Wednesday, April 29, 2020

História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal (1925) por Osvaldo Macedo de Sousa



1925

Faz 50 anos que o Mestre Raphael Bordallo Pinheiro criou a figura do "Zé Povinho", como símbolo caricatural do nosso povo. Foi nas páginas da "Lanterna Mágica", e creio que o seu criador nunca pensou que tal imagem triunfasse, como triunfou. Ainda hoje é uma iconografia viva, usada por todos os homens do humor, seja gráfico ou teatral, e imprescindível no dia a dia da sátira. Mantêm as mesmas indumentárias, o mesmo aspecto "saloio", e a mesma "esperteza".
Não sendo para comemorar este aniversário, mas na linha da visão caricatural do Zé, é publicado este ano o livro "Bonecos" do Hugo. O autor era Hugo Pinto Morais de Sarmento, sobrinho de um grande caricaturista português de nome Julião Machado. Natural de Luanda (como seu tio), onde nasceu a 19 de Novembro de 1885, formou-se em engenharia pelo Instituto Superior Técnico de Mitweida (Alemanha) em 1911.
Alberto Meira, nos seus brevetes Biográficos na revista Prisma, esclarece-nos: Contrariamente ao que seria aconselhado pelas suas predilecções espirituais, antes guiado pela vontade paterna, não frequentou o Sr. Engenheiro Hugo Sarmento as escolas de Belas Artes, mas vêmo-lo passar pela antiga Escola Politécnica de Lisboa e pela Universidade de Coimbra, para finalmente ir ao estrangeiro em busca do diploma com que entrou na vida prática, essa vida prática, que o demorou por Angola, pela Alemanha e pelo Brasil, antes que definitivamente o fixasse em Lisboa.
Sendo assim e tendo por lá deixado rasto dos seus pincéis, difícil se nos torna, por motivos óbvios, acompanhar, como nos seria grato, o seu labor artístico.
Mas o investigador ou o crítico, que o puder e queira fazer, não reconhecerá a inutilidade das suas buscas no Rasensport e nos Bierzeitungen do Mittweidaer Ballipiel Club, da Alemanha; na Revista da Semana, Lusitânia, no País, Diário Português, Cruzeiro, Vamos ler!, do Rio de Janeiro, ou em A Província de Angola, de Luanda.
Por ali ou pelas produções que nos foi possível relacionar mais adiante à face dum exame directo, ver-se-á que o Sr. Engenheiro Hugo Sarmento, dispõe dum traço que muito o aproxima da correcção e do cómico dos desenhadores ingleses, encantando-se com as páginas das ilustrações norte-americanas, tornando-o um executor apaixonado das formas clássicas, absolutamente contrário, portanto, às correntes chamadas modernistas.
Na realidade a sua vida foi um saltitar entre Angola, Alemanha, Portugal e Brasil, sempre como engenheiro, e contrariamente ao que Alberto Meira escreve (já que aconteceu posteriormente a este texto). Hugo Sarmento não se radica definitivamente em Portugal, antes no Brasil para onde partiu em 1940, e onde viria a falecer em 196???…
O desenho foi sempre um actividade secundária, e paralela à sua actividade profissional. No nosso país, para além da publicação do referido álbum, colaborou na Ilustração Portuguesa (1910), no Sports Ilustrados (1912/13), Seara Nova (1924), "Livros (1925), ACP (1933), Comércio do Porto Ilustrado (1936), O Diabo (1937)… Pertenceu à Direcção da SNBA de 37 a 40.
A História da Caricatura Brasileira recorda-o desta forma: O português Hugo de Morais de Sarmento, sobrinho de Julião Machado e há muitos anos radicado no Brasil, teve uma colaboração muito assídua em nossas revistas ilustradas… O desenho de Hugo se caracteriza por um traço nervosos e alegre, uma caligrafia fantasiosa, a despeito de ligada sempre ao objectivismo caricatural inerente às sátiras de costumes, no que sempre se especializou.
A mesma História, assinada por Herman Lima, fala-nos de outros portugueses que entretanto trabalharam no Brasil, como Justino e Cunha Barros, também surgido por esse tempo em nossa imprensa, pareciam porfiar, curiosamente, em imitar o mestre português da Iluminura (Correia Dias) /…/ Joaquim Guerreiro, português veio para o Brasil quase ao mesmo tempo que João Brito e Correia Dias. Na caricatura pessoal deixou alguns trabalhos apreciáveis… Em 1920 regressou a Portugal, para se fixar em seguida em França.
O Chiado, como centro da irreverência e da boémia artística será mais uma vez o palco de uma iniciativa marcante para a arte moderna.
O Museu de Arte Contemporânea, apesar do seu nome, sempre esteve mais na retaguarda que na vanguarda, e mesmo Columbano que deveria ser um homem de ideias abertas, na sua Direcção deste Museu manteve-o fechado aos Modernistas. Assim, quando o Café "Brasileira do Chiado" resolve redecorar o seu espaço com uma série de pinturas encomendadas a um grupo de artistas modernistas, torna-se o primeiro espaço público com uma exposição permanente de arte Moderna. Isto aconteceu em 1925, e os artistas seleccionados foram Stuart, Jorge Barradas, Almada Negreiros, Bernardo Marques, Pacheko, Eduardo Viana e António Soares.
