artes del
Humor de la Fundación General de la Universidad de Alcalá, salvo indicación
expresa en sentido contrario, para lo que habrá que escribir en el reverso de
la obra la palabra «Devolución».
8.- El envío de la obra implica
que la autora o el autor autoriza a la Fundación General de la Universidad de
Alcalá su reproducción y difusión, siempre que figure su nombre y el objetivo
sea la difusión de la Muestra y demás actividades de la FGUA en el campo del
humor, sin que se genere por ello obligación de ningún tipo ante la autora o el
autor.
9.- La organización comunicará,
electrónicamente la recepción de los trabajos y la selección de los mismos,
publicando este último listado en su web.
10.- Los autores cuya obra se
haya seleccionado recibirán un ejemplar de la publicación que se editará con
motivo de la celebración de la Muestra.
11.- La organización se reserva
el derecho de no exhibir aquellas obras que considere que atentan contra
derechos individuales o colectivos.
12.- Los participantes
responderán de la originalidad de los trabajos ante cualquier reclamación,
manteniendo indemne a la organización ante cualquier infracción de derechos o
propiedad intelectual de las mismas.
13.- La participación en la
Muestra supone la aceptación de estas bases y la renuncia a cualquier
reclamación legal, recayendo así mismo la responsabilidad de las obras sobre
sus autores.