Estas telas, que nem todas ficaram como referência importante na carreira dos seus autores, são no entanto um retrato bastante querente da vanguarda nacional de então. Mereceram naturalmente todo o género de críticas, e mesmo o "Sempre Fixe", onde a maioria dos artistas representados também colaboraram, não se coibiu de satirizar os trabalhos sob a pena do académico Francisco Valença.
O Bristol-Club, em 1926 seguirá o exemplo, e o seu interior será um segundo (o primeiro era a Brasileira) Museu da Arte Contemporânea Portuguesa. Este Club será não só um espaço de exposição permanente, assim como as suas encomendas de cartazes e grafismos publicitários para revistas resumem o melhor que se criou no âmbito do modernismo gráfico desta década. Foram tempos onde os Clubes, os Cabarets, com as Jazz-band, a "movida" da noite, dominaram a criação plástica.
Artista que surge por estes anos, e que se dedicará à novas paixões sociais, como o desporto e o cinema é Filipe Rei, um criador de excelente traço e humor, que passará como um cometa reluzente, mas breve, no panorama gráfico nacional.
O jornalista Alberto Meira, nos seus "Verbetes Biográficos", agora em "O Tripeiro", Ano III, pág. 40 apresenta-nos o artista: Filipe Júlio Sourton Rei nasceu em Lisboa, a 4 de Setembro de 1900, e faleceu também ali, em 26 de Outubro de 1931.
/…/ Que saibamos, o seu contacto com o público deu-se através de "ABCzinho", em 1922, chamado por Cotinelli Telmo, ao tempo dirigindo o interessante jornal infantil, patrocinado pela revista "ABC". Devem estar na memória de quase todos os leitores de "O Tripeiro" as construções que para aquele publicação fazia Filipe Rei. /…/ A sua alma bem formada, o sentido amplo da arte que o animava, contentavam-se em apreciar de longe a sua obra, confundido com a massa anónima das crianças que o adoravam sem o conhecer, mas que entusiasticamente falavam no «Tio Pirilau», o autor das histórias ilustradas que as faziam delirar e dos seus melhores brinquedos: as construções do "ABC zinho"
Decorridos poucos anos veio fixar-se no Porto, ocupando a sua actividade nos escritórios de importante empresa industrial. /…/ A par dos referidos trabalhos obrigatórios soubemo-lo desenhador, aguarelista, decorador e desportista.
Publicamente houve ocasião de se apreciar os desenhos desse desventurado moço nas páginas de "Cócórócó", 1º ano - Porto, 1924-1925, quando o espirituoso semanário tinha à sua frente Arnaldo Leite e Carvalho Barbosa, na parte literária, e, na parte artística, Cunha Barros, que ali se revelara um caricaturista delicado e de traço gracioso, vindo mais tarde a fixar-se em trabalhos de ilustrador e decoração.
Mas, voltando a Filipe Rei. Em 1925 apareceu como ilustrador do semanário de crítica e humorismo «Cinema» (no sentido de variedade de assuntos e não no de cinematografia), tendo como director literário Marcos Guedes - o velho jornalista de O Primeiro de Janeiro e colaborador literário de Sebastião Sanhudo, na última fase de «O Sorvete».
Apesar da diferença de idades, os orientadores deste novo semanário completavam-se. Um expunha a ideia; o outro realizava-a em traços vigorosos cheios de animação, de ironia e de graça. Infelizmente foi efémera a vida de «Cinema». Marcos Guedes não conseguiu ver nem apreciar o segundo número, que com tanto carinho tinha elaborado, em virtude de ter sido acometido de doença grave que lhe inutilizou todas as suas faculdades intelectuais. Assim quem possuir os nªs 1 e 2 daquele jornal possui a colecção completa.
O nosso Artista, porém, não desistiu e, em 1928, vemos o seu lápis a dar vida e graça a um novo semanário, de título infeliz - e também de curta existência - «Off-Side - humorístico, de sport e crítica geral».
Episodicamente dir-se-á que o seu muito interesse pelo desporto se manifestou, segundo nos informaram, na direcção do Club de Foot-Ball Ramaldense, e , depois, na Associação de Foot-Ball do Porto.
Como decorador, ornamentou inúmeras salas de espectáculos particulares e de bailes, merecendo especial referência a decoração da sede da efémera Corporação dos Bombeiros Voluntários da Invicta, da qual foi apaixonado animador.
Em dado momento daquela vida tão prodigamente dotada de dons naturais, os fados, bons ou maus, não o sabemos nós, levaram Filipe Rei a retirar-se do País, aceitando um lugar de destaque numa importante empresa de Casablanca (Marrocos). Mas também ali foi curta a sua permanência, porque, decorridos poucos anos, regressava a Lisboa, vencido, doente, para em breve desaparecer da cena da vida, deixando memória duma das mais curiosas figuras da sua geração…
Em relação à identificação do "Tio Pirilau", António Dias de Deus, no seu livro "Os Comics em Portugal" contesta: Filipe Rei, durante algum tempo, gozou (ou sofreu) com a identificação que lhe fizeram, como sendo o "Tio Pirilau". Hoje sabe-se, sem sombra de dúvida, que o "Tio Pirilau", correspondente dos leitores do "ABC zinho", era Cotinelli Telmo.


Monday, April 27, 2020

The 10th International Cartoon Contest Grafikatur| Germany


Theme: Mobility

Conditions: You may submit photocopies (no return) of up to three cartoons per contest
A single item should not exceed a size of 297 x 420 mm and must be colored
The cartoons may not contain any words
The Sender’s Address must be clearly indicated on the back of each photocopy, where applicable containing the contestant‘s Facebook Address
Prizes:
Goldene Feder˝ (Golden Plume) – EUR 1000
Silberne Feder˝ (Silver Plume) – EUR 800
Bronzene Feder˝ (Bronze Plume) – EUR 600

Deadline: 30June 2020

Address for sending artworks:
Stadt Lübben (Spreewald)
Fachbereich IV Postfach 1551-1561
D-15905 Lübben (Spreewald)
 GERMANY


Sunday, April 26, 2020

The I U I Youth Cup “Longing for Spring” Anti-Coronavirus International Cartoon Competition (UYACC) 2020


Deadline May 30, 2020
The I U I Youth Cup “Longing for Spring” Anti-Coronavirus International Cartoon Competition (UYACC) is an open online competition.
      Themes:
1. Anti-Coronavirus 
2. Expressing positive attitudes such as hope, warmth, bravery, environmental protection, joint efforts for a better Earth, etc.
*Both themes are required to be expressed in the artworks.
      Format:
1. The objects of the competition are cartoons, drawings, graphics or other works of art created by artists.
2. The minimum resolution of electronic editions or scanning copies should be 300dpi in the form of TIFF or JPG.
3. The minimum size of paper works should be A4(210mm×297mm) and the maximum size is A3 (297 x 420 mm) to make sure that the scanned original is clear, undistorted and complete. Original works are also welcome You can find the address in Contact Information.
4. Only submission by email is valid and should be sent to cmiassn@vip.163.com  by May 30, 2020. All the submissions should include the entry form, the work and a brief introduction to the work. (No word limitation).
*Photos and Videos are welcome to express support for this global fight against the coronavirus.
*Based on your works, a letter to those who are still struggling against the epidemic, poetry, songs or any other forms showing your feelings are also welcome. Your words may be selected and published in the e-book of selected works of this competition.
All above-mentioned works can be sent along with your entry to the designated email. Let’s contribute our strength to the global fight and hope for the best!
      Notice:
1. The contest will be divided into 2 Groups:
             Adult Group - 18 and above
             Youth Group - ages under 18
2. Timetable
             Submission deadline: Beijing Time 24:00 on May 30, 2020
             Jury Meeting: June 2020
             Contest Result will be published on the website www.cmiassn.org  in June 2020
3. The Jury has the final right of the ranking of the works, as well as distribution of the statutory prizes. The Jury’s decisions are final.
The Organizers will award the following prizes and diplomas for each winner.
AWARDS ARE SUBJECT TO TAXATION ACCORDING TO CHINESE TAX REGULATIONS.

      AWARDS AND PRIZES
Adult Group: (Ages above 18)
             Grand Prix (1) 1000 USD
             Gold Medal (2) 800 USD
             Silver Medal (3) 500 USD
             Bronze Medal (4) 300 USD
             Outstanding Nominated Awards (40) 200 USD
 Youth Group: (Ages under 18)
             Creative Star (1)
             Gold Medal (2)
             Silver Medal (3) 
             Bronze Medal (4)
             Outstanding Nominated Awards (40)
             Presents and certificates will be provided by Qingjin Tec.
 *All the participants will receive an e-book of the selected works in this competition.

Final Provisions:
1. The Organizers reserve the right:
             To use the submitted works for advertising purposes such as news reports, media broadcasts, as well as circulation on the internet and social media without any special fees paid to the authors.
             To use the submitted works for the post-contest art-related activities such as: to be published materials, printed materials, circulated on phones, the internet, in publications, video materials, etc.
      2. Organizers are the arbiters of the rules and regulations.
3. By sending her/his work the artist agrees to the mentioned above rules and regulations.
      Contact Information:
Email Address: cmiassn@vip.163.com
Mailing Address:
Organizing Committee of UYACC,
2801 Suite, No.7 Building, Tianchang Yuan Media Village,
Beiyuan Road, Chaoyang District, Beijing 100107
Tel: 0086-10-84827182


Friday, April 24, 2020

História da arte da Caricatura de imprensa em Portugal (1924) por Osvaldo Macedo de Sousa


1924

A memória de Raphael Bordallo Pinheiro mantinha-se viva, fundamentalmente pela mão de dois homens, que contra ventos e marés, procuraram criar um Museu consagrado à obra do Mestre. Esses Quixotes da Museulogia caricatural são o Dr. Cruz Magalhães, e Luís Calado Nunes.
Ao longo dos anos dez o projecto foi-se desenhando, com muita desconfiança por parte da Câmara Municipal de Lisboa, e com o total alheamento dos outros caricaturistas. Em 1916 a Casa de Cruz Magalhães (no Campo Grande) onde as obras, e cópias das obras foram sendo depositadas, abriu temporariamente as portas. A 21 de Março de 1921, o Museu inaugurou uma estátua de Raphael frente ao edifício. Esteve encerrado a casa de Agosto de 22, a Julho de 24. A 2 de Julho de 1924 Cruz Magalhães doou o edifício e as obras à Cidade de Lisboa, como forma de obrigar a Câmara a tomar definitivamente uma posição perante tão importante núcleo Museológico. A partir desta data, a caricatura teve oficialmente o seu primeiro Museu, homenageando um dos seus mais altos valores.
Os Salões dos Humoristas, foi algo que ficou atravessado na garganta dos artistas gráficos, já que serviu para relançamento desta arte no início do novo regime, serviu, como força motriz de profundas alterações estéticas e programáticas, mas das muitas intenções e sonhos, nada se concretizou. Por isso é natural que alguns artistas continuassem a sonhar com uma recriação da Sociedade, de uma Instituição Profissional que os defendesse nesta actividade tão mal protegida no âmbito profissional e social. Assim neste ano de 1924 vimos surgir de novo o nome de Salão dos Humoristas, por duas vezes.
No Porto (Páscoa 1924), surge uma exposição colectiva sob a designação de “Salon dos Humoristas”, que se dizia “a favor do Recolhimento das Meninas Desamparadas”. Parece um trocadilho irónico, mas era na realidade uma acção benemérita. Tinha como Presidente da Comissão Organizado Licínio Pinheiro Perdigão, sendo participantes Laura Alves Costa, Adolfo Faria de Castro, Licínio Pinheiro Perdigão, Manoel de Freitas e Ricardo Spratley, todos amadores, em que a dita Laura não tinha mais de 13 chilreantes primaveras. Não tinha nada a ver com as exposições anteriores, ou com a classe profissional de Humoristas, antes uma usurpação.
Em Lisboa também haverá um Salão. Uma carta de 21 de Junho de 1924 dirigida a Leal da Câmara, em nome de uma Comissão Organizadora, e assinada por Emmerico Nunes, Menezes Ferreira, Jorge Barradas, Francisco Valença, Alonso e Alfredo Cândido diz o seguinte: “Exº. Sr. Para tratar dum assunto de urgência e de grande interesse e utilidade, a Comissão Promotora da 4ª Exposição do Grupo dos Humoristas Portugueses, pede a comparência não só dos concorrentes à actual exposição como dos antigos expositores a uma reunião que deve realizar-se na próxima Segunda-feira, 23 do corrente, pelas 17 horas exactas, no Salão Nobre do Teatro de S.Carlos. Serão credores de muita gratidão dos signatários quantos de dignarem honrar com a sua presença aquela reunião. Sem o formalismo de 1911/13 da Sociedade, havia um grupo de humoristas em Lisboa que procurava manter o espírito de realização de tempos a tempos de uma exposição dos Humoristas.
Na realidade durante esse mês de Junho decorreu em Lisboa (Foyer Teatro de S.Carlos) o IV Salão dos Humoristas Portugueses, com a participação dos sempre presentes Jorge Barradas, Sanches de Castro, Emmérico Nunes, Menezes Ferreira, Leal da Câmara, assim como Mouton Osório, Eduardo Faria, Martins Barata, Roberto Nobre, Roberto dos Santos, Rocha Vieira, Francisco de Castro, Viriato Silva, Armando Boaventura, Jorge Segurado, Mamia Gameiro, Maria Adelaide Lima Cruz, Laura Rodrigues, Amélia de Cruce Formigal, Clementina Carmen de Moura. O mais curioso é o aumento significativo de participações femininas, numa género dominado totalmente na imprensa por homens.
Como nos casos anteriores haverá participações de trabalhos que dificilmente podiam ser considerados humorísticos, como os de  Leitão de Barros, Martins Barata…
Segundo a crítica, foi um Salão “decadente e apático”. O "Diário de Lisboa" de 19/6 vai ao ponto de afirmar em cabeçalho: Já não há humoristas na nossa Terra. Assim se conclue da exposição de São Carlos.
E prossegue: Dizem que é uma exposição de humoristas. Mas não é. É uma exposição de trouxe-mouxe, sem unidade nem intuito, e onde há apenas os altos e baixos das coisas feitas sem norte.
O que se vê é que acabaram os humoristas portugueses, ou pelo menos andam zangados com a arte e com o público artista.
Lembra-nos muito bem a exposição dos humoristas portugueses de alguns anos atráz. Tinha qualquer coisa de forte: tinha espírito mesmo. Podia não ser completa mas via-se.
A exposição agora patente no salão de S. Carlos não honra pela qualidade, e, sobretudo, é uma demonstração da apatia dos nossos primeiros artistas pintores e desenhadores do humorismo, dos nossos artistas cuja arte, mesmo fora dos limites do bom humor, pela sua liberdade e pela sua intenção está bem ao lado do chamado «humorismo» do lápis e do pincel.
/…/ Leal da Câmara tem um quadro vago do seu processo largo. Não vale. D. Adelaide Lima Cruz, no humorismo, apresenta-se com bizarrias. /…/ Jorge Barradas apresenta três quadros do Brasil, já conhecidos, mas nada de humorismo. /…/ Valença, uns trabalhos sem classe. Mouton Osório, caricaturas vulgares. Emmérico Nunes, dois ou três trabalhinhos de pouco estofo. Sanches de Castro não faz humorismo; creio que se está a divertir com o público. Enfim: é um processo de viver alegremente a vida. Menezes Ferreira tem uns bonecos engraçados; Eduardo Faria, idem; Santos Silva, idem, idem …  e por aí além numa critica acérrima aos trabalhos. Pede desculpa por estar a penalizar os artistas, mas é em defesa desta arte, porque o nome do "Humorismo", apesar de envolver uma ideia de alegria espiritual, não se deve prestar a traço, a ridículos. É amesquinhar a arte ligeira portuguesa.
O nosso maior desejo é que este «fandango» não tenha repetição, e que os artistas portugueses, senhores de graça e do espírito moderno, de todas as classes, tendências, processos e actividades promovam rapidamente uma exposição digna dos seus títulos.
Em relação à imprensa humorística, esta ia existindo, pelo menos tentava existir, e este ano sai mais um denominado "Risota", que apresenta o seu projecto com as seguintes palavras: Rir, caríssimos leitores, é ainda dos prazeres mais baratos neste tempo de vida cara. Mas, apesar dessa baratesa toda, quantas vezes o riso tem um valor tão grande que todo o ouro do mundo, junto, jamais pode igualar !… Sim, quantas vezes sucede um riso evitar uma lágrima, uma alegria esconder uma tristeza !
E' isto bem frequente na nossa vida íntima.
*****
Mas não será com esse riso que A Risota quer rir. A Risota quer rir muito, mas de mofa, de toda esta paródia republicana !
Dentro desta pagodeira há muito que levar para a chacota, há muito de que troçar ! Bastaria a Feira de S. Bento para nos dar assunto !
Porém, como todos nos merecem o mesmo, a todos prometemos o nosso humor, não esquecendo sequer esse ventríloquo, que lá de longe move os cordelinhos de todos estes bonecos de barro que brincam comnosco !
Contamos já com a violência para nos fazer calar !
Porém. à cobardia de uma extorsão (porque eles são capazes de tudo) saberemos responder com todo o nosso aprumo, servido pela nossa voz, que não haverá mordaça que a faça enrouquecer sequer, porque ela há-de ouvir-se sempre clara e altiva por qualquer forma.
Daqui o prometemos a todos os Antoninhos Marias, a todos os estadistas de via-reduzida, a rodos os batoteiros políticos que pretendem levar o país à glória!
Vai, pois caríssimos leitores, levantar o pano, para… os primeiros risos…
De boas intenções está o humor cheio, e os últimos a rir, que são os políticos, e homens cinzentos das administrações, riem sempre melhor sobre as falências, sobre os destroços dos ingénuos. Naturalmente "A Risota" não sobreviveu muito tempo, o mesmo acontecendo à nova versão de "A Corja", ao "Cócorócó", ao "Porto Por um Canudo", ao "Ki-Ki-Ri-Ki" um jornal que nasce em Angola, e depois surge como publicado em Lisboa, para logo desaparecer.
A imprensa nas colónias é muito difícil de se consultar, e também não está estudada. Do pouco que sei, acho que jornais humorísticos foram raridades naquelas paragens, e os outros utilizaram por vezes reproduções de desenhos da Metrópole, ou trabalhos de artistas locais de fraca qualidade.
Artistas que despontam nesta época são Eduardo Faria e Roberto Nobre. O caso mais interessante deles é que serão dos raros humoristas "engagé". Não quer dizer que os outros não tivessem consciência política e social, só que estes, por vezes com vida dupla, vão trabalhar não só na imprensa geral, como nos jornais partidários do anarco-sindicalismo, e comunismo, por vezes na clandestinidade. O primeiro, inclusive criando uma imagem de boémio, e bêbado conseguirá ludibriar a policia política e manter uma actividade clandestina. Dos dois, Roberto Nobre é o que tem melhor qualidade estética.
Natural de S. Bráz de Alportel (27/3/1903), José Roberto Dias Nobre foi jornalista, crítico de Cinema, humorista e ilustrador, com obra publicada em "A Época", Alma Nova", "A Batalha", "Civilização, "Sempre Fixe" "O Diabo"…
O "ABC" de "11/9/1925 fala-nos do "Triunfo de Roberto Nobre" - Roberto Nobre, ganhando o primeiro premio no concurso de desenhos aberto pelo Bristol, teve um dos mais belos triunfos que os meios artísticos nos últimos anos teem registado.
Novo, talvez mesmo o mais novo da nova geração, Roberto Nobre venceu rapidamente - e o seu triunfo de agora pelas circunstancias em que se deu, é um triunfo de novela, um triunfo para biografia.
Há três anos Roberto Nobre apareceu pela primeira vez em Lisboa, trazendo alguns desenhos bizarros, estranhos, modernistas.
Realizou então uma exposição com D. Isaura Cavalheiro e foi aplaudido. Mas no ano seguinte, Roberto voltava e desta  vez alguns críticos, numa incompreensível mudança de opinião, negavam-lhe o valor que no ano anterior lhe haviam concedido. Com ele ficaram apenas os que tinham uma fé absoluta no seu talento e na arte moderna de que ele era um soberbo interprete.
Magoado com a injustiça de que tinha sido vitima, Roberto Nobre exilou-se na província e seu nome foi olvidado.
Alguns amigos, porem, insistiram  pelo seu regresso a Lisboa, insistiram tanto, que há dois meses Roberto resolveu atende-los. Algumas portas se lhe abriram e entre elas a do A B C, a quem todos os que principiam e teem talento, merecem a maior estima. Outras, porem, se lhe fecharam, inexoravelmente. E, é neste momento de indecisão que o jovem artista concorre ao concurso do Bristol. Não havia que hesitar: entre os desenhos apresentados, o de Nobre destacava-se duma maneira tal, que não permitia duvidas sobre o artista a quem devia ser concedido o premio
E Nobre foi premiado.
E o seu nome é hoje o nome de um triunfador - um triunfador que chegou e venceu.


he 2nd International Cairocature Cartoon Contest-Egypt/ 2020 (The Scientists)



المسابقة الدولية الثانية – كايروكاتير 2020
العلماء
Theme cartoon
The Scientists (The importance – their life – their effective in our world …etc.)
Rules:
Each Participant Can Send Up To 3 Cartoons only not more
Must Send His (Full Name, Post Address, and Email Address & Phone Number) Via Word File.
Send Cartoons Must Be 300 Dpi Resolutions, A4 & Jpg Format.
NOTE:
Send Cartoons must not Won Prizes Before.
Prizes:
• Prizes: Golden, Silver, Bronze
There will be Special Prizes.
Cartoons can be used for any promotion purposes
(Printing, websites, Newspapers, posters, invitation cards....etc.)
without the permission of the artist and without any payment.
PDF catalog for final selected cartoons
Deadline:
1/6 / 2020
Cartoon Must Be Sending To:
cairocature@gmail.com
The results and accepted works will publish in our Facebook page
https://www.facebook.com/cartoonandcaricature/


Thursday, April 23, 2020

INTERNATIONAL CARTOON COMPETITION & EXHIBITION MALAYSIA 2020 Deadline: May 23, 2020


Theme:Save Our Heritage
The organizer of the competition is the Rossem Cartoon House (BKR), Malaysia Cartoon & Comic House (RKKM), Perbadanan Muzium Negeri Kelantan.
Eligible Participants:
• Opened to all artists from all over the world above 18 years of age.
Theme: Save Our Heritage Technical Criteria: ·
All artworks to be prepared at 300 dpi.
· Size A3 (297mmx420mm) in JPEG format.
· Entries: Max. 3 cartoons.
· Submitted works can be in color or black and white, in any style or technique.
· Submitted works must not violate copyright laws.
· By virtue of submitting an entry, the entrant certifies the work as his own and permit the organizers to have full right to reproduce all or a part of the entered material free of charge for publication and/or display in media related to the exhibition.
Submission:
• Send your cartoons and your CV (Name - Address - Phone number - Email address) via the following e-mail address: rossemkartun@gmail.com
• Deadline: May 23, 2020
Exhibition: June 1, 2020
• All participants whose works will be exhibited will receive a digital catalogue and a digital certificate of participation.
Prizes and awards
First prize : RM2,000.00
Second prize : RM1,500.00
Thirt prize: RM1,000.00
Five special mentions
The Coordinator of the Gathering: Rossem Facebook : Balai Kartun Rossem



Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez


Rodrigo de Matos y su pasión por el humor gráfico por Francisco Puñal Suárez


La vida itinerante de Rodrigo de Matos por varios países le ha permitido, como persona sensible, tener un espíritu inquieto, construir miradas sobre la condición humana y las contradicciones del mundo en que vivimos. Transformar la realidad de manera artística es su objetivo.
Rodrigo nació en Silva Porto (Angola) en 1975, vivió hasta la edad de 15 años en Brasil, luego, en Portugal, se graduó de periodismo en la Universidad de Coímbra, trabajó como periodista en Lisboa durante seis años, antes de convertirse en dibujante e ilustrador profesional, tras tomar el curso de Ilustración de Editorial y Prensa, en la Escuela Superior de Dibujo Profesional (Esdip), de Madrid.
Rodrigo de Matos vive desde el 2009 en Macao, (antigua colonia portuguesa, que en 1999 fue transferida a China), donde en junio de este año cumplirá diez años de ser colaborador del diario “Ponto Final”, además de publicar sus ilustraciones en el semanario “Expreso”, de Portugal.
En Macao ya ha realizado dos exposiciones personales: “Humoralia”, en el 2012, una recopilación de sus caricaturas publicadas en “Ponto Final”, y “Punacotheca”, en el 2018, en la que mostró obras en las que experimentó con varias técnicas pictóricas, sin abandonar el humor.
Con una carrera de 12 años en caricaturas editoriales, y galardonado en el 2014 con el Gran Prix del Concurso Press Cartoon Europe, de Bélgica y el tercer premio del 14th International Editorial Cartoon Competition, de Canadá, Rodrigo es un pescador de ideas en la actualidad noticiosa de la política internacional.
“El humor gráfico, -dice Rodrigo- por su carácter multidisciplinario -porque es periodismo, arte y humor, simultáneamente- es donde puedo explotar mejor toda mi creatividad e intereses. He trabajado durante varios años como periodista de la prensa escrita, un oficio bastante exigente, y después de haber pasado por algunos periódicos en Portugal y Macao, y a pesar de que se trata de una magnífica profesión en la que aprendes muchas cosas sobre el mundo, me sentí bastante castrado en mi vena creativa cuando me dediqué únicamente al periodismo escrito. En la caricatura editorial, por el contrario, el grado de libertad es (al menos debe tender a ello) mucho mayor. Y poder, al mismo tiempo, desarrollar mi capacidad humorística es, para mí, fascinante, porque siempre me interesa por hacer reír y reflexionar a la gente”.
“Para percibir una broma, -expresa- hay que razonar. Si queremos luchar contra una peligrosa tendencia -observable en nuestros días- de alienación de las masas en relación a lo que pasa en el mundo que las rodea, el humor y la sátira pueden ser dos herramientas preciosas. La risa nos ayuda a mantener el «músculo» cerebral tonificado. Y eso es esencial para cumplir nuestro papel en la defensa de nuestros derechos y libertades y no dejarnos engañar por las fuerzas menos bien intencionadas que habitan la sociedad».
“El humor gráfico no cambiará el mundo. Pero, ciertamente, una buena caricatura puede servir para que una persona sienta reforzadas sus convicciones, sentir que no es el único en pensar de determinada forma, o, por otro lado, si está en desacuerdo con la idea que interpretó de la viñeta en cuestión, razonar de forma dialéctica para encontrar los argumentos que expliquen por qué su opinión es mejor. En cualquier caso, si consideramos, como principio, que es preferible una sociedad formada por individuos esclarecidos, con capacidad intelectual para analizar el mundo a su alrededor, que por una masa amorfa y manipulable, entonces la importancia del humor gráfico es innegable. No es la única arma a utilizar en esta lucha, pero es capaz de hacer algún aporte”-finaliza.


Tuesday, April 21, 2020

Theme for Caneva Ride 2020, Italy : You learn by making mistakes



RULES "CANEVA RIDE" 2020
1 – THEME - Pro Castello di Caneva promotes the international award Caneva Ride! (Caneva Laughs!) for humoristic sketches and satirical costume about the theme “Sbagliando si impara” You Learn by Making Mistakes
2 – PARTICIPATION - The award is open to all cartoonists of the world from 16 years old. Participants can apply individually or in groups (in case of several authors, the referent for all communications with the award’s promoters shall be indicated).
3 – TECHNIQUES - Up to three unpublished works, realized by any technique, color or black and white, which haven’t been awarded in other prizes. The maximum format shall be A4 (21 X 29.7 cm).
4 - TERMS AND DEADLINES - The works must be received no later than midnight on 24 May 2020 at canevaridecontest@gmail.com in .jpg, .tiff or .pdf format at a resolution of 300 dpi, together with a registration form with personal data (name, surname, full address, telephone number, in the case of minors the name of one parent authorizing the participation). The individual files must not exceed the weight of 5 MB. For more works, proceed with individual submissions.
5 – JURY
Luca Salvagno Cartoonist, President of the Jury
Pietro Francesco Manfè Pro Castello Caneva
Mario Zorzetto Heirs Toni Zampol
Vicenzo Bottecchia Cultural comics operator
Giancarlo Rupolo Photographer
6 – AWARDS
FIRST PRIZE euro 600,00
SECOND PRIZE euro 250,00
THIRD PRIZE euro 150,00.
The premium is gross of witholding tax, according to the tax legislation in force in the relevant countries.
The Jury reserves the right to report further works, which will not receive cash prizes.
During the exhibitions of the works there will be the possibility for visitors to indicate their favorite work.
The authors, participating in the competition, give the non-exclusive right to publish the works on any support for promotional purposes of the Pro Loco Castle without having anything to claim as copyright.
7 – EXHIBITION - Opening of the exhibition and prize giving will be held Saturday, 14 June 2020 at Villa Frova, Caneva.


Monday, April 20, 2020

PALOMO UM CHILENO COM ALMA CARIOCA por EDIEL RIBEIRO


"A marcha militar está para a música assim como Pinochet está para a Democracia."  (Palomo)

Rio de Janeiro - Em 1994, fui convidado - eu e um monte de cartunistas - para desfilar na Ala dos Cartunistas da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha.
A Escola, com o enredo “Humor Pra Dar e Vender”, fazia uma homenagem ao humor e aos humoristas. 
O samba, ainda lembro, tinha um refrão forte que dizia: “sou carioca/sou sacana como o quê/ tá sobrando no barraco/ humor pra dar e vender.”
Por problemas etílicos, acabei não desfilando, mas, em um dos ensaios, conheci, através do Ziraldo, o cartunista Palomo, um dos meus ídolos.
José Palomo Fuentes é um dos mais consagrados cartunistas latino-americano, chileno, adorava o carnaval carioca. Volta e meia visitava o Brasil, para participar da folia. 
Colaborou com “O Pasquim” no auge do semanário. Boêmio e bem humorado, era amigo do Henfil, Ziraldo e Jaguar com quem frequentava o Bar do Marcô, em Santa Tereza. 
“Henfil, um dos mais impressionantes cartunistas brasileiros, costumava dizer que o humor é como o vinho. E assim como as videiras e galhos, combinados com o clima, a luz solar e a água, dão de um clarete a um vinho tinto espesso e denso, da mesma maneira que cada sociedade elabora o humor com o qual processa sua experiência de vida social”, disse. 
Divulgação
Morando no México onde se exilou desde que Augusto Pinochet chegou ao poder e instaurou a Ditadura Militar Chilena (1973-1990), a agonia de Palomo começou no início de setembro de 1973, quando voltava para casa, depois de um dia de trabalho. Palomo foi avisado por um de seus vizinhos, um exilado brasileiro, que a polícia estava em sua casa esperando para prendê-lo. 
O cartunista se refugiou na embaixada mexicana onde pretendia  ficar até a tempestade diminuir. Tinha um encontro marcado com o poeta, cantor e compositor Victor Jara, com quem celebraria o lançamento de seu álbum “Canto por Travessura”, ilustrado por ele.
Mas, foi avisado pelo embaixador  que o amigo tinha sido detido e levado para o Estádio Nacional, de Santiago, onde fora torturado e assassinado, como aconteceu com muitas pessoas que nunca mais foram vistas.
A carreira de Palomo como cartunista começou no Chile, em 1963, aos 20 anos. Trabalhou nos jornais “Clarín”, “El Mercurio”, “El Siglo”, “La Quinta Rueda”, “El Peneca”, “El Pingüino” e “La Chiva”, entre outros.
No México, onde chegou como exilado político, em 73, foi co-fundador dos jornais “Unomásuno”, “La Jornada” e “Reforma”. Além disso, colaborou em “El Dia”, “El Economista” e “El Universal”.
Os trabalhos mais conhecidos de Palomo é a tira “O Quarto Reich”, publicada no jornal “Unomásuno”, onde retratou, ao longo da década de 1970, as ditaduras que assolaram a América Latina e a história infantil “Matías e o Bolo de Morango”, consideradas duas jóias de humor universal. 
A obra de Palomo é reconhecida por sua universalidade, por sua capacidade crítica e por seu humor implacável e terrivelmente politizado.
“Quando vejo fotos de soldados chilenos queimando livros, acho que esses pobres desgraçados nunca imaginaram o que teria acontecido se, em vez de queimá-los, eles os tivessem lido. De vez em quando eu desenho meu terrorista favorito, uma sombra que, furtivamente, joga uma cópia de Don Quixote ou Treasure Island em um quartel”, disse.
"Para mim, desenhar nunca foi um trabalho, sempre fiz o que gosto: desenhar. Então, eu nunca trabalhei na minha vida", contou.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?